quinta-feira, 24 de março de 2011

Falando sobre namoro...

Existem em nossa comunidade milhares de casais de namorados, e isso é muito bom. Cada casal de namorados que encontramos pode vir a ser, futuramente, uma família e isso enche nosso coração de alegria. Mas, infelizmente, a maioria dos namoros são conduzidos de uma forma muito errada. Neste post vamos abordar um pouco sobre este tema, sobre as dificuldade dos namoro e dar algumas dicas sobre como viver bem este tempo.

Namoro: o que é?
Para aqueles que são chamados para a vida matrimonial (ou seja, para os que não vão ser padre ou freira), o namoro é a porta de entrada. É um tempo de conhecimento mútuo, de descoberta um do outro. A garota vai descobrindo o garoto. O garoto vai descobrindo a garota. Eles vão se conhecendo, aprendendo como o outro é: o gênio, as dificuldades, as possibilidades... este é o tempo do namoro. Um tempo de primavera na vida do casal. Tempo este que florescem as mais belas trocas de sentimentos, de palavras, de declarações. É um tempo belíssimo e deve ser vivido dentro de três parâmetros importantes: AMOR, RESPEITO e CASTIDADE. Vamos abordá-los separadamente.
Mas antes, é preciso falar sobre um assunto incômodo... o famoso FICAR.

Ficar ou não ficar? Eis a questão.
A maioria dos jovens começam suas experiências afetivas levados pelo prazer carnal do beijo, do amasso, do abraço. Há, aí, uma inversão de fatos. Hoje vigora em nosso meio a ideologia do ficar. Este ficar é um reduto super egoísta. Nas grandes festas como carnaval, festivais, etc, há pessoas que ficam com mais de 10 em uma única noite. Que nojo! Isso tudo só para viver o prazer de um beijo, de um amasso, de um cara bonito ou uma garota sexy. Nesses relacionamentos, meteóricos (ou seja, rapidíssimos), não existe comprometimento, nem sentimento, nem mesmo uma simples amizade. É puro egoísmo. O ficar, portanto, é errado aos olhos de Deus porque Ele nos criou para termos vínculos fortes uns com os outros, para o amor. Essa forma de relacionamento carnal, que, embora não seja uma relação sexual consumada, acaba destruindo o plano do amor e limitando o relacionamento.

Então, como fazer para começar um namoro?
A resposta é simples: pelo diálogo. Deve-se começar um namoro pelo diálogo, e deve-se sempre estar aberto ao diálogo com as pessoas. Veja estes dois exemplos:
Exemplo 1 - Daniel conhece Maria em uma festa. Antes de ficarem, Maria quer saber melhor quem é Daniel. Ambos passam a festa toda conversando. Nada acontece aparentemente. Nem mesmo um beijo. Mas o diálogo deles foi tão bom que eles já se despertaram um pelo outro. Daniel viu que Maria é uma mulher boa, de princípios e meiga, e Maria viu em Daniel um homem comprometido e fiel. Eles combinaram de se encontrar. No encontro seguinte eles continuam a conversa e, ao se despedirem, se beijam.
 Exemplo 2 - Daniel conhce Maria em uma festa. Ele chega nela e pede para ficar com ela. Eles ficam. Passam a festa toda abraçados, se beijam à reveria, aproveitam tudo o que puderem. A festa acaba e ambos vão, cada um para sua casa. Eles nem trocam seus telefones. Acabou a festa, nunca mais vão se ver.
Consideremos que Daniel e Maria, nas duas situações, são as mesmas pessoas. Qual exemplo acima dá uma garantia de felicidade maior? É claro que é o exemplo 1. Pelo diálogo Maria conheceu Daniel um pouco e se apaixonou por ele. Viu nele um homem muito bom, pode experimentá-lo, mais do que sua boca e seus braços, experimentou seu caráter. Brotou uma sementinha de amor. Agora, na segunda situação os dois não tiveram oportunidade nem mesmo de se conhecer, de saber quem era quem, apenas ficaram, saciaram a carne que pedia um abraço apertado, um beijo "caliente"...
Não tenha medo de dialogar com alguém. Tente conquistar a pessoa por inteiro. Não se prenda às paixões da carne, às vontades de beijar, de abraçar. Se você permite que o diálogo aconteça, Deus age porque encontra espaço, e daquele diálogo pode nascer uma amizade muito bela ou até mesmo uma família. O diálogo, antes do FICAR, nos ajuda a evitar problemas posteriores. Às vezes você entra numa enrascada porque não sabia que a menina tinha namorado ou então acha um garoto grudento, meloso e possessivo. Imagine só o que se pode evitar com uma boa conversa antes de um beijo?

O medo de namorar
 Existe ainda, em nossos tempos, uma fobia (medo) de namorar. As pessoas não querem relacionamentos sérios justamente porque eles exigem demais. Exigem atenção, exigem tempo, exigem muita doação de um para com o outro. Muitos jovens, sobretudo homens, não dão conta de namorar, preferem ficar, ficar, ficar e nunca ter um relacionamento sério. Nem todo namoro terminará em casamento. Inclusive nem é bom que se pense em casamento no começo de um namoro. Mas ainda estamos jovens e tudo parece eterno. Quando vamos ficando mais velhos, a idade vai chegando, vamos vendo como é difícil se relacionar e como é bom ter um relacionamento estável e duradouro. E mais, se você não se libertar deste medo de "namorar", de se "envolver", você nunca poderá ser feliz na sua vocação. Uma vez chamado à vida a dois você deve viver tudo o que compreende esta condição: namoro, noivado e até casamento, se for o caso.

O amor no tempo do namoro
Geralmente diz-se muito: "Eu te amo" durante o tempo de namoro. É importante que a troca de carícias seja física e verbal. Dizer apelidos carinhosos para o namorado/a é uma coisa linda que alimenta um amor gostoso, um sentimento bom. Entretanto, o mais importante de tudo é, sem dúvida alguma, demonstrar com gestos este amor. Lembrando a carta de São Paulo aos Coríntios, cap. 13, o amor precisa dar sinais de paciência, bondade, fidelidade, tolerância, espera, humildade, verdade, gratuidade. Isso é amor. Como disse um padre amigo: "Amor verdadeiro é o das mãos caleijadas, do rosto suado, das pernas cansadas". Este é o amor verdadeiro: aquele que se traduz em gestos de cooperação e solidariedade.
Mais do que nunca, nos nossos tempos, as pessoas precisam de alguém que seja solidário e companheiro. ELas não precisam tanto de parceiros sexuais, nem de beijos, nem de amassos, mas a grande carência é afetiva e não sexual. Precisam  se sentir valorizadas, amadas, importantes. Gestos de amor alimentam saudavelmente o relacionamento.

Respeitar um ao outro
Quando se trata de namoro, se trata de dois seres humanos, completamente diferentes um do outro. Cada um tem suas características herdadas da criação familiar e da vivência, cada um tem suas opniões e gostos, cada um tem seu jeito de ser e entender a vida. Não se pode querer impor a vontade de um sobre o outro. Por isso o diálogo é palavra chave para que haja respeito. Nem sempre os dois vão concordar em tudo, nem sempre os dois vão estar do mesmo lado, mas o amor verdadeiro exige compreensão e respeito pela opnião alheia. Respeitar a vontade, a crença e o estilo de vida deve ser a regra número 2 do namoro, porque a número 1 é a castidade.

Castidade - regra número 1
Você quer um namoro feliz? Viva ele de maneira santa, colocando a castidade como regra número 1 deste relacionamento. O que seria a castidade no tempo do namoro? Seria não ter relações sexuais, de qualquer tipo que sejam. Hoje é muito comum se relacionar sexualmente com o namorado/a, sobretudo quando se trata de relacionamentos de longa duração. Lembremo-nos que o sexo é para o matrimônio. Guardar a castidade no tempo do namoro é uma tarefa difícil, porém necessária. E isso pode ser a maior prova de amor de um para com o outro. É como se dissessem: "estamos guardando o melhor de nós para o melhor dia de nossas vidas".
Resumindo - As regras para um bom namoro
1. Viver na castidade;
2. Dialogar sempre;
3. Não deixar que pequenas coisas estraguem o relacionamento;
4. Amar com gestos e não só com palavras;
5. Escutar o outro e ajudá-lo em suas necessidades;
6. Viver este tempo na fé: rezar junto, ir à missa junto, participar do Grupo de Jovens.

Gostaria de finalizar lembrando um conselho que dei para uma jovem que me procurou certa vez:
- Gregory, meu namorado é um bebum, mexe com drogas, tá um caso sério... onde é que eu fui me meter?!
- Onde você o conheceu, minha filha?
- Num buteco...
- Ah, então você tem aquilo que você procurou. Se tivesse procurado seu namorado na Igreja, num grupo de jovens, ou que fosse num lugar mais luminoso você encontraria alguém que não bebesse, que não se drogasse.
- O que eu faço então?
- Lute pela conversão do seu namorado. Ajude-o a sair dessa. Você o ama?
- Sim.
- Então prove seu amor dando auxílio. Se ele te ama certamente aceitará toda a ajuda que vier de você!
Espero que tenham entendido a mensagem!
Seu irmão,
Sem. Gregory Rial

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