domingo, 29 de novembro de 2015

O VELÓRIO

Era uma senhora rica. De família rica que chegou do oriente a nove anos.
No seu velório, entre toda aquela gente bem vestida, apareceu um homem pobre; mal vestido, despertou a atenção e o silencio de todos os presentes.
O homem, depois de benzer, depositou uma flor no caixão aproveitou o silencio e disse aos presentes:
- Talvez este não seja o meu lugar, nem a hora certa, e eu sei que não estou vestido de acordo com a ocasião, mas quero que saibam que as esmolas dela impediram eu, minha mulher e meus dois filhos de morrer de fome.
Vocês não sabem, mas ela veio nos visitar muitas vezes, conversava conosco, trazia os remédios que minha mulher precisava e tomava do nosso café. Eu trouxe esta flor para uma mulher rica, que além de nos dar ajuda, sentava-se na nossa cadeira e conversava com a gente sem nos olhar de cima.
Hoje meu filho está trabalhando num hotel e eu já me visto bem melhor do que antes.
Quero que saibam que hoje eu não tenho vergonha de entrar num lugar rico como este, porque ela não teve medo nem vergonha de entrar na casa de gente pobre como nós.
Houve lágrima e respeito. Os filhos dela o abraçaram. O padre, no sermão pediu licença para lembrar o que todos tinham ouvido.
Àquela altura, o pobre já tinha ido embora. Dizem que depois daquele enterro, muitos ricos foram vistos conversando com os seus empregados… E rindo.
Quem me contou não sabe dizer se o fato realmente aconteceu, mas seria maravilhoso se acontecesse e algum diretor de Big Brother estivesse, por perto.
Teríamos um capítulo com algum conteúdo humanitário.

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