terça-feira, 30 de setembro de 2014

EMANUEL: Desanimar Jamais!

A nossa juventude hoje está sedenta de um amor, um amor que não busca interesses, mas um amor puro e verdadeiro, um amor que somente Jesus Cristo pode oferecer. Viver em comunhão com o Espírito Santo é esse o verdadeiro amor que o mundo precisa.

É certo afirmar que a maioria dos jovens brasileiros e até mesmo de todo o mundo ainda não provaram deste amor, mas eu te digo meu caro jovem, NÓS somos os responsáveis de levar este amor de que nós provamos a todas as nações.

Mas justo nós?

E quantas vezes nós, nos sentimos indignos de estar ali, ao serviço de Deus, devido as nossas fraquezas, aos nossos tombos do dia a dia, aquele pecado que nos atormenta. Mas é hora de mudar, é preciso crer verdadeiramente que apesar de tudo alcançaremos a misericórdia de Deus.

Deus não está morto, Ele vive e reina entre nós, não está presente apenas na Eucaristia, mas aí, isso mesmo, aí do seu lado agora, neste momento, Deus está com você irmão. Não desanima, você foi o escolhido de Deus levar o amor, Cristo jamais te abandonará, em momento algum ele parou de te amar, em momento algum ele preparou algo para te prejudicar, até pode ser que os teus próprios planos tenha sido diferente dos planos de Deus, e por ventura você se revoltou , você colocou a culpa em Deus.

Irmão aprenda uma coisa, Deus não tira nada da sua vida, Ele apenas te livra de algo que posso vir a te prejudicar futuramente, meu irmão Deus te ama!


"Mas Deus, que é rico em misericórdia, impulsionado pelo grande amor com que nos amou, quando estávamos mortos em conseqüência de nossos pecados, deu-nos a vida juntamente com Cristo - é por graça que fostes salvos! -, juntamente com ele nos ressuscitou e nos fez assentar nos céus, com Cristo Jesus." Efésios 2, 4-6
Um forte abraço, e até a próxima!

Lucas Faria
Missionário Kerigma

quinta-feira, 25 de setembro de 2014

Não julgue!


Quando nos desviamos dos preceitos de Deus, nós mesmos colocamos uma barreira entre nós e a graça d'Ele. A liberdade nos é dada para vivermos ou não o que o Senhor nos pede.

Deus nos exorta a uma vida santa. A proposta que Jesus nos faz é sermos menos egoístas, orgulhosos, soberbos, pois são essas coisas que fazem nosso coração julgar e condenas os outros. Ao contrário, o Senhor nos pede para que não julguemos. E que nos reconheçamos pecadores e miseráveis. É necessária uma profunda conversão para realmente vivermos o que Jesus pede.

Reflita o que Deus nos fala em Mateus 7, 1 -5:

1 “Não julguem, para que vocês não sejam julgados.

2 Pois da mesma forma que julgarem, vocês serão julgados; e a medida que usarem, também será usada para medir vocês.

“Por que você repara no cisco que está no olho do seu irmão e não se dá conta da viga que está em seu próprio olho?

Como você pode dizer ao seu irmão: ‘Deixe-me tirar o cisco do seu olho’, quando há uma viga no seu?

5 Hipócrita, tire primeiro a viga do seu olho, e então você verá claramente para tirar o cisco do olho do seu irmão.

Eduardo Rivelly
Comunidade Missão Maria de Nazaré

segunda-feira, 22 de setembro de 2014

A esperar um grande amor

O que vale a pena possuir vale a pena esperar.


Como é bom falar de namoro, de sentimentos, de declarações de amor! Mexe com a gente, não é? Entrar no Facebook de seus amigos e ver estampado na capa: ‘Em relacionamento sério’… A aventura do amor continua e sempre continuará a mexer com nosso coração! Mas, ao se aventurar, você pode parar por um instante e dizer para mim: “Adriano, é tudo muito lindo, mas não acredito que isso seja possível. Estou encalhado(a) há tempos e cansei de esperar. A fase de solteiro (a) está durando há anos!”

Calma, calma, não brigue assim. O que tenho a dizer primeiramente a você é: Tire de sua vida a palavra “encalhado”! Cristão não fica encalhado, quem encalha é baleia; cristão se reserva para o melhor momento e a melhor pessoa.
 
Quantas vezes, em um casamento ou em uma festa importante, encontramos bem grande um aviso: “Reservado”. Ou chegamos a um supermercado e, no setor da adega, um vinho apresenta o seguinte rótulo: “Reserva de…”. A primeira impressão é a de que pessoas importantes vão usufruir daquilo que foi separado, escolhido, preparado e reservado.

Não quero apenas dizer que você está reservado (a), mas que existe uma pessoa separada, escolhida, preparada e reservada para aparecer na hora certa. Isso se o seu chamado for viver o amor a dois. Lembre-se sempre que todos têm direito ao Amor Maior.

Encalhado é uma palavra tão baixa que ninguém deveria ser rotulado assim. A baleia, quando “encalha”, na maioria das vezes, não consegue soltar-se, fica presa e se fere até morrer. O cristão que se reserva se garante, sabe dar sentido aos sentimentos e sempre tem esperança! Uma esperança que não decepciona.

Você está encalhado(a)? Não está. Pense diferente. Pense assim: “Você está “reservado(a)”. Você é muito importante, e só pessoas importantes podem usufruir, só a pessoa certa pode ter acesso a você.” Não se deixe levar por essa onda, mas se assuma como “reservado(a)”. Como disse Santa Edith Stein: “O que vale a pena possuir vale a pena esperar”.

Você pode até estar sozinho (a), mas não porque ninguém apareceu. Você é quem optou por não ficar com qualquer um (a), pois você não é qualquer um! Há um velho ditado que cai bem aqui: “Antes só do que mal acompanhado”.

É o momento de você ler tudo isso e valorizar-se mais para o grande amor! Não se deprecie por não ter encontrado alguém, por ainda não ter aparecido quem realmente o mereça! Assim você se reserva.

Mas, nesse tempo, como você tem esperado? Qual a qualidade da sua espera? Contarei um fato que aconteceu comigo e me fez pensar na qualidade e no modo como vivemos o “tempo de espera”.

Um dia, aconteceu algo muito interessante. Magda, Tiago (irmãos de comunidade) e eu voltávamos de viagem. Estávamos muito cansados e a vida resolveu nos presentear com uma bela tarde de “retiro”. A começar com o bilhete do voo de duas horas, que apresentava, em sua impressão, cinco de voo, ou seja, com escalas. Até então tudo bem. O fato estava ali e era vivê-lo. Feito o check in, fomos à sala de embarque. Quando conferimos o voo no painel de horários, lemos: “Voo com atraso de, no mínimo, duas horas”. Nessa hora, rimos para não chorar e tivemos de esperar!

Magda e Tiago resolveram assistir a um filme. Eu decidi esperar o tempo lendo um livro que me ajudaria como referência bibliográfica para escrever “Quero um Amor Maior” (indico, viu?), um livro que escrevi há três anos. O tempo foi passando.

Certo momento, o Tiago levantou-se, pegou nossas malas e um isopor com abará (comida baiana), que estava levando para Meiriane, uma outra irmã de comunidade, a fim de dar lugar para uma família que havia chegado. Nessa hora, o isopor tombou. O gelo, que estava dentro dele, havia virado água e se espalhado pelo chão. Que vergonha!

Deixamos, ali, o isopor e as malas; depois, fomos pedir ajuda a uma senhora da limpeza, que me disse: “Esse abará não chegará bom. É muito tempo fora da geladeira!”. Não pensei duas vezes e disse a ela: “Pode ficar com ele. É  um presente”. Que sorriso lindo vi naquele rosto! Estávamos levando o abará para Meiriane, mas “o tempo” não era suficiente para o conservar.

Você deve estar se perguntando onde eu quero chegar com essa história. Fiquei irritado, o cansaço, o sono e as situações me tiraram a paz. Resolvi tuitar. De maneira espontânea mandei a seguinte mensagem: “O tempo de espera e como esperamos revela o nível de maturidade que temos. #vooatrasado”.

Minha mensagem teve tantos RTs que li de novo e fui entender o que havia escrito. E conclui, realmente, que o tempo de espera e a maneira como o vivo me revela e revela minha maturidade. Fiquei pensando que quanto mais imaturo somos, menos sabemos esperar. Um exemplo são as crianças, que fazem birra quando precisam esperar algo por cinco minutos.

A agitação, o “jeitinho”, a raiva etc., são sintomas de nossa imaturidade quando a vida nos propõe a espera. Fiquei muito intrigado com o que escrevi e percebi que há muita coisa a se desvendar sobre o “tempo de espera” e como esperar por alguma coisa.

Aquele atraso no aeroporto me possibilitou, apesar das contrariedades, fazer mais feliz aquela senhora da limpeza. E assim vivi uma boa tarde de “retiro”.

Agora, deixo para você esse barulho: Como você vive o tempo de espera? Como vive a fase de “solteiro”? Será que vale a pena dar um “jeitinho” de encurtar a espera, sair por aí sem dimensão do dom que você é e se sujeitar a ficar com a(o) primeira(o) que aparecer? Será que está irritado por não conseguir encontrar alguém e assim tem perdido a oportunidade de ser uma pessoa mais amável? A irritação o transformou em alguém irritante e murmurador? Ou será que, na pior das hipóteses, você tem esperado de braços cruzados, aguardando que alguém caia do céu?

A pessoa pode até cair, mas quando encontrar você, terá uma grande decepção. Pois você não se cuidava como um dom no tempo de espera!

Somos muito imediatistas e não gostamos de esperar. Deixamos, muitas vezes, o medo e a ansiedade se tornarem empecilhos à concretização das promessas de Deus em nossa vida. Mas se soubermos lidar com esses sentimentos, conquistaremos as promessas do Senhor no tempo certo!

Muitos esperam de braços cruzados, rezam todos os dias e pedem a Deus a pessoa certa. Mas é uma espera sem esperança, sem atenção. Às vezes, Deus já lhe mandou alguém, mas você, por estar de braços cruzados, não percebeu e não correu para o abraço.

É necessário estar atento às pessoas que estão ao seu redor, no seu grupo, na faculdade. Não se acha remédio em açougue nem carne em farmácia, não é? Gosto do Salmo que diz: “Esperando eu esperei”. Deve-se saber viver essa espera com esperança, com ação. Cuidar-se, arrumar-se, não em vista só do outro, mas para se sentir bem consigo mesmo. Só quando nos amamos podemos amar o outro, pois somente damos o que temos.

Se você está sozinho, eu lhe pergunto: “Será que não é preciso estar assim?”. Às vezes, nesse tempo em que você está só, descobrirá que, na verdade, é chamado(a) a outra vocação. Como dizia Padre Léo: “Quando não achamos a tampa de nossa panela, podemos ser uma frigideira!”

Não importa a quantidade do tempo, mas a qualidade dele que você tem vivido. Que sua oração se torne também a ação desse tempo!

Viva a fase de solteiro alargando as possibilidades de ser uma pessoa melhor, invista nas amizades, na família e em seus projetos; acima de tudo, no seu relacionamento com Deus. Isso faz a diferença!

Adriano Gonçalves

sábado, 20 de setembro de 2014

Chamando Deus de Pai


Olá meus lindos do Senhor, como estão na caminhada? Bem? Mal? Indecisos? Duvidosos? Relaxem, por mais que seu coração esteja agoniado de tanta coisa que esteja passando tenha fé, tudo vai da certo!

Uma das frases que nosso queridíssimo Papa Bento XVI disse na JMJ em Madri foi: “Não somos fruto do acaso nem da irracionalidade, mas, na origem da nossa existência, há um projeto de amor de Deus.”

Que acabe por aqui toda aquela carência do tipo “eu não pedi pra nascer!” , “minha vida é um lixo”, “eu não presto pra nada” e assim vai. A palavra nos diz assim: “Deus contemplou toda a sua obra, e viu que tudo era muito bom.” Gn 1,31.

Deus tava lá sem fazer nada no universo [que não existia nada, ainda] de bobeira e na maior chatisse. Até que Ele teve a ideia de criar e criou! Foi lá criou o Sol, as estrelas, a terra e o mar, todas as diversas plantas, os seres terrestres, os que voam, os que nadam e os que fazem tudo isso. Tava tudo uma beleza, mas ainda não tava perfeito. Ele precisava dar toda essa linda obra para alguém de presente e assim Ele criou o homem. Mas, não criou o homem de qualquer jeito, Ele o deixou por último porque era o mais importante e assim nos criou a imagem e semelhança Dele e nos deu o sopro da vida, nos deu seu Espírito para que nós pudêssemos reinar sobre todos os seres animados da terra!

Cara, que lindo!

Papai do céu nos fez igualzinho a Ele porque a gente é TOP! Nascemos para dar certo, somos uma obra prima, algo perfeito a imagem e semelhança de Deus e por isso Ele nos contempla. Contemplar é admirar, é ficar de boca caída, é ficar olhando sem piscar, e achar a coisa mais linda do mundo. É assim que Deus te olha, com todo esse amor!

Independente de você ter nascido fora de um casamento ou rejeitado quando criança ou até mesmo não ter conhecido seus pais, você nasceu do Amor! Você não fruto de algo do acaso ou da irracionalidade, ou muito menos de uma noite de prazer. Você é filho de Deus!

“Antes que no seio fosses formado, eu já te conhecia; antes de teu nascimento, eu já te havia consagrado, e te havia designado profeta das nações.” Jer 1,5

E em nosso chamado nunca podemos nos esquecer da nossa condição de filho! Muito antes de pensar em nossa missão, em nossos desejos para a construção do reino ou em qualquer coisa. Deus sente saudades de você porque Ele é teu Pai.

Quanto tempo faz que não vamos lá na casa de Painho para dar um abraço Nele, jogar conversa fora, contar as novidades, reclamar, pedir, chorar e rir, ser nós mesmos sem reservas. Escutar seus conselhos, deitar em seu colo, receber seu carinho e um grande abraço de pai.

Volta filho amado!
Se cuide em Deus,


Fer Mininelli 


quinta-feira, 18 de setembro de 2014

Quatro formas de perdoar!

Quando paramos para pensar em perdão podemos pensar logo em “ desculpas” “não ter rancor” e “esquecer” mas no original do hebraico temos quatro nomes para “PERDÃO” que nos faz ir além do óbvio! O 1º é: NASA = Termo que significa “LEVANTAR”. 2º KAPHAR = Hebraico com sentido de “COBRIR”. ‎3º APHÍEMI = Termo Grego com sentido de “DEIXAR IR”. 4º CHARIZOMAI- Palavra Grega que significa “SER GRACIOSO COM” . Entender perdão por estas 4 possibilidades pode nos fazer ter uma vida mais suave e leve! Afinal de contas não perdoar alguém que nos ofendeu é o mesmo que você tomar um copo de veneno e olhar para o outro querendo que ele morra! Então que tal pensar em quem você precisa perdoar e assim escolher a melhor maneira de fazê-lo?

1) Levantar: As vezes uma atitude concreta que expressa nosso perdão é levantando nosso “agressor” da situação em que ele se encontra. No fundo ele pode estar tão no fundo do poço que a única maneira que encontrou de agir foi nos agredindo. Descer onde ele está e se propor a levantá-lo é uma grande resposta de perdão, pois o levanta do chão. Nesta hora a atitude vale muito mais que palavras!!! OU se tiver de usar palavras que elas sejam alavancas para erguer e não martelos para bater e esmagar!

2) Cobrir: Somos um misto de forças e fraquezas. E muitas vezes somos feridos não por pessas fortes mas sim por pessoas que estão agindo com suas fraquezas, seus limites. Entender isso é um caminho fantástico e exige de nós um passo de “cobrir” proteger este outro pois sua aparente “força” é o sintoma de sua maior fraqueza! Que tal ao invés de “fortalecer esta fraqueza” cobri-la? Não digo ser falso, colocá-la debaixo do tapete, não mesmo! Mas cobrir no sentido de proteger. Cobrir com palavras de afirmação, suscitar nele suas verdadeiras “forças de caracter”. Cobrir com o positivo.

3) Deixar ir: Este parece um dos mais difíceis pois exige de nós o “amar a distância”. De fato há pessoas que iremos perdoá-las deixando-as ir. Amar a distância também é amor. Por outras vezes precisamos deixar o outro ir dentro de nós mesmos! Por exemplo quantas pessoas não perdoam namorados (as) que tiveram e ficam com eles ali presos no coração. Cativos! Não dá! Perdoar também é deixar ir! Quem você precisa deixar ir? (quem você precisa perdoar?)

4) Ser gracioso com: Perdoar as vezes será uma firme decisão de fazer o bem, ser gracioso! As vezes o perdoar será manifesto por aquilo de gratuito que você irá fazer a seus agressores!!!!! Uma mensagem desinteressada no whatsapp, no messenger pode fazer um recomeço na vida de alguém. Mas precisa ser gratuito, não querer nada em troca. O grande mal de muitas pessoas é que quando fazem algo do tipo ( mandar mensagem etc) ficam esperando algo em troca, e quando não recebem se frustram e a mágoa se torna maior! Perdoar ( ser gracioso com) precisa ser um ato que nada deseja em troca!

Depois de aprofundar um pouco na realidade do perdão eu te desafio com uma pergunta:

“Quem e com qual forma de perdão você precisa perdoar?”

Tamu junto!

Adriano Gonçalves

quarta-feira, 17 de setembro de 2014

EMANUEL: Com Cristo você pode mais

Olá irmão, hoje faremos uma breve reflexão sobre nossa vida, uma vida em Cristo.

Há algum tempo atrás, como todo bom filho homem, eu partilhava com meu pai algumas situações que eu estava vivendo, não era nada sério, mas eu precisava de um conselho de “PAI”. E com os olhos de Cristo ele me disse “Filho, a vida é uma montanha russa, ora estamos lá em cima hora estamos lá em baixo”E realmente essa é a verdade meus irmãos!

Eu te convido agora a se imaginar entrando em um carrinho de montanha russa, e te pergunto, qual é a primeira coisa que você coloca quando entra nesse brinquedo? Se você pensou no cinto de segurança, ou na trava de segurança, você está certo. Pois bem te convido a ir um pouco mais além: imagine que a sua vida seja essa montanha russa. Você terá a ousadia de entrar, mas em primeiro lugar coloque o cinto de segurança. Esse cinto tem nome e sobrenome: JESUS CRISTO. Deus exerce de maneira certa essa segurança!


Sim irmão, a vida é cheia de altos e baixos, você só pode ter uma certeza: se você está em cima uma hora você vai descer, se você está em baixo uma hora você vai subir. É normal que a sua vida chegue até a dar uns “loopings”, aquele momento em que o carrinho fica de cabeça pra baixo, e você pensa que vai cair, vai sair dos trilhos, mas não, a trava de segurança não te deixa cair, mas lembre-se, Deus não te deixará cair.

Agora se faça uma pergunta: Estou com o cinto de segurança? Estou com Deus?

Se a resposta for 'não', coloque imediatamente, porque essa aventura chamada vida é muito perigosa. Se foi 'sim', louvado seja Deus! Sua vida está segura nas mãos de Jesus.

Com Cristo você pode ir muito além do que o máximo de uma montanha russa" Com Cristo você vai chegar ao céu, basta confiar e ser fiel. Seja fiel no pouco que você tem, pois Deus lhe confiará muito mais!

Um forte abraço e até a próxima!

Lucas Faria
Missionário Kerigma

terça-feira, 16 de setembro de 2014

A crença do “ser feliz”

Será possível realmente ser feliz trabalhando? Esse parece o sonho utópico de todo profissional e talvez o principal motivo de tanta rotatividade nos empregos atuais, principalmente por parte dos mais jovens, que certamente não querem estar presos na aparente armadilha da infelicidade em que veem os profissionais mais veteranos.

Quando questionado sobre o que uma pessoa normal deveria ser capaz de fazer bem, Freud teria dito: “Lieben und arbeiten”  (“amar e trabalhar”). Na sua crença, a conjunção trabalho e família é o que permite um funcionamento psicológico sadio, vinculando o indivíduo ao sentimento de felicidade.

Trocando impressões sobre esse tema com Waleska Farias, consultora de carreira e imagem, ela comentou: “Nesses novos tempos, a condição profissional oferece a possibilidade de transformar sentimentos em realidade e integrar pessoas com objetivos convergentes e crenças concretas para visualizar no trabalho não só um meio de vida, mas também um novo sentido de existência”. Ela ainda cita uma pesquisa da Right Management que aponta que 48% dos brasileiros estão insatisfeitos com o trabalho.

Por que os profissionais estão cada vez menos motivados com o trabalho que executam? Como construir um sentido que torne satisfatória a trajetória profissional?

Waleska dá uma pista: “Ansiedade, intolerância, nervosismo constante e angústia levam muitos profissionais à infelicidade crônica responsável pelo afastamento e até mesmo desligamento do trabalho em decorrência de quadros depressivos. Alguns fatores surgem como causadores desse estado. Salários não condizentes com o volume de trabalho, pressão constante, pouco desafio e falta de mentoria estão entre as queixas mais frequentes”.

Para a jovem Gabriela Marques, publicitária na F/Nasca, isso ocorre em todas as áreas justamente pelos fatos citados acima. Ela afirma: “É impressionante como a frustração e a indecisão se tornaram comuns e recorrentes na minha geração. São poucas as pessoas da minha idade que se sentem felizes e plenas com o caminho profissional traçado. A grande maioria está confusa, desapontada, cheia de perguntas e longe de encontrar respostas. E mais do que faltarem respostas, faltam objetivos, faltam propósitos, faltam metas, falta felicidade. Hoje vejo pessoas se preparando muito e executando pouco. Vejo pessoas mais cumprindo papel do que fazendo o que realmente gostam e escolheram. Vejo corpos físicos presentes em reuniões, mas almas distantes e frustradas. E isso tem que gerar um impulso por mudança, um impulso por busca de felicidade”.

Considerando que a felicidade é relativa à percepção de cada um do que lhe cabe como medida, as pessoas precisam saber quem são para descobrirem o que, de fato, querem, fazendo uma relação custo-benefício que as aproxime das suas próprias intenções. Certamente o fato de se experimentar demais sem tirar nenhum aprendizado disso tem um enorme peso nessa realidade.

A clássica equação do “quem eu sou” e “o que quero realizar” para, então, chegar à definição do “o que me motiva” e seguir na direção do que te faz feliz. E é preciso que se diga que o resultado é sempre proporcional à crença e ao esforço de cada um em contribuição à parte que lhe cabe.

Para concluir, Waleska cita Goethe: “No momento em que nos comprometemos de fato, a providência também age. Ocorre toda espécie de coisas para nos ajudar. Começa tudo o que possas fazer, ou que sonhas fazer. A ousadia traz em si o gênio, o poder e a magia”.

Fonte: A12

quarta-feira, 10 de setembro de 2014

Depressão. O que faz a vida parecer tão sem sentido?

lagrima"O que faz a vida parecer tão frequentemente sem sentido a uma pessoa?” Esta é uma pergunta que você já pode ter se feito durante algum tempo, ou que esteja se fazendo agora. O que para os pássaros é a muda – época em que trocam de plumagem, os tempos difíceis –, a depressão é para os seres humanos. Talvez tenhamos um conceito muito negativo desta que se tornou a doença dos últimos tempos. Por isso, gostaria de propor-lhes uma visão diferenciada, um outro modo de encarar o que para nós possa ser sinônimo apenas de fracasso. Acredito que muitos frutos podem ser colhidos nesse tempo; lembro-me agora de algumas frutas próprias do inverno e de como alegram os dias chuvosos e sombrios. Passada essa época, permanece a lembrança, não das chuvas e do frio, mas dos frutos da estação.
Porém, antes de falarmos mais sobre este assunto, é imprescindível estabelecer a diferença entre a depressão de caráter endógeno ea depressão decorrente de lutas e angústias, que também podemos chamar de psico-espiritual. Esta definição é necessária, pois o nosso objetivo é tratar apenas desta.
As depressões endógenas, podem ser desencadeadas por um fator psicológico, mas são condicionadas bioquimicamente e até hereditariamente alicerçadas. Nesse caso, é preciso uma farmacoterapia adequada e acompanhamento médico. Pode acontecer, inclusive, que esse tipo de depressão não esteja vinculado a nenhuma crise pessoal ou estressor social. Por exemplo, uma pessoa depressiva que traz em sua história familiar a depressão em gerações anteriores, ou que apresenta um déficit de serotonina, quando está livre da crise, consegue dedicar-se ao seu sentido de vida. Mas existem também os casos em que os dois tipos de depressão vêm juntos.
Vejamos agora o que é a depressão psico-espiritual, que tem acometido tantas pessoas, independentemente de faixa etária, nível sócio-econômico, profissional e religioso. Segundo Victor Frankl, psicoterapeuta existencialista, essa depressão é causada por um vazio existencial, decorrente de uma falta de sentido de vida, podendo ser encontrado por trás de uma vida profissional excessiva, no refúgio de uma atividade desportiva, na fuga para o mundo dos romances ou televisão, nos fenômenos psicológicos de massa, no decaimento psicofísico dos aposentados, na necessidade de nunca se deixar descansar ou na febre de novas ações e novas experiências. Esse vazio não chega a ser uma enfermidade, salvo quando acompanhado por sintomas na dimensão psicofísica, mas provoca um quadro depressivo – apatia, desânimo generalizado, desinteresse por tudo ao redor, podendo causar inclusive o suicídio –; adição – desespero frente ao tempo,corre-se atrás de um relógio, sem nunca parar, com receio de enfrentar seu próprio vazio –; e agressividade – pode ser explícita, como a que vemos tomar as manchetes de jornais de todo o mundo, e implícita, presente nos relacionamentos, nas discussões no trânsito etc.).
Pronto! agora que você já sabe do que se trata a depressão, podemos voltar a falar de um assunto mais interessante: do inverno e dos frutos, dos pássaros e suas plumagens… Você já havia pensado na depressão como algo assim? Olhando-a desta maneira, não nos parece tão terrível, não é mesmo?!
Muitos de nós consideramos a depressão um tempo sombrio, uma página vergonhosa de nossa história, uma doença que aleija a alma. Difícil considerá-la um tempo de crescimento, de maturidade, de transformação… Será por causa da pergunta que se faz? Aquela acerca do sentido da vida? Afinal, reconhecer-se confuso, admitir que o mundo não lhe satisfaz, que a felicidade é simples, que o trabalho não lhe preenche, não é lá muito fácil! É preferível não mexer nisso, vestir o luto e ver no que vai dar. Sim ou não?! Não. Vejamos o porquê: a depressão enquanto condição humana, se bem orientada, deve conduzir o ser humano à tomada de consciência da sua própria vida e do seu sentido último (nada de fugir de si mesmo!). Quando isso acontece, estamos falando de maturidade espiritual, uma vez que é reconhecida a necessidade de orientar-se para Alguém que o transcende – para quem fomos criados), para uma missão a realizar e/ou uma pessoa a conhecer e amar. Isso é próprio do ser humano, é uma lei inscrita em seu coração, não dá para negar esta verdade. Temos desejo de Deus.
Consideremos, então, a depressão uma prova que o Senhor nos envia. Não são todos os que o Senhor decide provar desta maneira, mas, permito-me dizer, que os escolhidos por Ele são dotados de muita coragem, pois a crise consiste em admitir que se está vazio e que é preciso encher-se; que se tem sede e precisa-se de água, e para isso é preciso romper com muitas coisas, como fez a samaritana. “Deus tem sede que tenhamos sede dele”, já dizia Santo Agostinho. Se conseguirmos entender a depressão desta forma, aceitaremos este meio que o Senhor escolheu para nos amar, e todo o vazio será ocupado por Sua presença que se encarregará de dar sentido à nossa vida. Mas, se buscamos um motivo fora de nós para tamanha tristeza e melancolia, muito pouco Deus poderá fazer por nós, uma vez que nos recusamos aceitar que temos sede Dele.
Termino com uma citação de Santa Teresinha, intercedendo a Deus por você, que passa hoje por esta dor. Não esqueça: Ele não nos prova acima de nossas forças.
“É preciso que Deus nos ame com um amor todo particular para provar-nos desta maneira. Não percamos a provação que o Senhor nos envia, ela é uma mina de ouro a ser explorada, será que vamos perder a ocasião?”
Juliana Lemos - Psicóloga
Fonte: Shalom

terça-feira, 9 de setembro de 2014

EMANUEL: O Melhor Tu Tens pra Mim


Você é capaz de abrir mão dos seus próprios planos para viver os planos de Deus? Tudo aquilo que você sempre planejou pro seu futuro? Aquilo que você pensa que lhe traria uma vida digna, feliz, ao lado de pessoas especiais? Até então tudo se encaminha conforme o planejado, mas com o tempo você percebe que não é isso que Deus preparou pra você. Muitos de nós nos revoltamos, não aceitamos os planos de Deus, não entendemos o Ele quer, mas sábios são os que aceitam a vontade do Pai.

Não é fácil aceitar os planos de Deus, não é fácil viver em Santidade, não é fácil viver a obediência que Cristo nos pede, não é fácil ser sábio, mas também não é algo impossível. Pecar? Mas é claro que vamos pecar, somos humanos, fracos, as tentações virão a todo instante e infelizmente cairemos nela, mas a misericórdia de Deus é bem maior, e ele vem em nosso auxilio, nos dando força para suportar.

É importante nos silenciarmos, saber entender as vontades de Deus, aceitar com mais facilidade o que Ele nos pede, é importante verdadeiramente crer que confiantes podemos ir além do que nós mesmos planejamos. Meu irmão em Cristo, você pode mais, rasgue o teu coração e coloca tudo aos pés d'Ele e compreenda meu irmão: a vontade de Deus não é pra ser entendida, ela é pra ser vivida. Às vezes nos preocupamos tanto em querer entender o porque de estarmos passando por determinadas situações, que acabamos não conseguindo ouvir a voz de Deus.

A Bíblia nos diz que “as coisas encobertas pertencem ao SENHOR nosso Deus, porém as reveladas nos pertencem a nós e a nossos filhos para sempre...”(Deuteronômio 29, 29). Nem tudo o que acontece em nossas vidas vai nos ser revelado por Deus, pois aquilo que precisamos saber e entender já nos foi revelado através da Palavra, isto é, somos mais que vencedores em Cristo Jesus, e por seu sacrifício na cruz nos reaproximamos de Deus e obtemos a vida eterna. Creia meu irmão, o que Deus preparou é bem maior

“Entrega teu caminho ao Senhor confia nEle e o mais Ele fará.” (Salmos 37,7)

Fraternal abraço a todos, sejam perseverantes na FÉ e até a próxima!

Lucas Faria
Missionário Kerigma
@luucasfariab

segunda-feira, 8 de setembro de 2014

Natividade de Nossa Senhora

Hoje é comemorado o dia em que Deus começa a pôr em prática o Seu plano eterno, pois era necessário que se construísse a casa, antes que o Rei descesse para habitá-la. Esta “casa”, que é Maria, foi construída com sete colunas, que são os dons do Espírito Santo.

Deus dá um passo à frente na atuação do Seu eterno desígnio de amor, por isso, a festa de hoje, foi celebrada com louvores magníficos por muitos Santos Padres. Segundo uma antiga tradição os pais de Maria, Joaquim e Ana, não podiam ter filhos, até que em meio às lágrimas, penitências e orações, alcançaram esta graça de Deus.
De fato, Maria nasce, é amamentada e cresce para ser a Mãe do Rei dos séculos, para ser a Mãe de Deus. E por isso comemoramos o dia de sua vinda para este mundo, e não somente o nascimento para o Céu, como é feito com os outros santos.
Sem dúvida, para nós como para todos os patriarcas do Antigo Testamento, o nascimento da Mãe, é razão de júbilo, pois Ela apareceu no mundo: a Aurora que precedeu o Sol da Justiça e Redentor da Humanidade.
Nossa Senhora, rogai por nós!

sexta-feira, 5 de setembro de 2014

CONECTADOS: Sobre reencontros

Salve Salve Juventude!

No último fim de semana viajei para Ouro Preto e pude reencontrar com alguns amigos. Foi um fim de semana diferente, de muitas risadas e convívio fraterno. Momentos pra recordar, amigos pra voltar a amar. Antes de mais nada, escute essa música e preste atenção na letra.


"Tudo o que vivi, pulsa dentro de mim...
Momentos pra recordar, amigos pra voltar a AMAR!"

Não quero falar de amizade, pois recentemente já o fiz. Quero falar sobre reencontro, sobre reviver, sobre aquilo que permanece, aquilo que parece está morto, mas tem vida; aquilo que parece acabar, mas é eterno.

Os anos passam, e você se esquece de coisas maravilhosas que viveu. Você esquece de sentimentos bons que sentiu, de alegrias que fizeram seu coração bater mais forte, de sorrisos que recebeu, de amigos que te fizeram bem. E você sente saudade. Saudade e vontade de viver de novo, tudo o que um dia passou. E Deus te dá a oportunidade de reviver tais momentos, e, na sua infinita misericórdia, de descobrir a beleza até naqueles que não enxergava a bondade.

Reencontrar nunca é demais. Pelo contrário. Faz parte da essência. Todo reencontro trás algo consigo, leva algo embora, mata a saudade que existia, e rega outra que está por vir. Reencontro também é encontro, é chegada, é partida. É redescobrir o amor, a gratidão, a compreensão. É sorrir novamente pelo simples fato de estar vivo, de estar reunidos, de estar unidos em um só coração.

Quero reencontrar sempre! Reencontrar com Deus todas as manhãs, com os amigos e comigo mesmo. E nunca me perder disso. Quero encontrar eternamente a minha felicidade!

Bom fim de semana! Até semana que vem!

Rafael Curto Fonseca
Missionário Kerigma

quinta-feira, 4 de setembro de 2014

Como será a Igreja do Futuro

“A mim parece seguro que à Igreja a aguardam tempos muito difíceis.
A sua verdadeira crise apenas começou.”

O futuro da Igreja pode vir e virá também hoje só da força daqueles que têm raízes profundas e vivem da plenitude pura da sua fé. O futuro não virá daqueles que só dão receitas. Não virá daqueles que só se adaptam ao instante atual. Não virá daqueles que só criticam os demais e se tomam a si mesmos como medida infalível. Tampouco virá daqueles que escolhem só o caminho mais cômodo, daqueles que evitam a paixão da fé e declaram falso e superado, tirania e legalismo, tudo o que é exigente para o ser humano, o que lhe causa dor e o obriga a renunciar a si mesmo.

Digamos de forma positiva: o futuro da Igreja, também nesta ocasião, como sempre, ficará marcado de novo com o selo dos santos. E, portanto, por seres humanos que percebem mais que as frases que são precisamente modernas. Por aqueles que podem ver mais que os outros, porque a sua vida abarca espaços mais amplos. A gratuitidade que liberta as pessoas alcança-se só na paciência das pequenas renúncias cotidianas a si mesmo. [...]

Que significa isso para a nossa pergunta? Significa que as grandes palavras daqueles que nos profetizam uma Igreja sem Deus e sem fé são palavras vãs. Não necessitamos de uma Igreja que celebre o culto da ação em «orações» políticas. É completamente supérflua e por isso desaparecerá por si mesma.

Permanecerá a Igreja de Jesus Cristo, a Igreja que crê no Deus que se fez ser humano e que nos promete a vida mais além da morte. Da mesma maneira, o sacerdote que só seja um funcionário social pode ser substituído por psicoterapeutas e outros especialistas. Mas continuará sendo ainda necessário o sacerdote que não é especialista, que não fica à margem quando aconselha no exercício do seu ministério, mas sim que em nome de Deus se põe à disposição dos demais e se entrega a eles nas suas tristezas, suas alegrias, sua esperança e sua angústia.

Demos um passo mais. Também nesta ocasião, da crise de hoje surgirá amanhã uma Igreja que terá perdido muito. Se fará pequena, terá de começar tudo desde o princípio. Já não poderá encher muitos dos edifícios construídos numa conjuntura mais favorável. Perderá adeptos e com eles muitos dos seus privilégios na sociedade. Apresentar-se-á, de um modo muito mais intenso que até agora, como a comunidade da livre vontade, a que só se pode aceder por meio de uma decisão.

Como pequena comunidade, reclamará com muita mais força a iniciativa de cada um dos seus membros. Certamente, conhecerá também novas formas ministeriais e ordenará sacerdotes cristãos provados que continuem exercendo a sua profissão: em muitas comunidades menores e em grupos sociais homogêneos a pastoral exercer-se-á normalmente desse modo.

Junto a essas formas continuará sendo indispensável o sacerdote dedicado por inteiro ao exercício do ministério como até agora. Mas nessas mudanças que se podem supor, a Igreja encontrará de novo e com toda a determinação o que é essencial para ela, o que sempre foi o seu centro: a fé no Deus trinitário, em Jesus Cristo, o Filho de Deus feito homem, a ajuda do Espírito que durará até o fim. A Igreja reconhecerá de novo na fé e na oração o seu verdadeiro centro e experimentará novamente os sacramentos como celebração e não como um problema de estrutura litúrgica.

Será uma Igreja interiorizada, que não suspira pelo seu mandato político e não flerta com a esquerda nem com a direita. Resultar-lhe-á muito difícil. Com efeito, o processo da cristalização e a clarificação custar-lhe-á também muitas forças preciosas, a fará pobre, a converterá numa Igreja dos pequenos.

O processo resultará ainda mais difícil, porque haverá que eliminar tanto a estreiteza de visões sectárias como a voluntariedade entusiasmada. Pode-se prever que tudo isto requererá tempo. O processo será longo e laborioso, tal como também foi muito longo o caminho que levou dos falsos progressismos, em vésperas da revolução francesa (quando também entre os bispos estava na moda ridiculizar os dogmas e talvez inclusive dar a entender que nem sequer a existência de Deus era de modo algum segura) até à renovação do século XIX.

Mas depois da prova destas divisões surgirá, de uma Igreja interiorizada e simplificada, uma grande força. Porque os seres humanos serão indescritivelmente solitários num mundo plenamente planificado. Experimentarão, quando Deus tiver desaparecido totalmente para eles, a sua absoluta e horrível pobreza. E então descobrirão a pequena comunidade dos crentes como algo totalmente novo. Como uma esperança importante para eles, como uma resposta que sempre procuraram às apalpadelas.

A mim parece seguro que à Igreja a aguardam tempos muito difíceis. A sua verdadeira crise apenas começou todavia. Há que contar com fortes sacudidas. Mas eu estou também totalmente seguro do que permanecerá no final: não a Igreja do culto político, que fracassou já em Gobel, mas sim a Igreja da fé. Certamente, já não será nunca mais a força dominante na sociedade na medida em que o era até há pouco tempo. Mas florescerá de novo e se fará visível aos seres humanos como a pátria que lhes dá vida e esperança para além da morte.

*Este texto foi extraído de cinco homilias radiofônicas, proferidas, em 1969, pelo professor de teologia Joseph Ratzinger. Essas mensagens foram publicadas em livro sob o título de “Fé e Futuro”. 

Fonte: Destrave