terça-feira, 31 de dezembro de 2013

Planeje seu futuro

É chegado o fim do ano. Novo tempo vai começar. Renascem em nós novas esperanças. E quando chega a meia noite do dia 31 de dezembro, a festa de acolhida do ano novo explode em gritos de alegria e oração: feliz ano novo! É a celebração do fim de um tempo e o início de outro. A troca de presentes, os desejos de “boas festas”, as brincadeiras em forma de simpatias, as vestes brancas e até guloseimas específicas, fazem parte desse momento inaugural de um ano novo.

Costumamos planejar novos passos com atitude forte e decidida: neste ano vou cuidar mais da minha saúde; vou estudar com mais afinco; vou ser mais organizado em minhas tarefas; não vou gastar dinheiro com supérfluos... Mas, passados alguns dias, a magia do ano novo vai se perdendo e a rotina volta a insistir; o cansaço do trabalho, o desgaste nas relações, o stress e outros problemas pessoais vão trazendo de volta a mesmice da vida; esquecemos os projetos e objetivos elaborados no rito de passagem do ano. Assim, corremos o risco de não realizar os sonhos planejados. O pior é quando esquecemos o planejamento anterior e traçando planos para o futuro sem sequer avaliarmos o ano que passou. Isso acontece com quem não sabe aonde quer chegar.

Surge assim a necessidade de reservar um momento para o planejamento pessoal de vida. Trata-se de colocar no papel os sonhos que queremos realizar, traçar metas, objetivos, estratégias para o ano: o que necessito realizar? Quando? Onde? Como fazer?


Quem planeja suas ações, tem consigo a direção da sua existência, embora nem sempre seja possível guiar a vida para onde desejamos. Quem se deixa levar pelo acaso, assume as consequências de um futuro medíocre.

Antes de começar o seu ano novo, tome uma decisão firme e positiva de fazer no presente a base para o seu futuro. Avalie e planeje, com o cuidado de traçar estratégias possíveis de serem concretizadas. Em algum momento do ano, é preciso avaliar o desempenho do plano de vida e se preciso for, dar novos rumos a ele. Assim como a semente plantada no campo necessita ser cultivada, nossos sonhos e planos também devem ser bem cuidados: só assim poderão germinar, nascer, crescer e dar frutos.

Essencial nesse processo é a confiança na Luz Divina, que ilumina nossos passos e encaminha nossos planos. Não se trata de entregar a Deus toda a responsabilidade dos rumos de nossa existência, como se não tivéssemos nada com isso. Ao mesmo tempo, não podemos deixar o curso de nossa história sob a ação do acaso e do destino. Precisamos tomar nas mãos a responsabilidade de construir a história, guiados e iluminados por Deus. O tempo é de Deus, a Ele devemos nossa existência e para Ele voltaremos. Precisamos planejar a vida para oferecer o melhor de nós mesmos para a construção de uma história bem feita. Planejar o tempo é dar impulso ao projeto de Deus em nós.

Um bom ano novo vai depender dos sonhos que planejamos agora, do cultivo durante o ano e da abertura à força inspiradora de Deus na realização dos projetos. Que você comece bem o ano novo e receba muitas bênçãos de Deus para os seus sonhos. É só começar!

Ir. José Torres, CSsR.



segunda-feira, 30 de dezembro de 2013

Passos para a conversão

Nossa conversão é a ação do Espírito Santo em nós.


Queremos aprender e nos deixar transformar pelo Senhor. Após meditar no cantinho de ontem (29) sobre a graça da conversão que nos é dada, vamos falar sobre os sete passos para a conversão que nos foi apresentado?

1 - Onde acontece a minha conversão? Onde eu estou.

Aconteceu aquele problema, aquela surpresa, mas Deus estava e sempre estará com você em todos os momentos. O lugar da sua conversão é o lugar onde você está agora, porque a seu lado está o Senhor. Não importa o problema e a dificuldade pela qual você está passando com algumas pessoas. Nada disso pode atrapalhar a sua conversão. Esta se dá onde você está, aí neste lugar, neste problema, nesta situação. Não queria resolver situações pendentes, para só depois buscar se converter. Quem pensa assim, sempre arruma uma desculpa para deixar a sua conversão para depois.

Não queira fugir da sua realidade, pois é nela que Deus quer realizar uma obra em sua vida. O Senhor está na situação em que você se encontra. Ele está na sua realidade. Não despreze nada que possa ajudá-lo a se converter, nem a dor, nem pessoas, nem situações. Aproveite de tudo isso, pois não existe nada que não possa ser utilizado por Deus para sua conversão. Dessa forma, por causa dela [conversão], não fixe os olhos nas pessoas e nas situações. Para o seu bem, para que ela ocorra, não se fixe nas pessoas. Não olhe para elas, olhe “através” delas. Pois a meta é a conversão!

Não pergunte onde Deus está. Acredite e proclame que o Senhor está com você!

2 - Nossa conversão é a ação do Espírito Santo em nós.

O que devemos fazer é tornar nosso coração sensível às moções do Espírito. A missão d’Ele é nos santificar, mas nós temos o coração fechado para escutá-las [moções d’Ele]. Por isso, precisamos abrir o coração aos apelos d’Ele. É preciso ser obediente ao que Ele nos fala. É necessário entrar na “escola da sensibilidade e da obediência”.

3 - Aceite que um caminho de transformação é uma “porta estreita”.

“Entrai pela porta estreita, porque larga é a porta e espaçoso o caminho que conduzem à perdição e numerosos são os que por aí entram. Estreita, porém, é a porta e apertado o caminho da vida e raros são os que o encontram” (Mt 7, 13-14).

O mundo oferece caminhos e portas largas e tem feito a sociedade se acostumar com isso. Contudo, você precisa passar pela “porta estreita”, ela é o caminho que nos conduz à santidade. É necessário perceber “quem” ou “o que” é a “porta estreita da sua vida”, que faz com que você seja mais misericordioso, mais paciente, mais corajoso, entre outros. Mas muitos de nós queremos nos ver livres desse “caminho apertado” e dessa “porta estreita”. Jesus diz que poucos a encontrarão. E você? Já conheceu a sua?

4 - Quero realmente me converter? Quero realmente mudar de vida?

É preciso ter humildade para escutar o que pensam e o que falam de nós. Então, escute o que as pessoas têm a dizer sobre você e, diante de Nosso Senhor, pergunte: “O que há de verdade disso que estão dizendo sobre mim?” Pois, todos somos como um baú, que tem coisas boas e coisas ruins.

Quantas vezes, eu ouvi tantas coisas e voltei para casa chorando e, graças a Deus, chorei no colo dos meus familiares e de amigos. Pessoas que me disseram que eu era autossuficiente, arrogante, etc. O que você escuta e o tira do sério é porque talvez possua um pouco de verdade. É tempo de mudança, e se você quiser mudar realmente, este é o tempo propício. Nosso Senhor espera de nós uma verdadeira conversão!

5 - Conversão é uma escolha que eu faço!

A sua conversão não é uma escolha de ninguém. É uma escolha muito pessoal. É você que quer mudar, que quer ser melhor, que quer ser de Deus. Portanto, a escolha é sua!

6 - O tempo da conversão é agora.

Nosso Senhor nos dá um tempo para a nossa conversão, e este tempo é agora. Neste momento, neste lugar. Aí onde você está, não existe outro lugar. É preciso valer-se de tudo para a conversão.

7 - Converter-se pela oração. Retirar-se com Jesus.

Retire os olhos das pessoas, dos fatos. Você e eu precisamos aprender a ir mais para o “deserto” a fim de sermos transformados e abençoados. E assim nos converter com a oração e a meditação da Palavra de Deus.

Passe para outras pessoas esses sete passos. É tempo de conversão. Quem se converte, aproxima-se cada vez mais de Nosso Senhor Jesus Cristo. É preciso oferecer ao seu coração o que mais ele deseja e necessita: Nosso Senhor.

A paz.

sexta-feira, 20 de dezembro de 2013

Santo do dia - São Domingos de Silos

Os santos da Igreja de Cristo foram verdadeiros luzeiros para o mundo, pois levaram com sua vida e palavras a Luz do Mundo que é Jesus Cristo. São Domingos nasceu em Cañas, vila da província de Navarra (Espanha), isto no ano 1000, dentro de uma humilde família cristã.
Quando o pai do pastorinho de ovelhas Domingos enxergou a inclinação do filho para os estudos religiosos, tratou logo de encaminhar Domingos para a formação que o levou – por vocação – ao Sacerdócio. Ordenado Sacerdote, passou mais de um ano na família e depois viveu dezoito meses na solidão. Com o passar do tempo entrou para a família beneditina, ingressando no mosteiro de Santo Emiliano, onde logo foi feito mestre dos noviços pelo abade do mosteiro. Em seguida, foi encarregado de restaurar o priorado de Santa Maria de Cañas. Após isso, foi feito prior do mosteiro de Santo Emiliano. Um dia, o príncipe de Navarra, sem dinheiro para as suas guerras, veio ao mosteiro exigir uma contribuição exorbitante. Os monges estavam dispostos a ceder, mas o prior deu uma recusa humilde e categórica. Fugindo da vingança do príncipe, Domingos exilou-se em Burgos onde Fernando Magno, rei de Castela e Aragão, recebeu o fugitivo em seu palácio. São Domingos retirou-se, todavia, para um eremitério fora da cidade. O rei pensou então no mosteiro de São Sebastião de Silos, quase abandonado, e deu-o ao recém-chegado, a 14 de janeiro de 1041.
Na Ordem de São Bento, São Domingos de Silos descobriu seu chamado a uma contemplação profunda e ações que salvassem almas, sendo assim recebeu de um anjo em sonho a promessa de 3 coroas que significavam: uma por ter abandonado o mundo mal e se ter encaminhado para a vida perfeita; outra por ter construído Santa Maria de Cañas e ter observado castidade perfeita; e a terceira pela restauração de Silos. De fato, esta última coroa se realizou perfeitamente, pois durante os 30 anos de pai (abade) no mosteiro de São Sebastião em Silos, este local tornou-se centro de cultura e cenáculo de evangelização para a Igreja e o Mundo. O abade de Silos faleceu a 20 de dezembro de 1073, entre os seus numerosos filhos espirituais e assistido pelo Bispo de Burgos. Foi sepultado no claustro.
São Domingos amado pelo povo e respeitado por reis e rainhas, operou em vida e também depois da morte muitos milagres, os quais provaram com clareza o quanto se encontra no Céu tão íntimo, quanto buscava ser aqui na terra. Em 1076, o Bispo de Burgos transferiu o corpo de São Domingos para a igreja de São Sebastião. E a abadia foi perdendo pouco a pouco o nome de São Sebastião para adotar o de São Domingos.
São Domingos de Silos, rogai por nós!

quarta-feira, 18 de dezembro de 2013

É Natal!

"Quando chega o Natal, gosto de contemplar as imagens do Menino Jesus. Essas figuras, que nos mostram o Senhor tão humilhado, recordam-me que Deus nos chama, que o Onipotente quis apresentar-se desvalido, quis necessitar dos homens. Da gruta de Belém, Cristo diz a mim e a você que precisa de nós; reclama de nós uma vida cristã sem hesitações, uma vida de doação, de trabalho, de alegria.

Não conseguiremos jamais o verdadeiro bom humor se não imitarmos deveras Jesus, se não formos humildes como Ele. Insistirei de novo: vemos onde se oculta a grandeza de Deus? Num presépio, nuns paninhos, numa gruta. A eficácia redentora de nossas vidas só se produzirá se houver humildade, se deixarmos de pensar em nós mesmos e sentirmos a responsabilidade de ajudar os outros.


É normal, às vezes até entre almas boas, criarem-se conflitos íntimos, que chegam a produzir sérias preocupações, mas que carecem de qualquer base objetiva. Sua origem está na falta de conhecimento próprio, o qual conduz à soberba, ao desejo de se tornarem o centro da atenção e estima de todos, à preocupação de não ficarem mal, de não se resignarem a fazer o bem e desaparecer à ânsia de segurança pessoal. E, assim, muitas almas que poderiam gozar de uma paz extraordinária, saborear um imenso júbilo, transformam-se, por orgulho e presunção, em infelizes e infecundas!

Cristo foi humilde de coração (cf. Mt 11,29). Ao longo da sua vida, não quis para si nenhuma coisa especial, nenhum privilégio. Começa por permanecer nove meses no seio de Sua mãe, como qualquer outro homem, com extrema naturalidade. O Senhor sabia de sobra que a humanidade necessitava d'Ele com urgência. Tinha, portanto, fome de vir à Terra para salvar todas as almas, mas não precipita o tempo. Ele vem na Sua hora, como chegam ao mundo os outros homens. Desde a concepção até o nascimento, ninguém - a não ser São José e Santa Isabel - percebe esta maravilha: Deus veio habitar entre os homens!

O Natal também está rodeado de uma simplicidade admirável: o Senhor vem sem estrondo, desconhecido de todos. Na Terra, só Maria e José participam da divina aventura. Depois, os pastores, avisados pelos anjos. Mais tarde, os sábios do Oriente. Assim se realiza o fato transcendente que une o céu à terra, Deus ao homem!

Como é possível tanta dureza de coração, que cheguemos a nos acostumar a estes episódios? Deus humilha-se para que possamos nos aproximar d'Ele, para que possamos corresponder ao Seu amor com o nosso amor, para que a nossa liberdade se renda não só ante o espetáculo do Seu poder, como também ante a maravilha da Sua humildade.

Grandeza de um Menino que é Deus. Seu Pai é o Deus que fez os céus e a terra, e Ele ali está, num presépio, quia non erat eis locus in diversorio (Lc 2,7) - porque não havia outro lugar na terra - para o dono de toda a Criação. ('É Cristo que passa', 18)

Nosso Senhor dirige-se a todos os homens para que caminhem ao Seu encontro, para que sejam santos. Não chama só os Reis Magos, que eram sábios e poderosos; antes disso, tinha enviado aos pastores de Belém, não já uma estrela, mas um de seus anjos (Lc 2,9). No entanto, quer uns quer outros - sejam pobres ou ricos, sábios ou menos sábios - devem fomentar na sua alma uma disposição humilde que permita escutar a voz de Deus. ('É Cristo que passa', 33)

"Hoje, brilhará sobre nós a luz, porque nasceu para nós o Senhor!" Eis a grande novidade que comove os cristãos e, por meio deles, dirige-se à humanidade inteira. Deus está aqui! Esta verdade deve tomar posse de nossas vidas. Cada Natal deve ser para nós um novo encontro especial com Deus, que deixe a Sua luz e a Sua graça penetrarem até o fundo da nossa alma. ('É Cristo que passa', 12)"

São Josemaria Escrivá


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Deixe o Menino Deus trazer a esperança para o seu lar, para a sua família!


terça-feira, 10 de dezembro de 2013

A Igreja em estado de Advento

Uma das imagens mais lindas, carregadas de sentido humano e cristão é a da gravidez. Encanta-me encontrar, como acontece com frequência no ambiente amazônico em que vivo, casais que pedem a bênção para a esposa que se aproxima do parto da criança, acolhida como dom de Deus. É a festa da vida e da esperança, a teimosia positiva de pessoas que acreditam que filho não é trabalho, mas bênção de Deus. De fato, "os filhos são herança do Senhor, é graça sua o fruto do ventre. Como flechas na mão de um guerreiro são os filhos gerados na juventude. Feliz o homem que tem uma aljava cheia deles" (Sl 127, 3-5).

A Igreja no tempo do Advento se assemelha a esta linda imagem humana, pois está grávida da graça e da presença salvadora de seu Senhor. Aquele que um dia voltará, e certa como a aurora é a sua vinda (Cf. Os 6,3), vem a nós de novo. "A Igreja deseja ainda ardentemente fazer-nos compreender que o Cristo, assim como veio uma só vez a este mundo, revestido da nossa carne, também está disposto a vir de novo, a qualquer momento, para habitar espiritualmente em nossos corações com a profusão de suas graças, se não opusermos resistência" (Cf. Cartas Pastorais de São Carlos Borromeu, bispo - Acta Eclesiae Mediolanensis, t. 2, Lugduni, 1683, 916-917). O "estado de gravidez" da Igreja em tempo de Advento traz consigo consequências para a vida dos cristãos, que queremos chamar de "Virtudes do Advento", como proposta para as pessoas e as comunidades.

O ponto de partida é a necessidade profunda do Redentor. Não somos capazes de nos redimir por nós mesmos e de oferecer um sentido profundo à existência. Há uma iniciativa gratuita de Deus, que vem ao encontro da humanidade (Cf. Juan Ordoñez Marques, Teologia y Espiritualidad del Año liturgico, pág. 213, BAC, Madrid, 1978). Nossa boa vontade humana é insuficiente! Carecemos de Deus, de sua presença e de seu amor salvador! Uma humanidade sem Cristo é decadente, escorrega para o vazio absoluto. Deus preparou seu povo, através de gerações de homens e mulheres, dentre os quais se destacam os que, considerados pequeno resto dos pobres de Israel, permaneceram fiéis à promessas antigas. Também hoje, diante das promessas de Deus, que é fiel, multiplicam-se os que não duvidam de sua palavra.

A esperança é a virtude própria dessa gente, e queremos fazer parte dela! Quem a vive toma consciência da necessidade do Cristo que vem, abre-se para viver com fidelidade a ele e aponta a bússola de sua vida para a eternidade, onde Deus será tudo em todos. Não espera apenas o dia de amanhã, ou quem sabe uma visita que se anuncia e nem mesmo os eventuais benefícios que a vida oferece, mas espera Deus e espera tudo de Deus.

Viver a virtude da esperança leva o cristão à oração diante da promessa de Deus. E oração cristã é feita com humildade, sinceridade, abertura à

vontade de Deus e obediência. Rezar e rezar melhor é próprio do Tempo de Advento. A melhor oração de Advento é a participação na Santa Missa, acompanhando a liturgia de um tempo rico do mistério de Deus. Depois, a oração em família, a Novena de Natal e a oração com a Bíblia, na leitura orante da Palavra de Deus.

Quem espera em Deus e tudo espera dele vive desde já o objeto de sua esperança, sendo fiel e responsável diante dos apelos do próprio Senhor. Como as gerações que precederam a vinda do Salvador viveram como se estivessem vendo o invisível, os cristãos de nosso tempo não podem deixar para amanhã o bem a ser feito. Sua fidelidade a Deus se manifesta na vivência da caridade, a experiência da partilha dos bens espirituais e materiais. É o sentido dos muitos gestos de "Natal sem fome" ou, entre nós, "Belém, a casa do pão", assim como a grande "Coleta para a Evangelização", que se realiza em todo o Brasil neste fim de semana. É tempo de contagiar a todos, para que a generosidade seja experimentada e permaneça no ano que vai começar. É um grande laboratório de caridade, com o qual vale a pena se comprometer.

É quem começou tudo foi o próprio Deus. O Natal é a suprema epifania daquele que a Escritura chama de filantropia de Deus, seu amor pelos homens: "Manifestou-se a bondade de Deus e seu amor pelos homens" (Tt 3, 4). Só depois de ter contemplado a "boa vontade" de Deus para conosco podemos ocupar-nos também da "boa vontade" dos homens, de nossa resposta ao mistério do Natal. Imitar o mistério que celebramos significa abandonar todo pensamento de fazer justiça sozinhos, toda lembrança de ofensas recebidas, suprimir do coração todo ressentimento com respeito a todos. Não admitir voluntariamente nenhum pensamento hostil contra ninguém; nem contra os próximos nem contra os distantes, nem contra os fracos ou contra os fortes, nem contra os pequenos nem os grandes da terra, nem contra criatura alguma que existe no mundo. E isso para honrar o Natal do Senhor, porque Deus não guardou rancor, não olhou a ofensa recebida, não esperou que outro desse o primeiro passo até Ele. Se isso não é possível sempre, durante todo o ano, pelo menos o façamos no tempo do Advento e do Natal. Assim o Natal que se aproxima será realmente a festa da bondade, da filantropia de Deus (Cf. Padre Raniero Cantalamessa, OFM Cap. – pregador da Casa Pontifícia, 24 de dezembro de 2007).

Para assim viver o Advento e o Natal que se aproxima, ressoa no Advento o convite de São João Batista à conversão, mudança de mentalidade, que pode traduzir-se numa corajosa revisão de vida, para arrumar a casa do coração e a busca do Sacramento da Penitência.

Enfim, a Igreja em tempo de Advento convida os cristãos ao otimismo da fé, que se traduz na virtude da alegria, fruto da presença do Espírito Santo em nossos corações.


Vem de Deus a graça que precisamos. Por isso pedimos confiantes: "Ó Deus e bondade, que vedes o vosso povo esperando fervoroso o natal do Senhor, dai chegarmos às alegrias da salvação e celebrá-las com intenso júbilo na solene liturgia. Amém".

Dom Alberto Taveira Corrêa
Arcebispo de Belém – PA

sábado, 7 de dezembro de 2013

KERIGMA, 5 ANOS


07 de dezembro de 2008

Há 5 anos atrás dava-se o encontro de fundação do Grupo Kerigma. Já há alguns meses antes quatro jovens, ao redor de um seminarista - que hoje já é padre - foram preparando o que se tornaria não um simples grupo, nem associação juvenil, mas uma verdadeira Missão, uma família de discípulos de Jesus Cristo. Seguindo a inspiração do Espírito Santo, dóceis às suas moções, a Missão Kerigma ao longo de sua existência, tem anunciado o nome de Cristo à cidade de Itapecerica e sua atuação não se restringe apenas aos jovens, mas chega a todos que participam da comunidade eclesial. Quantos passos foram dados, quantas vidas transformadas, quantas bênçãos recebidas, quantos desafios enfrentados! Olhamos para o futuro com a certeza de que há muito para ser feito e com a convicção de que quem conduz nossas atividades é Deus. "Isto é estar em Cristo, é viver Renovação"!



terça-feira, 3 de dezembro de 2013

Dica de Cinema: Sob o Sol da Toscana


Quando fui convidado para escrever sobre cinema, além muito de lisonjeado senti grande alegria em poder analisar filmes e deles extrair algum aprendizado. Isso pode até soar estranho, entretanto creio ser perfeitamente possível aprender através da sétima arte, pois como disse Nietzsche, “a arte existe para que a verdade não nos destrua”.

Filosofias à parte, eu decidi falar sobre uma mulher a beira dos seus quarenta anos, recém divorciada e em busca de motivação para uma nova vida, uma vida na Itália.


Não, eu não estou falando do filme Comer, Rezar, Amar (2010) e sim, do belíssimo Sob o Sol da Toscana (2003) com Diane Lane (Mar em Fúria), Sandra Oh (Grey’s Anatomy) e Raoul Bova (O Turista).

Baseado no homônimo da escritora Frances Mayes, o filme dirigido por Audrey Wells (Dança Comigo?, A Lente do Desejo, Feito Cães e Gatos) narra a real jornada da escritora ao se redescobrir como mulher e ser humano na Toscana, região Central da Itália famosa por seus vinhos, cultura, gastronomia e romance.

A atuação sóbria e delicada de Lane transforma sua personagem em um ser tangível, alguém em quem acreditamos, com quem juntos sofremos e vibramos. Particularmente sou fã de atuações no que eu chamo “o padrão Meryl Streep”, onde uma pequena lágrima rolando no momento certo e um olhar simples, dolorido e profundo ganham muito mais a empatia do público, do que cenas de novela onde as atrizes se esforçam para convencer com choros forçados e caretas que beiram a comédia.

Os cenários foram bem construídos e a direção de arte soube equilibrar muito bem as locações reais com seus objetos de cena. Quem já esteve na Toscana entenderá quando eu digo que seus campos e paisagens naturais se parecem mais com uma aquarela amarronzada, do que pastagens reais. Entrecortando essas belas estradinhas se encontram vilarejos e pequenas cidades medievais, com suas casas seculares e um povo falastrão, mal humorado e bom vivant.

É exatamente esse o clima que essa obra transmite de maneira fidedigna e poética. O bom texto de Wells fornece ainda mais pontos à diretora que conseguiu equilibrar atores europeus e americanos de maneira muito competente. Não sei dizer se o momento realmente ocorreu, mas a cena onde Katherine (Duncan) entra em uma fonte de água para de lá ser retirada por Martini (Vincent Riotta), como referência declarada ao filme La Dolce Vita de Federico Fellini é, além de uma bela homenagem, um momento de metalinguagem aplicado de maneira feliz.

Mas o que realmente importa em Sob o Sol da Toscana é a mensagem que a história de Frances (ou Francesca para os italianos) transmite!

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Todos nós temos sonhos e por vezes passamos boa parte de nossas vidas com medo das mudanças e temerosos em darmos a volta por cima, quando algo muito ruim ocorre (como o doloroso divórcio da protagonista). E a verdade é que seja muito longe, ou muito perto de nossos lares, o fato de mudar, melhorar e aprender só depende de nós mesmos, pois as ferramentas já estão dentro de nós e não ao nosso redor.

Para aqueles que ainda não assistiram, fica aqui minha recomendação máxima! Para aqueles que já conhecem, por que não uma reprise?


Um abraço e até a próxima!


Enfim, dezembro!

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O ano passa e a gente não sente, eu sei. Passa depressa, e aquele fim de semana, que foi tão gostoso, a gente pouco aproveitou.

O ano passou. A gente sorriu, chorou. Alguns conquistaram aquilo que nunca imaginaram conseguir, foram e estão felizes. Outros, não tiveram lá tanta sorte. O time da amiga foi campeão, e ela festejou. E muitos dos nossos amigos saíram bravamente pelas ruas para lutar por aquilo que consideram justo, foram corajosos.

O ano ainda não acabou. Mas a hora de fazer aquele balanço geral já chegou. Afinal, estamos no último mês de 2013, e falta pouco tempo para concretizarmos aquilo que não podemos deixar para o ano que vem. Falando nisso… Será que nos dedicamos para alcançar nossos objetivos?

Você foi feliz? No dia do seu aniversário, você foi feliz? Agradeceu o dom da vida e fez aquilo que gosta? E quantas vezes você viu o mar durante o ano? Olhou para o céu, se sentiu maravilhado com as estrelas? Disse “eu te amo” para quem se ama, ou está privando seu coração de bater mais forte? Porque, na vida, é preciso se emocionar, gritar, escancarar tudo o que é bom. Senão não adianta, não vale a pena e nem tem graça. Se você deixou de cumprir algum desses exemplos, sinto muito, mas está na hora de você começar a pensar no sentido da vida (e desses 365 dias). Então, corre!

Enfim, dezembro. Mês das luzes de Natal, de casas enfeitadas, de gente feliz. De presentear e ser presenteado. Tempo de gente solidária, de sair na rua e desejar “Feliz Natal” para quem a gente não conhece. Esse momento fica ainda mais especial se reatarmos aquele laço antigo que foi desfeito, se ligarmos para aquele amigo de escola que ficou no passado, ou se passarmos mais tempo com quem nos ama.

É simples ser feliz. O melhor da vida é de graça! Se aquele sonho ainda não foi realizado, paciência. No fim das contas, você verá que o importante mesmo são os pequenos momentos, e que fazer bem ao próximo retorna em positividade a nós mesmos.


Então, aproveite dezembro!

domingo, 1 de dezembro de 2013

Angelus com o Papa Francisco – 01/12/201


ANGELUS
Praça São Pedro – Vaticano
Domingo, 1º de dezembro de 2013

Boletim da Santa Sé
Tradução: Jéssica Marçal

Queridos irmãos e irmãs, bom dia!

Iniciamos hoje, Primeiro Domingo do Advento, um novo ano litúrgico, isso é, um novo caminho do Povo de Deus com Jesus Cristo, o nosso Pastor, que nos guia na história para o cumprimento do Reino de Deus. Por isto, este dia tem um encanto especial, nos faz experimentar um sentimento profundo do sentido da história. Redescobrimos a beleza de estar todos em caminho: a Igreja, com a sua vocação e missão, e toda a humanidade, os povos, as culturas, todos em caminho pelos caminhos do tempo.

Mas em caminho para onde? Há uma meta comum? E qual é esta meta? O Senhor nos responde através do profeta Isaías, e diz assim: “No fim dos tempos acontecerá/ que o monte da casa do Senhor/ estará colocado à frente das montanhas/ e dominará as colinas./ Para aí correrão todas as gentes,/ e os povos virão em multidão:/ “Vinde, dirão eles, subamos à montanha do Senhor,/ à casa do Deus de Jacó:/ ele nos ensinará seus caminhos,/ e nós trilharemos as suas veredas”” (2, 2-3). Isto é aquilo que nos diz Isaías sobre a meta para onde vamos. É uma peregrinação universal para uma meta comum, que no Antigo Testamento é Jerusalém, onde surge o templo do Senhor, porque dali, de Jerusalém, veio a revelação da face de Deus e da sua lei. A revelação encontrou em Jesus Cristo o seu cumprimento, e o “templo do Senhor” tornou-se Ele mesmo, o Verbo feito carne: é Ele o guia e junto à meta da nossa peregrinação, da peregrinação de todo o Povo de Deus; e à sua luz também outros povos possam caminhar rumo ao Reino da justiça, rumo ao Reino da paz. Diz ainda o profeta: “De suas espadas forjarão relhas de arados,/ e de suas lanças, foices./ Uma nação não levantará a espada contra a outra,/ e não se arrastarão mais para a guerra” (2, 4). Permito-me repetir isto que nos diz o Profeta, escutem bem: “De suas espadas forjarão relhas de arados,/ e de suas lanças, foices./ Uma nação não levantará a espada contra a outra,/ e não se arrastarão mais para a guerra”. Mas quando acontecerá isto? Que belo dia será, no qual as armas serão desmontadas, para se transformar em instrumentos de trabalho! Que belo dia será aquele! Que belo dia será aquele! E isto é possível! Apostemos na esperança, na esperança da paz, e será possível!

Este caminho não está nunca concluído. Como na vida de cada um de nós, há sempre necessidade de começar de novo, de levantar-se, de reencontrar o sentido da meta da própria existência, assim, para a grande família humana é necessário renovar sempre o horizonte comum rumo ao qual somos encaminhados. O horizonte da esperança! Este é o horizonte para fazer um bom caminho. O tempo do Advento, que hoje começamos de novo, nos restitui o horizonte da esperança, uma esperança que não desilude porque é fundada na Palavra de Deus. Uma esperança que não desilude, simplesmente porque o Senhor não desilude nunca! Ele é fiel! Ele não desilude! Pensemos e sintamos esta beleza.

O modelo desta atitude espiritual, deste modo de ser e de caminhar na vida é a Virgem Maria. Uma simples moça do campo, que leva no coração toda a esperança de Deus! Em seu ventre, a esperança de Deus tomou carne, fez-se homem, fez-se história: Jesus Cristo. O seu Magnificat é o cântico do Povo de Deus em caminho, e de todos os homens e mulheres que esperam em Deus, no poder da sua misericórdia. Deixemo-nos guiar por ela, que é mãe, é mãe e sabe como guiar-nos. Deixemo-nos guiar por ela neste tempo de espera e de vigilância ativa.


A todos desejo um bom início de Advento. Bom almoço e até mais!

Papa Francisco

sábado, 30 de novembro de 2013

Vem Senhor Jesus!

“A minha alma tem sede de ti, minha carne também te deseja, como terra sedenta e sem água” (Sl 62, 2). Percorremos as estradas do mundo, Senhor, recolhendo hoje todos os gritos das pessoas que clamam por tua vinda. Conosco estão todos os sedentos da terra, homens e mulheres que não se sentem saciados com as parcas alegrias que se lhes oferecem. Conosco estão todos os sofredores e inquietos. Vem, Senhor Jesus!

Gritam por tua vinda os muitos pecadores, entre os quais nos encontramos, para que, do profundo do abismo, olhando para a Jerusalém celeste, possamos pedir que escutes nossa voz e não leves em conta nossas faltas, pois em ti está a nossa esperança (Cf. Sl 129). Vem, Senhor Jesus!

Diante de ti sejam apresentados os anseios das pessoas errantes e perdidas, cujo sentido da existência se esvaiu como fumaça. Dá-nos, Jesus, a graça de ser instrumentos teus para encontrá-las nas encruzilhadas da aventura humana. Dá-nos sensibilidade para que ninguém passe perto de nós e nos encontre indiferentes. Sabemos que só tu és a resposta, a única esperança para elas. Vem, Senhor Jesus!

Nós te apresentamos as pessoas que perderam o próprio nome e dignidade. Sabemos estar escondido atrás de tantos andrajos o tesouro da obra prima que é a natureza humana. Ilumina-nos com tua luz para que saiamos pelas ruas a procurar homens e mulheres que gritam por amor e liberdade, a fim de que encontrem a estrada que conduz a ti. Dá-nos olhos e ouvidos abertos para todas as necessidades humanas. Vem, Senhor Jesus!

Sabemos que muitos têm paixão pela verdade, mas têm dificuldades para ceder ao amor, que é porta para a plena verdade. O Espírito Santo, que pairou sobre a simplicidade da Virgem Maria, entre em todas as mentes dos que se encontram insatisfeitos com as poucas ou limitadas respostas que a vida oferece. Vem, Jesus Salvador, Sabedoria eterna, ao encontro deles. Vem, Senhor Jesus!

O mundo ficou pequeno e nós sabemos logo o que acontece em todas as partes. Obrigado, Senhor! Agradecemos porque nossa sensibilidade cresceu diante de tantos problemas existentes. Valeu muito ver a Igreja e tantas pessoas em oração pela paz! Foi bom que todos descobriram de novo, neste ano, por convocação do Papa Francisco, as armas bíblicas do jejum e da oração! Vem, Senhor Jesus, para nosso mundo machucado pelas guerras

que ainda insistem em existir, mesmo depois de tua vinda, Príncipe da Paz. Vem, Senhor Jesus!

Precisamos de tua vinda, Senhor Jesus, para vencer a violência que se espalha em nossas cidades. Dá-nos vergonha suficiente para não nos considerarmos importantes pelos índices de violência ou de acidentes. Dá-los juízo para valorizar a vida dos outros e respeitá-la. Sozinhos não somos capazes de fazer dignas nossas cidades. Elas gritam, mesmo sem saber: Vem, Senhor Jesus!

Senhor, nós te apresentamos um mundo machucado e cansado. Eis diante de ti a falta de confiança nas instituições, pela grave corrupção existente em todos os cantos. Tu sabes bem que falta retidão nas prestações de contas, na administração dos bens públicos e nas relações pessoais. Nosso mundo é terra seca, que tem sede do Deus vivo. Vem, Senhor Jesus!

Senhor, em nosso mundo se encontram também, para acolher-te, todas as pessoas que fazem o bem! Ajuda-nos a ver a bondade presente no trato com os irmãos, a caridade vivida, a solidariedade que continua viva, a simplicidade de tantas pessoas que se abrem para a amizade sincera! Vem ao encontro de todas as pessoas que fazem o bem e nos fazem o bem. Vem, Senhor Jesus!

Ao final de um ano, queremos trazer-te, para fazer festa à tua chegada e cantar com os anjos de Belém, nossas crianças, radiantes de alegria e esperança! Unem-se a elas nossos adolescentes e jovens, rosto de um futuro melhor. Acolhe o amor apaixonado dos casais e de suas famílias, e também o brilho do sorriso de nossos idosos! Todos se preparam e querem fazer de seus corações e suas casas o lugar para o Natal acontecer.

Percorremos casa por casa, batendo às portas, mesmo sabendo que há dois mil e treze anos muitos dizem não haver lugar para ti. Queremos encontrar este lugar na simplicidade de tantos corações, parecidos com Maria e José. Desejamos ser simples e abertos como os animais da noite de Belém! Dá-nos a sabedoria do burro ou a placidez da vaca do presépio, ou, quem sabe, o jeito de cantar do galo das vigílias, para preparar-te aconchego e calor.

Como temos a certeza de que um dia virás em tua glória, tu que vieste em Belém e vens a cada dia, põe em nosso coração a palavra da Escritura, neste tempo de Advento: “O Espírito e a Esposa dizem: ‘Vem’! Aquele que ouve também diga: ‘Vem’! Quem tem sede, venha, e quem quiser, receba de graça a água vivificante. Aquele que dá testemunho destas coisas diz: ‘Sim, eu venho em breve’. Amém! Vem, Senhor Jesus!” (Ap 22,17.20)

Dom Alberto Taveira Corrêa
Arcebispo de Belém – PA

Advento

O advento é o tempo litúrgico que antecede o Natal. São quatro semanas nas quais somos convidados a esperar Jesus que vem. Por isso é um tempo de preparação e de alegre espera do Senhor. Nas duas primeiras semanas do advento, a liturgia nos convida a vigiar e à conversão, para melhor aguardarmos a vinda gloriosa do Salvador. Nas duas últimas, lembrando a espera dos profetas e acompanhando Maria, nos preparamos mais especialmente para celebrar o nascimento de Jesus em Belém.


Até um tempo atrás se associava o advento com o tempo da quaresma, tempo de jejum e penitência. Mas na verdade, o advento é um tempo de alegre esperança da chegada do Senhor. Jesus vem e isso é motivo de muita alegria. Na verdade, Jesus já veio e virá uma segunda vez. Esse é o ensinamento da Igreja. Mas nosso encontro com Jesus que vem, acontece todos os dias. Jesus vem até nós na pessoa dos nossos irmãos e irmãs, de um modo especial os mais sofredores. Ou mesmo em tantas formas de presença onde o Cristo ressuscitado vem até nós, na oração, na celebração litúrgica ou quando nos reunimos em seu nome. Nosso encontro definitivo com Jesus se dará quando morrermos e participarmos com Ele em sua glória, no seio da Santíssima Trindade. Por isso nós, cristãos, somos convidados a viver num constante advento, antecipando, na nossa frágil e muitas vezes debilitada história, esse encontro definitivo.


Com o advento inauguramos o ''ciclo do Natal'', que se estende até a festa do Batismo de Jesus em janeiro.

sexta-feira, 29 de novembro de 2013

Feliz Fim de Ano!


Fim de ano está chegando…

- O verão está chegando, preciso emagrecer!
- Será que vou ficar de REC?
- O ano está acabando e eu ainda não cumpri todas as minhas metas!
- Ai, não consegui guardar dinheiro para as férias de verão! E agora?
- O vestibular está me estressando muito!

Estes são alguns pensamentos inevitáveis nesta época do ano, a famosa “novembrite”! Cobranças e cobranças!

Preocupar-se, ou melhor ocupar-se é uma forma positiva de comprometimento, porém não adianta se preocupar sem fazer o que tem que ser feito.

Em geral, nos estressamos a medida que deixamos de fazer algo e não  necessariamente com o que temos que fazer ainda! Quem enrola não desenvolve competências de sucesso!!! Chamamos esta enrolação de procrastinação, até a palavra é estranha!

Em relação a este comprometimento, não vamos comparar um adolescente de 16 anos com um adulto de 30, as maturidades e percepções são distintas e não podemos condicionar nossas expectativas, até mesmo porque existe uma parte cerebral deste adolescente que não está totalmente formada que seria extamente a parte que ele utiliza para tomar as decisões.

Mesmo não sendo uma desculpa, justifica-se as decisões que às vezes tomam errôneamente.
MAS se eu quero, mesmo como jovem, ter mais sucesso, liberdade e prosperidade é necessário sair da caixinha e da curva, e dar o SEU MELHOR em cada situação presente.
Muitas vezes não conseguimos o que queremos mesmo dando o nosso (quase) melhor, por isto ficamos estressados e nos sentimos pressionados pelo final do ano. Então o que fazer para aliviar este estresse e culpa?
Aliás pessoal, CULPA não serve para NADA, só nos faz andar como siris (andar de lado e não para frente)… se você se sente culpado por algo, SE PERDOE  e faça diferente numa próxima vez e não repita o mesmo erro. “Errar é humano mas persistir no erro é… falta de inteligência!”
E o que devemos fazer para superar este estresse todo?
Primeiro, fazer o que tem que ser feito, pelo menos o que ainda der tempo! Seguir o ditado: “Se não pode fazer tudo, faça tudo que puder!”
Segundo, procurar recursos externos para aliviar o estresse e atingir seus objetivos, fazendo atividades física, ter algum hobbie, massagem (não é frescura), conversar com alguém, fazer terapia, esportes radicais para os que gostam de mais adrenalina, alimentar-se melhor, ter pensamentos mais positivos, boas leituras, ficar  um pouco menos no celular e computador para diversificar e não viciar…

Enfim, há muitas coisas que ainda temos que fazer, mas há também muitos recursos para nos ajudar a vencer nossa preguiça, deseogarnização e procratinação. Portanto, teste o SEU MELHOR na corrida até o ano finalizar!

Feliz final de ano!!!

Forte abraço.

Fabiana Luckemeyer

quinta-feira, 28 de novembro de 2013

Rock Católico: uma boa opção! - Parte 2

Fala juventude, a paz!
Trago hoje mais três banda católicas que louvam a Deus com um bom rock!


BANDA CEREMONYA

Essa banda é para todos aqueles que gostam de um rock estilo anos 70 e 80. A Banda é Ceremonya é bem conhecida entre os católicos. Um diferencial dessa banda é que algumas das suas músicas também são tocadas durante as missas e celebrações.


THE FLANDERS

Esses caras passam uma mensagem Católica de forma bem irreverente, sempre com uma levada bem Rock’n Roll. Sou fã deles.




ROSA DE SARON

Essa é a banda católica mais conhecida entre todas, é quase uma unanimidade entre os jovens, sejam católicos ou não. O Rosa de Saron se propõe a fazer rock com qualidade levando uma mensagem cristã de esperança, fé e amor para todos.



Em breve mais dicas e sugestões!
Abraços!

Cinema: Brilho eterno de uma mente sem lembranças


O que você faria se alguém lhe oferecesse a possibilidade de apagar de sua memória uma pessoa, ou uma fase de sua vida que ainda lhe causa dor e tristeza?

Esse é o questionamento ético e existencial trabalhado ao longo de Brilho Eterno de Uma Mente Sem Lembranças, filme dirigido pelo inconstante Michel Gondry e elencado por nomes de peso como Kirsten Dunst, Mark Ruffalo, Elijah Wood, Tom Wilkinson, além de Jim Carrey e a oscarizada Kate Winslet como protagonistas.

Joel Barish (Jim Carrey) é o típico pacato cidadão que sempre seguiu as regras vivendo uma vidinha sem graça, previsível e infeliz até conhecer, por acaso do destino, Clementine Kruczynski (Kate Winslet), uma garota completamente fora dos “padrões de normalidade”, excêntrica, bipolar e autêntica. Deste encontro nasce uma intensa história de amor repleta de muitos altos e baixos.


Carrey, que já provara ser capaz de também interpretar papéis dramáticos, dá conta do recado neste filme, porém é Winslet quem realmente brilha (para variar). Sua personagem é psicologicamente desequilibrada e ao mesmo tempo cativante, adjetivos que a inglesa de Titanic consegue transbordar na tela de maneira dosada e competente.

Com o passar do tempo Joel se torna inseguro e intolerante, enquanto Clementine (que parece gostar de remeter seu nome à música Oh My Darling Clementine) se entrega à bebedeira, na tentativa de suportar um namorado ranzinza e pouco criativo, que a perde dia após dia em uma rotina sufocante.

No momento em que Joel decide se vingar e também apagar todas as suas memórias deste relacionamento, somos transportados a uma jornada lindamente bem editada e compreensivamente confusa (se é que isso é possível), regada a ótimos efeitos especiais e diálogos intensos. A vasta experiência de Gondry como diretor de vídeo clipes se encontra impressa nesta película pouco linear, onde inúmeros flashbacks se misturam organicamente às fantásticas e até surreais sequencias de cenas ocorridas dentro da mente de Joel, enquanto o famigerado processo de limpeza de memória ocorre. O roteiro original de Charlie Kaufman não poderia ter caído em melhores mãos!

E como todo “bom prato” merece um bom acompanhamento, uma história paralela se desenvolve ao redor do respeitado elenco de fundo, levantando questionamentos sérios sobre até onde o homem pode brincar de ser Deus e mexer com a mente das pessoas, mesmo quando elas pediram e pagaram por tal. Até onde temos o direito de nos livrar do passado e simplesmente apagá-lo como num passe de mágica, sem sofrer as consequências de nossas más ações pretéritas?

Brilho Eterno de Uma Mente Sem Lembranças é um filme tecnicamente redondo e bonitinho, que nos faz refletir sobre aprendizado com os erros, ao invés de esquecimento dos mesmos, além de nos lembrar que sempre estaremos exatamente onde deveríamos estar, vivendo as experiências que deveríamos viver.

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terça-feira, 26 de novembro de 2013

Mesmo na queda, Deus nos ergue pelo milagre

“Uma vida gerada no ventre de uma mulher é sempre um milagre”

Quando falamos em aborto, também precisamos tratar cuidadosamente dos namoros mal vividos. Quantos casais de namorados que mal se conhecem começam um relacionamento e descobrem um “amor eterno”; no entanto, não procuram um discernimento e se entregam um ao outro como se fossem esposos.

A-vida-é-um-milagreO pensamento que circunda o coração dos namorados é: “Se eu o amo, não existe problema em me entregar para você”. Os namorados já começam a ver o outro como esposo ou esposa, e se esquecem do verdadeiro sentido do namoro, um caminho de conhecimento mútuo, vivendo cada tempo que lhes são propostos. Deste modo, ao passar dos limites, acabam se entregando ao fogo da paixão que os envolve e vivem uma íntimidade sexual, começam a ter relações contínuas e tudo se torna normal, natural.

A consequência, muitas vezes, é uma gravidez indesejada. O mais importante é saber que uma vida gerada no ventre de uma mulher é sempre um milagre, independente das circunstâncias na qual ela será concebida, ou até mesmo como aconteceu esta gestação. É essencial voltarmos o olhar para Deus e percebermos a beleza do Seu amor. Mesmo diante do pecado, da nossa pequenez, ele realiza milagres e prodígios. O Senhor olha para nossa mediocridade e nos convida a recomeçar.

O primeiro passo cristão e autêntico que nós podemos dar, diante de uma situação como esta, é não utilizar pílulas anticoncepcionais, pílula do dia seguinte nem outro tipo de abortivo. É preciso preservar pela vida. Assim como o Senhor preserva e vigia pela nossa vida.

O aborto feito por adolescentes está crescendo, mas a consciência do amor de Deus por nós precisa ser mostrada. Ele é o caminho, a verdade e a vida. Por isso não nos culpa nem condena nosso pecado. Pelo contrário, Deus nos dá a chance da vida nova, vivendo na confiança de que ele providenciará tudo que é necessário para nossos passos.

O aborto nunca é uma opção, ele é abominável. Nós cristãos temos a confiança de que mesmo a gravidez sendo a consequência de um pecado, ela é um milagre da vida. E nós não temos capacidade para decidir se a criança deve ou não viver. Deus é por nós !


Deus abençoe!

Daniel Mendes Alvim Lepesqueur

domingo, 24 de novembro de 2013

E aí, vai perseverar?


Fala juventude santa!

Hoje refletimos em nosso encontro o valor da perseverança.

Como é bom encontrar pessoas entusiasmadas porque tiveram uma "trombada" com Jesus. Mal comparando, é como o encontro com aquela pessoa que você ama, aquela paquera, o início do namoro, aquele primeiro beijo. Você acorda pensando na pessoa, dorme pensando nela, não pode perder a oportunidade de encontrá-la novamente. O coração vai da barriga à garganta, bate forte.

O encontro com Jesus é assim, um impacto em nossa vida. Não vemos a hora de encontrá-Lo na Eucaristia, de ir ao grupo de oração ou de jovens. Passamos horas lendo a Bíblia e em adoração, queremos que todas as pessoas que conhecemos experimentem o mesmo. Deus está tão próximo de nós que a sensação é de que estamos experimentando o céu, andando nas nuvens. É a manifestação do amor de Deus em nós, a maravilhosa ação do Espírito Santo, a qual não conseguimos explicar em palavras, como diz São Paulo "gemidos inefáveis (inexplicáveis)" (cf. Rom 8, 28).

Tudo isso é necessário para uma relação de amor e de entrega a Deus, no entanto, todo relacionamento amadurece e passa pela prova do tempo. Um namoro e também um casamento (aliança) são feitos de presença e ausência, de consolações e desertos.

Digo isso porque não poucas pessoas que começaram na fé comigo hoje viraram as costas para Deus. E me pergunto: Por onde andam? Onde está aquele fervor do início? O que fizeram com as juras de amor a Jesus quando viveram aquela forte experiência com Ele?

Aprendi que o segredo de uma caminhada em Deus está em uma palavra que faz toda a diferença: Perseverança.

Este "apaixonamento" por Jesus vai amadurecer, as provas virão, o deserto vai acontecer. Os arrepios e as sensações do início desaparecerão e, entrar em oração com Deus será uma batalha interior. Pessimismo? Não, realidade. Porque fé não é feita de sensações, mas sim, de convicção.

Deus não irá "blindá-lo" das tentações e das quedas na sua caminhada. Mas Ele não está interessado em sua queda, e sim em sua capacidade de se levantar, não importa quantas vezes isso ocorra. Perseverança significa "não importa o que acontecer, eu não vou desistir de Deus", tendo a consciência de que Ele jamais desistirá de mim.

Se você se encontrou com Jesus agora, saboreie mesmo este tempo, deixe-O transformar a cada dia sua vida. Sinta o amor de Deus por você, deixe que o "homem velho" e as coisas antigas morram, mas lembre que você está entrando numa guerra. Pode ser que, nesta sua nova caminhada, você perca algumas batalhas, mas não é o fim. Levante-se, confesse sua queda, entre mais uma vez na batalha e a vitória se dará pela sua perseverança.

Jesus disse que a palavra que cai na terra boa "são os que ouvem a Palavra com coração reto e bom, retêm-na e dão fruto pela perseverança" (Lucas 8,15).

E aí? Vai perseverar?

Semana que vem tem mais Cantinho da Juventude!

Shalom!

sexta-feira, 22 de novembro de 2013

Santa Cecília

Hoje celebramos a santidade da virgem que foi exaltada como exemplo perfeitíssimo de mulher cristã, pois em tudo glorificou a Jesus. Santa Cecília é uma das mártires mais veneradas durante a Idade Média, tanto que uma basílica foi construída em sua honra no século V. Embora se trate da mesma pessoa, na prática fala-se de duas santas Cecílias: a da história e a da lenda. A Cecília histórica é uma senhora romana que deu uma casa e um terreno aos cristãos dos primeiros séculos. A casa transformou-se em igreja, que se chamou mais tarde Santa Cecília no Trastévere; o terreno tornou-se cemitério de São Calisto, onde foi enterrada a doadora, perto da cripta fúnebre dos Papas.
No século VI, quando os peregrinos começaram a perguntar quem era essa Cecília cujo túmulo e cuja inscrição se encontravam em tão honrosa companhia, para satisfazer a curiosidade deles, foi então publicada uma Paixão, que deu origem à Cecília lendária; esta foi sem demora colocada na categoria das mártires mais ilustres. Segundo o relato da sua Paixão Cecília fora uma bela cristã da mais alta nobreza romana que, segundo o costume, foi prometida pelos pais em casamento a um nobre jovem chamado Valeriano. Aconteceu que, no dia das núpcias, a jovem noiva, em meio aos hinos de pureza que cantava no íntimo do coração, partilhou com o marido o fato de ter consagrado sua virgindade a Cristo e que um anjo guardava sua decisão.
Valeriano, que até então era pagão, a respeitou, mas disse que somente acreditaria se contemplasse o anjo. Desse desafio ela conseguiu a conversão do esposo que foi apresentado ao Papa Urbano, sendo então preparado e batizado, juntamente com um irmão de sangue de nome Tibúrcio. Depois de batizado, o jovem, agora cristão, contemplou o anjo, que possuía duas coroas (símbolo do martírio) nas mãos. Esse ser celeste colocou uma coroa sobre a cabeça de Cecília e outra sobre a de Valeriano, o que significava um sinal, pois primeiro morreu Valeriano e seu irmão por causa da fé abraçada e logo depois Santa Cecília sofreu o martírio, após ter sido presa ao sepultar Valeriano e Tibúrcio na sua vila da Via Ápia.
Colocada diante da alternativa de fazer sacrifícios aos deuses ou morrer, escolheu a morte. Ao prefeito Almáquio, que tinha sobre ela direito de vida ou de morte, ela respondeu: “É falso, porque podes dar-me a morte, mas não me podes dar a vida”. Almáquio condenou-a a morrer asfixiada; como ela sobreviveu a esse suplício, mandou que lhe decapitassem a cabeça.
Nas Atas de Santa Cecília lê-se esta frase: “Enquanto ressoavam os concertos profanos das suas núpcias, Cecília cantava no seu coração um hino de amor a Jesus, seu verdadeiro Esposo”.Essas palavras, lidas um tanto por alto, fizeram acreditar no talento musical de Santa Cecília e valeram-lhe o ser padroeira dos músicos. Hoje essa grande mártir e padroeira dos músicos canta louvores ao Senhor no céu.

Oração a Santa Cecília

Ó Virgem e mártir, Santa Cecília, pela fé viva que vos animou desde a infância, tornando-vos tão agradável a Deus e ao próximo, merecendo a coroa do martírio, convertendo pagãos ao cristianismo, alcançai-nos a graça de progredir cada vez mais na fé e professá-la através do testemunho das boas obras, especialmente servindo aos irmãos necessitados. Alcançai-nos também a graça de sempre louvar a Deus com canções espirituais.
Gloriosa Santa Cecília, que os vossos exemplos de fé e virtude sejam para todos nós um brado de alerta, para que estejamos sempre atentos à vontade de Deus, na prosperidade como nas provações, no caminho do céu e da salvação eterna. 
Santa Cecília, padroeira dos músicos e artistas, rogai por nós. 
Amém.

segunda-feira, 18 de novembro de 2013

Católicos e Horóscopos... Pode?

NÃO! NÃO PODE!

Uma prática comum hoje em dia de muitos “católicos” é a seguinte: acordam, pegam o jornal, ou ligam o computador e em meio às notícias e e-mails que lêem, consultam seu signo e as previsões dos “astros” para suas vidas. A caso de pessoas que só saem de casa, ou tomam alguma decisão depois de consultar esses “astros". Tal prática é tão fajuta, ao passo de que, por exemplo, numa visão ampla só existem doze tipos de pessoas no mundo, ao ponto que as chamadas "previsões”, são para os signos, e não pessoais.

Pergunte por exemplo a uma mãe que teve quadrigêmeos se seus filhos são iguais? Afinal são todos do mesmo “signo”, então como pode quatro pessoas diferentes terem a mesma "previsão"? Assim acontece com toda a humanidade, veja quanta diferença, quantas pessoas do mesmo “signo" tomam decisões totalmente opostas umas das outras.

Mais afinal, o que a Igreja diz a respeito? Isso é inofensivo?

Vejamos o que diz a Igreja e a Bíblia que é a palavra de Deus.

  - Primeiro a palavra de Deus:
“Quando tiveres entrado na terra que o Senhor Teu Deus te dá, não te porás a imitar as práticas abomináveis da gente daquela terra. Não se ache no meio de ti quem faça passar pelo fogo seu filho ou sua filha, nem quem se dê à adivinhação, à astrologia, aos agouros, ao feiticismo, à magia, ao espiritismo, à adivinhação ou à invocação dos mortos, porque o Senhor Teu Deus abomina aqueles que se entregam a essas práticas e é por causa dessas abominações que o Senhor, teu Deus, expulsa diante de ti essas nações. Serás inteiramente do Senhor, Teu Deus” (Deuteronômio 18, 9-13).

Penso que, mais claro que isso, seja impossível. Ainda assim vejamos o que diz o Catecismo da Igreja Católica.

"Deus pode revelar o futuro a seus profetas ou a outros santos. Todavia, a atitude cristã correta consiste em entregar-se com confiança nas mãos da providência no que tange ao futuro e em abandonar toda curiosidade doentia a este respeito. A imprevidência pode ser uma falta de responsabilidade" (Catecismo da Igreja Católica § 2115)

"Todas as formas de adivinhação hão de ser rejeitadas: recurso a Satanás ou aos demônios, evocação dos mortos ou outras práticas que erroneamente se supõe "descobrir" o futuro. A consulta aos horóscopos, a astrologia, a quiromancia, a interpretação de presságios e da sorte, os fenômenos de visão, o recurso a médiuns escondem uma vontade de poder sobre o tempo, sobre a história e, finalmente, sobre os homens, ao mesmo tempo em que um desejo de ganhar para si os poderes ocultos. Essas práticas contradizem a honra e o respeito que, unidos ao amoroso temor, devemos exclusivamente a Deus." (Catecismo da Igreja Católica § 2116)

São Zenão, bispo de Verona e mártir do 4º século, apresenta aos neófitos (povo pagão recém convertido) o horoscopo que devem observar após terem nascido pelo batismo em Jesus Cristo.

“Portanto, irmãos, eis o vosso horóscopo. O primeiro a vos acolher não é Áries, mas o Cordeiro que não rejeita todo aquele que n’Ele crê. Ele revestiu a vossa nudez com o alvo candor de sua lã, com grande bondade derramou o seu leite bendito em nossos lábios que se abriam lamuriosos. Semelhantemente Ele, não como um Touro de pescoço soberbo, de cara agressiva, de chifres ameaçadores, mas como Vitelo ótimo, doce, carinhoso e manso, vos exorta a jamais buscar proteção em alguma atividade, mas a recolher – submetendo-vos sem malícia a sua canga e fecundando, submetendo-a a vós, a terra da vossa carne – nos celestes celeiros a rica safra das sementes divinas. E mediante os Gêmeos que seguem, isto é, mediante os dois Testamentos que vos anunciam a salvação, vos exorta a evitar sobretudo a idolatria, a impureza e a avareza, que é Câncer incurável. Mas o nosso Leão, como ensina o Gênesis, é o leãozinho cujos santos sacramentos celebramos, o qual, reclinando-se, adormeceu para vencer a morte e ressurgiu para conferir-se a imortalidade como dom de sua feliz Ressurreição. Segue-lhe na ordem Virgem, prenunciando Libra, para nos fazer conhecer por meio do Filho de Deus, encarnado e nascido da Virgem, que a equidade e a justiça foram trazidas a terra. Quem as observar constantemente e as administrar fielmente pisarão, com pés incólumes, não direi o Escorpião, mas, como afirma o Senhor no Evangelho, todas as demais serpentes. Mas não deverá temer nem mesmo o próprio diabo, que é ferocíssimo Sagitário, armado de flechas incandescentes, constante causa de terror para os corações de todo o gênero humano. Porque assim diz o apóstolo Paulo: Revesti-vos da armadura de Deus para poder resistir às insídias do diabo abraçando o escudo da fé, por meio do qual podeis repelir todos os dardos incandescentes do maligno. De fato, ele por vezes lança contra os infelizes o Capricórnio, de aspecto deformado, o qual, atacando com seu chifre, sopra de seus lábios pálidos a espuma fervente de suas veias, com apavorante destruição e terríveis efeitos, sobre todos os membros de quem lhe é prisioneiro. Tornam alguns loucos, outros furiosos, outros homicidas, outros sacrílegos, outros cegos pela avareza. Seria longo descer aos particulares: ele possui diferentes e inúmeras artes para causar danos, mas todas elas, escorrendo com suas águas salutares, o nosso Aquário como de costume tornou vãs, sem grande dificuldade. Seguem-no necessariamente em uma única constelação os dois Peixes, isto é, os dois povos, Judeus e Gentios, que recebem a vida da água do batismo, marcados com um único sinal a fim de ser o único povo de Cristo.”

(Zenão de Verona, Trattati, a cura di G. Banterle e R. Ravazzolo, Città Nuova – Società per la conservazione della Basilica di Aquileia, Roma 2008, pp. 151-153.)

Então meu irmão e minha irmã, não deixemos que essa armadilha nos leve à perdição e nos deixe longe de Deus.

Não consulte horóscopo!

  
O verdadeiro signo do Católico: A CRUZ!

Consultemos o que a palavra do Senhor nos diz sobre isso novamente; É Deus quem rege nossa vida. É Ele quem conhece todo mapa espiritual de nossa vida e que dá as coordenadas para o nosso futuro, pois “no céu existe um Deus que desvenda os mistérios” (Dn 2, 28a).