terça-feira, 16 de outubro de 2012

Liberdade sim, mas com responsabilidade


A liberdade é uma realidade ora idealizada, ora sonhada, ora perseguida por muitos. Está na moda, hoje em dia, o querer “ser livre”, o querer “fazer o que der na telha”, ou seja, “faço o que eu quero”, entre outros pensamentos supostamente revolucionários e de cunho ideológico.
Pela dita "liberdade", muitos fazem guerra, se revoltam, rompem paradigmas, sem se importar com as devidas conseqüências. Mas, enfim, o que é a liberdade? O Catecismo da Igreja Católica (CIC) nos diz que: “A liberdade é o poder, baseado na razão e na vontade, de agir ou não agir, portanto, de praticar atos deliberados”, e também: “A liberdade torna o homem responsável por seus atos” (CIC 1731 – 1734).
Diante disso, concluímos que liberdade é um dom de Deus, é o poder que d’Ele recebemos para decidir aquilo que desejamos para nossa vida. Porém, é preciso compreender que o conceito desta está intimamente ligado ao de responsabilidade. Não existe liberdade sem responsabilidade, pois, como está expresso no Catecismo, quanto mais o homem age livremente, tanto mais se torna responsável pelas consequências de seus atos.
Ser livre é compreender, com maturidade, que toda ação tem uma consequência, que pode ter conotação positiva ou negativa, de acordo com a escolha que fazemos. É infantilidade agir deliberadamente, sem assumir as consequências de seus atos.
Há quem viva uma sexualidade aventureira e descompromissada, apenas buscando os prazeres do sexo, mas, quando se depara com uma “gravidez indesejada” decide-se pelo aborto, alegando não ser capaz de assumir a criança (consequência de seu ato). Contudo, lanço a seguinte pergunta: 'Por que não se pensou nisso na hora da relação sexual?' E 'Se não tem condições de criar uma criança, por que a fez inconsequentemente?' Há quem fume e não quer ter câncer no pulmão... Há quem coma demais e não quer engordar... Da mesma forma, há quem traia e não quer ser traído... No entanto, não se pode esquecer de que todo ato tem sua consequência, e mesmo se as pessoas tentarem nos poupar disso, um dia, a vida fará com que nos encontremos com tal realidade.
Há pais que prejudicam os filhos porque não permitem que eles experienciem as consequências de seus erros, sendo que estes também têm seu fator formativo.
Precisamos ser justos o bastante para permitir que as consequências das ações aconteçam na vida de todos, a fim de que, assim, todos compreendam que escolher é viver ou morrer aos poucos, e que a dádiva da escolha e das supostas consequências, não lhes pode ser tirada por ninguém.
Escolher é construir, no hoje, o céu ou o inferno.
Vive bem quem sabe decidir, quem sabe utilizar-se de sua liberdade com a devida responsabilidade.
Que a sabedoria nos ensine pela via das consequências a melhor escolha.
Deus abençoe a todos!
Padre Adriano Zandoná

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