terça-feira, 15 de abril de 2014

"Não podemos celebrar a Semana Santa com um olhar romântico", afirma Frater Henrique.

Na noite dessa segunda-feira, após a procissão do depósito do Nosso Senhor dos Passos, Padre Hedvan Richardson celebrou a eucaristia na Matriz de São Bento. Com ele, estava o Frater Henrique Benjamim, que passa essa Semana Santa na paróquia do sacerdote. A comunidade de Itapecerica foi agraciada pelas palavras do Frater Henrique na homilia, que nos levou a uma reflexão sobre a semana maior que celebramos e nosso seguimento a Jesus.

Ao iniciar, o Frater nos recordou que a Semana Santa deve despertar em nós um seguimento a Jesus. "Não podemos celebrar a Semana Santa com um olhar romântico, de algo muito bonito e que mudou a história", disse, lembrando que o sentimentalismo não pode ocupar nosso coração. Ao contrário, devemos celebrar a Semana Santa com a convicção de que Deus entregou o seu Filho único por amor a nós, e assim como o Pai, devemos fazer o mesmo: entregar-nos a Ele todos os dias.

Recordamos as três quedas de Jesus. Foram vários os motivos que levaram Jesus a cair. Um deles foi a flagelação. As humilhações, bofetadas, coroa de espinhos o levaram ao chão. "Mas os principais motivos que fez Cristo cair foram: a traição de Judas, a Negação de Pedro, o meu, o teu e o nosso pecado. Ele não caiu porque era fraco. Mas caiu para nos mostrar que quando afastamos de Deus, nós caímos.", disse o Frater Henrique.

Aquele que não cometeu pecado, se torna pecado, se torna solidário para conosco.  Precisamos 'olhar para Cristo como nosso modelo e ideal', pois Ele é o verdadeiro caminho que nos conduz ao Pai. E a Semana Santa é um momento privilegiado de encontro com o Senhor. Ao celebrar a Páscoa devemos celebrar também a nossa Páscoa, a nossa passagem do pecado para uma vida nova.

"É necessário dizer pra vocês, que Cristo salvou a humanidade e o bem já venceu. O amor é mais forte do que a morte e sendo discípulos de Jesus, a alegria de ser cristãos deve ser a nossa principal característica", ressaltou. Não devemos ser cristãos de fachada, de museus. Nós somos o sal da terra e a luz do mundo. Não somos um Igreja que adora um Deus morto, mas sim um Deus Vivo, um Deus que ressuscitou. Um Jesus que não teve medo de carregar a sua cruz, que não teve medo de sofrer.

A nossa experiência deve ser a do Deus Conosco, que caminha ao nosso lado, que carrega a nossa cruz. Que mostra para nós que a morte não é o fim. A experiência do Deus Amor! Falta-nos, nesse tempo propício, pedir a conversão de nossos corações, de analisarmos se estamos verdadeiramente seguindo a Jesus, ou se estamos fazendo uma picotagem do Evangelho, escutando aquilo que nos convêm. Como estamos sendo diante de Cristo? Como Judas, que beijou  e O traiu? Como Pedro, que na primeira dificuldade O negou? Como Pilatos, que lavamos as mãos quando a dificuldade aparece? Ou como Maria, que permaneceu firme na dor e no sofrimento? Sejamos como nossa Mãe, Maria.

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