terça-feira, 29 de janeiro de 2013

A grande tentação

João tem um trabalho para entregar na faculdade. Ele tinha tempo para fazer tudo bem feito. Entretanto preferiu enrolar e acabou copiando tudo da internet.

Maria teve um encontro pessoal com Jesus num evento que foi. Veio a hora de optar por Cristo: continuo ou termino meu namoro com aquele garoto que não respeita minha escolha de castidade? Escolheu continuar por medo de perder o rapaz.

Celso quer servir na Igreja. Ele participa do grupo de jovens da paróquia. Sua namorada não quer acompanhá-lo. Ele acaba ausentando-se e perdendo a chance de fazer amigos e conhecer melhor Jesus.

Iara sente-se chamada à vida religiosa, mas tem medo da reação da família. Ela fica calada e acaba se matando por dentro.

O padre Antônio quer muito que sua comunidade se transforme, mas celebra a missa de qualquer jeito.

A dona Dolores quer que sua família dobre os joelhos diante de Jesus, mas não para de falar mal dos outros.

Ubiratan é coordenador de uma pastoral. Ele quer que todos os trabalhos sejam bem feitos, quer que todos trabalhem bastante, mas não dá exemplo do que pede.

As intenções são boas. Os desejos são legítimos. Mas a grande tentação ronda e puxa pra trás. É a dona mediocridade. Ser medíocre é ficar no meio. É não ter determinação. É permanecer em cima do muro. É não se comprometer com nada, nem mesmo com as próprias escolhas. A mediocridade é o que faz a sociedade ser tão inerte diante de abusos políticos ou de sentenças judiciais como o aborto de anencéfalos. Ela é responsável pelo estado lastimável de tantas pessoas que, optando pela lei do menor esforço, acabaram de se acabar por assim dizer. É a mentalidade medíocre que faz a comunidade cristã encolher ao invés de dilatar-se. Todas as situações que ilustram este post estão no melindre: é hora de decidir. A escolha medíocre leva à perdição.

O João teria tido trabalho, suado a camisa, mas teria tirado 10 e não teria sido acusado de plágio. A Maria, se dissesse não ao namorico, teria ficado sem aquele rapaz bonitinho, mas não estaria grávida tão nova. O Celso, se tivesse optado pelo serviço na Igreja, teria que enfrentar sua namorada, mas sentiria-se completo. A Iara, não fosse seu respeito humano, viria a realização pessoal bater em sua porta. O padre Antônio, se celebrasse a missa com mais devoção assistiria à renovação de sua paróquia, de dentro para fora. A dona Dolores se rezasse mais ao invés de fofocar teria uma história de superação dos problemas familiares para contar. E o Ubiratan, se não fosse a mediocridade de sua postura, seria um grande líder pastoral.

O problema é nossa insistência é continuar a nadar junto à corrente e não contra a corrente. Ninguém está vacinado contra a mediocridade. É luta. É resistência. É coragem.

Na paz de Jesus, seu irmão
Sem. Gregory Rial

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