quarta-feira, 28 de maio de 2014

Verdade ou mentira?

Há algum tempo li a seguinte frase: “Prefiro uma dura verdade a uma doce mentira...”, e me perguntei: “Será que prefiro mesmo?!”.

Sabemos o valor da verdade, aprendemos desde cedo que mentir é feio, que a “verdade liberta”, que ser verdadeiro é o que vale a pena... Mas com o passar do tempo acabamos ouvindo outras frases “de efeito”, que tentam mudar nosso modo de pensar e agir: “a verdade dói”, “é só uma mentirinha por uma boa causa”, “o mundo é dos espertos”, o “o fim justifica os meios”...

Se não formos convictos de que a verdade é o melhor (e o único) caminho, de que Jesus é o caminho, a verdade e a vida (Jo 14,6), de que a verdade é critério de fé, acabaremos por nos deixar levar pelas “doces mentiras” que ouvimos por aí.

Temos até um “dia da mentira”! Claro que no contexto da brincadeira que se faz no “primeiro de abril” não haveria problema, especialmente se em todos os outros dias falássemos “só a verdade, nada mais que a verdade, nada além da verdade”. Mas parece que acabamos por nos acostumar com a mentira (que, em alguns casos, se chama “jeitinho brasileiro”): mentir a idade para ter acesso a privilégios, mentir o nome para permanecer anônimo (especialmente na internet, quando se quer falar o que quiser, sem se responsabilizar), mentir o local em que estava para não receber bronca dos pais, mentir com quem estava pra não arrumar confusão, omitir o que se viu para não se comprometer, mentir para si mesmo para não assumir os próprios erros ou a própria vida, mentir a condição social para impressionar aquela menina ou aquele rapaz, fingir que não recebeu o troco errado para algumas moedas; mentir, omitir, fingir, falsear... e, em alguns casos, mentir por compulsão, por costume e até por vício.

Precisamos mudar nosso modo de pensar para conseguirmos mudar nosso modo de agir, de forma que possamos preferir realmente uma dura verdade a uma doce mentira, uma verdade que liberta a uma mentira que escraviza, uma verdade que salva a uma mentira que condena.

E quanto às consequências da verdade, não precisamos nos preocupar, pois na realidade a verdade não dói, o que dói é nosso orgulho, quando não aceita a verdade. É claro que tanto a verdade quanto a mentira trazem consequências; é certo também que há o modo correto de se dizer a verdade. Mas não há como comparar: eu escolho a verdade, eu escolho Jeuss, que é a verdade do Pai para nós. Vamos fazer a escolha de conhecer e amar a verdade: a verdade de cada um, a nossa história e o nosso Deus. "E conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará" (Jo 8, 32). Assim seremos os adoradores que o Pai procura: “...adoradores que o adoram em Espírito e em verdade” (Jo 4, 24).

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