sábado, 29 de setembro de 2012

Arcanjos são Miguel, são Gabriel e são Rafael

O mês de setembro tornou-se o mais festivo para os cristãos, pois a Igreja unificou a celebração dos três arcanjos mais famosos da história do catolicismo e das religiões - Miguel, Gabriel e Rafael - para o dia 29 de setembro, data em que se comemorava apenas o primeiro. 
Esses três arcanjos representam a alta hierarquia dos anjos-chefes, o seleto grupo dos sete espíritos puros que atendem ao trono de Deus e são seus "mensageiros dos decretos divinos" aqui na terra. 

Miguel, que significa "quem como Deus", ou "semelhança de Deus", é considerado o príncipe guardião e guerreiro, defensor do trono celeste e do Povo de Deus. Fiel escudeiro do Pai Eterno, chefe supremo do exército celeste e dos anjos fiéis a Deus, Miguel é o arcanjo da justiça e do arrependimento, padroeiro da Igreja Católica. Costuma ser de grande ajuda no combate contra as forças maléficas. É citado três vezes na Sagrada Escritura, que narramos na sua página. O seu culto é um dos mais antigos da Igreja. 

Gabriel significa "Deus é meu protetor" ou "homem de Deus". É o arcanjo anunciador, por excelência, das revelações de Deus e é, talvez, aquele que esteve perto de Jesus na agonia entre as oliveiras. Padroeiro da diplomacia, dos trabalhadores dos correios e dos operadores dos telefones, comumente está associado a uma trombeta, indicando que é aquele que transmite a Voz de Deus, o portador das notícias. Na sua página, descrevemos com detalhes as suas aparições citadas na Bíblia . Além da missão mais importante e jamais dada a uma criatura, que o Senhor confiou a ele: o anúncio da encarnação do Filho de Deus. Motivo que o fez ser venerado, até mesmo no islamismo. 


Rafael, cujo significado é "Deus te cura" ou "cura de Deus", teve a função de acompanhar o jovem Tobias, personagem central do livro Tobit, no Antigo Testamento, em sua viagem, como seu segurança e guia. Foi o único que habitou entre nós, passagem que pode ser lida na página dedicada a ele. Guardião da saúde e da cura física e espiritual, é considerado, também, o chefe da ordem das virtudes. É o padroeiro dos cegos, médicos, sacerdotes e, também, dos viajantes, soldados e escoteiros. 


A Igreja Católica considera esses três arcanjos poderosos intercessores dos eleitos ao trono do Altíssimo. Durante as atribulações do cotidiano, eles costumam aconselhar-nos e auxiliar, além, é claro, de levar as nossas orações ao Senhor, trazendo as mensagens da Providência Divina. Preste atenção, ouça e não deixe de rezar para eles.

Fonte:Santo do Dia/Portal Paulinas

quinta-feira, 27 de setembro de 2012

Jesus, pão que dá a vida!


A comunhão sob as duas espécies

Por quê no momento da comunhão, às vezes a hóstia consagrada é molhada no sangue de Cristo e em outras vezes não? São ocasiões especiais?
O momento da comunhão, em que se recebe o pão e o vinho transformados no corpo e no sangue de Jesus é o rito culminante da celebração eucarística: “Toda vez que se come deste Pão, toda vez que se bebe deste vinho, se recorda a paixão de Jesus Cristo e se fica esperando a sua volta” (aclamação da Oração Eucarística V).
Nos primeiros tempos da Igreja, em continuidade ao gesto realizado por Jesus na última ceia, a eucaristia era ministrada sob as espécies do pão e do vinho consagrados (vale a pena lembrar que nos tempos apostólicos a celebração eucarística era chamada pelos fiéis de “fração
do pão”). Com o decorrer da história, no entanto, a Igreja adotou a prática da comunhão unicamente sob a espécie do pão, por conta de alguns motivos bem concretos como o aumento significativo do número de pessoas que participavam das celebrações, por exemplo.

Foi o Concílio Vaticano II que resgatou recentemente a prática de se comungar sob as espécies do pão e do vinho. De fato, “a comunhão realiza mais plenamente o seu aspecto de sinal, quando sob as duas espécies” (Instrução Geral do Missal Romano – IGMR, 281). No entanto, é importante lembrar também “que a fé católica ensina que, também sob uma espécie, se recebe Cristo todo e inteiro, assim como o verdadeiro sacramento; por isso, no que concerne aos frutos da Comunhão, aqueles que recebem uma só espécie não ficam privados de nenhuma graça necessária à salvação” (IGMR, 282)

terça-feira, 25 de setembro de 2012


Sonda-me


Senhor,
Eu sei que tu me sondas
Sei também que me conheces
Se me assento ou me levanto
Conheces meus pensamentos
Quer deitado ou quer andando                                         
Sabes todos os meus passos
E antes que haja em mim palavras
Sei que em tudo me conheces                                    

Senhor, eu sei que tu me sondas... 
Deus, tu me cercaste em volta
Tuas mãos em mim repousam
Tal ciência, é grandiosa
Não alcanço de tão alta
Se eu subo até o céu
Sei que ali também te encontro
Se no abismo está minh'alma
Sei que aí também me amas


Senhor, eu sei que tu me sondas... 

Senhor, eu sei que tu me amas...



quinta-feira, 20 de setembro de 2012

Clipe Oficial da JMJ 2013

Para você conhecer e ouvir, o Hino Oficial da Jornada Mundial da Juventude 2013,aqui no Brasil.O clipe foi lançado no último domingo e conta com a participação de cantores católicos como Adriana, Eliana Ribeiro, Walmir Alencar e Guilherme de Sá, da Banda Rosa de Saron. Acesse o link abaixo e confira:
http://www.rio2013.com/pt/a-jornada/hino

terça-feira, 18 de setembro de 2012

Uma vocação só se realiza no amor


“Pedro, Tu me amas?” Não imagino uma reposta maior do que esta para um chamado, uma vocação: “Senhor tu sabes tudo, Tu sabes que te amo” (Jo 21, 17). Jesus, ao questionar Pedro, um de seus discípulos, colocou em xeque a questão essencial de todos aqueles que escutam, de algum modo, a voz de Deus ressoar fundo no coração.
 Pedro estava no momento decisivo de sua vida e, nesses momentos, o que nos faz dar uma resposta definitiva é sempre a experiência do amor.
O amor é essencial quando falamos sobre vocação. Sem ele, não podemos dar uma resposta sincera e madura a nada, nem a nós mesmos.
Vocação é mais resposta do que chamado. Deus chama a todos, mas nem sempre damos as repostas como deveríamos dar. E, nem por isso, Deus nos castiga ou nos amaldiçoa. Deus quer que todos nós encontremos a felicidade e, por isso, Ele nos quer perto D’Ele (cf. Jr. 29,11). É questão de escolha!
Nem sempre nossa felicidade está em responder ao chamado ao sacerdócio ou a uma vida consagrada. Para muitos, responder a uma vocação consiste em constituir uma família, doar a vida numa paróquia, servir aos pobres e doentes. Mas, o que importa mesmo em tudo isso, é a resposta que damos com amor à voz de Deus. Amar a Deus é o primeiro mandamento e, de acordo com a Lei do Antigo Testamento, segui-Lo é sinal de felicidade e vida longa (cf. Dt. 4,40).
Portanto, quando nos empenhamos em amar a Deus e dar nossa resposta com generosidade, estamos acolhendo Seu chamado e, assim, acolhendo o caminho de felicidade que Ele tem para nós.
Vocação é resposta generosa ao amor de Deus, é certeza que não consigo ser feliz longe desse amor.Talvez, a sua maior angústia seja saber onde Deus te quer, a qual vocação Deus está te chamando: à vida religiosa? A uma Comunidade de vida? Ao casamento? Aprendi com um professor que a minha vocação está onde eu consigo amar mais e melhor.
Onde você hoje consegue amar mais e melhor? Se o seu coração consegue amar alguém, em especial, e ali seu coração está inteiro e consegue se doar a pessoa amada como se ela fosse única no mundo, então pode ser. chamado a constituir uma família e ser feliz aí, mas se você sente que o seu coração é feito para amar e se doar a um povo, e ser inteiramente de Deus, pode ser que sua vocação seja mesmo doar a vida como um padre, apascentar um rebanho que o Senhor poderá lhe confiar. De qualquer maneira, nossa resposta ao Senhor que chama precisa estar sempre centralizada no amor.
Tenhamos a consciência de que nossa completa felicidade está em seguir o amor que nos leva para Deus. Não tenha medo de corresponder ao amor de Deus amando até as últimas consequências. Talvez não seja fácil renunciar a tudo que você tem e possua, e que já construiu com muita luta. Talvez não seja fácil deixar as certezas que você traz dentro de você imaginando que  será mais feliz.
Busque a resposta dentro de você e não tenha medo de questionar se, de fato, você será capaz de amar, e amar pelo resto da sua vida, ou se o seu coração anseia por um amor muito maior e mais intenso.
O discernimento para toda e qualquer vocação está em amar. Você só precisa tomar uma decisão e, assim, como Pedro responder ao Senhor: “Tu sabes tudo, Tu sabes que te amo mais do que a estes…”
Veja que coisa interessante, como Jesus era pedagógico: Ele questionou três vezes a Pedro, pois desejava que Pedro desse uma resposta bem pensada e bem fundamentada. Resposta para vocação não é da noite para o dia, é fundamentada numa certeza. Com isso, Jesus deu um tempo para que Pedro soubesse que sua resposta seria definitiva.
Deus espera de nós uma resposta certa e definitiva: se com amor Ele nos chama, com amor também precisa ser nossa reposta. Portanto, não tenha medo de seguir amando. Independente do estado de vida para o qual o Senhor te chama, sempre valerá a pena optar pelo amor!

“Só é feliz quem realiza sua vocação” (Mons. Jonas Abib).

quinta-feira, 13 de setembro de 2012

33º Jubileu do Senhor Bom Jesus

Ontem o Grupo de Jovens Kerigma marcou presença no Jubileu do Senhor Bom Jesus,em Itapecerica, com o Coral Jovem e a Liturgia.A Missa foi presidida por Padre Daniel, um dos fundadores do Kerigma. A Celebração foi emocionante,com uma belíssima pregação feita pelo jovem sacerdote, que atua como vigário na Catedral do Divino Espírito Santo, em Divinópolis. Vários fieis participaram fervorosamente. E ainda recebemos a especial visita do nosso querido Dom Zicó. Após a Missa, houve  a reza do Terço, dirigida pelo Terço dos Homens de nossa paróquia. Confira algumas fotos:














O Jubileu segue até nesta sexta feira.Hoje haverá a recitação do Terço às 19h e após a Santa Missa, presidida por Padre Anderson.Amanhã, a programação conta com várias atividades, dentre elas a Solene Procissão saindo da Igreja de são Francisco,às 18:30, indo em direção à Igreja do Bom Jesus.Na chegada,Celebração Eucarística e após, barraquinhas e show. 

quarta-feira, 12 de setembro de 2012

Um pouco da nossa história...

Desde o dia 1º de setembro acontece em nossa Paróquia, mais precisamente no bairro que leva o mesmo nome,a 33ª edição do Jubileu do Senhor Bom Jesus. Quatorze dias de intensa oração, onde acontecem Celebrações Eucarísticas ou da Palavra, sempre contando com a participação ativa de não só moradores do bairro, mas de comunidades vizinhas, até dos distritos. O blog do Missão Kerigma foi conhecer mais de perto o surgimento dessa Tradição e apresenta um matéria que conta um pouco da idealização, construção da Igreja que tem como Padroeiro o Bom Jesus e guarda muitas histórias. Acompanhe o relato abaixo,feito por um morador do bairro e membro do Conselho Pastoral da comunidade:
Sr. Márcio Hélio de Deus Santos.
O povo do Bairro Bom Jesus de Itapecerica MG  sempre almejou ter ao menos uma capela dedicada ao Senhor Bom Jesus, mas nunca conseguia levar avante este ideal. Em dezembro de 1976, Dom Cristiano Pena, então Bispo Diocesano, nomeou o recém ordenado Padre Gil Antônio Moreira como Vigário-Cooperador da Paróquia de São Bento, encarregando-o, sobretudo da Pastoral Urbana e da assistência espiritual à juventude. Padre Gil, entre outros trabalhos, sugeriu ao Pároco, Padre Carlos Pinto da Fonseca, dar prioridade pastoral ao bairro Bom Jesus, pois se tratava da maior concentração de famílias carentes. Sua ideia teve pronto acolhimento e incentivo por parte de Padre Carlos. Padre Gil com a ajuda de toda a comunidade fez muito esforço e felizmente conseguiu iniciar os projetos, estudando as possibilidades e depois de se reunirem várias vezes, decidiram, lá pelos meses de setembro ou outubro de 1977, dar início ao movimento para a edificação do templo. Logo, Padre Gil tratou de formar a Comissão de Construção que assim ficou constituída por eleição do povo: Presidente: Pe. Gil Antônio Moreira, Tesoureiro: Sr. Francisco Oliveira Neto  (Lico Elias), membros: Teodoro Forcela; Geraldo Messias; Geraldo Wanderley; Francisco Gomes de Carvalho, Antonio José Carlos de Oliveira; João José dos Santos; Gomes Carvalho de Morais. Além destes, uma série de homens e mulheres, adultos e jovens, compuseram um grande grupo de ajuda que estava sempre pronto para tudo, atendendo imediata e prazerosamente os pedidos e orientações de Padre Gil. A força e a perseverança do povo do bairro juntamente com o emprenho de Padre Gil foram uma benção para todos. Foram vários anos desde a escolha do local ,até foi realizada uma pesquisa entre os moradores e ficou definido o local da construção da igreja e o terreno foi doado pelo Sr. José Gomes Filho.
Resolvido o problema do terreno, Padre Gil conseguiu de seu amigo arquiteto Dr. Irdevan Nogueira , de Itaúna, a doação do projeto arquitetônico. Tudo foi desenhado conforme orientação de Padre Gil, segundo as normas litúrgicas atuais. 
         A Comissão arregaçou as mangas, organizou quermesses, percorreram fazendas, comércio e deu outras providências buscando recursos. No dia 13 de dezembro de 1979, dia de Santa Luzia, deu-se inicio à abertura das caixas para os alicerces. Tempo de grande integração na comunidade, não havia quem não quisesse dar sua colaboração. Eram homens, mulheres, crianças e jovens  que  colocavam mãos à obra, cada um fazendo o que podia.O Sr.Lico Elias, proprietário do morro de fronte à igreja, acima de onde se localizava o aeroporto, doou todas as pedras que estavam soltas em seu terreno. Foram as valentes mulheres do bairro Bom Jesus que, unidas, rolaram um montão destas pedras que hoje fazem a base da igreja. Era mesmo assim: uns carregavam água, outros carregavam pedras na cabeça, outros transportavam a massa e o cimento para juntar os tijolos, outros ofereciam o café para os pedreiros e serventes, tudo num lindo mutirão. Em 13 de janeiro de 1980, fez-se a bênção da pedra-fundamental integrada na Missa que Padre Gil celebrou no terreno. Foram colocados em uma caixa os nomes de todos os membros da Comissão,  um documento de Puebla, uma  fotografia atualizada da cidade, o projeto e algumas moedas da época. 
A construção, quase por milagre, durou apenas 9 meses, do final de 1979 a setembro de 1980, coisa que parecia incompatível pelo preço da obra e a precariedade dos recursos da maioria das famílias do bairro.
 Naquele setembro 1980, com a devida autorização do novo Bispo Diocesano, Dom José Costa Campos, foi entronizado para sempre, no corpo da igreja,  o Santíssimo Sacramento, ficando resguardado num lindo Sacrário doado por uma pessoa piedosa da cidade. Todos os objetos litúrgicos, bem como as imagens, a cruz e os móveis do altar e da sacristia foram doados por féis devotos de Itapecerica. Para a compra das cadeiras, foi feita uma campanha para que cada pessoa doasse uma. 
Depois de colher a opinião favorável de Padre Carlos, em setembro de 1980, Padre Gil fundou o Jubileu do Senhor Bom Jesus de Itapecerica. Padre Gil mesmo escreveu a oração ao Senhor Bom Jesus que foi devidamente aprovada por Dom José Costa Campos. Esta oração é rezada desde aquela época, em todas as celebrações, de modo especial durante os 14 dias do Jubileu. Ficou memorável a lindíssima procissão da Matriz para a Igreja do Bom Jesus, no dia Sete de setembro de 1980, quando foi transladada a imagem do Senhor Bom Jesus para a nova igreja que tendo sido já terminada, foi solenemente abençoada na ocasião.Assim a história se faz e resguarda na memória a fé de um povo que na simplicidade reconhece os valores  que aquele templo veio trazer para todos. Hoje, a Paróquia São Bento conta com a comunidade fervorosa do Bom Jesus no trabalho de evangelização. Agradecemos a todos da comunidade e o empenho de um ser humano humilde e cheio de vontade chamado Padre Gil, hoje Dom Gil, nosso eterno carinho e jamais esqueceremos o que ele fez para trazer para nossa comunidade o templo do Senhor Jesus, a casa da Santíssima Trindade. 
Que Deus seja louvado por tantas graças sempre!

Tudo o que buscamos,se encontra em Jesus!


"A felicidade somente se realiza plenamente no encontro com o Senhor. Por isso, quando estivermos tristes, abatidos, derrotados, sem esperança, precisamos fazer como a Samaritana e corrermos ao poço para beber da Água Viva que Jesus pode dar” 

terça-feira, 11 de setembro de 2012

Bem-Aventuranças dos Jovens


Bem-aventurados os jovens sábios,    
Porque serão também puros de coração e simples de espírito:
Eles anunciarão a Paz!
Bem-aventurados os jovens humildes,
Porque eles saberão acolher a verdade
Escondida no coração de todas as pessoas
Que encontrarem ao longo do caminho!
Bem-aventurados os jovens pobres,
Porque terão o olhar voltado para Deus
E vencerão com esperança suas lutas neste mundo!
Bem-aventurados os jovens que fazem da caridade
Uma lei do seu coração, porque, amando sem reservas,
Encontrarão a coragem de obedecer a profetas e santos!
Bem-aventurados os jovens que temem o Senhor,
Porque não temerão inimigo algum na terra,
Seja pequeno ou grande!
Bem-aventurados os jovens pacíficos,
Porque serão vistos como herdeiros da terra de Deus!
Porque a eles todos, será dada por herança
A eterna bem-aventurança!


João Paulo II

sexta-feira, 7 de setembro de 2012

O Amor do Senhor nos dá asas!


Terço e Bíblia, um mix de santidade

Queridos irmãos(ãs), depois de um bom tempo sem escrever no blog, hoje venho falar de algo que tem marcado muito minha caminhada, o Santo Terço e Palavra de Deus.
Diria que são duas armas espirituais, e para quem deseja viver uma vida de Graça e vitória, precisará viver uma vida de combate. Ninguém alcança a vitória sem lutar. E na vida espiritual, essa realidade não muda, pelo contrário, a luta é mais intensa.
Nós cristãos, estamos em guerra! E essa guerra não é contra homens, essa guerra é contra o inferno. Parece um pouco exagerado usar essa linguagem, mas não! O tempo todo devemos combater contra o inferno, porque o tempo todo o inferno está combatendo contra nós, contra a vontade de Deus, ainda que não percebamos, pois o mal age sutilmente. Por isso precisamos estar sempre vigiando, em ordem de batalha. "Vigiai e orai, para que não entreis em tentação. O espírito está pronto, mas a carne é fraca." (Mt 26,41).
Não podemos dormir nada vida espiritual, se um vigia dorme o ladrão entra e rouba, temos um ladrão querendo roubar nossa pureza, nossa vida de oração, nossas virtudes... Por isso não durma, renuncie à preguiça, à ociosidade. Já diziam os antigos, mente vazia é oficina do Diabo, e é uma grande verdade, o inimigo quer que nós sejamos preguiçosos na vida espiritual, que não rezemos direito. E ele faz isso aos poucos, quando vamos deixando de ir a Missa porque estamos com preguiça e sempre deixamos para outro dia, vamos deixando de rezar, de ler a Palavra de Deus. Desse jeito, estamos dando brecha para satanás, estamos dormindo e ele pode vir nos roubar.
Para que sejamos bons soldados, bons vigias, apresento com o apoio do magistérios da Igreja, dos ensinamentos dos santos, duas poderosíssimas armas que abalam o inferno: O Santo Terço e a Bíblia. São verdadeiros fuzis, verdadeira bombas atômicas contra o inimigo. Quando você reza o terço, quando você reza com a Bíblia o inimigo foge de você e você é cercado de anjos, coberto pelo manto da Santíssima Virgem.
Faça o compromisso de rezar o Terço, de rezar com a Bíblia todos os dias. É importante para isso, disciplinar nossa vida espiritual, ter horário, lugar para rezar, e o mais importante, fazer tudo em espírito e em verdade, com fé, amor e devoção.
Rogai por nós, Santa Mãe de Deus,
para que sejamos dignos das promessa de Cristo.
São Miguel Arcanjo,
defendei-nos no combate.

Rafael P. Nascimento,
Kerigma, Jovens em Cristo

quinta-feira, 6 de setembro de 2012

Lectio Divina: oração com a Palavra de Deus

Neste mês dedicado às Sagradas Escrituras, mês da Bíblia, apresentamos um método proposto para a Leitura atenta e frutuosa da Palavra de Deus: a Lectio Divina, Leitura Orante da Palavra. Você já ouviu falar? Pratica esse método com frequencia? Conheça mais detalhes abaixo:

A LECTIO DIVINA tradicionalmente é uma oração individual, porém, podemos fazê-la em grupos. O importante é rezar com a Palavra de Deus lembrando o que dizem os bispos católicos no Concílio Vaticano II, relembrando a mais antiga tradição católica, que conhecer a Sagrada Escritura é conhecer o próprio Cristo. Ela é  um alimento necessário para a nossa vida espiritual.

Quais os passos da LECTIO DIVINA?

1) Oração inicial: Comece invocando o Espírito Santo, que nos faz conhecer e querer fazer a vontade de Deus. Reze, por exemplo, a oração:
«Vinde, Espírito Santo, enchei os corações dos vossos fiéis e acendei neles o fogo do vosso amor. - Enviai, Senhor, o vosso Espírito, e tudo será criado; e renovareis a face da terra. Ó Deus, que instruístes os corações dos vossos fiéis com as luzes do Espírito Santo, fazei que apreciemos retamente todas as coisas segundo o mesmo Espírito e gozemos sempre da sua consolação. Por Cristo Senhor nosso. Amém.»

2) Leitura da Palavra de Deus: Leia, com calma e atenção, um pequeno trecho da Bíblia (aconselhamos que nas primeiras vezes utilize-se os textos dos Evangelhos, por serem mais familiares a todos). Se for preciso, leia o texto quantas vezes forem necessárias.
Procure identificar as coisas importantes deste trecho da Bíblia: o ambiente, os personagens, os diálogos, as imagens usadas, as ações. Você conhece algum outro trecho que seja parecido com este que leu? É importante que você identifique tudo isto com calma e atenção, como se estivesse vendo a cena. É um momento para conhecer e reconhecer a Boa Notícia que este trecho nos traz!

3) Meditar a Palavra de Deus: É o momento de descobrir os valores e as mensagens espirituais da Palavra de Deus: é hora de saborear a Palavra de Deus e não apenas estudá-la. Você, diante de Deus, deve confrontar este trecho com a sua vida. Feche os olhos, isto pode ajudar. É preciso concentrar-se!

4) Rezar a Palavra de Deus: Toda boa meditação desemboca naturalmente na oração. É o momento de responder a Deus após havê-lo escutado. Esta oração é um momento muito pessoal que diz respeito apenas à pessoa e Deus. É um diálogo pessoal! Não se preocupe em preparar palavras, fale o que vai no coração depois da meditação: se for louvor, louve; se for pedido de perdão, peça perdão; se for necessidade de maior clareza, peça a luz divina; se for cansaço e aridez, peça os dons da fé e esperança. Enfim, os momentos anteriores, se feitos com atenção e vontade, determinarão esta oração da qual nasce o compromisso de estar com Deus e fazer a sua vontade.

5) Contemplar a Palavra: Desta etapa a pessoa não é dona. É um momento que pertence a Deus e sua presença misteriosa, sim, mas sempre presença. É um momento no qual se permanece em silêncio diante de Deus. Se ele o conduzirá à contemplação, louvado seja Deus! Se ele lhe dará apenas a tranquilidade de uns momentos de paz e silêncio, louvado seja Deus! Se para você será um momento de esforço para ficar na presença de Deus, louvado seja Deus!

6) Conservar a Palavra de Deus na vida: Leve a Palavra e o fruto desta oração para a sua vida. Produza os frutos da Palavra de Deus semeada no seu coração, frutos como: paz, sorriso, decisão, caridade, bondade, etc... Não se preocupe se alguma coisa não for bem; um dos frutos da Palavra de Deus é a noção do erro e a conversão pela sua misericórdia. O importante é que a semente da Palavra de Deus produza frutos, se 30, 60 ou 100 por um... o importante é que produza, e que o Povo de Deus possa ser alimentado pelos testemunhos de fé, esperança e amor na vivência de um cristianismo sincero.
Como sugestão, termine com a oração do Pai Nosso, consciente de querer viver a mensagem do Reino de Deus e cumprir os seus planos.

quarta-feira, 5 de setembro de 2012

E quando a vida nos diz "não"?


Nem sempre quando a vida nos diz "não", tal resposta tem a finalidade de nos encerrar em um tempo de esterilidade. O "não" pode também se manifestar como a possibilidade de trilharmos um novo caminho, adentrando por uma nova porta que a nós se inaugura neste específico momento. Há momentos nos quais, de maneira antecipada e, quem sabe, até precipitada, tudo definimos e estabelecemos dentro de nós, idealizando nossos sonhos e metas de maneira irrevogável. Entretanto, em muitas circunstâncias, as realidades acabarão não acontecendo da maneira como planejamos, e nesses peculiares invernos, poderá – intensamente – nos visitar a frustração.
É horrível desejar tanto uma realidade e, por fim, deparar-se com a sua não realização. Contudo, não é só quando a vida sorri que podemos ser felizes. Muitas vezes, a felicidade que nos espera será preparada pelas lágrimas, sendo que estas podem se tornar um sólido alicerce para a construção de uma madura realização em nossa história. As lágrimas podem também gerar vida e recomeços, e o não, pode se tornar um específico lugar onde se pode refletir e escutar a Verdadeira voz, que poderá nos conduzir à mais perfeita realização.
Neste processo de deparar-se com o "não" se faz essencial a confiança.Confiar em um motivo Maior no qual possamos recostar nossas fragilidades, pois sempre haverá um concreto sentido (significado) no qual poderemos ancorar nossas esperanças e depositar as nossas lágrimas. Faz-se necessário confiar nos planos de nosso Autor, pois, diante de cada circunstância, Ele sempre verá mais longe e comtemplará o real muito melhor que nós mesmos.
É preciso, de fato, confiança e abandono, mesmo quando a vida diz "não", pois o "não" – conduzido por Deus – torna-se fonte de vida e de felicidade para nós. É preciso dizer "sim" aos "nãos" que Deus nos apresenta, acreditando que Ele conhece nossos sonhos e que, quando nos diz "não", é porque está nos preparando algo infinitamente superior ao que esperávamos.
Seus planos são perfeitos, e no centro deles estamos nós. É preciso treinar a audição para o Infinito e sempre n’Ele esperar, dizendo constantemente "sim" às realidades nas quais Ele nos insere. De tal forma em tudo cresceremos, adquirindo uma sabedoria e maturidade ímpares, que nos farão adentrar naquilo que é próprio da Eternidade.Cresçamos com os "nãos", treinemos a confiança e nos abandonemos aos cuidados deste singular e infinito Amor!

Padre Adriano Zandoná / Comunidade Canção Nova

segunda-feira, 3 de setembro de 2012

Adorar o Senhor no Santíssimo Sacramento


 Em sua carta apostólica “Mane Nobiscum Domine”, o nosso querido Papa João Paulo II nos apresenta o dom da Eucaristia como um grande mistério. Mistério a ser celebrado de maneira digna; que deve ser adorado e contemplado. Queremos assim nos animar mutuamente a estarmos unidos à Santíssima Eucaristia também em seu culto fora da missa. 
De um lado, sabemos que antes de tudo a Eucaristia é o sacrifício pascal de nosso Senhor; que é na missa onde se atualiza o mistério da vida, morte e ressurreição de Jesus. Daí a necessidade de celebrarmos com toda dignidade, não somente em decoro, mas em comunhão profunda com o mistério celebrado e com o corpo comunitário. Participar ativa e conscientemente do inesgotável dom de Cristo. Por outro lado, a Igreja nos anima a estarmos diante do tabernáculo do Senhor ‘perdendo o nosso tempo’: “A presença de Jesus no tabernáculo deve constituir como que um pólo de atração para um número sempre maior” de almas apaixonadas por ele, capazes de ficar longo tempo escutando a voz e quase que sentindo o palpitar do coração” (MND, n. 18, p. 20). 
Infelizmente, não poucos têm colocado a adoração ao Santíssimo Sacramento como uma simples devoção dentre outras tantas. Ora, o Senhor é simples e pobre, pois quis ficar de forma perene entre nós. Todavia, adorar o Senhor em sua presença substancialmente real, é bem diferente de realizarmos uma simples novena. Assim vemos João Paulo II nos dizer: “É preciso, em particular, cultivar, quer na celebração da missa, quer no culto eucarístico fora da missa, a viva consciência da presença real de Cristo.” (MND, n.18, p. 19). A carta apostólica do santo padre ainda nos anima dizendo que a adoração eucarística fora da missa deve se tornar um empenho especial para cada comunidade paroquial e religiosa. 
É por demais motivador encontrar homens com profundo conhecimento filosófico e teológico como João Paulo II que mergulham na presença escondida de Jesus em seu Santo Sacramento! É belo ouvir o Papa dizendo: “Permaneçamos longamente prostrados diante de Jesus presente na Eucaristia, reparando com a nossa fé e o nosso amor os descuidos, os esquecimentos e até os ultrajes que nosso Salvador deve sofrer em tantas partes do mundo” (MND, n.18, p. 20). 
São tantos os jovens, os homens e mulheres que perdem literalmente a sua vida por prostrarem-se diante de mitos e ídolos criados por uma consciência racionalista. Em vez disso, devemos imitar o grande número de santos e santas que, na simplicidade, aprenderam a contemplar e adorar Jesus Eucarístico. “Estão diante dos nosso olhos os exemplos dos santos, que na Eucaristia encontraram o alimento para o seu caminho de perfeição. Quantas vezes eles verteram lágrimas de comoção na experiência de tão grande mistério e viveram indizíveis horas de alegria ‘esponsal’ diante do Sacramento do altar”. (MND, n.31, p. 36). 
Prostrando-nos diante da Eucaristia, aprenderemos de maneira certa o que significa comunhão, cultura do diálogo, vida solidária, serviço aos mais necessitados e respeito à dignidade humana. Graças à iniciativa do Senhor que quis permanecer conosco podemos aprender dele as melhores lições. A busca incessante de muitos homens de hoje em responder às suas grandes perguntas não pode ser desvinculada da fé que nos faz prostrar diante de Jesus simples. 
Deus, que nos deu o seu amor para que o amemos – como diz santa Teresinha do Menino Jesus – nos conceda a graça de estarmos todos os dias em sua presença, em escuta e adoração. 


José Bonifácio Fonseca Matos 
Escola de Formação Shalom