sexta-feira, 29 de junho de 2012

Para os que buscam a pessoa ideal...

Esperar pela pessoa adequada
Por diversas vezes e de vários modos me indagaram: “Por que você não ‘fica’/namora?” Resumidamente, respondia: “Porque desejo fazer a vontade de Deus”. (Não quero ficar por aí “caçando” meninas).
Não foram poucas as vezes em que isso gerou incompreensões, motivos de zombaria amistosa ou impressão de incapacidade sedutora.
Essas confusões aconteceram e acontecem porque os valores contemporâneos e mundanos são recheados de uma busca por prazer que, geralmente, é efêmero. Encontra-se muito isso nos relacionamentos afetivos dos jovens.
O desejo prevalece sobre a vontade de Deus. O amor é superado pela paixão; então, ao menor sinal de desgaste, há o rompimento. Dessa forma, a experiência superficial prevalece àquela que é profunda.
Dificilmente, vi alguém se preocupar ou deixar claro se aquilo que busca é realmente o querer de Deus, seja no atual ou próximo relacionamento. Aliás, essa coisa chamada “ficada” é sinal de puro egoísmo. Assim como o “namoro” no qual a dimensão física supera a emocional e, principalmente, a espiritual. Tudo isso é pouco válido e só o compreende quando entende o que é amor. E aí, algo que muitos não percebem são as marcas profundas que ficam no coração daquele que se deixou “experimentar”.
As denominações novas ou desgastadas não servem!
Creio que Deus quer um namoro para os jovens, mas um namoro santo! No qual se viva a castidade, a fidelidade, o conhecimento e a doação mútuos.
Vale a pena esperar pela pessoa adequada, pois a “pessoa certa” não existe. E “pessoa errada”, se é que me entende, não é preciso o nosso esforço.

Isso ocorrerá, especialmente, quando houver uma verdadeira e pura amizade previamente. Tendo paciência e descobrindo um ao outro, juntamente com o desenvolvimento do próprio sentimento, é que ambos serão capazes de ter um relacionamento sadio.
Faça essa tentativa acompanhada de muita oração. E, então, tesouros inestimáveis você vai descobrir!
O que acha disso?
Thiago Thomaz Puccini

quinta-feira, 28 de junho de 2012

Para ir aquecendo a voz para o VIII Jovens em Renovação

Para os jovens que participarão do nosso próximo Encontro do dia 8/7, com o tema "Jovem,levanta-te'', o Missão Kerigma posta algumas músicas escolhidas que marcarão este dia que será único em nossas vidas!
Para ir curtindo e ensaiando hoje,Banda Conexa, com a música ''Sou Jovem''.



terça-feira, 26 de junho de 2012

Os dedos teclam o que está no coração


Recentemente, um artigo publicado na edição on-line da revista Science tentou responder quantas informações há dando voltas ao mundo. O número é algo impressionante: 295 exabyte, ou seja, “315 vezes todos os grãos de areia da face da terra”, segundo os cálculos de uma agência de notícias. 
Um outro dado interessante é que quase todas essas informações são frutos da era digital e estão armazenadas em servidores ou na nossa troca de informações por intermédio de aparelhos tecnológicos, como celulares, GPS's e televisores.
Duas perguntas me vieram ao pensamento: “Como contaram os grãos de areia da face da terra?” e “Para onde caminha a humanidade com tantas palavras?”. 
De fato, estamos na era da informação, sendo plasmados pela cultura “high-tech”, pelo sistema “very fast” (muito rápido). Comemos rápido, andamos apressados, trabalhamos de modo ligeiro, convivemos pouco, vivemos estressados – sinta-se livre para colocar mais sinônimos. 
Mas, talvez, o perigo maior não esteja na quantidade ou na velocidade da informação em si, mas na seleção das verdadeiras palavras, no discernimento do que estou recebendo, porque o receptor de todos esses “bytes” é o homem. 
Em nossa cultura digital, nem tudo o que transborda é verdadeiramente uma palavra que preencha o coração do homem. Uma prova disso é que temos 5 mil "amigos" ou seguidores nos nossos perfis de redes sociais e quando deitamos a cabeça no travesseiro parece que a solidão também faz parte do nosso grupo de "followers" (seguidores). Talvez, se fizessem uma pesquisa, constatassem que o aumento de palavras (informações) no mundo também é proporcional ao aumento do vazio interior do homem, pois 
“[O Verbo] era a verdadeira luz que, vindo ao mundo, ilumina todo homem. Estava no mundo e o mundo foi feito por ele, e o mundo não o reconheceu. Veio para o que era seu, mas os seus não o receberam” (Jo 1, 9-11)
Sim, estamos sedentos de ouvir Deus falar. No fundo do coração e de sua consciência, o ser humano quer Deus e O procura; mas 
“como invocarão aquele em quem não têm fé? E como crerão naquele de quem não ouviram falar? E como ouvirão falar, se não houver quem pregue?” (Rom 10, 14).
Eis aqui o desafio que nos é proposto por Bento XVI: mostrar o Rosto de Cristo nesta cultura digital. Teclar o que está contido num coração conquistado por Jesus, mostrar que o pedido da humanidade ainda está contido na prece que fazemos em cada Eucaristia: “Senhor, eu não sou digno de que entreis em minha morada, mas dizei uma só palavra e eu serei salvo”.
Em meio a "exabytes" de vozes, guardemos "A Palavra" e fiquemos com Jesus Cristo, para que o mundo seja salvo. Basta o Verbo, o Filho de Deus, revelado a nós e transbordado por nosso intermédio para que, também, essa cultura “high-tech” sinta o suave “perfume de Cristo” (cf. II Cor 2, 15). 
Esta é a profecia que devemos levar ao mundo digital, pois, se a boca fala do que está cheio o coração, os dedos teclam o que também está nele. 
“Tudo isso para que procurem a Deus e se esforcem por encontrá-lo como que às apalpadelas, pois na verdade ele não está longe de cada um de nós” (Atos 17, 27)

Convido você para atender o apelo de Bento XVI no mundo digital. Vamos fazer uma "Revolução Jesus" na internet e ecoar a Palavra de Deus que diz "Desperta, tu que dormes! Levanta-te dentre os mortos e Cristo te iluminará" (Ef 5, 14).

Daniel Machado, Comunidade Canção Nova

sexta-feira, 22 de junho de 2012

O SACRAMENTO DO CRISMA-CONFIRMAÇÃO


Crisma é o sacramento que, conferindo os dons do Espírito Santo em plenitude, inaugurado no batismo, põe o fiel no caminho da perfeição cristã e assim o faz
 passar da infância para a idade adulta, pois é o Sacramento da maturidade Cristã.
Podemos então dizer que a Crisma é o Sacramento da Confirmação do Batismo. É o Sacramento da Juventude. É o Sacramento por excelência do Espírito Santo.
Crisma é uma palavra grega que significa: óleo de ungir. A palavra Confirmação tem aqui o significado de fortalecimento, pois deve tornar o cristão “forte e robusto” no espírito.
Ungir é esfregar o óleo do Crisma na fronte do crismando em forma de cruz. Esse óleo usado na cerimônia de Crisma é consagrado na Missa da Quinta-Feira Santa.
Três coisas são necessárias na administração da Crisma:
  • A imposição das mãos sobre a cabeça do crismando;
  • A unção com o óleo do Crisma na fronte do crismando;
  • As palavras que o Bispo diz: Recebe por este sinal os Dons do Espírito Santo, ao que o crismando responde: Amém.
Normalmente é o Bispo que ministra o sacramento da Crisma, porém ele pode delegar esse poder a um sacerdote em sua ausência.
Na celebração o Bispo faz essa Oração pedindo os Dons do Espírito Santo: “ Deus Todo Poderoso que, pela água e pelo Espírito Santo, fizeste renascer estes vossos servos, libertando-os do pecado, enviando-lhes o Espírito Santo: dai-lhes, Senhor, o Espírito de Sabedoria e Inteligência, o Espírito de Conselho e Fortaleza, o Espírito de Ciência e Piedade, e enchei-os do Espírito do vosso Temor.”
O Sacramento da Crisma deve provocar no crismando aquilo que o Espírito Santo provocou naqueles que estavam no cenáculo no dia de Pentecostes. Atos dos Apóstolos 2, 1-47.

Para que recebemos o Sacramento da Crisma? Comumente dizemos que a Crisma nos faz soldados de Cristo, que confirma o Batismo, Sacramento do adulto, da responsabilidade. Uma só coisa a Igreja nos garante sobre este sacramento: “Crisma nos concede o Espírito Santo”.
Olhando para a Bíblia, descobrimos que o Espírito Santo tem duas funções:
1º) o de dar a vida através do Batismo.
2º) e o de levar a vida até sua perfeição (santidade) = Crisma.
A confirmação nos dá, pois, o Espírito Santo para levarmos até a perfeição o que recebemos no Batismo. Chegar à perfeição segundo a vontade do Pai.
Talvez possamos dizer que o Batismo constitui mais o aspecto estático ao passo que a Crisma expressa mais o aspecto dinâmico, evolutivo da vida cristã. Uma coisa é ser cristão simplesmente, outra é chegar a plenitude de santidade. Evoluir, é tomar novo impulso, crescer constantemente na vida iniciada no Batismo.
Não podemos permanecer semente; é preciso que a semente germine, cresça e dê frutos em abundância. (At 8, 14 - 19 – At 2, 1-47)

Missão do crismando
  • Ser bom fermento que leveda a massa.
  • Fomentar a caridade fraterna.
  • Comunicar aos outros o amor de Cristo que está nele.
  • Mostrar, com palavras e com atos, sua maturidade cristã e o desejo de sempre crescer até atingir a plenitude de Cristo.
Crisma não é um sacramento a mais, é o sacramento que faz o autêntico cristão.
Ser cristão é comprometer-se com o Evangelho e ser coerente aos compromissos assumidos em relação a ele.

Os sete Dons do Espírito Santo:
  • Sabedoria: Não a sabedoria do mundo, mas aquela que nos faz reconhecer e buscar a verdade, que é o próprio Deus: fonte da sabedoria. Verdade que encontramos na Bíblia
  • Entendimento: É o dom que nos faz aceitar as verdades reveladas por Deus.
  • Conselho: É a luz que nos dá o Espírito Santo, para distinguirmos o certo do errado, o verdadeiro do falso, e assim orientarmos acertadamente a nossa vida, e a de quem pede um conselho.
  • Ciência: Não é a ciência do mundo, mas a ciência de Deus. A verdade que é vida. por esse dom o Espírito Santo nos indica o caminho a seguir na realização da nossa vocação.
  • Fortaleza: É o dom da coragem para viver fielmente a fé no dia-a-dia, e até mesmo o martírio, se for preciso.
  • Piedade: É o dom pelo qual o Espírito Santo nos dá o gosto de amar e servir a Deus com alegria. Nesse dom nos é dado o sabor das coisas de Deus.
  • Temor de Deus:Temor aqui não significa "ter medo de Deus", mas um amor tão grande, que queima o coração de Respeito por Deus. Não é um pavor pela justiça divina, mas o receio de ofender ou desagradar a Deus.

Como compreender a vontade de Deus?



Este é um questionamento que muitas pessoas fazem, o qual, para muitos, passa a ser um verdadeiro tormento. Quero partilhar com você uma reflexão com base em um livro que li nas minhas férias: 'A evangelização das profundezas: nas dimensões psicológica e espiritual', de Simone Pacot.

Espero que este texto possa auxiliar você que busca descobrir e viver a vontade de Deus para a sua vida.
Jesus diz que o seu alimento é fazer a vontade de Deus, e ao afirmar isso, o faz com alegria, com vida, pois parte de Seu relacionamento íntimo e amoroso com o Pai.

Muitos se esquecem de que Cristo veio para trazer vida e vida  em abundância para todos. Vida que só nos é possível a partir de um relacionamento íntimo e amoroso com Deus. Portanto, a vontade de Deus para cada um de seus filhos pode ser traduzida em sermos Seus favoritos, em termos um relacionamento íntimo e amoroso com Ele.

Fazer a vontade de Deus é a resposta pessoal de cada indivíduo ao desígnio divino. Cada ser humano, sendo único, vai manifestar, encarnar o plano de Deus, segundo a sua identidade, de uma maneira inteiramente específica, nos diz Simone Pacot. Portanto, a vontade de Deus nunca estará em contradição com os nossos desejos e aspirações mais profundas, porque Ele é o autor deles.

A questão é que muitos se inquietam tanto em descobrir a vontade divina, que chegam a ponto de perder a noção dos seus próprios desejos, não sabem mais o que querem, nem sabem como situar os próprios desejos mais profundos.

É certo que todos nós somos chamados por Deus para uma vocação, uma missão própria. Mas a resposta de cada um não está fixada em nenhum lugar, não está inscrita em nenhum lugar, senão no coração de Deus, como esperança de nos ver realizados, plenos. A resposta de cada um é inteiramente específica, pessoal, única. O que importa para que possamos compreender a vontade do Senhor é sermos dóceis à ação do Espírito Santo e deixar que Ele opere em nós, aprendermos a ouvir a voz d'Ele.

O medo que muitos possuem de se enganarem a respeito da vontade divina chega a lhes causar paralisia. No entanto, não podemos nos deixar levar por esse sentimento, pois somente por meio de nossa vontade é que a vontade de Deus se manifesta para nós, a partir do momento em que é o Senhor quem vai colocando no nosso coração os desejos e as aspirações mais profundas. Precisamos, portanto, de equilíbrio entre iniciativa e docilidade ao Espírito.

Evidentemente, para as decisões mais importantes se faz necessário buscarmos o acompanhamento de alguém que possa nos auxiliar no processo de discernimento. Isso ajuda inclusive a vencermos o medo de nos enganar a respeito da vontade divina. Para as grandes decisões, além desse acompanhamento, é importante que não tenhamos pressa; mas sem deixarmos de dar os devidos passos.

Quero ressaltar que uma das melhores formas de viver a vontade de Deus é viver bem o momento presente. Quando escolhemos estar onde estamos, fazer o que fazemos com a alegria, ofertando tudo a Deus como sacrifício de louvor, mudamos a disposição do nosso coração e o abrimos para escutar a voz do Espírito Santo, que nos conduz à vontade divina. O presente pode ser vivido com fecundidade, gerando vida; ou com tristeza, com pesar, gerando esterilidade. Para vivermos o presente com fecundidade o que precisa mudar é a disposição de nosso coração e não as circunstâncias em que vivemos. Podemos fazer essa experiência consagrando a Deus o nosso coração a cada dia. Essa consagração nos compromete a não vivermos mais sós, nos compromete a buscarmos viver guiados pela Palavra de Deus, guiados pelo Espírito Santo. A essa consagração todos são chamados, a qual é feita no coração e renovada a cada dia.

Portanto, podemos dizer que fazer a vontade de Deus consiste em viver o nosso cotidiano à luz do Espírito. Consiste no esforço de encarnar a nossa maneira a partir do que somos e de como vivemos o desígnio de Deus.
Por isto, consagre o seu coração, o seu trabalho, a sua família a Deus, vivendo cada dia na escuta da voz do Espírito, vivendo com alegria, simplicidade e paz o seu momento e as realidades de hoje.

 Frei Erick Ramon

quarta-feira, 20 de junho de 2012

Conheça os desafios e contribuições da juventude carismática

Um encontro para celebrar, partilhar e mostrar ao mundo a cara da juventude carismática católica. A Renovação Carismática Católica (RCC) está organizando o primeiro Encontro Mundial de Jovens, que será realizado de 10 a 15 de julho em Foz do Iguaçu (PR). O evento traz como tema “Em Jesus, as nações porão sua esperança” (cf. Mt 12,21), e constitui uma preparação para o Jubileu de Ouro da RCC no mundo, data que será comemorada em 2017.
O assessor nacional para a Renovação Carismática, Dom Alberto Taveira Corrêa, arcebispo de Belém (Pará), disse que a RCC é relativamente nova e que estes primeiros anos ajudaram-na a se tornar uma presença significativa na Igreja.
“Isso com muita humildade, sabendo que tem um lugar próprio, sem pretender ser melhor do que os outros, mas assumindo sempre a tarefa de formar apóstolos da Efusão do Espírito Santo”, disse.
Mesmo sendo relativamente jovem, a Renovação vem alcançando resultados ao longo desses quase 50 anos de atuação. De acordo com Dom Alberto, o fruto mais importante que se espera de um movimento de Igreja é a contribuição para o crescimento espiritual de seus membros, edificação de Comunidades Vivas e também para o crescimento do Reino de Deus.
“A RCC tem vivido bem sua missão. Além disso, onde existe vivência do Evangelho, nasce a prática da caridade e do serviço sincero aos irmãos, sobretudo os mais pobres, o que a RCC tem feito e deve continuar a fazer”.


Juventude
Além de iniciar as comemorações para os 50 anos da Renovação Carismática, o evento também coloca em evidência a juventude carismática. O coordenador do Ministério Jovem da RCC, Márcio Zogolin, explicou que os jovens carismáticos são pessoas maduras na fé, jovens corajosos, missionários, que deram uma resposta ao chamado que lhes foi feito.
“É uma juventude que está dando uma resposta ao “ide”: Ide e anunciai o Evangelho. Então, é um perfil de uma juventude comprometida, que diz, verdadeiramente, o seu sim para Jesus e é livre para viver o chamado de Deus na sua vida. Não é mais uma juventude que assiste, mas que é protagonista”.
O coordenador acredita que este vai ser um encontro profético para o Brasil e para o mundo todo. Ele informou que o número de participantes já é grande, faltando ainda um mês para o evento, o que mostra uma resposta não só de um compromisso da juventude, mas de esperança.
“Jesus é a esperança para todas as nações e a juventude está dando uma esperança de que virão tempos novos em que Jesus vai ser honrado, quando Sua cruz se levantará para as nações e, com certeza, um novo tempo de evangelização vai começar”, enfatizou.

Desafios

Márcio Zogolin acredita que o engajamento desses jovens, hoje, na Igreja, pode ser considerado satisfatório, tendo em vista que tem mudado realidades na sociedade. Ainda assim, ele vê que o Cristianismo, hoje, está muito descaracterizado e se vive num mundo em que é difícil ser cristão, o que constitui uma dificuldade para atrair mais jovens para essa participação ativa na Igreja.
“Hoje, o 'ser cristão' é moldado, pintado como algo medíocre que descaracteriza o Cristianismo. Os nossos jovens são formados assim, cheios de preconceito quanto ao ser cristão, a viver o Cristianismo. O grande desafio é que estamos contra a maré, então, temos de ser fiéis”.
Diante de dificuldades como essa, Dom Alberto ressaltou que a Renovação Carismática tem como grande desafio a consolidação de sua presença, trabalhando mais e melhor na formação de seus membros.
Em relação ao apelo para que os jovens manifestem sua força na Igreja, principalmente tendo em vista a Jornada Mundial da Juventude 2013, o arcebispo enfatizou que a juventude carismática tem de oferecer aquilo que lhe é próprio: “a experiência dos carismas, a formação no espírito de oração e participação em todas as iniciativas das dioceses”.

 Do site: http://noticias.cancaonova.com



segunda-feira, 18 de junho de 2012

As posturas orantes do cristão

Deus, que nos conhece a fundo, sabe de que precisamos.No entanto,Deus quer que ''peçamos'' ,que apresentemos a Ele nossas súplicas, nossos agradecimentos...A atitude de pedir, de orar, deve ser tomada por nós, pois quem não pede e não quer pedir fecha-se em si mesmo. A oração nos leva a uma relação sadia, amorosa com o Senhor.
Para isso, os cristãos apresentam sua vida na oração através da linguagem corporal: nos estendemos, juntamos as mãos, dobramos os joelhos, ficamos de pé ou sentados...

Confira abaixo a relação do nossos gestos nas orações e o que eles demonstram:

DE PÉ diante de Deus exprime-se respeito e ao mesmo tempo expressa  a disponibilidade (de seguir os caminhos do Senhor).O orante assume o gesto original de louvor quando estende as mãos para o Céu.
SENTADO diante do Senhor, o cristão escuta o seu interior e põe no seu coração a Palavra,contemplando-a.
AJOELHANDO-SE,a pessoa faz-se pequena perante a grandeza de Deus, reconhecendo-se dependente Dele.
ESTENDENDO-SE NO CHÃO,a pessoa adora Deus.

UNINDO AS MÃOS, o fiel abandona a dispersão e concentra-se, unindo-se a Deus.As mãos juntas também são o gesto da súplica.







"No alvorecer e no crepúsculo do dia, o crente renova quotidianamente a sua 'adoração', ou seja, o seu reconhecimento da presença de Deus,Criador e Senhor do universo.É um reconhecimento repleto de gratidão que parte do profundo do coração e envolve todo o ser,porque somente adorando e amando a Deus acima de todas as coisas o ser humano pode realizar-se plenamente.'' Bento XVI

terça-feira, 12 de junho de 2012

Qual presente devo dar para meu (a) amado (a)?

“Não é bom que o homem esteja só; vou dar-lhe uma ajuda que lhe seja adequada” (Gn 2,18).
Namorar é bom! Como diz o versículo do Gênesis, não é bom que homem, assim como a mulher, esteja só! É bom trilhar o caminho do namoro. Conhecer. Amadurecer. Esperar! E um dia casar-se. Com a proximidade do Dia dos Namorados ficamos pensando no melhor presente que podemos dar para aquela pessoa a quem amamos. E por todos os lados, somos bombardeados por propagandas dizendo-nos que quanto maior o presente, tanto maior o amor. A variedade de produtos é enorme, uma mais linda que o outra. Ficamos até mesmo confusos, pensando como podemos manifestar nosso amor, por meio de um grande, caro e belo presente.
Assim, quando menos esperamos, estamos envolvidos pela propaganda. Sorrateiramente nossos conceitos vão sendo corrompidos. Por fim, acabamos pensando que a melhor manifestação de amor que podemos dar, e receber, é através de um belo presente. Um perfume importado ou até mesmo uma noite inesquecível no motel. 
Isso é propaganda enganosa! Quanta mentira! Ora, não podemos nos tornar passivos diante desta situação, reduzindo todo nosso afeto a um bem material ou a uma situação de pecado.
E qual é o melhor presente que o namorado pode dar? O melhor, maior, mais caro e belo presente que podemos dar é simplesmente o respeito!
O respeito é a demonstração do sentimento de estima pela outra pessoa. Palavra "respeito" vem do latim respicere, que significa “olhar para trás”. Ora, respeitar é, portanto, o ato de construir com o outro bases sólidas. É valorizar tudo o que o outro possui, para que, no futuro, com o sacramento do matrimônio, se possa assumir estes dons como nossos, e também oferecer os nossos ao outro, a fim de que sejamos um.
Quem busca respeitar o outro, também comunica e faz "propaganda" de que ainda é tempo de viver este dom. Enquanto as mídias divulgam a cultura do desrespeito, do prazer e do ter, do uso, somos impelidos a mostrar, com a nossa vida, que é possível construir um namoro sólido, fundado no respeito, fruto do amor verdadeiro.
Trago uma declaração de um namorado (a) que traz o conceito do respeito:
“Meu amor, gostaria de agradecer a Deus, neste dia feito para nós, por ter me dado a oportunidade de compartilhar minha vida com você neste tempo que estamos juntos. Vivemos alegrias e sofrimentos. Já vivemos tantas coisas juntos, mas ainda temos muito o que viver. Gostaria de poder, muito mais do que presentes, dar-lhe, com gratuidade, o que mais valoroso possuo.
Não sou o galã de novela, não tenho o corpo sarado, nem tenho a conta cheia de grana, mas apenas um coração sincero. Posso dizer: Amo-te pelo que és, não pelo que tens! Meu amor para com você não é traduzido em bens, mas em gestos. Procurei em você uma mulher fiel, e encontrei! Você é tudo que sonhei! Não sei como será no futuro, mas sei que os valores que construirmos juntos serão a base para longos dias, e muitas conquistas virão por diante.
Quero me guardar para você! Esperar por você! Aguentar mesmo contra meus impulsos, que te desejam, mas que se submetem ao meu querer. Se te quero para toda vida, esperar até o casamento será apenas uma das provas de amor que vou te dar. Meu presente hoje, meu amor, é acreditar em Deus. Confiar a Ele a condução de nossas vidas, pois tenho certeza: o Senhor tem cuidando de nós!
Meu presente é olhar nos seus olhos e dizer: desejo-te, mais do que tudo, mas espero-te, pois tu vales mais do que tudo. Meu presente hoje, meu amor, é ser fiel, pois “o amor aperfeiçoa-se na fidelidade” (Soren Kierkegaard). Quero me aperfeiçoar na fidelidade. Ir contra a correnteza, nadar contra minha própria natureza que não entende que o tempo certo será em breve, após o sacramento do Matrimônio. Meu presente, hoje, é dar-lhe a garantia de que não sou um “fogo de palha”, não sou apenas um “clique”, um Twitter, um post. Meu amor não cabe em 140 caracteres! Eu não te “curti”, eu te amo! Sou de carne e osso. Tenho uma alma imortal. Mas, nesta vida, quero estar ao seu lado, por tantos quantos dias Deus nos permitir, neste caminho de conhecimento, rumo ao altar”. 
Portanto, neste Dia dos Namorados, ofereça ao outro o seu melhor presente! Não vá na onda das propagandas, que querem transformar seu amor em objeto. Antes, se lance nesta aventura, tão antiga, mas tão nova, que é o respeito e a castidade. Tenho certeza de que, num futuro próximo, você colherá muitos frutos maduros, segundo a vontade de Deus.
Feliz Dia dos Namorados!

Bruno Nascimento 
Missionário da Comunidade Canção Nova


segunda-feira, 11 de junho de 2012

Formação:relação da Santa Missa com a Paixão e Morte de Jesus

 As ações e palavras do sacerdote
  1. Quando foi celebrada a primeira Missa? Pode-se e deve-se crer que a primeira Missa foi celebrada no Cenáculo, à véspera da morte de Salvador.
  2. Que paralelo podemos fazer entre o Cenáculo e a Santa Missa?Podemos estabelecer o seguinte paralelo:
    Cenáculo
    Santa Missa
    Jesus dirige-se ao Cenáculo: acompanhado dos seus apóstolos, chega ao Cenáculo, onde estava preparada a mesa do sacrifício e da comunhão.O sacerdote dirige-se ao altar, precedido dos seus ministros, onde tudo está disposto para o sacrifício da Santa Missa.
    Jesus deixa a mesa depois da ceia prescrita pela Lei, humilha-se ao lavar os pés dos apóstolos e os manda que se lavem mutuamente, voltando, depois, a ocupar o seu lugar à mesa.O sacerdote desce ao pé do altar, mesmo puro de faltas graves, para lavar-se e purificar-se das faltas mais leves. Por isso o sacerdote faz a confissão mútua com os assistentes, subindo depois ao altar.
    Jesus senta-se à mesa eucarristica: instrui seus apóstolos e lhes dá o resumo de sua doutrina, dizendo: “ Eu vos dei o exemplo para que façais como eu fiz” (Jo. 13).O sacerdote faz no altar a instrução pública e preparatória, com o objetivo de explanar estes dizeres profundos de S. Justino: “ Só pode participar da eucaristia aquele que crê que nossa doutrina é verdadeira, que recebeu a remissão dos pecados e que vive como Jesus ensina” (Apologia, 2).
    Jesus toma o pão e o vinho num cálice, e os abençoa.O sacerdote toma o pão e o vinho num cálice: eis a oblação, as orações e bênçãos que a acompanham.
    Jesus deu graças, elevando os olhos aos céus: embora os evangelistas não registrem as palavras de que Jesus se serviu nesta ação de graças, sabemos pela Tradição que Ele enumerou os benefícios da criação, da providência e da redenção, que iriam se concentrar nesta vítima adorável; depois o Senhor partiu o pão e o deu aos seus discípulos dizendo: “ Isto é o meu corpo”; em seguida os deu também o cálice, dizendo: “ Isto é o meu sangue”. Eis a fórmula da consagração. É a comunhão no Cenáculo.O sacerdote emprega as mesmas palavras e gestos no Cânon da Missa, repetindo a fórmula da consagração: É a comunhão na Santa Missa.
    Jesus pronuncia um hino de ação de graçasO sacerdote termina o Santo Sacrifício da Missa com a ação de graças.

  3. O que fizeram Jesus e os apóstolos após a Ceia? Os apóstolos saíram do Cenáculo com o seu Mestre, e se dirigiram ao Horto das Oliveiras, para serem testemunhas da renovação e da consumação do grande sacrifício da Cruz, da mesma forma que o sacerdote se dirige ao santuário, subindo ao altar.
  4. Que paralelo podemos estabelecer entre a Paixão, Morte e Ressurreição de Cristo e a Santa Missa?Podemos estabelecer o seguinte paralelo:
    Cenas da Paixão, Morte e Ressureição de Nosso SenhorJesus Cristo
    Cenas da Missa
    Jesus ora no Horto, com o rosto prostrado na terra em agonia.O sacerdote, ao pé do altar, recita o Confiteor, em humilde postura.
    Jesus, amarrado, sobe a Jerusalém.O sacerdote, cingido com todos os paramentos, sobe ao altar.
    Jesus foi, de tribunal em tribunal, instruindo o povo, seus acusadores e seus juizes.O sacerdote vai de um ao outro lado do altar, para multiplicar e difundir a instrução preparatória.
    Jesus Cristo, assim que sentenciado e despojado de suas roupas, oferece seu corpo à flagelação, prelúdio da sua execução e morte.O sacerdote descobre as oblações, retirando o véu que cobre o cálice e a hóstia, ainda não consagrados, e faz a oferenda do pão e do vinho, que vão ser consagrados, e cuja substância vai ser consumida.
    Jesus é pregado na cruz.Jesus se torna presente no altar com as palavras da Consagração.
    Jesus é suspenso na Cruz, entre o céu e a terra.Como no momento da Elevação, na Missa.
    Jesus expira na cruz.O sacerdote parte a Hóstia, indicando, visivelmente, esta morte.
    Jesus é colocado no sepulcro.Na Comunhão, Jesus é recebido pelo sacerdote e pelos fiéis.
    Jesus ressuscita glorioso.A ressurreição é significada pelo lançamento de um fragmento da hóstia consagrada (o corpo de Cristo) no cálice que contém o sangue de Cristo, na hora em que o sacerdote diz a oração “ Pax Domini sit semper vobiscum”, fazendo cinco cruzes sobre o cálice e fora dele. O sacerdote pede o efeito desta vida nova através das orações após a Comunhão.
    Jesus sobe aos céus, abençoando sua Igreja.O sacerdote se despede dos fiéis e os abençoa.
    Jesus envia o Espírito Santo aos seus discípulos.
    No final da missa, é lido o início do Evangelho de S. João, que nos exorta a tornar‑nos filhos de Deus, dirigidos e movidos pelo seuEspírito, conforme estas palavras do apóstolo S. Paulo: "aqueles que são conduzidos pelo Espírito
    de Deus, são filhos de Deus" (Rm.8,14).

  5. Que relação há entre a Santa Missa e as palavras de Cristo na Última Ceia?Nosso Senhor instituiu, após a Última Ceia, a parte essencial das orações e cerimônias da Santa Missa.
  6. Quem estabeleceu as orações e cerimônias das outras partes?
    As orações e cerimônias das outras partes foram estabelecidas pelos apóstolos, pela Tradição e pela Igreja, que acrescentaram o que convinha à dignidade do Santo Sacrifício, em nada alterando o substancial da Instituição Divina.
Referências:
Extraído do Catecismo da Santa Missa

sexta-feira, 8 de junho de 2012

Formação: O canto litúrgico

CANTAR NA LITURGIA OU CANTAR A LITURGIA?
Quando somos responsáveis por cantar em alguma celebração normalmente nós dizemos que vamos “cantar na missa”, porém, o correto seria dizer que vamos “cantar a missa”, “cantar a própria liturgia”.
A Missa é a mais completa das orações, nela atualizamos o Mistério Pascal de Cristo de forma ritual e memorial. Todas as palavras, gestos, símbolos, cânticos fazem parte de um todo, não são partes independentes umas das outras, mas interdependentes, conexas. Por isso, usamos a expressão cantar a Missa, pois o que cantamos, assim como o que rezamos deve estar em perfeita harmonia com o que é celebrado. A música e o canto não são um apêndice, um adereço, mas parte essencial e integrante da celebração, pois ela nos ajuda a penetrar com maior eficácia no mistério que celebramos e favorece a oração.
Os cânticos litúrgicos têm a sua inspiração nos textos bíblicos e nos textos litúrgicos: são bíblico-litúrgicos. Esse é o critério básico para a escolha de um repertório para a Missa. Nem todo cântico de cunho religioso ou devocional pode ser cantado na missa. Em uma celebração as orações, as leituras, a homilia, os comentários e os cânticos devem estar sintonizados entre si, devem ser concordes, falar do mesmo mistério que a liturgia daquele dia está contemplando.
Nas chamadas partes fixas da Missa ou Ordinário as letrasdos cânticos devem ser conforme aquilo que seria rezado, como, por exemplo, o Ato penitencial, o Hino de Louvor, o Santo, o Pai-nosso ou o Cordeiro de Deus. Esses cânticos constituem o próprio rito da celebração. A lei da oração é a lei do canto e da música na liturgia. Já os cânticos que acompanham algum rito como o cântico de entrada, o cântico de apresentação das oferendas, o cântico de comunhão, por exemplo devem condizer com a índole do tempo litúrgico, do Evangelho do Dia ou da festa ou solenidade.
Da mesma forma, as melodias devem obedecer ao espírito de cada rito; ora expressando a alegria de estarmos reunidos na casa de Deus; ora súplica e arrependimento, ora ainda, expressando louvor e ação de graças. O canto do ato penitencial, por exemplo, deve ser num ritmo lento e num tom suplicante; já a Aclamação ao Evangelho deve ser cantada de forma vibrante e alegre.
Cantar a liturgia é uma arte que aprendemos a partir do momento que prestamos atenção no sentido de cada rito da missa, de cada texto, de cada gesto. Como disse um sábio cardeal em uma entrevista sua: “A Liturgia não nos pertence... ela é de Deus, dom oferecido à humanidade por Cristo e em Cristo. Não somos nós que a fazemos, ela é que nos faz. Não a possuímos, é ela que nos possui... devemos deixar-nos conduzir por ela”.

Formação:Do Santo Sacrificio da Missa

§ 1 Da essência, da instituição e dos fins do Santo Sacrificio da Missa
  1. A Eucaristia deve ser considerada só como Sacramento?A Eucaristia não é somente um Sacramento; é também o sacrifício permanente da Nova Lei, que Jesus Cristo deixou à Igreja, para ser oferecido a Deus pelas mãos dos seus sacerdotes.
  2. Como se chama este sacrificio da Nova Lei?Este sacrifício da Nova Lei chama-se Santa Missa.
  3. Que é, então, a Santa Missa?A Santa Missa é a renovação do sacrifício que Jesus Cristo fez no Calvário.Entretanto, o sacrifício do Calvário foi feito por Jesus Cristo de forma cruenta, isto é, com derramamento de sangue, ao passo que na Santa Missa esse mesmo sacrifício é renovado por Jesus Cristo de forma incruenta, isto é, sem derramamento de sangue. Na Santa Missa Nosso Senhor Jesus Cristo se imola novamente para nossa salvação, como Ele fizera no Calvário, embora na Santa Missa seja sem sofrimento físico.
  4. Então o Sacrificio da Missa é o mesmo que o da Cruz?Sim, o Sacrifício da Missa é substancialmente o mesmo que o da Cruz, porque o mesmo Jesus Cristo, que se ofereceu sobre a Cruz, é que se oferece pelas mãos dos sacerdotes, seus ministros, sobre os nossos altares. Mas quanto ao modo como é oferecido, o sacrifício da Missa difere do da Cruz, conservando todavia a relação mais íntima e essencial com ele.
  5. Que diferença, pois, e que relação há entre o Sacrificio da Missa e o da Cruz?Entre o Sacrifício da Missa e o sacrifício da Cruz há esta diferença e esta relação: Jesus Cristo sobre a Cruz se ofereceu derramando o seu sangue e merecendo para nós; ao passo que sobre os altares Ele se sacrifica sem derramamento de sangue, e nos aplica os frutos de sua Paixão e Morte.
  6. Não é porventura o Sacrificio da Cruz o único sacrificio da Nova Lei?O Sacrifício da Cruz é o único sacrifício da Nova Lei, porque por meio dele Nosso Senhor aplacou a Justiça Divina, adquiriu todos os merecimentos necessários para nos salvar, e assim consumou de sua parte a nossa redenção. São estes merecimentos que Ele nos aplica pelos meios que instituiu na sua Igreja, entre os quais está o Santo Sacrifício da Missa.
  7. Para que fins se oferece o Santo Sacrificio da Missa?Oferece-se o Santo Sacrifício da Missa para quatro fins: 1º para adorá-lo como convém, e sob este aspecto o sacrifício é latrêutico (requer culto,adoração); 2º para Lhe dar graças pelos seus benefícios, e sob este aspecto o sacrifício é eucarístico; 3º para aplacá-lo, para Lhe dar a devida satisfação pelos nossos pecados, e sob este aspecto o sacrifício é propiciatório; 4º para alcançar todas as graças que nos são necessárias, e sob este aspecto o sacrifício é impetratório.
  8. Quem oferece a Deus o Santo Sacrificio da Missa? O primeiro e principal oferente do Santo Sacrifício da Missa é Jesus Cristo, e o sacerdote é o ministro que em nome de Jesus Cristo oferece este sacrifício ao Pai Eterno.
  9. Quem instituiu o Santo Sacrificio da Missa? Foi o próprio Jesus Cristo quem instituiu o Santo Sacrifício da Missa, quando instituiu o Sacramento da Eucaristia, e disse que ele fosse feito em memória de sua paixão.
  10. A quem se oferece o Santo Sacrificio da Missa?O Santo Sacrifício da Missa oferece-se só a Deus.
  11. Se a Santa Missa se oferece só a Deus, por que se celebram tantas Missas em honra da Santíssima Virgem e dos Santos?A Missa celebrada em honra da Santíssima Virgem e dos Santos é sempre um sacrifício oferecido só a Deus; diz-se, porém, celebrada em honra da Santíssima Virgem e dos Santos para louvar a Deus neles pelos dons que lhes concedeu, e para alcançar, pela intercessão deles, em maior abundância, as graças de que necessitamos.
  12. Quem participa dos frutos da Santa Missa?
    Toda a Igreja participa dos frutos da Missa, mas particularmente: 1º o sacerdote e os que assistem à Missa; 2º aqueles por quem se aplica a Missa, a que podem ser vivos ou defuntos.
  13. Terminada a Missa, que devemos fazer?
    Terminada a Missa, devemos das graças a Deus por nos ter concedido a graça de assistir a este grande sacrifício e pedir-Lhe perdão das faltas cometidas enquanto a assistíamos.
Referências:
Extraído do Catecismo Maior de São Pio X ± Quarta parte, Capítulo IV.

Festa de Corpus Christi

Ontem com grande alegria e animação, por volta do meio dia, o Missão Kerigma, contando com a ajuda de colaboradores, soltou a criatividade e desenvolveu vários tapetes em torno da Matriz de São Bento, de Itapecerica, para a tradicional Procissão de Corpus Christi, que foi realizada à tarde. Mesmo com a chuva que foi engrossando e caía durante todo o tempo dos enfeites, não desanimamos,mas com satisfação produzimos com todo o carinho e amor para Jesus Sacramentado passar. Quando concluirmos,a certeza do dever cumprido e a confirmação de que a união faz a força e produz bons frutos tomou conta dos nossos corações e nos fez exclamar:Como é bom servir!!
Agradecemos aos irmãos que nos ajudaram e louvamos ao Senhor por estar vivo em nosso meio,sempre presente e visível a nós no Sacramento mais precioso da nossa Igreja, a Eucaristia!


quarta-feira, 6 de junho de 2012

Celebraremos amanhã:Corpus Christi


“Celebrar o Corpo de Cristo é abrir corações e mentes aos corpos profanados pela injustiça e contemplar a criação como expressão do Corpo de Deus. Creio que o universo é o ventre divino no qual estamos sendo gerados, para a vida em que toda a dor estará erradicada pela soberania do amor.”
(Frei Betto)
 "Corpus Christi", em latim, significa "corpo de Cristo". Trata-se de uma festa católica móvel que celebra o milagre da transubstanciação. A festa de Corpus Christi é uma das mais antigas do catolicismo em todo o mundo. Foi instituída pelo Papa Urbano IV, em 1264, para ser celebrada na quinta-feira após o domingo da Santíssima Trindade, que ocorre, por sua vez, no domingo seguinte ao de Pentecostes. Tem por objetivo celebrar solenemente o mistério da Eucaristia - o Sacramento do Corpo e do Sangue de Jesus Cristo, em alusão à Quinta-feira Santa, quando se deu a instituição deste sacramento. Durante a Última Ceia de Jesus com seus apóstolos, Ele mandou que celebrassem Sua memória comendo o pão e bebendo o vinho que se transformariam em seu Corpo e Sangue.
A celebração de Corpus Christi consta de uma missa, procissão e adoração ao Santíssimo Sacramento. A procissão lembra a caminhada do Povo de Deus, que é peregrino, em busca da Terra Prometida. No Antigo Testamento esse povo foi alimentado com maná, no deserto. A partir da paixão, morte e ressurreição do Senhor, este Povo é alimentado com o próprio corpo de Cristo.
Corpus Christi é Jesus presente na hóstia consagrada em corpo, sangue, alma e divindade. Ninguém vê Jesus na hóstia, mas acreditamos pela nossa fé.
Conta-se ainda, que sua origem está ligada a um milagre acontecido na Idade Média. O sacerdote Pedro de Praga fazia peregrinação indo a Roma. Nessa viagem, parou para pernoitar na vila Bolsena, não longe de Roma e se hospedou na Igreja de Santa Catarina. Na manhã seguinte, foi celebrar uma missa e pediu ao Senhor que tirasse as dúvidas que ele tinha em acreditar que Jesus estava presente na Eucaristia. Era difícil para ele acreditar que no pão e no vinho, estava o corpo de Cristo. Na hora em que ergueu a hóstia, esta começou a sangrar (sangue vivo). Ele assustado, embrulhou a hóstia e voltou à sacristia e avisou o que estava acontecendo. O sangue escorria, sujando todo o chão no qual apareciam vários pingos. Isso foi informado ao Papa Urbano IV, que estava em Orvieto, que mandou um bispo a essa vila verificar a veracidade de tal fato. O bispo viu que a hóstia sangrava e o chão, o altar e o corporal (toalha branca do altar) estavam todos manchados de sangue. O bispo pegou as provas do milagre e voltou para mostrar ao Papa. O Papa, entretanto, sentia algo estranho e resolveu ir ao encontro do bispo. As carruagens se encontraram na Ponta do Sol e o Papa desceu de sua carruagem e ao ver todas as provas do milagre, ajoelhou-se no chão e se dobrou sobre aquela hóstia sangrando e exclamou: "Corpus Christi (Corpo de Cristo)!"
Em outra versão, conta-se que Festa de Corpus Christi surgiu no séc. XIII, na diocese de Liège, na Bélgica, por iniciativa da freira Juliana de Mont Cornillon, (†1258) que recebia visões nas quais o próprio Jesus lhe pedia uma festa litúrgica anual em honra do sacramento da Eucaristia.
Aconteceu, porém, que quando o padre Pedro de Praga, da Boêmia, celebrou uma Missa na cripta de Santa Cristina, em Bolsena, Itália, aconteceu um milagre eucarístico: da hóstia consagrada começaram a cair gotas de sangue sobre o corporal após a consagração. Alguns dizem que isto ocorreu porque o padre teria duvidado da presença real de Cristo na Eucaristia.
O Papa Urbano IV (1262-1264), que residia em Orvieto, cidade próxima de Bolsena, onde vivia S. Tomás de Aquino, informado do milagre, então, ordenou ao Bispo Giacomo que levasse as relíquias de Bolsena a Orvieto. Isso foi feito em procissão. Quando o Papa encontrou a Procissão na entrada de Orvieto, teria então pronunciado diante da relíquia eucarística as palavras: “Corpus Christi”. Esta teria sido a primeira procissão de Corpus Christi.
Em 11 de agosto de 1264 o Papa emitiu a bula "Transiturus de mundo", onde prescreveu que na quinta-feira após a oitava de Pentecostes, fosse oficialmente celebrada a festa em honra do Corpo do Senhor.
Até hoje, ainda existem essas provas do fato acontecido na Vila Bolsena. Aí começou a ser celebrado o dia de Corpus Christi e todos passaram a acreditar que Jesus está presente na hóstia consagrada. Para acreditar, tudo depende da nossa fé. Isso é um MISTÉRIO DA FÉ!
“Acreditar no Pão Eucarístico é viver a partilha do ideal de Jesus Cristo. É atualizar sua fé no Pão Eucarístico que mata a fome biológica e social e dá sentido à vida: “Quem comer deste pão viverá eternamente.” (Jo 6, 58)

Márcia Resck

Formação: o Sacramento da Eucaristia



§ 1° Do que é a Santíssima Eucaristia, onde há a  presença real de Jesus Cristo neste Sacramento

  1. Que é o Sacramento da Eucaristia?A Eucaristia é um Sacramento que, pela admirável conversão de toda a substância do pão no Corpo de Jesus Cristo, e de toda a substância do vinho no seu preciso Sangue, contém verdadeira, real e substancialmente o Corpo, Sangue, Alma e Divindade do mesmo Jesus Cristo Nosso Senhor, debaixo das espécies de pão e de vinho, para ser nosso alimento espiritual.
  2. Na Eucaristia está o mesmo Jesus Cristo que está no Céu e que nasceu, na terra, da Santíssima Virgem?Sim, na Eucaristia está verdadeiramente o mesmo Jesus Cristo que está no Céu e que nasceu, na terra, da Santíssima Virgem.
  3. Por que acreditais que no Sacramento da Eucaristia está verdadeiramente presente Jesus Cristo?Eu acredito que no Sacramento da Eucaristia está verdadeiramente presente Jesus Cristo porque Ele mesmo o disse, e Ele, sendo Deus, não pode mentir. E assim no-lo ensina a Santa Igreja.
  4. Que é a hóstia antes da consagração?A hóstia antes da consagração é pão de trigo.
  5. Depois da consagração, que é a hóstia?Depois da consagração, a hóstia é o verdadeiro Corpo de Nosso Senhor Jesus Cristo, debaixo das aparências de pão.
  6. Que está no cálice antes da consagração?No cálice, antes da consagração, está vinho de uva com algumas gotas de água.
  7. Depois da consagração, que há no cálice?Depois da consagração, há no cálice o verdadeiro Sangue de Nosso Senhor Jesus Cristo, debaixo das aparências de vinho.
  8. Quando se faz a mudança do pão no Corpo e do vinho no Sangue de Jesus Cristo?A conversão do pão no Corpo e do vinho no Sangue de Jesus Cristo de faz precisamente no ato em que o sacerdote, na Santa Missa, pronuncia as palavras da consagração.
  9. Que é a consagração?
    A consagração é a renovação, por meio do sacerdote, do milagre operado por Jesus Cristo na Última Ceia, quando mudou o pão e o vinho no seu Corpo e no seu Sangue adorável, por estas palavras: Isto é o meu Corpo; este é o meu Sangue.
  10. Como é chamada pela Igreja a miraculosa conversão do pão e do vinho no Corpo e no Sangue de Jesus Cristo?
    Esta miraculosa conversão, que todos os dias se opera sobre os nossos altares, é chamada pela Igreja de transubstanciação.
  11. Quem deu tanto poder às palavras da consagração?
    Foi o mesmo Jesus Cristo Nosso Senhor, Deus onipotente, que deu tanto poder às palavras da consagração.
  12. Deve-se adorar a Eucaristia? A Eucaristia deve ser adorada por todos, porque Ela contém verdadeira, real e substancialmente o mesmo Jesus Cristo Nosso Senhor.
  13. Quando instituiu Jesus Cristo o Sacramento da Eucaristia?
    Jesus Cristo instituiu o Sacramento da Eucaristia na Última Ceia que celebrou com seus discípulos, na noite que precedeu sua Paixão.
  14. Por que instituiu Jesus Cristo a Santíssima Eucaristia?
    Jesus Cristo instituiu a Santíssima Eucaristia por três razões principais: 1ª para ser o sacrifício da Nova Lei; 2ª para ser alimento de nossa alma; 3ª para ser um memorial perpétuo da sua Paixão e Morte, e um penhor precioso do seu amor para conosco e da vida eterna.
Referências: Extraído do Catecismo Maior de São Pio X ± Quarta parte, Capítulo IV.

terça-feira, 5 de junho de 2012

Sacrifício da Missa

Introdução
A Igreja e os santos sempre ensinaram que as coisas ocorridas no Antigo Testamento são prefigurações daquelas que aconteceriam no Novo Testamento. Isso quer dizer que Deus, para poupar a fraqueza do homem e para ensinar-lhe as verdades da Revelação de modo gradativo e adequado à nossa inteligência, quis ou permitiu que ocorressem os fatos do Antigo Testamento para que estes servissem como analogias em relação aos fatos que se realizariam no futuro, no Novo Testamento.

Além de utilizar os fatos ocorridos no Antigo Testamento com a finalidade de preparar os homens para o que seria revelado no Novo Testamento, Deus se utilizou também das profecias.
E é assim que vemos, no Antigo Testamento, a Santa Missa prefigurada por muitos fatos e também predita pelos profetas.
Dentre os fatos do Antigo Testamento que são prefigurações do Santo Sacrifício da Missa estão:

  1. o oferecimento de pão e vinho a Deus por Melquisedec, sacerdote e rei de Salém (Gen. 14, 18-20);
  2. o maná, sustento milagroso que o Senhor fazia cair todas as manhãs em torno do campo dos hebreus no deserto, depois de terem saído do Egito guiados por Moisés (Ex. 16, 4-36). O maná era um alimento descido do céu. Nosso Senhor na Santa Eucaristia é o Pão vivo descido do céu. – O maná substituía todos os alimentos, tendo nele todos os sabores. A Santa Eucaristia é o pão por excelência: basta para todas as necessidades da alma. – O maná durou até que os hebreus entrassem na terra prometida. A Santa Eucaristia nos será dada até que entremos no céu, onde veremos face à face o Deus que recebemos, no Sacramento, sob o véu de pão.
  3. Várias coisas a respeito da vinda e da obra de Jesus Cristo foram também preditas pelos profetas, e uma delas é o Sacrifício da Missa, que seria instituído por Nosso Senhor e que se haveria de oferecer por toda a terra.

O profeta Malaquias nos mostra Deus irritado com as negligências e as provas de má vontade dos sacerdotes judeus da Antiga Lei quando ofereciam os sacrifícios: “O filho honra seu pai, e o servo reverencia o seu senhor. Se eu, pois, sou vosso pai, onde está a minha honra? E se eu sou o vosso Senhor, onde está o temor que se me deve? diz o Senhor dos exércitos. Convosco falo, ó sacerdotes, que desprezais o meu nome, e que dizeis: em que desprezamos nós o teu nome? Vós ofereceis sobre o meu altar um pão imundo, e dizeis: Em que te profanamos nós? Nisso que dizeis: A mesa do Senhor está desprezada. Se vós ofereceis uma hóstia cega para ser imolada, não é isto mau? E se ofereceis uma que é coxa e doente, não é isto mau? Oferecei estes animais ao vosso governador, e vereis se eles lhe agradarão, ou se ele vos receberá com agrado, diz o Senhor dos Exércitos” (Mal. 1, 6-8).
Diante disto, Deus, pela boca do profeta, se mostra resolvido a rejeitar e abolir os sacrifícios antigos: “O meu afeto não está em vós, diz o Senhor dos exércitos; nem eu receberei algum donativo de vossa mão” (Mal 1, 10).
E passa a anunciar um Sacrifício Novo, oferecido em toda a terra: “Porque desde o nascente do sol até o poente é o meu nome grande entre as gentes, e em todo lugar se sacrifica e se oferece ao meu nome uma oblação pura” (Mal. 1, 11).
A expressão “do nascente do sol até o poente” é usada nas Escrituras para significar o mundo inteiro. A palavra “gentes” é sempre empregada na Escritura para significar os gentios, os povos que não são o povo israelita.
Esta oblação a que o profeta se refere não é tomada no sentido metafórico de oração ou sacrifício espiritual ou esmola: ela vem substituir os sacrifícios dos sacerdotes da Antiga Lei.
O fato de Deus ter usado de figuras e profecias no Antigo Testamento com a finalidade de preparar o povo escolhido para aceitar o Sacrifício da Missa mostra-nos a grande importância deste mesmo Sacrifício e a grande estima que Deus tem por ele. A finalidade deste pequeno trabalho é tornar mais conhecido este Sacrifício tão estimado por Deus e que tem tão grande valor, expondo seu significado e as verdades que ele exprime, e que estão contidas em cada palavra e ação do sacerdote.