segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013

Renúncia do papa: covardia ou coragem?

Li num perfil qualquer do Facebook alguém que, ao noticiar a renúncia do Santo Padre, comentava: "o império começa a cair". Coitado de quem pensa assim. A Igreja já passou por coisas muito piores - e diga de passagem beeeeeeeeeeem piores - e está aí até hoje, pregando o nome de Cristo e ajudando o homem a se relacionar com Deus.

Pois bem. As reações são muitas, as especulações - nem falem! - já estão pululando as mídias, mas uma reflexão nos cabe fazer: o papa renunciou por covardia? Terá ele simplesmente desistido de ser papa? Ele pensou em si mesmo, no seu descanso e na suas condições pessoais apenas? Creio que não. Nunca conversei com o papa - e  como quis ter conversado com ele! - mas sei que não é da sua personalidade abdicar responsabilidades por interesses pessoais. É um homem de caráter e sempre demonstrou isso com palavras e com gestos muito incisivos.

O papa não foi covarde. Ele foi lúcido. Teve bom senso. A meu ver poderia ter prolongado um pouco mais, mas ele conhece seus limites. Bento XVI sabe que a Igreja precisa de um pastor que a oriente nas sendas da história com firmeza e viu que não tem mais condições físicas para governar e, num gesto nobre, pede renúncia.

Quanta coragem teve este homem... Não sei se eu, estando no lugar dele, teria essa ousadia. Muito corajosa foi a sua decisão e agora vamos acompanhar com bastante atenção o que vai acontecer à Igreja. E para aqueles que acham que isto é um  sinal dos tempos, de que a Igreja está caindo, só repito o que disse Jesus: "Tu és Pedro e sobre esta pedra edificarei a minha Igreja e as portas do inferno jamais irão abatê-la" (Mt 16, 16). Preciso falar mais?

Veni Creator Spiritus!

Seu irmão,
Sem. Gregory Rial

Um comentário:

  1. Muito bem Gregory, sabias e santas palavras. Rezemos pelo ministério petrino e por toda igreja de Cristo.

    ResponderExcluir

Deixe seu comentário e ajude-nos a evangelizar!