terça-feira, 12 de abril de 2011

Quando o calvário é logo ali

Todo ser humano sofre. O sofrimento é algo que jaz na natureza humana e é impossível ser livre dele. Isso é fato. A semana santa contempla o sofrimento de Cristo que foi o sofrimento salvador, se é que assim podemos dizer: através da cruz de Cristo todo homem e mulher, de todas as raças e gerações, receberam o céu que antes, haviam perdido pelo pecado.
É verdade que ninguém passa esta vida sem cruzes e tormentos. Às vezes o nosso calvário pesa de uma maneira tal que pensamos: "Não vou suportar", às vezes, como Jesus, caímos sob o peso de nossas cruzes e pensamos: "Sou fraco demais para isso tudo". É bem verdade também que nossas cruzes vão aumentando dia-a-dia, à medida que se conhece mais a Jesus então, as cruzes vão ficando cada vez maiores. Entretanto carregá-las vai tornando-se mais fácil.
Precisamos estar atentos às cruzes que carregamos, aos calvários que subimos, mas devemos estar muito mais atentos ao Calvário de nossos irmãos, porque, pode ser, que um deles, necessite de um Simão Cirineu.
Cirineu, figura ímpar do episódio mais trágico da história da humanidade, estava passando pelo caminho quando foi, abruptamente tomado e forçado a carregar a cruz de Jesus. Sim meus amados, Jesus não dava mais conta de carregar a cruz, Ele precisava de ajuda, Ele precisava de descansar um pouco: já estavam exauridas suas forças, seu corpo todo dilacerado não respondia mais aos comandos de seu cérebro e, por mais que Ele quisesse carregar a cruz, não dava conta, estava no cume de sua fraqueza física. Assim, meus queridos, estão muitos de nossos amigos e amigas, pessoas que nos rodeiam. Estão cansados e exauridos de suas cruzes. Eles até que aceitaram de bom coração carregar a cruz que lhes foi imposta pela vida, mas estão cansados. Por que não ser um Simão Cirineu para eles? Olhe ao seu redor, veja seus amigos mais chegados, olhe bem para eles, veja: pode ser que algum deles necessite de ajuda, de socorro, de um ombro para chorar, de um ouvido para escutar, de uma mão para se levantar. Pode ser que o verdadeiro calvário a se contemplar nesta Semana Santa nem esteja tão longe, vai ver ele está aí, próximo a você. O seu irmão pode ser o Cristo sofredor, homens e mulheres das dores, que, de tão cansados, já não dão conta mais de carregar a cruz sozinhos, mesmo com a ajuda e o amparo divino.
Pense bem no que diz São Francisco: "É dando que se recebe". Se em seu calvário você tem se sentido sozinho, lembre-se: Jesus também esteve sozinho. Mas confiando no amor do Pai, Ele encontrou alguém que lhe pudesse aliviar o fardo. Se em seu calvário você estiver desolado, lembre-se: Jesus passou o calvário sem consolo algum, pelo contrário, no caminho Ele ainda consolava as mulheres que choravam. Se em seu calvário você caiu, foi humilhado, sentiu-se rejeitado: que maravilha! Jesus também o foi! Por que não oferecer o seu sofrimento à Deus unindo-se ao Cristo sofredor?
Quando a cruz estiver muito pesada, e as situações da vida já estiverem esmagando seu ser, peça a Jesus para Ele seja o seu Cirineu. Logo, logo, Jesus providenciará bons amigos que possam te ajudar.
Ó Simão Cirineu, personagem nobre do Evangelho, que ajudou o divino Mestre a carregar a cruz, que pode sofrer por seu Deus! Ó Simão Cirineu, quão sublime foi o teu ato! Benditos sejam os calos de suas mãos! Louvado seja Deus pelo suor de seu rosto que se misturou ao sangue de Jesus no solo de Jerusalém!
Que Deus nos dê a graça de sofrer por amor a Cristo e pelos irmãos!


Em Cristo,
Seu irmão,
Sem. Gregory Rial

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