quinta-feira, 14 de março de 2013

Bento XVI: A felicidade é Jesus de Nazaré

“A felicidade que procurais e a felicidade que tendes direito, tem um rosto e um nome: é Jesus de Nazaré”. (Bento XVI)
Essas para mim são as palavras que mais marcaram o pontificado de Bento XVI. Foram proferidas num discurso aos jovens em Colônia no dia 18 de Agosto de 2005. Essas profundas palavras ecoaram profundamente em meu coração. Desde que as conheci fiz delas uma filosofia de vida e mais que isso, uma oração. Sempre procurei repetir a outros jovens essa verdade, a felicidade plena é Cristo, e só é encontrada n’Ele.
O Pontífice disse isso, não da boca pra fora, mas relatava aos jovens a sua experiência de vida. Não tenho dúvidas de que ele viveu essa ideia na sua caminhada. Foi um homem que nada preferiu ao amor de Cristo, como ensinava São Bento, inspirador de seu nome pontifício.
Homem abnegado, não buscou aplausos, mas sim, servir a verdade ensinada por Cristo, mesmo sendo caluniado e criticado por militantes da secularização. Homem que sempre combateu as mentiras, a secularização, as heresias, a apostasia, a imoralidade, a injustiça. E por isso, muitas vezes foi incompreendido, acusado de reacionário, inquisidor e outros adjetivos semelhantes.
Não quis coroas de glória do mundo, preferiu unir-se ao Cristo crucificado e receber uma coroa de espinhos, e açoites de tantos hereges e inimigos da verdade, inimigos da Igreja. Quando jovem foi oprimido pelo regime nazista, e obrigado a servir no exército alemão na II Guerra. Relata em sua autobiografia que tentaram convencer a ele e outros colegas que fizessem o alistamento voluntário, mas recusou, alegando que queria ser padre.  Foi hostilizado e zombado pela decisão. Abandona o exército e foge para casa. Quando chega, encontra soldados americanos no local - as tropas haviam transformado a residência da família numa base improvisada. Como havia participado dos combates, foi detido num campo para prisioneiros de guerra. Em 19 de junho de 1945, é libertado pelos americanos. Após a Guerra, volta para casa e com isso segue sua caminhada religiosa.
Foi um brilhante teólogo, sendo teólogo consultor de seu bispo durante o Concílio Vaticano II. Professor de Teologia Dogmática da Universidade de Tübingen desde 1966, Ratzinger deixa a instituição em 1969, em função da radicalização do movimento estudantil (várias de suas aulas e palestras foram interrompidas por protestos). Apesar de ser considerado um reformista na época, o professor se distanciou das ideias liberais pregadas pelos estudantes, por considerá-las opostas aos ensinamentos católicos.
Mais tarde como cardeal, foi nomeado Prefeito da Congregação para doutrina da Fé. Como jamais abandonou a fé dos Apóstolos, opôs-se também à herética e materialista teologia da libertação, que era muito forte no Brasil e representada principalmente por Leonardo Boff. Este foi proibido pelo Cardeal de ensinar teologia e dar entrevistas por suas ideias heréticas e por isso se desligou da Igreja.
Em 2005 foi eleito Sucessor de Pedro. Tendo um brilhante e rico Pontificado.
Bento XVI, homem da fé, homem que preferiu a Cristo, homem do desapego, homem da caridade, homem da esperança. Ele com sua vida pregou o Evangelho. Muito obrigado, Bento XVI.

Rafael P. Nascimento

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