quinta-feira, 3 de setembro de 2015

Boca a boca

            Vivemos em um mundo onde tudo se espalha numa velocidade inacreditável. Notícias nos jornais, fotos e vídeos em redes sociais, fofocas, brigas, julgamentos de conduta e críticas destrutivas são alguns dos exemplos comuns nessa cultura do boca a boca. Sempre tem alguém vigiando o outro, pronto pra espalhar tudo que ele fez e até aumentar um pouco o fato.
            Seria incrível se as pessoas gostassem tanto de falar da vida de Jesus quanto gostam de falar da dos outros. Imaginem o nome de Deus na boca do povo. É, muitas vezes Ele até está, mas para reclamar e como culpa de tudo que deu errado. Ah, se esses que amam reclamar passassem pela experiência do agradecimento talvez as coisas fossem um pouco diferentes.
            A voz do povo nem sempre é a voz de Deus. Quando nos colocamos na condição de juízes queremos ser Deus, e quando buscamos ser algo que não somos, não é a voz de Deus que ressoa. No momento em que apontamos os erros dos nossos irmãos, fazemos fofocas sobre eles, divulgamos fatos que não fazem parte dos planos de Deus, inventamos coisas não fazemos o boca a boca que o Pai sonhou.
             “Passando ao longo do mar da Galiléia, viu Simão e André, seu irmão, que lançavam as redes ao mar, pois eram pescadores. Jesus disse-lhes: ‘Vinde após mim; eu vos farei pescadores de homens.’ Eles, no mesmo instante, deixaram as redes e seguiram-no.” (Mc 1, 16-18). Logo no início do Evangelho de São Marcos, Jesus convida esses homens, até então meros pescadores, a  caminharem com Ele para que aprendessem a viver um sonho do Pai e anunciassem o amor de Deus.
            Todos os dias o Senhor repete esse convite, mas dessa vez Ele está andando ao longo do mar da sua vida. Ele conhece todos os seus fracassos e misérias, mas nesse momento isso não é o que mais importa. Diante dos seus medos Deus hoje convida você a largar suas redes, sua comodidade e entrar nesse boca a boca. Um boca a boca diferente do qual estamos acostumados.
            O Senhor te convida a ser um anunciador da Sagrada Escritura. Ele quer que você seja um instrumento de graça e conversão. Deus quer te usar, te capacitar e ungir. Cabe a você responder a Ele, você aceita lançar suas redes em busca de homens para o Reino de Deus?
            Anunciar o Evangelho não é um simples ato de proferir palavras, é necessário viver aquilo que é pregado. A palavra só chega aos corações dos homens quando é sincera, experimentada. O convite ao anúncio é antes de tudo um chamado a viver a Palavra de Deus. E não é possível viver algo com o qual não tenho intimidade.Precisamos nos tornar íntimos daquilo que Deus nos deixou como herança na Bíblia. Devemos buscar o hábito da leitura diária e da prática dos ensinamentos escritos inspirados por Deus.
A partir do momento que nos abrimos a ação do Espírito Santo, tudo fica mais fácil. Aprendemos a viver aquilo que Deus pede, aprendemos a amar, perdoar e, um dos ensinamentos que acho mais fantásticos, ser pelo outro.
Anunciar não é tarefa fácil, mas Deus não nos dá uma missão que não possamos cumprir. É o próprio Cristo que nos capacita e fortalece diante das tribulações, é o próprio Espírito Santo que coloca as palavras na nossa boca, é o próprio Deus que nos ensina como agir. Acho São Francisco de Assis resume muito bem tudo que tentei escrever e que Deus quer nos falar com a frase: “Pregue o Evangelho em todo tempo. Se necessário, use palavras.”

Faça sua oração...

Senhor, quero ser instrumento da vossa graça. Usa-me para levar paz e alegria àqueles que necessitam do seu Amor. Quero anunciar o Evangelho com minha vida, seguindo teus exemplos. Faz-me pescador de homens para Teu Reino. Quero levar Tua Palavra aonde o Senhor me conduzir. Quero levar meus irmãos a viverem uma experiência viva com vosso Espírito Santo. Sou teu e nada meu! Te entrego meu sim, quero Te seguir! Quero lançar as redes para pescar homens para Ti!

Coloco vocês em minhas orações.
Uma grande abraço,
 Luiz Oliveira – Missionário da Missão Kerigma

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