segunda-feira, 22 de agosto de 2016

Maria assumida pelo céu!

Celebramos ontem, dia 21 , a solenidade da Assunção de Maria que oficialmente é comemorada no dia 15 de agosto, mas que no Brasil - por uma especial permissão da Santa Sé - acontece no domingo seguinte. Muitos questionam se este dogma tem um fundamento Bíblico, porque em parte alguma da Escritura se lê que a mãe de Jesus foi levada ao céu de corpo e alma. Na verdade, a figura de Maria quase que desaparece depois da crucifixão não sabendo mais nada de suas ações depois desse episódio. A tradição da Igreja, no entanto, celebra a morte de Nossa Senhora com essa liturgia da "assunção". Sem entrar na questão teológica e mesmo história do dogma, vamos meditar sobre esse mistério.

A palavra assunção significa assumir. Na solenidade da assunção de Maria comemoramos o dia que essa mulher admirável foi assumida por Deus. A tradição acredita que ela não foi sepultada como as demais pessoas, mas que em sua morte, os anjos a buscaram e a levaram de corpo e alma para Deus. O papa Pio XII, em 1950, proclamou o dogma oficializando assim a celebração. Quais as razões para isso tudo?

Tanto os vários séculos de história da Igreja como os teólogos mais importantes da história atestam que a Virgem Maria foi santíssima de corpo e alma. Sua pureza acolheu Jesus e mesmo após o parto ela permaneceu virgem. Além do mais, a mãe do Senhor tem, na sua assunção, os méritos da ressurreição adiantados e já goza do corpo místico, corpo espiritual, prometido a nós na ressurreição do último dia.

Contudo, mais importante que compreender as razões do dogma é perceber a sua mensagem. Maria é assumida por Deus porque ela, durante toda sua existência, assumiu o plano de Deus. Maria foi não um simples instrumento para que Jesus se fizesse carne, mas ela mesma encarnou a santidade divina numa vida discreta, simples, porém muito ativa. Vale recordar que ela, estando grávida, repleta do Espírito Santo, sai às pressas até a casa de sua prima Isabel, que sendo idosa, estava grávida de João Batista.

A vida de Maria é muito edificante para o cristão. Devemos procurar imitá-la nas pequeninas coisas, como por exemplo, no olhar atento às necessidades dos outros. Lembremo-nos das Bodas de Caná, quando ela percebeu o aperto dos noivos: a festa acontecendo e não tinha mais vinho. Ela intercede a Jesus e medeia o milagre. Graças à sua intervenção, a alegria daquele dia não acabou junto com o vinho.

A vida de Maria nos inspira e a sua assunção nos faz pensar: será que tenho assumido Deus na minha vida? Tenho me deixado assumir por Ele? Habito seu coração e ele me habita? Ou nossa relação está estremecida por meu desânimo? Que a virgem, assunta ao céu, interceda por nós! Amém!

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