quarta-feira, 28 de outubro de 2015

Como lidar com os traumas do passado no presente

Os traumas do passado podem interferir diretamente em nosso presente

Cada ser humano é único, com incontáveis possibilidades de vivenciar as mais diversas situações. Desde nossas primeiras memórias da infância, vamos acumulando as experiências mais marcantes ao longo da vida; geralmente, as que provocaram maior emoção.
Uma festa de aniversário, aquele passeio esperado, uma viagem, os tombos de bicicleta, as brincadeiras com os primos, um presente especial. São lembranças doces que remetem a um tempo em que o olhar infantil estava mais desperto para os detalhes e encantos do novo, do belo.
Como lidar com os traumas do passado no presente -
Entretanto, nem só de boas lembranças nossa memória está recheada. Muito falamos sobre eventos traumáticos vivenciados em diversas fases do desenvolvimento infantil, mas há também os ocorridos durante a crítica passagem pela adolescência e os que enfrentamos na fase adulta.

Como se fosse hoje

Esse outro lado da moeda tende a ser mais difícil de se elaborar. Causa dor lembrar-se do sofrimento de uma violência física ou emocional, um abuso sexual, a perda de alguém querido, bem como os sentimentos de desamparo, solidão e desespero. Alguns, inclusive, afirmam lembrar-se com tanta nitidez os detalhes do trauma, que poderiam relatar tudo “como se fosse hoje”. Quando dizem essa frase, estão falando a verdade.

Certas pessoas carregam o fardo de dores que acabam pesando mais conforme o passar do tempo. A lembrança passa a ser como um bicho de estimação, algo a ser rememorado para não cair no esquecimento ou para alimentar algum sentimento de vitimização. Outros, pelo contrário, tentam esquecer, a todo custo, os eventos traumáticos que aparecem como flashes indesejados em alguns momentos. Às vezes, colocam uma manta por cima do passado e tentam viver como se essa dor não existisse. É possível até que alguns busquem refúgio em drogas e bebidas, com o desejo de encontrar um conforto momentâneo.

Sujeiras da alma

Primeiramente, é importante entrar em contato com a situação incômoda de forma aberta e transparente. Falar sobre o assunto pode ajudar na elaboração do que aconteceu, principalmente se o evento foi na infância ou adolescência. O adulto que você é hoje pode amparar e consolar a criança que você foi e que não tinha recursos internos para lidar com a situação naquela época. Acolha a dor, reconheça o sofrimento e, se vier uma emoção, abra-se ao pranto que poderá lavar as sujeiras da alma.
Esse pode ser um processo doloroso e longo. Entretanto, estamos falando da qualidade de sua vida, da liberdade que você merece experimentar ao tirar esse peso das costas, que deixa seus passos lentos.

Terrenos escuros e frios

Conforme você for caminhando nesses terrenos escuros e frios, poderá lançar uma luz de compreensão, um sopro quente de perdão que, aos poucos, vão trazer novos significados para a sua história. Se algum passo for muito difícil, tenha paciência consigo, mas não pare! Peça a Deus a graça necessária para enfrentar essas dores, conte com a ajuda de outras pessoas ou profissionais que possam auxiliá-lo nesse processo.
No final, pode acontecer de você descobrir que o perdão – ao outro e a si – é possível e o deixa livre para viver sem o rancor e o ódio. Talvez você encontre uma força interior que não imaginava possuir, e um olhar sereno pode aparecer no seu rosto, junto com um sorriso mais aberto. Valerá a pena conhecer uma nova forma de visitar seu passado e lidar com as dores que pareciam eternas.


Por: Milena Carbonari

Psicóloga, Pós-Graduanda em Educação e Terapia Sexual, missionária dos Jovens Sarados e membro do Apostolado da Teologia do Corpo Brasil. Contato: psicologa.milenack@gmail.com

terça-feira, 27 de outubro de 2015

Oração para os amigos


Senhor, amigo dos pobres e sofredores,
Consolador das almas tempestuosas,
Médico da vida e mestre da sabedoria;
Venho hoje pedir a Tua proteção para meus amigos.
Olha por aqueles que vivem distantes fisicamente da minha presença,
Mas perto do meu coração e das minhas orações.
A geografia das distâncias não nos separou
Da ternura que cultivamos ao longo da vida.
Não permitas que eles se percam nos caminhos tenebrosos
E sê para cada um a luz a guiar suas escolhas.
Assim como visitaste tantos enfermos e devolveste
A eles a saúde e a vida em plenitude,
Olha com misericórdia por meus amigos enfermos.
Diante do sofrimento concedei-lhes a esperança da vida,
Fortalece cada coração na fé e na paciência.
Que eles encontrem na força da oração
O socorro consolador diante do desânimo e da aflição.
Perdoa, Senhor, minhas faltas contra meus amigos,
sei que por vezes fui egoísta e não ouvi os conselhos
Que poderiam ter evitado tantas situações perturbadoras.
Fiquei, muitas vezes, com raiva e isso fez muitos deles se afastarem de mim.
Que eu tenha a coragem de pedir perdão a todos quantos magoei,
E encontre junto deles a graça de ser perdoado.
Dá-me também a força libertadora de perdoar a quem um dia
Feriu minha alma com palavras e gestos.
Diante do Teu exemplo de amor,
Quero ser portador da paz e da reconciliação.
Amém!

segunda-feira, 26 de outubro de 2015

Termômetro da amizade

Volta e meia conversamos sobre amizade. Se fosse realizada alguma pesquisa, talvez chegássemos à conclusão de que essa é uma das palavras que mais saem da boca de todo o mundo.
Mas será que todos sabem, de verdade, o que estão querendo dizer quando falam sobre amizade?
São Francisco de Sales é um doutor da Igreja, título dado àqueles santos que desenvolveram um ensinamento surpreendente. Ele também oferece um conceito singular sobre esse tema [amizade]: a caridade é uma amizade, ou seja, amizade é puro amor. E não para por aí não. Esse santo vai além e destaca que toda a amizade é comunicação de bens.

Eu lhe pergunto: o que é um bem? Bem é tudo aquilo que, quando colocamos em comum, nos enriquece, acrescenta, plenifica, aperfeiçoa. Só pode existir bem quando existe amor, e só existe amor onde existe Deus, que é puro amor. Aqui, São João Evangelista também pode nos ajudar, quando ensina que “Deus é luz e nele não há treva alguma” (cf. I Jo 1,5).
Ora, se Deus é amor e é luz ao mesmo tempo, isso significa que esse sentimento apenas existe na luz e vice-versa. Aí já fica fácil de entendermos melhor muita coisa.
Em primeiro lugar, fica claro que não pode existir verdadeira amizade entre pessoas más ou que se unem para fazer o mal. O mal é escuridão, é treva, é o oposto da luz. Todo o relacionamento que tem como base o mal foge da lógica da amizade, que, como vimos, é comunicação de bens e todo o bem é bom, é luminoso. É impossível existir um bem que seja um mal.
Não é nem preciso pensar muito para que outra pergunta surja logo em nossa cabeça: que tipo de bem eu tenho comunicado aos meus amigos? Melhor ainda: será que eu estou, verdadeiramente, comunicando algum bem aos meus amigos, ou seja, partilhando com eles coisas que enriqueçam o nosso relacionamento? Ou, ao contrário, muitas vezes, eu tenho dado mais ênfase à escuridão, por meio do que falo, do que vivo, do que estimulo o outro a fazer e a viver?
É tempo de retomada, de dar a volta por cima e colocar a vida de novo no caminho certo. Faço um convite para você: seja verdadeiro amigos de seus amigos. Vamos comunicar bens que sejam realmente bons, luminosos, que testemunhem o Deus que é todo luz e todo amor.
Peçamos o auxílio do Senhor:
Senhor, a amizade precisa ter raízes em Ti para que possa ser verdadeira. Somente em Ti e a partir de Ti tudo pode ser construído com bases sólidas, firmes, duradouras, com destino à eternidade.
Sim, Senhor, ensina-me a ser verdadeiro amigo de meus amigos. Aumenta o desejo de meu coração em perseguir este objetivo com todas as minhas forças.
Dá-me a graça de resplandecer em minha vida e através dos bens que comunico toda a tua Luz, que cura de todo o mal!

domingo, 25 de outubro de 2015

Amizade; dom de Deus

A amizade é uma escolha de Deus…

Um amigo é uma escolha de Deus para nós. Uma amizade não se dá por escolhas humanas, não somos nós quem escolhemos, esse ou aquele para ser nosso amigo, mas sim Deus. O nosso papel é apenas aprovar e acolher tal escolha, e dessa forma abrir as portas do coração.
A amizade é como um sacramento.
E o que é um sacramento?
Um sacramento é um sinal visível do amor de Deus por nós.
Um amigo é também um sinal visível do amor de Deus, e do infinito amor de Deus por nós.
O amigo é aquele que nos conhece tal como somos, conhece o melhor de nós, mas também o pior, e aceita-nos e ama-nos como somos.
Numa amizade experimentamos o amor puro, o amor que não espera nada em troca, o amor que não espera ser reconhecido, o amor que apenas ama.
E o amor, só é amor porque é livre.
E é essa face do amor que experimentamos quando temos um amigo, é o amor livre é o que se vive numa amizade. O amor paciente, o que não busca seus próprios interesses, que tudo desculpa, que tudo suporta, e porquê?
Porque é livre para amar, e amar como ama a si mesmo.
Olhando para minha história, percebo a generosidade de Deus nas suas escolhas. Deus na sua infinita bondade me deu amigos, amigos que são como a chuva que caindo sobre a semente tem o poder de a fazer germinar, são como anjos, mensageiros, enviados de Deus, são em minha vida, a ajuda adequada, e sempre, no tempo oportuno.
O próprio Jesus no Evangelho, já nos diz:
“Já não vos chamo servos, mas de amigos!”
O amor que o amigo Jesus manifestou a nós, foi o amor mais sublime, o amor mais puro, o amor livre, que em tamanha liberdade amou até o fim, o amor capaz de dar a vida, e de trazer à vida.
É esse amor verdade que somos chamados a viver numa amizade.
Assim como na Santíssima Trindade, o amor que transborda, o amor que gera vida.
O amor que alimenta uma amizade, o amor que une os amigos precisa transbordar e gerar vida.
É essa experiência que nossas amizades precisam nos levar a fazer, amar ao ponto de poder dizer:
-Sou capaz de dar a vida por você!
Amar ao ponto de, a partir da nossas amizades, gerarmos vida. E isso só é possível, viver a verdadeira amizade só é possível, quando acolhemos a escolha de Deus, pois a amizade brota da íntima experiência com o maior e melhor amigo; Jesus.
Quando somos capazes de perceber tais escolhas, somos capazes de levar e sermos levados a Deus por um amigo, somos capazes de amar com amor verdadeiro, somos capazes de gerar vida.
E a Palavra de Deus nos assegura: “O amigo é uma proteção poderosa!”
Deixo para você o convite de viver a verdadeira amizade, aquela que é capaz de gerar vida!
Com orações…
Ana Paula Meneses

quarta-feira, 21 de outubro de 2015

Como devo reagir à oração não respondida?




(...)Deus é Pai e sabe que nem todos os nossos pedidos poderiam ser atendidos no tempo e na ocasião que desejamos. Por amor, Ele intervêm diante de nossas necessidades e concede-nos apenas aquilo de que precisamos. Alguns pedidos dirigidos a Deus visam apenas preencher nosso ego, mas maquiamos a realidade de tal maneira que parece uma necessidade urgente.
Vivemos tempos no qual nos desacostumamos a viver com o essencial, e essa realidade, muitas vezes, é refletida em nossa vida de oração. Muitos não suportam mais viver com o essencial e precisam do periférico. Se não adquirirmos a sabedoria divina, vamos, a cada nova oração, disfarçar o periférico de essencial.

O que hoje não compreendemos amanhã pode ser tão claro como a luz do dia

Deus não se deixa enganar e concede-nos apenas aquilo de que temos necessidade. Ele conhece o conteúdo de uma intenção na sua verdadeira essência. Mesmo que algum pedido seja justo e necessário, os projetos do Senhor para cada um de nós vai se revelando nos acontecimentos da vida. O que hoje não compreendemos, amanhã pode ser tão claro como a luz do dia.

Deus responde todas as nossas orações, mesmo que Sua resposta seja ‘não’

Mesmo que algum pedido não tenha sido atendido, não desanimemos. O Senhor responde todas as nossas orações, mesmo que a resposta seja ‘não’. Talvez o fato de não termos recebido a graça hoje seja pelo fato de que Deus esteja preparando o melhor para o futuro. Renovemos nossa confiança no Senhor e busquemos o essencial. Tenhamos a coragem de olhar para as nossas necessidades espirituais e humanas e ver se não estamos nos comportando como crianças mimadas, que de tudo tem necessidade, mas lhe falta maturidade suficiente para discernir a realidade das intenções.

Fortaleçamos nossa alma na luz do Espírito Santo de Deus rezando:

“Divino Espírito, que com sua luz de amor concedei a sabedoria necessária aos corações vacilantes, concedei-me a graça da sabedoria diante das necessidades, e que minha oração, elevada ao Pai, seja sempre guiada por aquilo que realmente necessito. Afastai-me do desejo desenfreado de satisfazer meus caprichos pessoais e ajudai-me a buscar na força da oração o essencial na vida. Amém!”

Por: Padre Flávio Sobreiro


terça-feira, 20 de outubro de 2015

Amigo de verdade é aquele que corrige

Há um princípio fundamental em qualquer amizade: ela deve nos fazer crescer. Como uma árvore boa é podada para poder dar frutos bons, assim também, durante a caminhada de crescimento e de amadurecimento, o ser humano precisa de algumas boas “podas”. Passar por esse processo não é fácil e, muitas vezes, nem aceitamos que qualquer um nos pode. Por isso Deus coloca algumas pessoas especiais em nossas vidas não só com a oportunidade, mas com a missão de nos corrigir para nos fazer crescer.
Monsenhor Jonas Abib, certa vez, escreveu que existem situações de nossa vida nas quais, muitas vezes, só o amigo é capaz de nos corrigir. O conhecimento mútuo, ou seja, a intimidade que uma amizade gera entre duas pessoas produz um conhecimento tão profundo da alma do amigo que nos permite saber a forma e quando corrigi-lo. O amor compartilhado é capaz de abrir “compartimentos lacrados” de nosso coração, os quais precisam da luz da verdade sobre as nossas misérias, para que estas possam ser curadas.
Por causa da abertura de alma que há numa amizade um amigo é capaz de chegar aonde ninguém consegue. Ele é capaz de atingir e tocar nos pontos mais delicados de nossa história, de nossa vida, com toda a maestria que só o amor é capaz de suscitar. São feridas nas quais ninguém havia tocado, mas que somente um amigo é capaz de tocá-las e curá-las com seu amor.
Um bom amigo é como um bisturi nas mãos de Deus, capaz de rasgar a nossa alma para que todas as mazelas sejam expelidas e o coração possa ser curado. Esse processo é muito doloroso no início; não é fácil aceitar a correção e escutar tantas verdades da boca de alguém. Muitas vezes, isso fere, machuca e realmente arranca pedaços, mas, logo depois, o bálsamo do amor do amigo é derramado, consolando, aliviando e cicatrizando as nossas feridas. Alguém precisa fazer o serviço, por isso Deus usa dos nossos amigos. Ele sempre se utiliza de alguém para agir em nossa vida, suscitando a pessoa certa para que, através do amor concreto, toque na ferida e cure o nosso coração.

Pressuposto de uma amizade madura e saudável é a correção. A Palavra de Deus nos ensina: “Corrige o amigo que talvez tenha feito o mal e diz que não o fez, para que, se o fez, não torne a fazê-lo” (Eclo 19,13). Amigo que não corrige, não faz o outro crescer e por isso não ama de verdade. Um relacionamento de amizade verdadeira em Deus não comporta omissão. É preciso haver verdade, sinceridade e por isso liberdade para poder corrigir, mas fazê-lo no amor. Quem ama quer o melhor para o outro e esse melhor, muitas vezes, exige correção.
Saber que alguém que está nos corrigindo nos ama não nos anestesia da dor da “poda”, mas nos traz segurança. Podemos até resmungar, nos irritar, no entanto, ouvimos e acabamos aceitando. Lá na frente veremos o quanto aquela exortação nos fez crescer e nos livrou de tantos sofrimentos.

Se um amigo o corrigiu, aceite a correção! Exortação não é questão de falta de carinho; pelo contrário, é ato concreto de quem ama e quer o melhor para nós. Se um amigo seu precisa de correção, não se omita! Não deixe que o seu medo de perder a amizade por ter de corrigi-lo o leve a perdê-lo definitivamente. Mostre o seu amor e se comprometa com a vida dele. Cumpra sua missão de amigo: corrija e o ganhe para sempre; o ganhe para Deus!

segunda-feira, 19 de outubro de 2015

Amigos... Tudo de bom!

Caramba, como a vida é mais feliz com a galera. Os amigos são, de verdade, um presente.
Não tem como ter uma vida sem eles. Não tem graça nenhuma.

Mas, afinal de contas, o que faz um carinha ser meu amigo e o outro ser somente meu colega?
Amizade é encontro. Encontro que Deus mesmo realiza.
O amigo é aquele que a gente pode viver tudo perto dele. Os momentos de alegria, festa, curtição… Mas também os de dor, angústia, sofrimento.
Amigo é aquele que chega quando todo mundo foi embora e deu aquela solidão. Amigo é aquele que chora com a gente quando nossas lágrimas já se secaram.
Pôxa vida, amigo é tudo de bom! É a certeza de que Deus está próximo, cuidando de mim nos momentos em que mais preciso.
Porém toda amizade precisa ser cativada e cultivada. Na amizade tem que acontecer aquela rivalidade para ver quem ama mais. Tem que se gastar tempo e se preocupar com o outro.
Será que você tem cuidado de seus amigos?
Amigo – que é amigo – é para toda hora.
Amizade é como um fruto que amadurece lentamente. Crescendo a cada dia em suas amizades. Viva isto!
Não é receber, é dar.
Não é magoar, é incentivar.
Não é descrer, é crer.
Não é criticar, é apoiar.
Não é ofender, é compreender.
Não é humilhar, é defender.
Não é julgar, é aceitar.
Não é esquecer, é perdoar.
Amizade…
É simplesmente AMAR.

“Tamu junto!”Adriano Gonçalves

domingo, 18 de outubro de 2015

EI MENINA, GUARDE TEU CORAÇÃO...


"Guarde o seu coração, porque dele procede as fontes da vida" (Pv. 4:23)




Esse sem dúvida é um dos meus versículos favoritos. Ele é muito objetivo e vai direto no ponto chave da minha vida. 
O coração abriga tantas, coisas né verdade?! E muitas vezes, fazemos do nosso coração uma "casa de pensão", entra todo mundo, sai todo mundo. É acabamos nos machucado por que damos abrigo, cama, comida e tudo mais à hospedes passageiros (sentimentos rasos). Devemos amar a todos, sem exerção nosso coração deve está aberto para todos, mas Jesus pede pra gente guardar nosso coração, (cuidar é zelar). Afinal nem todos irão ter a mesma boa intenção que você tem. 
Haverá pessoas que entrará em seu coração apenas para bagunçar aquilo que você arrumou, quanto à isso, se proteja, esteja vigilante. 
Não entregue seu coração de toda forma, não faça dentro dele uma liquidação de produtos baratos. Você precisa organizar as áreas do seu coração. Não der ao seu namorado(a) o privilégio que deve ser dado à Deus, não der ao seu colega o privilégio que deve ser dado aos seus pais. Não aborte sentimentos, se você inverte as posições, irá acabar com algo que tinha tudo para dar certo, mas deu errado porque uma certa pessoa, ocupou uma área que deveria ser de outra. Quando Deus deixa de ocupar o lugar devido no seu coração as coisas não prosperam. Se você entregar as pessoas, primícias que devem ser entregues a Deus, tornará seu coração um deposito de decepções. Por isso antes de tudo..."Cuide e guarde o seu coração, porque dele procede as fontes da vida." 



terça-feira, 13 de outubro de 2015

A força de uma gentileza

A falta de gentileza machuca a nossa sensibilidade



Em um mundo onde coloca-se em evidência aquilo que não é bom, ser gentil pode parecer fraqueza, quando na verdade é bem o contrário. Quem nunca mudou de ideia depois de um sorriso verdadeiro, um aperto de mão ou até mesmo uma palavra animadora? Atitudes de carinho, respeito e atenção fazem toda a diferença onde quer que seja e tem força para abrir portas e nos levar a grandes realizações! É que o coração humano criado para amar e ser amado, tem sede de ternura e quando a encontra deixa-se guiar por ela. Já a rispidez, é exatamente contrária aos nossos anseios, por isso nos fere tanto quando a recebemos.

Dizem que a falta de gentileza machuca a nossa sensibilidade, tanto quanto uma geada caindo sobre as flores. Retarda o crescimento de tudo o que é amável e nos impede de desabrochar com a beleza e a simplicidade que trazemos na alma. Por outro lado, a gentileza é comparada a um verão maravilhoso cujo calor estimula e influencia o crescimento das belas virtudes que somos capazes de externar. A gentileza é resultado de um coração forte, curado e unido a Deus pela força de seu amor original e jamais pode ser confundida com a fraqueza. A fraqueza faz barulho e tenta impressionar, a gentileza é discreta e faz questão de não aparecer.

Fúria e força

Existe uma fábula atribuída a Esopo que ilustra bem estre contraste:
“Conta-se que o sol e o vento discutiam sobre qual dos dois era mais forte.
Então o vento disse:
– Provarei que sou o mais forte.
Vê aquela mulher que vem caminhando com um lenço azul no pescoço?
Aposto como posso fazer com que ela tire o lenço mais depressa do que você.
O sol aceitou a aposta e recolheu-se atrás de uma nuvem.
O vento começou a soprar até quase se tornar um furacão, mas quanto mais ele soprava com força,
mais a mulher segurava o lenço junto ao pescoço.
Finalmente, o vento acalmou-se e desistiu de soprar.
Então, o sol saiu de trás da nuvem e sorriu bondosamente para a mulher.
Com este gesto, ela imediatamente esfregou o rosto e tirou o lenço do pescoço, respirando aliviada.
O sol disse, então, ao vento:
– Lembre-se disso meu amigo: A gentileza e a bondade são sempre mais fortes que a fúria e a força”.

Gentileza e tempo

Talvez seja por isso que as pessoas que agem com gentileza, respeito e consideração são sempre tão admiradas e dependendo do caso, até mesmo temidas. São Francisco de Sales, grande doutor da Igreja, certa vez escreveu: “Quando encontrar dificuldades e contradições, não tente derrubá-las com sua força; aceite-as com gentileza e tempo.”  – e continua explicando que assim se alcançará a vitória. Até porque, muitas vezes por trás de uma palavra grosseira ou até mesmo um gesto humilhante, está um coração ferido, pedindo para ser amado e a gentileza expressa com sinceridade, pode ser o canal para a cura acontecer.
Diante desta fábula, recordo-me também da passagem de I Reis 19, 11-12, onde narra a história do profeta Elias no monte Horebe, desejoso de encontrar Deus. “Um grande e forte vento rasgou os montes e despedaçou rochas, mas o Senhor não estava no vento. Depois da tempestade veio um furacão com resultados amedrontadores, mas o Senhor não estava no terremoto. Veio então um fogo, mas o Senhor não se encontrava no fogo. Depois do fogo ouviu-se um doce sussurro no ar, uma voz mansa e cheia de amabilidade e ali estava Deus”. Um Deus gentil e amoroso que, mesmo tendo poder para criar o universo e manter o mundo, escolhe revelar-se com gentileza e amor.
Fiquemos atentos as oportunidades que Ele nos dá, sendo canais da ternura, neste mundo tão sedento de amor!

segunda-feira, 12 de outubro de 2015

Nossa Senhora da Conceição Aparecida - Padroeira do Brasil

Com muita alegria nós, brasileiros, lembramos e celebramos solenemente o dia da Protetora da Igreja e das famílias brasileiras: Nossa Senhora da Conceição Aparecida.

A história de Nossa Senhora da Conceição Aparecida tem seu início pelos meados de 1717, quando chegou a notícia de que o Conde de Assumar, D. Pedro de Almeida e Portugal, Governador da Província de São Paulo e Minas Gerais, iria passar pela Vila de Guaratinguetá, a caminho de Vila Rica, hoje cidade de Ouro Preto (MG).

Convocados pela Câmara de Guaratinguetá, os pescadores Domingos Garcia, Filipe Pedroso e João Alves saíram à procura de peixes no Rio Paraíba. Desceram o rio e nada conseguiram.

Depois de muitas tentativas sem sucesso, chegaram ao Porto Itaguaçu, onde lançaram as redes e apanharam uma imagem sem a cabeça, logo após, lançaram as redes outra vez e apanharam a cabeça, em seguida lançaram novamente as redes e desta vez abundantes peixes encheram a rede.

A imagem ficou com Filipe, durante anos, até que presenteou seu filho, o qual usando de amor à Virgem fez um oratório simples, onde passou a se reunir com os familiares e vizinhos, para receber todos os sábados as graças do Senhor por Maria. A fama dos poderes extraordinários de Nossa Senhora foi se espalhando pelas regiões do Brasil.

Por volta de 1734, o Vigário de Guaratinguetá construiu uma Capela no alto do Morro dos Coqueiros, aberta à visitação pública em 26 de julho de 1745. Mas o número de fiéis aumentava e, em 1834, foi iniciada a construção de uma igreja maior (atual Basílica Velha).

No ano de 1894, chegou a Aparecida um grupo de padres e irmãos da Congregação dos Missionários Redentoristas, para trabalhar no atendimento aos romeiros que acorriam aos pés da Virgem Maria para rezar com a Senhora “Aparecida” das águas.

O Papa Pio X em 1904 deu ordem para coroar a imagem de modo solene. No dia 29 de abril de 1908, a igreja recebeu o título de Basílica Menor. Grande acontecimento, e até central para a nossa devoção à Virgem, foi quando em 1929 o Papa Pio XI declarou Nossa Senhora Aparecida Padroeira do Brasil, com estes objetivos: o bem espiritual do povo e o aumento cada vez maior de devotos à Imaculada Mãe de Deus.

Em 1967, completando-se 250 anos da devoção, o Papa Paulo VI ofereceu ao Santuário de Aparecida a Rosa de Ouro, reconhecendo a importância do Santuário e estimulando o culto à Mãe de Deus.

Com o passar do tempo, a devoção a Nossa Senhora da Conceição Aparecida foi crescendo e o número de romeiros foi aumentando cada vez mais. A primeira Basílica tornou-se pequena. Era necessária a construção de outro templo, bem maior, que pudesse acomodar tantos romeiros. Por iniciativa dos missionários Redentoristas e dos Senhores Bispos, teve início, em 11 de novembro de 1955, a construção de uma outra igreja, a atual Basílica Nova. Em 1980, ainda em construção, foi consagrada pelo Papa João Paulo ll e recebeu o título de Basílica Menor. Em 1984, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) declarou oficialmente a Basílica de Aparecida Santuário Nacional, sendo o “maior Santuário Mariano do mundo”.

Nossa Senhora da Conceição Aparecida, rogai por nós!

domingo, 11 de outubro de 2015

Sejam Crianças aos olhos de Deus

“Se vocês não se converterem, e não se tornarem como crianças, vocês nunca entrarão no Reino do Céu.” (Mt. 18,3)
Jesus adverte todos aqueles que o seguem e que se dizem cristãos, a se tornarem como crianças. Tendo isto como condição para fazer parte do Reino que Ele nos preparou.
Mas o que isto quer dizer? Julgando pelo contexto em que se passa, os discípulos discutiam entre si para ver quem seria o maior, ou melhor, discutindo sobre o que é preciso pra ser o maior no Reino do Céu. Eles questionam o Senhor, que vem com a seguinte resposta: “É preciso que vocês se tornem como Crianças”. Atentos a esta resposta, pode-se observar que talvez Cristo referia-se ao fato de que devemos ser servidores de todos, gesto concluído quando lava os pés dos discípulos (Jo. 1-11). Pois de fato as crianças estão dispostas a servir, apesar de que a cultura dos últimos tempos tem tentado destruir essa característica própria do ser humano. Quem nunca ouviu na infância: “Vem fazer ‘aquilo’ pra mim você está mais novo…”, “Levanta pra titia sentar que suas pernas estão mais jovens” São palavras estranhas? Vem da própria pré-disposição da criança ajudar aos “mais velhos”: Quem nunca observou alguém fazendo algo e ficou querendo ajudar, ou aprender como faz? Quem nunca viu vovó fazendo bolinhos e quis dá uma “forcinha” nem que fosse pra rapar a massa do fundo da panela? Hummm…! Bons tempos!
Dentre este motivo há muitos outros, pelos quais Jesus chamou a atenção e ainda continua chamando a atenção de seus discípulos, ou seja, nós. Será descrito pelo menos cinco deles para que possamos meditar profundamente nesta palavra de Salvação:

Sejam Crianças: 1-Inocência

Como somos inocentes quando crianças! Fazemos cada coisa, que nem nos dávamos conta do que estávamos fazendo. “Deus perdoa o tempo da ignorância”(At.17,30). Isto quer dizer que não pode haver culpa num indivíduo que não sabe que aquilo que está fazendo é certo ou errado. Ainda mais quando se trata das leis de Deus, pois a palavra diz que cada será julgado conforme a sua própria consciência. (1Cor. 10,23-30)
Nós, já não somos tão inocentes assim. No entanto, Cristo inocente se fez pecador por nós para nos libertar das cadeias do pecado. Ele derramou seu Preciosíssimo Sangue para nos devolver a inocência.

Sejam Crianças: 2-Pureza

Para descrever a pureza, temos que dissolver a ideia que nos leva a confundir com a inocência que é a ignorância ou ingenuidade, visto que não somos ingênuos e o Mestre não nos chama a ingenuidade.
Podemos comparar a pureza infantil como as pedras preciosas, como o ouro por exemplo: Os garimpeiros encontram o ouro na natureza completamente diferente da maneira como vemos nos desenhos, ou na nossa imaginação. Eles são encontrados cobertos por outros materiais como chumbo, alumínio, ferro, barro etc. E estes elementos “não interessantes” são tidos por impurezas. O ouro bruto, encontrado na natureza, é conduzido a fornos em altíssimos graus que separam estas substancias deixando somente o ouro puro, que é trabalhado e se torna brilhante bonito do jeito que conhecemos.
Assim como ouro é puro e valioso, assim são as crianças. Encaremos a pureza como a identidade da criança mesmo no meio de tanta imundice, impurezas, as crianças nunca deixam de serem crianças em nenhuma circunstancia. Que nós, mesmo diante destas mesmas dificuldades, nunca deixemos de sermos cristãos mesmo quando estamos impuros recorramos ao Senhor que nos purifica.

Sejam Crianças: 3- Alegria

Uma das características mais evidentes da criança é alegria. A natureza da criança é ser alegre pular, gritar, brincar, se divertir. Quem é alegre aproveita as melhores coisas da vida. Quando se diz as melhores coisas são as melhores mesmo. E as coisas de Deus não seriam as melhores?
Então porque encaramos as coisas santas com tanta melancolia e tristeza? Será que, preferimos sermos escravos do pecado? Ou somos felizes por termos liberdade em Cristo para amar e ser amado? Ou neste mundo egoísta, olhamos para nosso próprio umbigo e perdemos a capacidade de sermos sensíveis as necessidades do outro, se felicitar com a felicidade alheia, e assim somos incapazes de comtemplar a verdadeira alegria?

Sejam Crianças: 4-Confiança

Toda criança sonha ou pensa em ser invencível, ainda mais pelas influências dos super-heróis. Autoestima é dom que nos é natural desde pequeno. Mas acima de qualquer coisa a criança tem a consciência que acima dela está seus pais. Quem nunca disse uma dessas frases: “Eu vou contar pro meu pai!”, “ Mamãae!”(Quico do chaves que o diga!).
Os pequenos sempre depositam sua confiança em si. Mas, quando esgotam as suas forças a depositam em alguém que seja maior que eles na figura dos pais ou responsáveis. Do mesmo modo, respeitando em tudo nossos pais terrenos, assim como o próprio Jesus (Lc. 2,51), reconheçamos nossa pequenez, e depositemos nossa confiança ao Pai Celeste.

Sejam Crianças: 5-Perseverança

Faça a experiência de retornar ao jardim de infância e contemple esta perseverança miúda. Veja as crianças brincando em pleno recreio no pátio, as tias observando mais distantes quando de repente, um menino do nada cai (nessa época criança cai igual mamão maduro…), logo após outro e outro. O mais interessante é que faz um “barulhão”, daqueles que a gente diz: “Vai chorar…”. E a reação é surpreendente: Eles olham para um lado e para o outro, se levantam e começam a correr de novo. E isso se repete ao longo de todo o recreio (Em menos de dois minutos, se vê uma única criança caindo pelo menos umas três vezes!).
Observando os caminhos que nós também trilhamos quando pequenos, possamos nunca desanimar diante das diversas quedas que tivermos. Muitos parecem não cair tantas vezes, mas, quando cairmos que jamais possamos desistir de levantar, a fim de trilharmos o caminho que conduz ao Céu.
Lembre-se, se tornar como criança é muito importante para podermos entrar nos céus, pois a porta é estreita. Portanto, desapeguem-se do homem velho no intuito de se revestir do homem novo desapegado dos bens materiais e munido das virtudes que o próprio Deus nos concede.
Autor: Stenio Leite
Membro da Pastoral da Juventude – MG
Jovens Católicos

sexta-feira, 9 de outubro de 2015

E se você for infiel... Ele permanece fiel!

Sempre escutamos que Deus é amor infinito e sempre fiel. Isso, que deveria ser um alento para nós, muitas vezes é causa de desânimo, porque diante de tanta santidade, e olhando a nossa própria fragilidade, pode vir a tentação de exclamar como Pedro a Jesus: “Afasta-te de mim, porque sou pecador” (Lc 5,8). Mas não é essa a atitude que Deus quer de nós.

Em uma passagem belíssima, São Paulo diz o seguinte:

“Fiel é esta palavra: (...)
Se lhe somos infiéis, ele permanece fiel,
Pois não pode renegar-se a si mesmo” (2 Tim 2, 11.13).

Deus não quer que nos afastemos dele nunca. Se por nosso pecado nos falamos a nós mesmos que já não temos jeito, que não adianta mais tentar ser melhor porque o nosso mal é muito grande, no fundo estamos colocando a força do pecado como maior do que a força de Deus, e isso não é verdade. Jesus disse que não tinha vindo pelos saudáveis, mas pelos doentes que precisam de cura (Mc 2, 17). O filho pródigo que gastou toda sua herança longe da casa do Pai, volta querendo ser um empregado, mas o Pai o recebe com uma festa enorme, porque seu filho estava morto e voltou à vida. Não há nada tão grave que possamos fazer a ponto de Deus virar suas costas para nós. Enquanto estamos mergulhados na infidelidade, Ele continua nos chamando a voltar para Ele.

Timóteo foi um jovem discípulo de Paulo que estava passando por muitas dificuldades na cidade de Éfeso, enquanto seu mestre estava preso. Sabendo disso, São Paulo lhe envia duas cartas pastorais, nas quais lhe dá vários conselhos de como levar adiante a missão, mas também de como ele pode perseverar nessa missão. São cartas belíssimas, que valem a pena serem lidas e meditadas com cuidado, especialmente por aqueles que precisam renovar o ardor e a confiança na fé em Deus.

Nessa carta, São Paulo quer lembrar a Timóteo que Deus já esteve presente em sua vida, por exemplo, no dia em que recebeu o ministério pela imposição das mãos de Paulo, e que seguiria fiel por toda a vida. Esse trecho serve para cada um de nós, que também possuímos uma história com Deus. Olhar para trás e ver como a mão de Deus foi nos guiando por nossa vida é muito alentador porque podemos perceber com claridade o seu amor providencial que foi nos cuidando mesmo nos momentos difíceis. Para isso é muito importante olhar para o passado desde os olhos de Deus, de maneira reconciliada.

Com certeza houve momentos onde a presença de Deus se deixou ver de maneira mais clara, como quando recebemos alguns dos sacramentos, quando experimentamos um chamado especial à vida consagrada ou quando encontramos a pessoa que seria nossa companheira durante toda a vida. Esses momentos não são apenas bonitos, mas são verdadeiras manifestações pessoais de Deus, que precisamos guardar como um de nossos tesouros mais preciosos, como Maria, que guardava todas essas coisas no coração. Bem guardados podemos, sempre que precisar, voltar a abri-los e perceber como Deus sempre é fiel, mesmo que nós muitas vezes não o sejamos.

Irmão João Antônio

Fonte: Jovens de Maria

quinta-feira, 8 de outubro de 2015

A verdade e a liberdade

"A verdade vos tornará livres.
Nosso Senhor Jesus Cristo disse no santo Evangelho que a verdade nos tornaria livres. Transcrevo abaixo, parafraseando, a explicação que ouvi de um Padre dominicano a respeito disso, mostrando claramente como a liberdade do Evangelho não é a liberdade dos liberais e do mundo moderno.
A liberdade está em nossa vontade (em querer um bem maior ou menor); ora, nossa vontade foi feita para o bem, e não só para o bem, mas para o sumo bem, que é Deus.
Tudo, portanto, que nos atrapalha a atingir o nosso fim último, Deus, e nos desvia de nossa caminhada a Ele, prejudica nossa liberdade (porque nos prejudica na escolha do sumo bem, enganando-nos com a falsa aparência do bem, por exemplo).
Ora, a inteligência, quando está de domínio da verdade, pode informar corretamente a nossa vontade, para que façamos uma escolha bem feita (ou seja, para que a vontade possa escolher o bem; a inteligência deve informar a vontade porque esta é uma faculdade cega, que não pode desejar o que não conhece).
A verdade é, portanto, em última análise, aquilo que nos faz chegar ao bem. Assim como o que nos atrapalha para escolher o bem prejudicada nossa liberdade, a verdade, fazendo-nos possuir o bem, nos torna verdadeiramente livres."

terça-feira, 6 de outubro de 2015

Como lidar com as brigas e os desentendimentos no namoro?

Brigas e desentendimentos no namoro não podem virar a 3ª Guerra Mundial
Quantas vezes você se desentende com si mesmo ao acordar? Às vezes, irrita-se com algo que acontece de imprevisto ou que poderia ter feito e não fez? Quantas são as situações que o chateiam quando pensa: “Nossa, como pude fazer isso? Meu Deus! Sério que fiz isso?”.
De fato, desentendemo-nos com nós mesmos, e, nessa hora, precisamos nos reconciliar. Essa é a aventura humana! Agora, alargue um pouco sua visão e pense: tudo isso em um relacionamento a dois! O nome já diz: trata-se de duas pessoas, de dois mundos, duas histórias, duas visões e dois sentimentos. Por isso, é inevitável o desentendimento e o conflito.
Quanto se trata de namoro, noivado ou casamento, então, meu Deus! Um simples ato de apertar a pasta de dente ao meio pode ser um “campo minado” para estourar uma discussão acalorada com sua digníssima, a qual, simplesmente, não suporta o fato de você não apertar o creme dental no início do tubo.
Desentendimentos surgirão, mas a pergunta é: Como lidar com eles? Como não fazer do relacionamento uma 3ª Guerra Mundial? Ah, e se você acha que o fato de rezar ou ter uma vida sem estresse o blindará desses momentos de tensão, fique tranquilo e permita-se ser humano. Até o Papa disse: “É habitual os casais se zangarem… Às vezes, [até] voa um prato. Contudo, por favor, lembrem-se disso: não acabem o dia sem fazer as pazes. Nunca, nunca! Esse é um segredo para conservar o amor”.
Se posso também dar uma dica, darei três para quando surgirem as desavenças, tá legal?
Buscar uma solução: Quando há um ponto de divergência, é interessante parar e pensar: Há uma solução para isso? Podemos solucionar o problema que surgiu? O diálogo será o meio mais eficaz de descobrir as soluções!
Achar o meio termo: Nem sempre o problema terá uma solução. Nessa hora, não se trata de um ou o outro vencer, com uma saída plausível. É interessante achar o ponto de equilíbrio que fique bom minimamente para ambas as partes. O meio termo é: “Nem para o seu lado nem para o meu, mas o melhor para o nós!”.
Deixar passar: Há coisas e situações para as quais, de fato, não adianta gastar fosfato nem massa cinzenta. Só o tempo poderá resolver! Há situações que precisam de um dia, dois ou mais para serem resolvidas; nesse tempo, com os ânimos mais calmos, as coisas podem se assentar ou, literalmente, você vai precisar deixar passar!
Como dialogar e ter sucesso no falar?
Pergunta boa! Às vezes, no diálogo, falamos A, mas o outro entende B; e saímos com um R de “raiva”!
Uma simples equação na fala pode ajudar! Vamos lá:
“Quando você faz isso____________, eu sinto isso _______________. Acho que poderia ser assim _______________.”

Nessa hora, a pessoa poderá dizer o que pensa na mesma equação; dessa forma, as coisas vão ficando mais claras! Muitas vezes, por não sabermos identificar com nitidez nossos sentimentos e falar deles, entramos em enrascadas.
Muitos se perdem e perdem lindos relacionamentos por não saberem sobreviver a esses momentos de incompatibilidade de gênio! Gosto do pensamento de Chesterton sobre isso, quando ele analisa a causa de muitos divórcios: “Já que os americanos admitem o divórcio por “incompatibilidade de gênio”, não consigo compreender como não se divorciaram todos, pois tenho visto muitos casamentos felizes, mas nunca um casamento compatível. O casamento é justamente feito para a luta e para transpor o instante em que a incompatibilidade triunfa, porque o homem e a mulher são, por definição, incompatíveis”. Chesterton (What’s wrong with the world)
Sempre seremos incompatíveis pelo simples fato de sermos homens e mulheres(corpo, mente e até o jeito de rezar são diferentes!). Isso é ótimo, pois é a medida certa para que possamos viver a santidade, que é busca por uma inteireza enquanto pessoa humana.
Então, podemos até quebrar uns pratos, mas nada de dormirmos brigados, tá legal?
Tamu junto!
Adriano Gonçalves

segunda-feira, 5 de outubro de 2015

Reze e entregue sua vida à Maria e a Jesus

Jesus e Maria não quer que caiamos em tentação

Maria quer esmagar a “serpente” na nossa vida, ela quer nos ver perto de Jesus. Maria não quer que caiamos em tentação, embora saiba que somos propensos ao pecado.
Entreguemos nossa vida a Jesus, entreguemo-nos a Ele e a Sua mãe, renunciando a satanás e ao pecado.
Reze:
“Senhor, muitas vezes, o pecado tem me vencido, mas eu não quero pecar, por isso renuncio a ele e me entrego a Ti e a Sua mãe. O Senhor é o meu Salvador. Tem compaixão de mim, assim como Maria se compadeceu de teu sofrimento. Eu me entrego a ela, conto com a sua intercessão o seu auxílio. Assumo que ela é a minha mãe.  Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo.”
Seu irmão,

Monsenhor Jonas Abib Fundador da Comunidade Canção Nova

domingo, 4 de outubro de 2015

Preciso tomar uma decisão, mas não sei o que fazer

A vida exige de você uma decisão 

Meus irmãos, diversas vezes somos indagados pela própria vida à tomar uma decisão. Normalmente nos são apresentadas duas vertentes, e precisamos escolher apenas uma. Quantas pessoas arrependem-se do caminho que tomam, que gostariam de ter uma segunda chance para fazer diferente; outras não.
São felizes pelo caminho que escolheram e seguem sua vida tranquilamente. Embora o primeiro exemplo seja difícil de enfrentar, temos que perceber que sempre é tempo de recomeçar. Se você está infeliz e acredita que é preciso mudar o rumo da sua vida, dê o passo e o faça, para que você não se arrependa mais. Mas se não dá, se a situação é tão delicada que não tem como, eu te dou um conselho: reze e espere, Deus vai te mostrar o que fazer.
Às vezes achamos que tomamos o caminho errado, e na verdade não foi. Alguma situação ou outra que está nos impedindo de sermos mais felizes, mas confie e espere em Deus, Ele vai te mostrar o que fazer. Hoje, para àqueles que estão desanimados e não podem mudar o rumo, a melhor decisão é esperar; mas para aqueles que tem uma oportunidade, reze e lance-se pedindo a Deus para guiar os seus caminhos.

Rezo por você.
Seu irmão,
Wellington da Silva Jardim (Eto)
Cofundador da Comunidade Canção Nova e administrador da FJPII