sexta-feira, 3 de outubro de 2014

A vida é sagrada e devemos amá-la


Tenho visto ultimamente, no facebook, vários vídeos de violência. Para ver esses conteúdos não é preciso nenhum esforço. Perdi as contas de quantos desses vídeos apareceram em meu feed de notícias em um curto espaço de tempo. Em quase todos eles, trata-se pessoas que, pensando fazer “justiça” com as próprias mãos, agridem outras que cometeram algum delito.

Em primeiro lugar, questiono sobre a justiça dos justiceiros. Quem é que tem o direito de agredir uma pessoa porque esta roubou ou adulterou? Acaso atos de violência e desumanidade levarão a alguma solução? Pessoas que tem capacidade de gravar um espancamento e publicá-lo na internet são realmente íntegras para fazer justiça?

Vale lembrar, ainda, a mulher adúltera do Evangelho. Ela estava para ser apedrejada, como previa a Lei de Moisés. Jesus disse àqueles que queriam apedrejá-la: “Quem dentre vós estiver sem pecado, seja o primeiro a atirar-lhe uma pedra. E saíram um a um, deixando as pedras.” (cf. Jo 8,1-11)

É de impressionar, também, o prazer em que se tem pelo mal, pela desgraça. Vídeos como esses, circulam rapidamente por ter a predileção de muitas pessoas. O gosto pela desgraça é reflexo de uma cultura de banalização da vida e da moral. Podemos nos indagar: a humanidade está mesmo progredindo? Todo o progresso técnico-científico fez do homem mais racional? Ou tão irracional que aprendeu a destruir a si mesmo?


Ao cristão cada renunciar à cultura que promove a morte, à banalização da vida e ao relativismo moral. A vida é dom de Deus e só ele pode tirar. “Não invejes o homem violento, nunca escolhas seus caminhos” (Pr 3,31).  “Não matarás” (Ex 20,13).  “Eu vim para que todos tenham vida e a tenham em abundância” (Jo 10,10b). “A glória de Deus é o homem vivo; e a vida do homem é a visão de Deus.” (Santo Irineu de Lião)

Seminarista Rafael Nascimento

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