quinta-feira, 10 de abril de 2014

"Não sejamos insensíveis aos apelos de Deus", nos pede Dom Gil

Na noite desta quarta-feira (9), a quarta dor de Nossa Senhora foi refletida em nosso setenário: o caminho do calvário: Mãe e Filho se encontram. Dom Gil Moreira, arcebispo de Juiz de Fora, e Padre Éder Luiz Pereira, Chanceler da arquidiocese de Juiz de Fora, estiverem a frente do ofício.

Em sua pregação, Dom Gil iniciou pedindo que o Espírito Santo de Deus nos ajudasse a crescer na fé a partir da reflexão da quarta dor, pois rezar e refletir as dores de Maria é uma preciosa preparação para a Semana Santa.

Na quarta dor, nos depararmos diante do quadro da rua da amargura, onde Jesus vai ser injustamente condenado. A multidão curiosa acompanha-O, os soldados se encontram enfurecidos. Entre os condenados que ali subiam, estava o filho de Deus. O Senhor Jesus com a pesada cruz passou os sofrimentos físicos do espinho e da flagelação. Precisamos contemplar o rosto desfigurado de Jesus, os espinhos em sua cabeça. Eis uma figura impressionante que muito nos ensina.

O arcebispo de Juiz de Fora lembra que, segundo o evangelho de São João, era por volta de meio dia quando Jesus foi condenado. O sofrido cortejo se iniciou. Jesus levando sua cruz sai a caminho do calvário. Empurrões, cusparadas. Tudo isso aconteceu, embora da boca de Jesus não houvesse saído nenhuma mentira, nenhuma injustiça. Jesus compadece de nossos pecados e morrerá por eles.

“No meio da multidão surge alguém que procura Jesus com sofrimento e angustia. Maria, a Senhora do Puro Amor, a Senhora dos Aflitos, a Mãe de Misericórdia, a Rainha dos Mártires, a Senhora das Dores”, diz Dom Gil. Os olhares da mãe e do filho se cruzam. Aquela que se escondeu durante a vida pública de Jesus, que não quis ser vista, que não queria aparecer, se encontra em um momento onde não quer mais distanciar de seu filho. O momento da dor, da tribulação, do sofrimento, da injustiça: é no perigo em que seu filho se encontra.

“O vos omnes qui transitis per viam, attendite, et videte
si est dolor similis sicut dolor meus.”
 Oh vós todos que passais pela via, vinde e vede: Se há dor semelhante à minha!

Eis diante da mãe, seu filho, que é sangue de seu sangue, fruto do amor do Pai e do Espírito Santo. As mães verdadeiras não falam, não fogem, não abandonam. Eis aí a mãe do Salvador, a mãe do bom conselho.

“Vinde ó Maria, deslocai-nos de nossa posição”, suplica o bispo. “Foste vós que ouvistes o Arcanjo Gabriel. Sois a mãe de todos, a Maria cheia de graça. Foste vós ó mãe querida que ouviste as palavras de Isabel! Sim Maria! Encontre com seu Filho! Sofre com Jesus os seus sofrimentos, alivie-O.”

O momento nos recorda que Deus enviou o seu filho para ser o nosso salvador, foi por amor a nós, para nossa eterna salvação. “Com tudo isso, somos chamados a conversão. Não sejamos insensíveis aos apelos de Deus. O Senhor nos chama a conversão, a confissão penitencial, a mudança de vida.”, ressalta Dom Gil.

Diante da cena do encontro devemos buscar a nossa verdadeira conversão para não cairmos no inferno. Dom Gil lembrou que o inferno existe e podemos estar a beira dele se não nos convertermos realmente. “Do inferno ninguém sai, uma vez que lá caiu. E ninguém cai a não ser por sua própria vontade”, disse. A nossa conversão é a verdadeira páscoa, serena e profunda.

“Não esqueças que tens vida curta e o que se leva é apenas o bem que se faz”, afirmou o bispo. Precisamos praticar a Palavra de Deus. Porque não poupamos tempo para Deus, mas encontramos tempo para os prazeres?

“Cristo não nos deu sua vida para a escravidão do dinheiro, nem do sexo, nem das drogas. A Campanha da Fraternidade desse ano nos lembrou que Cristo nos deu a vida para nos libertar do pecado, da infidelidade”, disse.


Nesse quadro, o que sai do olhar de Maria e do coração de Jesus vai ao encontro de nosso coração mostrando-nos o caminho a ser seguido. É preciso acompanhar Jesus. A maior infelicidade do homem é viver sem Deus. A maior desgraça  do homem é ficar longe de seus olhos.

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