terça-feira, 31 de maio de 2011

O pato e a esponja

Por acaso você já observou o que acontece com os patos quando dão seus mergulhos na lagoa? Eles simplesmente não se molham. Suas penas são cobertas com uma camada de óleo, tornando a ave impermeável. Ele retira cuidadosamente o óleo, da glândula uropigial, com o bico e o espalha por todo o corpo. Se você lavar um pato com detergente, ele se afogará no primeiro mergulho. Mas o pato não é a única ave privilegiada com esta proteção. Praticamente metade das aves possuem a tal glândula.
Ao liderar pessoas difíceis é fundamental desenvolver um mecanismo de proteção parecido com o do pato. De alguma maneira, é preciso que fiquemos “impermeáveis”. O grande erro é deixar que o temperamento difícil de uma pessoa se torne referência para você e para todos ao redor.
Se alguém fala alto demais em seu ambiente de trabalho, não vai demorar muito para que todos comecem a se comunicar aos berros. Será a vitória do erro. É preciso que aprendamos a nos tornar um pouco surdos, mantendo um jeito sereno de falar. Impermeáveis. O silêncio falará mais alto que os gritos, e a serenidade será a referência determinante para aquele ambiente.
O problema é que, além de não sermos "patos", muitas vezes, nos comportamos como verdadeiras "esponjas".Temos a trágica capacidade de absorver tudo. Se alguém vomita num lugar público, logo buscamos um balde d'água para limpar o lugar. Porque não fazemos o mesmo com as pessoas que vomitam mau humor, inveja e raiva?Absorver estes sentimentos como uma esponja é tão asqueroso e prejudicial quanto absorver o vômito alheio.
Se pensássemos desta maneira, não ficaríamos com tanta facilidade nos remoendo em ressentimentos. Prestou atenção nesta palavra? Vou repetir "re-sentimento". É sentir de novo o que já fez mal da primeira vez. Recebemos uma ofensa, basta a dor uma vez só. Mas preferimos comentar sobre o fato ressentidamente com alguém, depois com outro e mais outro... Ao final do dia já "re-sentimos" a mesma dor várias vezes. Jogue um balde d'água nessa sujeira! O perdão é o melhor remédio. Seja pato.. não seja esponja.

Entrevista com Patti Mansfield - "fundadora" da RCC

Para receber os dons do Espírito Santo

O que podemos e devemos fazer para que o Espírito de Deus venha a nós e nos satisfaça com Seus dons? Quais devem ser nossas atividades e disposições interiores para atrair e receber ao Espírito Santo?

1- Uma primeira disposição: Deveríamos despertar ainda mais em nossos corações o desejo pelo Espírito Santo e Seus dons. É o mesmo desejo que tinham os apóstolos e a Santíssima Virgem quando estavam reunidos no cenáculo esperando o Espírito Santo prometido. É a súplica é: Vem, Espírito Santo! Esperamos-Te com ânsias, porque somos tão débeis, porque necessitamos Teu poder transformador.

Deveríamos despertar profundos afetos de ânsias para que Ele tome em Suas mãos nossa educação, nossa transformação em autênticos filhos de Deus, em homens simples com alma de criança. Por isso, temos que chegar a ser homens e mulheres que anelam pelo Espírito de Deus.

2- Uma segunda disposição: Devemos esforçar-nos mais para estar em silêncio, para estar sós e tranquilos interiormente. Trata-se de um isolamento e uma solidão repleta de Deus. As forças da alma devem estar concentradas não em nós, mas em Deus. Somente assim poderemos escutar o que o Espírito Santo nos sopra. Se ao nosso redor e, sobretudo, se em nosso interior, existe tanto ruído, tantas vozes alheias, tanto espírito mundano, então não poderemos escutá-Lo. E se não O escutamos, tampouco saberemos o que Ele deseja de nós e nos sugere. E assim nunca vamos perceber Sua presença em nossa alma nem vamos acreditar em Sua atuação e influência em nossa vida.

3- Outra disposição é a oração humilde. Diz o Padre: “Parece-me que chegou o momento em que iremos juntar as mãos e orar. Necessitamos muito mais de oração que de exercícios. Certamente, isso não quer dizer que devamos deixar de praticar o amor filial. Mas sabendo que só possuímos as velas e que é o Espírito Santo quem deve insuflá-las, nos sentimos em dependência total diante de Deus. Devemos cultivar, então, o heroísmo da oração humilde”. Havemos de ser mestres da oração e da humildade.

4- Uma última disposição que atrai o Espírito Santo é o espírito mariano. Sabemos que a Virgem Maria, no Dia de Pentecostes, encontrou-se no meio dos apóstolos. E não duvidamos que, sobretudo, por sua poderosa súplica maternal o Espírito Divino veio sobre cada um deles. E assim também nós devemos unir-nos a ela na espera do Espírito Santo de Deus.
Haveremos escutado alguma vez as palavras de São Luís Maria Grignion de Montfort, que o padre-fundador repetia tantas vezes: O Espírito Santo quisera encontrar nas almas a Santíssima Virgem, quisera encontrar atitude e espírito marianos, quisera encontrar um amor profundo a ela. E quando Ele descobre numa alma a Maria, então não há alternativa que penetrar nesta alma com seus dons e realizar milagres de transformação.

E a causa disso? Como na Encarnação o Espírito Santo e a Virgem Santíssima colaboraram para que nascesse Jesus, assim o Espírito de Deus quer também hoje em dia cooperar com Maria, para que Cristo, o Filho do Pai, nasça e viva em cada alma. Por isso, não é casualidade que o Padre nos convida a ampliar nossa Aliança de Amor celebrando essa mesma Aliança também com o Espírito Santo. Então, Ele nos dará Seus dons, o dom da sabedoria, para que todos possamos conquistar o espírito filial.
Padre Nicolás Schwizer - Shoenstatt mov.apostólico
pn.reflexiones@gmail.com

sexta-feira, 27 de maio de 2011

VI Jovens em Renovação

Venha abrir as portas do seu coração para Cristo!
Participe do VI Jovens em Renovação!
Informações clique aqui 

Fique por dentro do que acontece antes de um Jovens em Renovação
AGENDA DO ENCONTRO
Sábado - dia 28, lançamento da Campanha de Divulgação e cenáculo na casa da @joycerezende
Domingo - Lançamento Oficial do Encontro na Missa das 18h/ Cantinho especial pré-encontro após a missa no Educandári
Segunda à sexta - reuniões das equipes/ campanha de divulgação
Dia 09 de junho - quinta-feira - intercessão para o encontro. Missa às19h na Matriz e Vigília Eucaristica logo após a missa. (Todos os servos do MJ e da RCC devem comparecer!!!) 

quinta-feira, 26 de maio de 2011

Quebre o muro das lamentações!

Hoje há jovens que agem como verdadeiros velhos, chatos e rabugentos. Agem como velhos pois só ficam reclamando da vida e se lamentando. Isso não é característica de jovem! O jovem deve agir alegremente, deve ser animado e de bem com a vida.

Não é muito difícil ouvir frases da boca de um ‘jovem’ tipo: “Por que acontece só comigo, tanta gente ruim no mundo”, “Nada dá certo para mim”, “A minha vida é um inferno”. Em casos chegam a dizer o absurdo de que Deus não gosta dela.

Isso vale não só para os jovens, há pessoas mais velhas que são jovens também, pois têm um espírito jovem, são jovens a mais tempo.

Realmente é tenso conversar com pessoas assim. Essas pessoas murmuradoras são chatas, isso deixa a pessoa chata. Isso vale não só para os jovens, pois há pessoas mais velhas que são mais jovens que alguns jovens de idade. Ser jovem sobretudo é ter um espírito jovem, há pessoas que são jovens a mais tempo.

A lamentação não leva a lugar algum, mais do que isso ela prejudica. Ela faz mal para o nosso próprio bem estar, leva a pessoa a se afundar cada vez mais, em uma depressão por exemplo. A depressão é um grande exemplo disso, se lamentar e reclamar não ajuda a pessoa a sair da depressão nunca.

É preciso enfrentar de cabeça erguida nossos problemas, pois todos temos problemas em nossa vida. A vida não é um mar de rosas. É ignorância ficar se lamentando e se fazendo de coitado diante de um problema só para que outras pessoas tenham dó. Pode ser que essas fiquem com dó, mas o problema vai continuar, e quando mais deixar permanecer o problema, mais ele crescerá.

O nosso cabelo precisa ser cortado periodicamente, os homens precisam fazer barba periodicamente, uma grama ou uma horta precisa ser podada periodicamente. Se não fizermos isso, com certeza, isso vai nos prejudicar. Mas se ficássemos olhando para o mato na horta iria resolver algo? Não! Temos que criar a coragem de pegar a enxada e capiná-la. Assim também ficar olhando para nossos problemas, reclamando deles, se fazendo de coitado não irá resolver nada. Temos que enfrentá-los com coragem e fé.

“Senhor, eu te louvo, mesmo com tantos problemas. Afastai de mim esse espírito de reclamação, de lamentação. Envie o Espírito Santo sobre mim, com o dom da fortaleza para que eu seja forte para enfrentar os obstáculos da vida e carregar minha cruz. Perdão se eu fui reclamador, se eu reclamei de ti, se eu duvidei do vosso amor.”

VI Jovens em Renovação

 
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quarta-feira, 25 de maio de 2011

Pentecostes de ontem, de hoje e de sempre - Texto preparatório para o encontro nº 2


A palavra “batismo” significa mergulho. A palavra “efusão” significa derramamento. Por toda a sua vida Jesus prometeu que enviaria o paráclito, o Espírito da verdade, que habitaria no meio dos apóstolos e os levaria ao cumprimento da vontade do Pai. (cf Jo 14, 16-18). O Senhor, Ele mesmo nos diz, não nos deixaria órfãos e estaria sempre conosco. É o Espírito Santo a promessa do Filho salvador. E a primeira vez em que tal promessa se cumpriu foi no dia de Pentecostes. Havia se passado cerca de cinqüenta dias desde a morte de Jesus e os Apóstolos estavam reunidos num mesmo lugar, chamado Cenáculo (lugar da ceia). Neste contexto de medo e de espera é que veio o Espírito Santo. Primeiro veio do céu um ruído, como se soprasse um vento impetuoso que encheu toda a casa em que estavam. Em seguida, apareceu-lhes então uma espécie de línguas de fogo que se repartiram e pousaram sobre cada um deles. Logo, eles ficaram cheios do Espírito Santo e começaram a falar em outras línguas conforme o Espírito lhes concedia que falassem.
Como era a festa da colheita dos judeus (Pentecostes), estavam em Jerusalém muitos judeus piedosos de diversos lugares do mundo. Eles escutaram o ruído e foram ver o que estavam acontecendo. Eram judeus de várias nações e falavam vários idiomas. Eles escutaram os apóstolos falando as maravilhas de Deus em suas línguas de origem. Alguns, de fato, pensaram que os apóstolos estavam embriagados e ficaram atônitos, sem saber o que fazer. Foi aí que São Pedro tomou a palavra e fez um belíssimo discurso no qual ele explica o que havia acontecido. 
Este foi o primeiro Pentecostes e a Igreja o repete sempre, em todos os sacramentos, em todas as reuniões, a cada vez que se reza e se pede o Espírito Santo. Nós podemos e precisamos fazer esta experiência. Mas por que dizemos que precisamos fazer esta experiência? Basta olhar o resultado de Pentecostes. Aqueles discípulos que antes estavam fechados, com medo, se abriram ao mundo. Neste dia nasceu a Igreja, gerada e desejada por Jesus, fundada por Ele. A “eclesiofania” ou “epifania da Igreja” (manifestação da Igreja ao mundo) não foi o único fruto de Pentecostes. Os apóstolos, depois de terem conhecido e convivido com Jesus, receberam uma força incomparável para anunciá-Lo ao mundo. Sem medo, entregaram suas vidas por causa do Evangelho. Viveram, a partir dali, uma vida nova: a vida que Deus sonhou que eles vivessem.
Assim também é o Pentecostes que precisamos fazer. Somente cheios do Espírito Santo é que cpoderemos cumprir a vida que o Pai traçou e desejou para nós. Somente cheios do Espírito Santo é que cumpriremos a nossa missão de Evangelizar: o Espírito nos dá a coragem, a ousadia, os dons necessários, os meios e a força. Ele fala em nós, através de nossas bocas e de nossas atitudes. Sim! Precisamos de um novo pentecostes, que renove nossos corações, que anime nossas forças, que nos confira novos dons e novos carismas!

O Espírito Santo nós já o temos desde o nosso batismo. Nós o recebemos com força total na Crisma. Nós o tocamos a cada Missa que participamos. Entretanto a frieza de nosso coração, o fechamento de nossa alma e nossa falta de docilidade às suas moções faz com que quase não o notemos em nós. E assim minamos e minguamos a sua ação em nossa vida. Por isso é preciso um novo Pentecostes, um novo sopro do Espírito, para que as brasas ardentes de amor que estão cobertas de cinzas sejam reinflamadas, para que o lixo do pecado seja dissipado, para que comece uma vida nova em nós.
Isso nós o faremos pela oração, pela súplica, pela canção. Mas é necessário estar com o coração disponível a Deus. Livres de todas as próprias vontades, libertos de todas as dúvidas, embrenhados da palavra de Deus e desejosos de receber tal graça. Só assim acontecerá aquilo que esperamos!
Texto extraído de "Veni Sancte Spiritus - Cenáculos 2011"

O Amor de Deus - texto preparatório para o encontro nº 1

O que é amor?! Uma palavra tão desgastada em nossos tempos que já quase não se sabe mais o que é verdadeiro amor. Muitos afirmam, entretanto, que amor verdadeiro só existe em Deus. Não estão errados. Mas é certo que a maioria destes dizem ou porque ouviram falar, ou porque acham belas as palavras. Poucos dizem: “Deus nos ama” porque experimentaram esse amor e tomaram consciência dele. Filosoficamente e teologicamente se distingue o amor em três categorias: ágape, filios, eros. O ágape seria o amor incondicional, tradicionalmente atribuído ao amor que Deus tem pelo ser humano. O filios é o amor humano, carente da retribuição. O eros é o amor sensual, depende do toque físico. Muito resumidamente, eis o que se diz sobre o amor. Mas qual é o amor de Deus? Ele não pode ser encaixado em uma categoria, mas é a união e reunião destas três categorias! Deus nos ama sem condições e sem nada exigir. Ama por amar. Mas quer que nós o amemos também, pois sabe que nossa felicidade está nisso: em amá-lo. Deus quer nos tocar também, quer estar em nós, quer ser um conosco!


Fala-se muito de amar a Deus, de como devemos amá-Lo, mas pouco se fala do amor de Deus para conosco. Deus é amor! Se fosse-nos perguntado de que material Deus é feito, poderíamos dizer, de Amor. Assim atesta São João: “Deus é amor” (I Jo 4, 16). E é esse Deus-amor que nos diz: “Amo-te com eterno amor” (Jr 31, 3b) e “... Eu te aprecio e te amo...” (Is 43, 4).
Porém, como é o amor de Deus? Enumeremos pois algumas características comprovadas pelas escrituras sagradas:
Incomensurável, ou seja, não tem medidas nem limites (Jo 3, 16)
Caridoso, ou seja, faz de tudo pelo amado sem nada exigir (I Cor 13, 4-7)
Eterno, ou seja, nunca acabará (I Cor 13, 8; Jr 31, 3)
Cuidadoso, protetor, apaixonado (Is 43, 1-5)
Fiel, ou seja, aquilo que promete cumpre. Não trai nunca. (Is 49, 15s)
Incansável, misericordioso, compassivo, perfeito (Os 11, 1-9)
Zeloso e ciumento (Tg 4, 5; Dt 4, 24)
É muito valioso, para todo ser humano, conhecer e saber da existência desse amor de Deus. As experiências humanas de amor são muito traumáticas. Por exemplo: quantas crianças sofrem com a rejeição dos pais, quantas pessoas vivem as rejeições amorosas, as não correspondências, as faltas de zelo e cuidado. O amor humano é imperfeito. Saber que existe um amor perfeito e que todo ser humano, por mais pecador que seja, é digno dele e pode experimentá-lo. Que grande novidade é essa: “Deus nos ama perfeitamente”. Imaginemos quantas vidas podem ser salvas só pelo conhecimento desta verdade. Porém, mais do que simplesmente conhecer, existe a experiência! É possível experimentar esse amor de Deus!


Quem faz uma experiência com o amor de Deus é transformado. Sua vida não é mais a mesma. Moisés experimentou o amor de Deus na sarça ardente e foi transformado no grande profeta do Antigo Testamento. Pedro fez a experiência do amor de Deus depois que negou Jesus e se transformou no primeiro papa da Igreja. Paulo, perseguidor dos cristãos, experimentou dolorosamente o amor de Deus no caminho para Damasco e se transformou no Apóstolo dos gentios. A experiência do amor de Deus é sempre transformadora. Às vezes pode parecer dolorido, pode parecer difícil, é tudo por causa de nossa desobediência e miséria, mas sempre valerá a pena beber desse amor!


Aqueles que experimentam o amor de Deus se impregnam do seu bom perfume. Por onde passam deixam esta marca. Somos os amados de Deus. Precisamos apenas perceber e dar mais atenção à esse amor. Experimenta-se tal amor pela oração, pela escuta da Palavra, pela abertura ao Pai, a Cristo e ao Espírito. Eliminemos então todos os obstáculos ao amor de Deus: a nossa mania de querer tudo bem medido e explicado; nossas lembranças negativas; nosso espírito sempre duvidoso; nossa falta de fé e sobretudo o nosso pecado. Uma vez expulsos estes empecilhos, Deus agirá e nos transformará em vinho novo e muito, muito saboroso!
Texto extraído de "Veni Sancte Spiritus - Cenáculos 2011"

segunda-feira, 23 de maio de 2011

Entrevista com Patti Mansfield - "fundadora" da RCC

Quem foi Patti Mansfield antes do batismo no Espirito?

Patti Mansfield cresceu em um lar católico, contudo sem oportunidade de freqüentar uma escola católica. Em fevereiro de 1967, foi promovido um retiro espiritual, o qual ficou conhecido como "Fim de Semana em Duquesne".

Na minha vida há um antes e um depois do Batismo no Espírito Santo. Patti Gallagher, antes de 1967, era como todo católico que queria ser bom, queria ser fiel, contudo sem um profundo comprometimento com Jesus Cristo. Após o Batismo no Espírito, aquele evento mudou minha vida. Foi como o milagre das Bodas de Caná na Galiléia – houve um antes, quando havia apenas água e um após, quando as águas se transformaram em embriagante vinho que causa alegria e contentamento.

Como você viveu aquela primeira experiência com os dons do Espirito Santo?

Era um novo e impressionante. Não havia livros escritos sobre a Renovação Carismática Católica. Eu me lembro que uma de minhas amigas, tirou de seu livro um guardanapo escrito e disse: "Eu não sei o que essas palavras significam, mas insistem em vir a minha mente..."
Ela estava recebendo profecias mas não sabia que eram profecias. Não sabíamos nada sobre os dons carismáticos. Tudo o que sabíamos era nos abrir sem reservas a Jesus. Rezávamos chamando o Espírito Santo, entoando o Veni Creator Spiritus e repentinamente fomos pegos pela experiência de Pentecostes.

Como você percebe sua participação dentro deste movimento, o qual mudaria a Igreja e o papel dos leigos dentro dela?

Lembro-me do bem aventurado Juan Diego, o índio mexicano, que disse a Nossa Senhora quando a ele apareceu: "Por favor, encontre alguém melhor que eu". Isso, porque Ela o tinha confiado a missão de ir ao bispo e dizer: "Maria me apareceu e quer que seja construída uma basílica". Maria disse a Juan Diego: "É absolutamente necessário que seja você!" Essas palavras ditas a Juan Diego, se aplicam a mim e a todos os leigos na Igreja.

Em 1531, Ela já anteciparia este maravilhoso tempo onde seria confiados a leigos a missão de ajudar os padres e religiosos a anunciar Jesus Cristo, o mesmo de ontem, hoje e sempre; o Salvador do mundo, Aquele que batiza no Espírito Santo.
Quando Juan Diego disse: "Oh Virgem, encontre alguém melhor!" Ela retrucou: "É absolutamente necessário que seja você!".

Isto é o que a Igreja diz a nós atualmente. Você não precisa fazer o papel do padre, você não precisa ser um religioso, não precisa ser alguém que você não o é. Na realidade de sua vida cotidiana, como homem, mulher, pai, mãe, solteiro, separado, como engenheiro... É absolutamente necessário que seja você!

O que devemos saber sobre o Espirito Santo?

Nós Católicos acreditamos nos sacramentos que recebemos por graça de Deus. Quando fomos batizados, nos tornamos filhos de Deus. Toda vez que nos confessamos é o Espírito Santo que vem perdoar os nossos pecados; toda vez que recebemos Jesus Eucarístico – você O recebe em Corpo, Sangue, Alma e Divindade – estamos também experimentando e recebendo o Espírito Santo.

No Sacramento da Confirmação, de maneira especial, nós, católicos, acreditamos receber a unção do Espírito Santo.

A grande re-descoberta na Renovação Carismática nos últimos 38 anos foi perceber que nós precisamos cooperar com o Espírito Santo. O Espírito que nos é dado como Dom, mas que freqüentemente não O tocamos. No Batismo no Espírito Santo, nós exercitamos nossa vontade. O que eu gostaria de dizer a todos os católicos é: "Não estabeleça limites naquilo que Deus poderá fazer por você."

O Espirito Santo é o melhor de todos os dons que o Pai tem para cada um de nós. É Ele que nos convence que não somos escravos, mas filhos de Deus. É Ele quem nos favorece a intimidade com Deus. É o Espírito Santo que nos permite conhecer quem é Jesus Cristo.

Deus amor

Eis a descoberta:
Deus é amor, Deus é Pai!
O nosso coração se abre e se eleva.
Se une Àquele que o ama, que pensa em tudo, que conta até mesmo os cabelos da cabeça.
As circunstâncias alegres e dolorosas adquirem um novíssimo significado: tudo é previsto e desejado pelo amor de Deus.
Nada mais pode causar-nos medo.
Invade-nos uma esperança, uma força, uma segurança nunca experimentada, sentindo o Amor daquele que acompanha com a sua providência, tanto a grande história como a pequena história de cada um.
É um dom de Deus que nos faz gritar:
'Nós acreditamos no amor'.

Por Chiara Lubich - fundadora dos Focolares

sábado, 21 de maio de 2011

Não vivais pela carne, mas pelo Espírito

13.Vós, irmãos, fostes chamados à liberdade. Não abuseis, porém, da liberdade como pretexto para prazeres carnais. Pelo contrário, fazei-vos servos uns dos outros pela caridade, 14.porque toda a lei se encerra num só preceito: Amarás o teu próximo como a ti mesmo (Lv 19,18). 15.Mas, se vos mordeis e vos devorais, vede que não acabeis por vos destruirdes uns aos outros. 16.Digo, pois: deixai-vos conduzir pelo Espírito, e não satisfareis os apetites da carne. 17.Porque os desejos da carne se opõem aos do Espírito, e estes aos da carne; pois são contrários uns aos outros. É por isso que não fazeis o que quereríeis. 18.Se, porém, vos deixais guiar pelo Espírito, não estais sob a lei. 19.Ora, as obras da carne são estas: fornicação, impureza, libertinagem, 20.idolatria, superstição, inimizades, brigas, ciúmes, ódio, ambição, discórdias, partidos, 21.invejas, bebedeiras, orgias e outras coisas semelhantes. Dessas coisas vos previno, como já vos preveni: os que as praticarem não herdarão o Reino de Deus! 22.Ao contrário, o fruto do Espírito é caridade, alegria, paz, paciência, afabilidade, bondade, fidelidade, 23.brandura, temperança. Contra estas coisas não há lei. 24.Pois os que são de Jesus Cristo crucificaram a carne, com as paixões e concupiscências. 25.Se vivemos pelo Espírito, andemos também de acordo com o Espírito. 26.Não sejamos ávidos da vanglória. Nada de provocações, nada de invejas entre nós. (Gálatas 5,13-26)

De fato, Deus nos dá a liberdade, porém não devemos nos dar libertinagem, libertinagem significa usar a liberdade para fazer o mal. Tudo me é permitido mas nem tudo me convém (cf. 1Cor 6,12).

Hoje se prega no mundo que liberdade é fazer o que quer, se prega cada vez mais a entrega aos prazeres da carne. Essa leitura nos exorta muito bem a viver segundo o Espírito.

As pessoas que se entregam a carne se acham livres, quando na verdade são escravos da carne, escravos do pecado. Os pecados da carne classificam-se graves, e são viciantes. Quantas pessoas hoje são viciadas em masturbação, pornografia, droga, etc. Quando se usa a liberdade para o mal, a pessoa torna-se escrava.

A pessoa que tem o Espírito Santo em si, já não vive por ela, mas o Espírito Santo a guia. É isso que precisamos, o Espírito Santo em nós para nos guiar, peça-O. De que adianta viver pela carne? Esse corpo terreno que nós temos perecerá, devemos nos entregar a Deus de corpo e alma, ora.

Não faz sentido viver sem Deus, se entregando ao mundo e sua corrupção, pois essa vida é passageira, e a vida em Deus é eterna. A vida começa e termina em Deus, não faz sentido viver o meio dela sem Ele.

Embriague-se do Espírito Santo, e Ele o guiará, seu guia não será mais a carne.

Paz e bem!

sexta-feira, 20 de maio de 2011

O coração precisa tomar banho

Nesse texto falarei aqui de uma comparação feita pelo Pe. Léo tirado de uma palestra (Jovens com o coração curado).
O nosso coração também fede, e o coração está fedendo quando alimentamos-o com as coisas do encardido. A pessoa do coração fedido, não consegue ficar alegre com a felicidade de outros, é aquela pessoa que gosta falar mal dos outros, aquela pessoa que gosta de caluniar, ofender. Aquela pessoa que sente raiva das pessoas. A pessoa do coração fedido não consegue dar um abraço a um amigo, ou até a seus pais, não dizer "eu te amo" para seu pai e sua mãe.
E quando o coração está fedido, não tem outro jeito se não tomar banho. E este banho só pode ser dado pela água viva, que é o Espírito Santo. Ele pode nos lavar, Ele quer nos lavar.
Mas se você não der abertura ao Senhor, nada poderá acontecer. Essa água viva que Jesus nos dá é que lava o nosso coração, que santifica, que transforma nossa vida.
Diga a Jesus: Eu preciso dessa água viva, envia sobre mim o teu Santo Espírito. Peça a Jesus o Espírito Santo para lavar o seu coração, para purificar de todos os maus sentimentos, para curar de todas as feridas, para restaurá-lo, para encher de amor o seu coração.

quarta-feira, 18 de maio de 2011

O bambu e o carvalho


Uma parábola já famosa é esta a do bambu e do carvalho. Diz-se que em certo bosque havia um imenso carvalho: árvore frondosa, de grosso calibre, com uma enorme copa, suas raízes eram grandes e visíveis. O carvalho esbanjava força. Próximo dele, em contraste por assim dizer, havia um bambuzal. Eram milhares deles. Poucas folhas, raízes ocultas, e bem fininhos. Certa vez veio sobre aquele bosque uma tempestade fortíssima. Muito vento e muita chuva. Durante a tempestade o vento bateu em muitas árvores e as derrubou. Entre as que foram ao chão estava aquele majestoso e nobre carvalho. Sobreviveram outras de médio e pequeno porte, e os bambus que estavam lá. Durante a tempestade os bambus sacudiram de um lado para outro, mas não foram arrebatados pela força do vento.
É intrigante o fato, mas é possível. O carvalho tinha o caule muito grosso e inflexível. Qunado vieram os ventos ele não pode suportar e a sua dureza o levou ao chão. As suas raízes eram muito visíveis e pouco profundas. Embora fosse mais bonito que o bambuzal, ele não possuía a flexibilidade e a profundidade das raízes do bambu. Em contra partida os bambus sobreviveram porque, pelo fato de não ostentarem caules grossos e copa frondosa, eram capazes de se curvar quando vinha o vento. Outro fato que ajudou muito os bambus a ficarem de pé foi a união deles. Eram muitos bambus juntinhos - isto dava segurança. Mas só estavam juntos porque sabiam seus limites e compartilhavam do mesmo solo, da mesma água.
Assim é em nossa vida. Se formos inflexíveis e durões com as pessoas não ficará ninguém junto de nós e, abandonados, caire
mos na primeira grande tempestade da vida. Se, pelo contrário, formos humildes e flexíveis teremos muitas pessoas próximas a nós, virá a chuva, o vento mas não cederemos porque há aí a humildade de se curvar.
Nunca é bom viver isolado. A
auto-suficiência, a prepotência e inflexibilidade daquele carvalho fez com que ele ficasse desabrigado. A sua vaidade em mostrar as raízes era pura fraqueza. Elas eram por demasiado superficiais e pouco profundas. Aprendamos pois a sermos humildes, a confiarmos nos irmãos, a sermos flexíveis e abertos ao diálogo, cedendo sempre e firmando raízes no mais profundo que é Deus. Desse modo venha o vento que vier, unidos, flexíveis e profundamente enraizados em Deus não pereceremos.

Celina Borges - Tarde te amei

terça-feira, 17 de maio de 2011

Quem vive de passado é museu

Todo ser humano, indiscutivelmente, passa por momentos de dor e de sofrimento. Isto é fato. O que muda é nossa maneira de encará-los. O sofrimento sempre deixa marcas indesejáveis no coração da pessoa, queira ela ou não. Mas aprender a olhar para sofrimento com um olhar de amor, de perdão, de misericórdia é uma tática importante para superarmos a nós mesmos.
Uma grande aliada do maligno é a lamentação ou reclamação. Quem fica se lamentando e reclamando do passado nunca seguirá em frente e nunca poderá ver o formoso plano que Deus traçou para a sua vida. Aquele que remói o passado, que tem dó de si mesmo, que quer porque quer voltar atrás nunca será capaz da felicidade. Pessoas assim se ocupam tanto com o que passou que deixam passar desapercebidos momentos bons e intensos do presente que seriam melhores do que aqueles negativamente marcantes do passado.
A pergunta é: "como se livrar das lembranças negativas?". Ora, não é preciso se livrar de nada. Basta cuidar destas lembranças. Aplicar-lhes o suave bálsamo da oração de perdão e de cura. Olhar para elas com o olhar de Cristo: sempre terno e disposto a compreender a fraqueza humana (se a sua ou daqueles que lhe machucaram). E é claro, procurar ver o presente com realismo e entusiasmo pois foi Deus quem no-lo deu. E olhar também para o futuro com esperança porque Deus está acima de tudo o que nos vai acontecer e tudo será de acordo com seu plano de amor.
A nossa rebeldia e ruminação do passado só vão nos levar ao atrito com o Senhor. Docilidade, aceitação e amor para consigo levam ao perdão e à vida feliz! Lembre-se desta máxima popular: "quem vive de passado é museu"!

Em Cristo, seu irmão
Gregory Rial

sexta-feira, 13 de maio de 2011

Aparições de Fátima

A Virgem Maria em 13 de maio de 1917 (Dia de da mesma comemoração litúrgica de N. Sra. de Fátima), apareceu na Cova da Iria à três pastorinhos em Fátima - Portugal. O nome dos pastorinhos são: Lúcia (10 anos na época), Francisco (9 anos) e Jacinta (7 anos). Quando aconteceu esse fato, eles haviam acabado de rezar o terço, então eles viram um luz forte e brilhante, minutos depois eles viram uma senhora que brilhava mais do que o sol.
A senhora disse aos pastorinhos para que aprendesse a ler e que rezassem o terço todos os dias. E pediu que eles retornassem ao mesmo local no dia 13 dos próximos 5 meses. E assim foi, continuaram a voltar ao lugar nos dias 13 de junho, 13 de julho, 13 de setembro e 13 de outubro.
Em 13 de agosto as não estavam presentes, e Nossa Senhora veio a aparecer no dia 19 de agosto em Valinhos.
A notícia da aparição se espalhava cada vez mais, então a cada mez o número de peregrinos que lá iam, almentava. Nossa Senhora pediu-lhes que fosse construída uma capela em sua honra. Hoje o local da capela é a parte central do Santuário de Fátima.
Fátima disse aos pastorinhos que rezassem para alcançar a paz, pois estava acontecendo na época a Primeira Guerra Mundial. Prometeu que em breve levaria Francisco e Jacinta para o céu, mas Lúcia havia de ficar na terra por mais algum tempo para que divulgasse a mensagem dela.
Nossa Senhora deu às crianças uma visão do inferno, e disse-lhes para que se sacrificassem pela conversão dos pecadores, e disse que Deus queria estabelecer no mundo a devoção ao seu Imaculado Coração para que as almas se salvassem.
"Vistes o inferno, para onde vão as almas dos pobres pecadores. Para as salvar, Deus quer estabelecer no mundo a devoção ao meu Imaculado Coração. Se fizerem o que eu vos disser, salvar-se-ão muitas almas e terão paz. A guerra vai acabar . Mas, se não deixarem de ofender a Deus, no reinado de Pio XI começará outra pior: Quando virdes uma noite alumiada por uma luz desconhecida, sabei que é o grande sinal que Deus vos dá de que vai punir o mundo dos seus crimes, por meio da guerra, da fome e de perseguições à Igreja e ao Santo Padre.
Para impedir, virei pedir a consagração da Rússia ao meu Imaculado Coração e comunhão reparadora nos primeiros sábados. Se atenderem aos meus pedidos, a Rússia se converterá e terão paz. Se não, espalhará seus erros pelo mundo, promovendo guerras e perseguições à Igreja. Os bons serão martirizados, o Santo Padre terá muito que sofrer, várias nações serão aniquiladas. Por fim, o meu Imaculado Coração triunfará. O Santo Padre consagrar-me-á a Rússia, que se converterá, e será concedido ao mundo algum tempo de paz. Em Portugal consevar-se-á sempre o dogma da fé." (Parte da mensagem de Fátima)
Quando acabou a guerra, esperava-se que os homens agradecessem a Deus pelo reestabelecimento da paz, e abandonassem as vias do pecado, mas aconteceu ao contrário. Com o fim da guerra, os costumes e as modas começaram a degradar-se mais; o pecado ampliou seus "direitos" de cidadania. Uma onda de revoluções percorreu a Europa, convulsionou cidades e nações, fragmentou impérios. Na Rússia, o comunismo consolidava a mais sangrenta e férrea ditadura da História. E como Nossa Senhora havia dito, que, se os pecadores não deixassem de ofender a Deus viria outra guerra pior, então veio a Segunda Guerra Mundial, a mais sangrenta guerra da História.
Nossa Senhora nos trouxe em Fátima muitas outras mensagens, já havia lido o livro: "Fátima, O meu Imaculado Coração triunfará" de Pe. João S. Clá Dias, no qual descreve detalhadamente a história das aparições, das profecias cumpridas, dos pastorinhos, etc. Recomendo a leitura.
Nossa Senhora nos trouxe grande esperança nesta mensagem, destaco: "Por fim, meu Imaculado Coração triunfará.
Consagremo-nos então ao Imaculado Coração de Maria todos os dias.
Nossa Senhora de Fátima, rogai por nós!

Um Grande abraço aos leitores de nosso blog.

quinta-feira, 12 de maio de 2011

O pato e a esponja

Por acaso você já observou o que acontece com os patos quando dão seus mergulhos na lagoa? Eles simplesmente não se molham. Suas penas são cobertas com uma camada de óleo, tornando a ave impermeável. Ele retira cuidadosamente o óleo, da glândula uropigial, com o bico e o espalha por todo o corpo. Se você lavar um pato com detergente, ele se afogará no primeiro mergulho. Mas o pato não é a única ave privilegiada com esta proteção. Praticamente metade das aves possuem a tal glândula.
Ao liderar pessoas difíceis é fundamental desenvolver um mecanismo de proteção parecido com o do pato. De alguma maneira, é preciso que fiquemos “impermeáveis”. O grande erro é deixar que o temperamento difícil de uma pessoa se torne referência para você e para todos ao redor.
Se alguém fala alto demais em seu ambiente de trabalho, não vai demorar muito para que todos comecem a se comunicar aos berros. Será a vitória do erro. É preciso que aprendamos a nos tornar um pouco surdos, mantendo um jeito sereno de falar. Impermeáveis. O silêncio falará mais alto que os gritos, e a serenidade será a referência determinante para aquele ambiente.
O problema é que, além de não sermos "patos", muitas vezes, nos comportamos como verdadeiras "esponjas".Temos a trágica capacidade de absorver tudo. Se alguém vomita num lugar público, logo buscamos um balde d'água para limpar o lugar. Porque não fazemos o mesmo com as pessoas que vomitam mau humor, inveja e raiva?Absorver estes sentimentos como uma esponja é tão asqueroso e prejudicial quanto absorver o vômito alheio.
Se pensássemos desta maneira, não ficaríamos com tanta facilidade nos remoendo em ressentimentos. Prestou atenção nesta palavra? Vou repetir "re-sentimento". É sentir de novo o que já fez mal da primeira vez. Recebemos uma ofensa, basta a dor uma vez só. Mas preferimos comentar sobre o fato ressentidamente com alguém, depois com outro e mais outro... Ao final do dia já "re-sentimos" a mesma dor várias vezes. Jogue um balde d'água nessa sujeira! O perdão é o melhor remédio. Seja pato.. não seja esponja.

Pe. Joãozinho, scj

quarta-feira, 11 de maio de 2011

Amar e ser amado

Quando nos perguntamos para que viemos ao mundo, qual nossa função e finalidade muitas respostas podem aparecer e todas elas contemplam, de algum modo, nossa sede de tal resposta. Durante muito tempo eu me fiz essa pergunta sistematicamente. Fazia-a em oração, fazia-a aos meus amigos, fazia-a aos meus livros, fazia-a aos filósofos e assim fi-la a muita gente.
Certo dia porém, resolvi mais uma vez perguntar. Perguntei novamente para Deus "para que fui criado?". Esperando obter uma resposta mais vocacional e talvez até algo surpreendente silenciei-me em meu santuário interior. Primeiramente o Senhor fez-me compreender, através do pensamento, que eu sou uma centelha (faísca) de seu amor. Isto quer dizer que eu sou um pedacinho de Deus e que esta faísquinha de Deus tem a missão de incendiar o mundo inteiro com o Amor, com Ele mesmo. Logo concluí: nasci para Amar e para ser Amado.
Deus é este cuja função é Amar perfeitamente. Nosso amor é imperfeito e limitado, mas é amor mesmo assim. Ainda que longe do amor pleno de Deus, continuamos sendo faíscas.
E que maravilha: fomos feitos para amar, mas para sermos amados. Não numa relação de carência de amor, mas de necessidade para a plenitude. Explico melhor: só seremos completos se amarmos e se formos amados. Até porque o amor é uma via de mão dupla. Se eu amo serei naturalmente amado.
Quando, entretanto, inverte-se esta situação e se quer ser amado antes de amar acaba-se ferindo e machucando a si e a outros. Por isso, aprendamos com Deus a sua dinâmica pessoal, a dinâmica do amor: Amar primeiro para depois ser amado. Assim o amor vira um delicioso círculo onde habita o Espírito de Deus. Libertar-se do egoísmo, do amor próprio, das próprias vontades e desejos e colocar a realização alheia (que é um grande gesto concreto de amor verdadeiro) é o primeiro passo para cumprir a missão solene que Deus deu a todo ser humano!
Para encerrar compartilho com vocês esta oração que nasceu de uma simples meditação:
"Senhor nosso Deus, creio firmemente que vós sois amor.
Vossa natureza é o amor.
Vossa substância é o amor.
Vossos atos para comigo são puro amor e vossa linguagem é o amor.
A criação é vosso poema de amor.
Os meus irmãos são a personificação de vosso amor.
A cruz é a bandeira de vosso amor.
O Filho redentor é a prova do vosso amor.
O Espírito santificador é a presença viva deste amor!
Sois Deus verdadeiro, sois o mais alto.
Só olhando para cima, só me elevando poderei ver-te
Porque amor é elevação!"

Em Cristo, seu irmão
Gregory Rial

terça-feira, 10 de maio de 2011

Por que devo viver um namoro casto?

Hoje parece até estranho falar de castidade, mas a castidade é uma virtude. E não pecar contra ela é o 6º mandamento da lei de Deus. O namoro é um tempo de se conhecer de desfrutar das belezas da vida juntos. Nesse Pe. Fábio de Melo fala que amor não é prisão.

segunda-feira, 9 de maio de 2011

Jesus, reaviva em nós o Primeiro Amor

“Tens perseverança, sofreste pelo meu nome e não desanimaste. Mas tenho contra ti que arrefeceste o teu primeiro amor” (Apocalipse 2, 3-4)
Faz bem que tem perseverança, sofre pelo nome do Senhor e não desanima, os que estão a serviço de Cristo precisam ser perseverantes, e não desanimar com as perseguições e outros sofrimentos. Mas precisamos sobretudo reavivar o primeiro amor. Não podemos arrefecer o primeiro amor (v.4), a palavra arrefecer significa desintensificar, deixar acabar.
Mas que Primeiro Amor é esse? Hoje se perdeu muito o sentido verdadeiro da palavra amor. Amor é caridade, bondade, é misericórdia, é acolher o irmão, dar de comer a quem tem fome, vestir os nus, visitar os enfermos e encarcerados, fazendo isso aos irmãos é a Jesus que o fará. A origem do amor é Deus, pois Deus nos amou antes de tudo, desde a criação e sempre, Ele nos criou e criou todas as maravilhas do mundo para nós, por amor. Eis a origem do amor, e eis o Primeiro Amor, o Primeiro Amor é o Amor de Deus. Nós precisamos manter esse amor aceso em nós sempre. O nosso amor não pode ser um amor interesseiro, ciumento... Mas deve ser um amor inspirado por Deus, precisamos amar com esse amor.
Note uma brasa de fogo, se deixarmos ela vai se apagando. E quando ela dá sinal de está apagando, então sopramo-la, então ela reacende. Assim é o amor em nós, precisamos soprar constantemente para reacender essa chama em nós. O Senhor Jesus soprou sobre os apóstolos e disse: “recebei o Espírito Santo”(cf. Jo 20,23). Nós só podemos reavivar em nós esse primeiro Amor, através desse sopro de Jesus, no qual o Espírito Santo reacende a chama do amor em nossos corações.
São Paulo dizia ao povo de Corinto: “Ainda que eu falasse as línguas dos homens e dos anjos, se não tiver caridade, sou como o bronze que soa, ou como o címbalo que retine” (1Cor 13,1) O amor Deus é o amor caritas, o amor caridade. O amor ágape, aquele amor misericórdia, aquele amor incondicional. Deixemos esse amor entrar em nós.
Senhor Jesus, sopre hoje em nós e envia-nos o Espírito Santo, para reacender a chama do primeiro amor em nós, o amor é suporte de tudo, nada somos sem o amor. Nós precisamos do vosso amor, Senhor. Nós precisamos do Espírito Santo.
Vem Espírito Santo, incendiar a minha alma de amor, reacende essa chama que se apagou, e queima todos os falsos amores que eu construí em meu coração. Amém!

Em Cristo,
Rafael Nascimento

sexta-feira, 6 de maio de 2011

Quo vadis, Domine?

Pedro veio para Roma! E o que foi que o guiou e o conduziu para esta Urbe, o coração do Império Romano, senão a obediência à inspiração recebida do Senhor? Talvez aquele pescador da Galileia nunca tivesse tido vontade de vir até aqui. Talvez tivesse preferido permanecer, lá onde estava, nas margens do lago da Galileia, com a sua barca e com as suas redes. Mas, guiado pelo Senhor e obediente à sua inspiração, chegou até aqui!
Segundo uma antiga tradição, durante a perseguição de Nero, Pedro teria tido vontade de deixar Roma. Mas o Senhor interveio: veio ao seu encontro. Pedro, dirigindo-se ao Senhor perguntou: "Quo vadis, Domine?” (Aonde vais, Senhor?). E o Senhor imediatamente lhe respondeu: "Vou para Roma, para ser crucificado pela segunda vez". Pedro voltou então para Roma e aí permaneceu até à sua crucifixão.
O nosso tempo convida-nos, impele-nos e obriga-nos a olhar para o Senhor e a imergir-nos numa humilde e devota meditação do mistério do supremo poder do mesmo Cristo.
Aquele que nasceu da Virgem Maria, o filho do carpinteiro – como se considerava –, o Filho de Deus vivo, como confessou Pedro, veio para fazer de todos nós “um reino de sacerdotes”.
O Concílio do Vaticano II recordou-nos o mistério deste poder e o fato de que a missão de Cristo – Sacerdote, Profeta, Mestre e Rei – continua na Igreja. Todos, todo o Povo de Deus participa desta tríplice missão. E talvez que no passado se pusesse sobre a cabeça do Papa o trirregno, aquela tríplice coroa, para exprimir, mediante tal símbolo, que toda a ordem hierárquica da Igreja de Cristo, todo o seu "sagrado poder" que nela é exercido não é mais do que serviço; serviço que tem uma única finalidade: que todo o Povo de Deus participe desta tríplice missão de Cristo e que permaneça sempre sob a soberania do Senhor, a qual não tem as suas origens nos poderes deste mundo, mas sim no Pai celeste e no mistério da Cruz e da Ressurreição.
O poder absoluto e ao mesmo tempo doce e suave do Senhor corresponde a quanto é o mais profundo do homem, às suas mais elevadas aspirações da inteligência, da vontade e do coração. Esse poder não fala com a linguagem da força, mas exprime-se na caridade e na verdade.
O novo Sucessor de Pedro na Sé de Roma eleva, neste dia, uma prece ardente, humilde e confiante: “Ó Cristo! Fazei com que eu possa tornar-me e ser sempre servidor do teu único poder! Servidor do teu suave poder! Servidor do teu poder que não conhece ocaso! Fazei com que eu possa ser um servo! Mais ainda: servo de todos os teus servos.”
Irmãos e Irmãs! Não tenhais medo de acolher Cristo e de aceitar o Seu poder!
Ajudai o Papa e todos aqueles que querem servir Cristo e, com o poder de Cristo, servir o homem e a humanidade inteira! Não tenhais medo! Abri, ou melhor, escancarai as portas a Cristo, ao Seu poder salvador! Abri os confins dos Estados, os sistemas econômicos, assim como os políticos, os vastos campos de cultura, de civilização e de progresso! Não tenhais medo! Cristo sabe bem "o que está dentro do homem". Somente Ele o sabe!
Hoje em dia é frequente o homem não saber o que traz no interior de si mesmo, no mais íntimo da sua alma e do seu coração, Frequentemente não encontra o sentido da sua vida sobre a terra. Deixa-se invadir pela dúvida que se transforma em desespero. Permiti, pois – peço-vos e vo-lo imploro com humildade e com confiança – permiti a Cristo falar ao homem. Somente Ele tem palavras de vida; sim, de vida eterna.
Trecho da homilia da Missa de Coroação do Papa João Paulo II
1978


quarta-feira, 4 de maio de 2011

Cantemos ao Espírito Santo

Veni Creator Spiritus!   Vem, Espírito Criador!
1. Ó Vinde Espírito Criador, a nossa alma visitai
e enchei os nossos corações com vossos dons celestiais.
2. Vós sois chamado o Intercessor de Deus excelso dom sem par,
a fonte viva, o fogo, o amor, a unção divina e salutar.
3. Sois o doador dos sete dons e sois poder na mão do Pai,
por Ele prometido a nós, por nós seus feitos proclamai.
4. A nossa mente iluminai, os corações enchei de amor,
nossa fraqueza encorajai, qual força eterna e protetor.
5. Nosso inimigo repeli, e concedei-nos a vossa paz,
se pela graça nos guiais, o mal deixamos para trás.
6. Ao Pai e ao Filho Salvador, por vós possamos conhecer
que procedeis do Seu amor, fazei-nos sempre firmes crer.
Amém!

Cenáculo de Amor


domingo, 1 de maio de 2011

Um santo vivo - João Paulo II

Eu era bem pequena quando ouvi falar que ele viria ao Brasil pela primeira vez. Nunca imaginei que fosse um homem tão importante, mas logo percebi que sua visita era algo extraordinário. Como não tínhamos televisão em casa e morávamos na roça, minha mãe levou a mim e a meus irmãos, também crianças, para assistirmos, na casa da vizinha (que aliás já estava empilhada de gente), sua chegada à capital brasileira. Lembro-me ainda de que, enquanto esperava impaciente para vê-lo descer logo do avião, ouvia vários comentários a seu respeito, entre eles, ouvi uma senhora já idosa dizer com seu ar de sabedoria apurada: "João Paulo II é um santo vivo!" Virei-me rapidamente para ela na espera de que continuasse a falar, pois logo associei a imagem do Papa à dos “santinhos” que minha mãe tinha em casa. Mas entre tantas conversas paralelas e a ansiedade para ver a chegada do Papa à Terra de Santa Cruz, só consegui guardar isto: "João Paulo II é um santo".

Fui crescendo e acompanhando passo a passo sua trajetória, seu amor pela humanidade, sua voz forte, que depois se tornou trêmula e embargada, mas nunca se calou diante das multidões, encontrava sempre espaço em meu coração e no coração de tantos jovens, idosos e crianças por este mundo afora. Com o passar do tempo e o agravamento da doença (Mal de Parkinson), sua santidade foi se evidenciando ainda mais, assim como seu esforço para continuar a missão que lhe fora confiada, suas limitações expostas e seu sorriso em meio às dores eram prova disso. Quem não chorou ao vê-lo pela última vez em público, era quarta-feira, dia 30 de março, a Praça São Pedro estava repleta de fiéis à espera de ouvir sua voz, ele, com muito esforço, tentou falar, mas sem sucesso, acabou acenando e abençoando, com as mãos trêmulas, a multidão que o observava comovida. Era seu amor à humanidade, expresso na cruz de suas limitaçãos humanas. Depois de percorrer o mundo como “Messageiro da paz”, “João de Deus” e o “Papa dos jovens”, era hora de parar, de voltar ao Pai. Sua imagem, no entanto, jamais se apagou da lembrança de quem o viu de perto ou de longe. 

Dizem que é na provação que se reconhece um santo. Ele foi provado e quem o acompanhou, atesta sua santidade. "Jamais perdeu a intimidade com o Céu". "Teve uma morte cheia de vida" são alguns dos comentários que ouvimos.

Hoje, a poucos dias de sua beatificação, e tendo em mãos as credenciais para trabalhar na cobertura deste evento mundial, penso contantemente em tudo que, na minha vida, traz por uma razão ou outra as marcas da sua fé, do seu ministério, do seu testemunho. E lembro-me também daquela senhora que, para mim, foi profeta; suas palavras acompanharam minha infância e tiveram grande influência na minha fé. Era o início do pontificado do Papa Wojtyla, suas obras ainda não eram tão conhecidas, e ela viu mais longe, declarando em primeira mão sua santidade. 

Hoje já não está entre nós, mas se estivesse eu faria questão de recordar-lhe o fato e dizer que ela tinha razão, o mundo todo já sabe, ele era mesmo “um santo vivo”! Era “um homem de Deus” como também ouvimos tantos dizerem. E o mais bonito é que ele sabia transmitir esse Deus a quem amava, servia e queria testemunhar sem cessar; esse Deus a quem comunicava, com seu amor, em suas palavras, seu sorriso, seu testemunho, suas orações e sua caridade ordenada e multiplicada em inúmeros gestos e atitudes. Quem não se lembra, ao menos de ouvir falar, de seu gesto, por exemplo, quando doou o anel pontifício em prol da Favela do Vidigal durante a primeira viagem ao Brasil em 1980? Ou ainda do perdão concedido a Ali Ağca, homem que disparou um tiro contra ele na Praça São Pedro em 13 de maio de 1981?
E uma nuvem de testemunhos vêm à nossa lembrança, quando pessamos em Karol Wojtyla. Um homem que passou da formação clandestina à Catedra de São Pedro. De ator à personalisação da verdade. De leigo orfão a Pastor universal da Igreja.

Quanta superação, quanto entusiamo e quanta doação marcaram sua trajetória neste mundo!

Um pontificado de quase três décadas, o terceiro mais longo da história da Igreja, e uma vida de quase 85 anos, assinalada por perdas e dificuldades várias, mas também por inúmeras conquistas e lições de amor. 

Entre suas marcantes características, recordo-me de João Paulo II como um homem orante. Rezava noites inteiras ou pelo menos muitas horas seguidas, como que atraído pelo divino desejo de comunhão com a Santíssima Trindade e com a Virgem Maria, a quem dizia pertencer: “Totus Tuus”. E depois falava e agia a partir daquilo que contemplava, rezava e meditava nas suas horas de intimidade com Deus. Acredito que está aí revelado seu segredo. Só uma profunda vida de oração gera santidade! E foi assim o Papa João Paulo II, a quem a Igreja, pela decisão de seu sucessor, irá declarar beato em poucos dias.

Que seu testemunho nos contagie e nos arraste para a meta da santidade em nossos dias, fazendo com que sejamos também nós “Santos vivos”. Esta é a mais nobre vocação humana.


Dijanira Silva
dijanira@geracaophn.com