quarta-feira, 18 de maio de 2011

O bambu e o carvalho


Uma parábola já famosa é esta a do bambu e do carvalho. Diz-se que em certo bosque havia um imenso carvalho: árvore frondosa, de grosso calibre, com uma enorme copa, suas raízes eram grandes e visíveis. O carvalho esbanjava força. Próximo dele, em contraste por assim dizer, havia um bambuzal. Eram milhares deles. Poucas folhas, raízes ocultas, e bem fininhos. Certa vez veio sobre aquele bosque uma tempestade fortíssima. Muito vento e muita chuva. Durante a tempestade o vento bateu em muitas árvores e as derrubou. Entre as que foram ao chão estava aquele majestoso e nobre carvalho. Sobreviveram outras de médio e pequeno porte, e os bambus que estavam lá. Durante a tempestade os bambus sacudiram de um lado para outro, mas não foram arrebatados pela força do vento.
É intrigante o fato, mas é possível. O carvalho tinha o caule muito grosso e inflexível. Qunado vieram os ventos ele não pode suportar e a sua dureza o levou ao chão. As suas raízes eram muito visíveis e pouco profundas. Embora fosse mais bonito que o bambuzal, ele não possuía a flexibilidade e a profundidade das raízes do bambu. Em contra partida os bambus sobreviveram porque, pelo fato de não ostentarem caules grossos e copa frondosa, eram capazes de se curvar quando vinha o vento. Outro fato que ajudou muito os bambus a ficarem de pé foi a união deles. Eram muitos bambus juntinhos - isto dava segurança. Mas só estavam juntos porque sabiam seus limites e compartilhavam do mesmo solo, da mesma água.
Assim é em nossa vida. Se formos inflexíveis e durões com as pessoas não ficará ninguém junto de nós e, abandonados, caire
mos na primeira grande tempestade da vida. Se, pelo contrário, formos humildes e flexíveis teremos muitas pessoas próximas a nós, virá a chuva, o vento mas não cederemos porque há aí a humildade de se curvar.
Nunca é bom viver isolado. A
auto-suficiência, a prepotência e inflexibilidade daquele carvalho fez com que ele ficasse desabrigado. A sua vaidade em mostrar as raízes era pura fraqueza. Elas eram por demasiado superficiais e pouco profundas. Aprendamos pois a sermos humildes, a confiarmos nos irmãos, a sermos flexíveis e abertos ao diálogo, cedendo sempre e firmando raízes no mais profundo que é Deus. Desse modo venha o vento que vier, unidos, flexíveis e profundamente enraizados em Deus não pereceremos.

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