quarta-feira, 28 de agosto de 2013

O lugar de cada um

         Trago na memória e no coração os ensinamentos de meus pais, em tempo de criança: "peça a bênção!"; "não avance na comida"; "agradeça o moço!"; "espere que lhe ofereçam as coisas!"; "fale mais baixo!" Sim, as normas mais simples de boa educação vêm do berço, vistas mais no exemplo do que ouvidas em discursos! São dignas de reconhecimento as famílias que ensinam os caminhos do bem, cuidam que seus filhos tenham civilidade no trato e edifiquem com seu comportamento o corpo social. Civilidade, bons modos e etiqueta ainda estão na moda!
          A Sagrada Escritura, no Antigo Testamento, é como um grande código de comportamento, no qual entram noções de saúde pessoal e pública, normas de respeito mútuo, leis sobre a organização das cidades ou outras agregações, respeito à terra e aos ritmos da natureza. Os povos da primitiva aliança tinham um só livro a que se referir, nele encontrando a vontade de Deus, na qual está incluído o bem estar das pessoas. Nele deviam encontrar o equilíbrio nas relações sociais e os limites no trato com os outros. E não era um povo tranquilo e parado! Era gente de temperamento forte, povo briguento ao enfrentar os que lhe eram ameaçadores. Deus teve paciência de pai e ternura de mãe para cuidar daquele povo de cabeça dura! Sua história é um processo de educação desenvolvido por Deus com infinita paciência.
         A plenitude dos tempos acontece com a encarnação do Verbo de Deus. Tornou-se o Senhor igual a nós em tudo, menos no pecado. Assumiu tudo o que é nosso, para nos resgatar. Ele chamou homens e mulheres, educou-os com delicadeza e firmeza. Os textos do Novo Testamento são a narrativa da magnífica aventura de amor, na qual se compromete a Trindade Santa e as pessoas destinadas a vida em comunhão com Deus e entre elas mesmas. Passam os séculos, a sociedade enfrenta por muitas mudanças, a Boa Notícia deve ser levada aos confins da terra, pelo anúncio e realização da salvação em Jesus Cristo, Filho de Deus. A quais povos há de chegar? Ninguém fica excluído! E a mesma estrada, conduzida pela pedagogia divina, há de ser continuamente atualizada. Estamos numa escola de formação, desafiados a experimentar aqui na terra o estilo de vida próprio do Céu. E não será menos humano viver do jeito de Deus, pois ninguém entende mais de humanidade do que quem a criou.
         Jesus empreende uma intensa jornada de formação com seus discípulos, sem desprezar qualquer oportunidade. Certa feita, a ânsia pelos primeiros lugares numa refeição festiva - falta de educação! - suscita o ensinamento do Senhor (Lc 14,1.7-14). Jesus é observado por todos. Olhares diferentes, alguns mais curiosos do que piedosos, outros com coração de crianças que querem aprender. A lição é mais do que uma norma de civilidade, mas parte dela. Discrição, prudência no relacionamento com os outros, delicadeza, sentar-se "no último lugar". O que vai além das normas de etiqueta é o coração daquele que se faz discípulo de Cristo. Sua meta é amar a servir, mais do que competir por posições no concerto da sociedade. Olha ao seu redor, reconhece o valor dos outros, toma a iniciativa do amor, sempre disposto a cumprimentar primeiro, vencer o fechamento, ouvir e servir. Não se trata de humilhação, mas de humildade, na qual se estabelece, no correr do tempo, uma sadia competição, na qual todos têm como objetivo comum o serviço mútuo. Todos serão importantes, porque ninguém quer ser maior do que outro, mas deseja ser "suporte" para que todos cresçam.
         A quem considera superada ou irreal tal modo de agir, permito-me desafiar a fazer a experiência! Tenho a certeza de que vai mudar alguma coisa, e muito, quando se transformarem as relações entre as pessoas. Afinal de contas, não é difícil perceber que multiplicamos as indelicadezas e agressões em escala cada vez maior. Os conflitos existentes, inclusive os que depois chamamos de guerras, são escalas mais amplas do mesmo egoísmo do dia a dia. A sociedade sofre as consequências do que lhe pareceu condição de crescimento, a competição desenfreada, onde vale a destruição recíproca dos que entram no jogo. Somos como que crianças grandes que se esqueceram das lições de casa, com os riscos de destruir o grande brinquedo que a vida nos ofereceu.
         As lições de Jesus, na aparentemente ingênua proposta de vida nova, pedem um jeito novo de fazer a festa da vida: “Quando ofereceres um almoço ou jantar, não convides teus amigos, nem teus irmãos, nem teus parentes, nem teus vizinhos ricos. Pois estes podem te convidar por sua vez, e isto já será a tua recompensa. Pelo contrário, quando deres um banquete, convida os pobres, os aleijados, os coxos, os cegos!­ Então serás feliz, pois estes não têm como te retribuir! Receberás a recompensa na ressurreição dos justos” (Lc 14,12-14).
         Para praticá-las, não há outra estrada senão rever os objetivos com os quais nos colocamos diante das pessoas, valorizando-as mais do que os eventuais proveitos ou lucros que possam oferecer. Elas valem antes e mais do que mostra sua aparência externa. Do coração de quem tem fé brotarão os sentimentos e a prática da misericórdia e da atenção, o cuidado e o serviço. Ninguém se cansará de ser assim "bem educado".

          Só com a graça de Deus poderemos alcançar tal mudança na sociedade. Por isso pedimos: "Deus do universo, fonte de todo bem, derramai em nossos corações o vosso amor e estreitai os laços que nos unem convosco, para alimentar em nós o que é bom e guardar com solicitude o que nos destes".

Dom Alberto Taveira Corrêa
Arcebispo Metropolitano de Belém

quarta-feira, 7 de agosto de 2013

PECHINCHA!

O que se pode pedir a Deus? No livro do Gênesis, parece que insistir mais e mais, pedindo descontos, pode ter uma “fundamentação bíblica”! Trata-se de Abraão, o pai da fé (Gn 18, 20-32), apelando à misericórdia de Deus, diante da iminente destruição de uma cidade pecadora. Cinquenta justos, quarenta e cinco, quarenta, trinta, vinte ou dez! A coragem do homem que aposta tudo em Deus e deseja que a cidade não seja destruída. De fato, pode-se pedir tudo a Deus, que pensa em tudo e muito mais para seus filhos. Sabemos também que, por conhecer muito bem a humanidade, Ele é justo e bom para ouvir, acolher e atender do modo melhor para a salvação das pessoas e o bem da humanidade. Mesmo quando aparentemente não nos atende, no arco da vida das pessoas e na história, tudo concorre para o bem dos que o amam (Cf. Rm 8, 29). E amá-lo é o ponto de partida da oração.
            
A insistência de quem bate à porta de um amigo à meia-noite (Lc 11, 1-13) aponta para a confiança para se aproximar do Pai de todos os dons: “Pedi e vos será dado; procurai e encontrareis; batei e a porta vos será aberta. Pois todo aquele que pede recebe; quem procura encontra; e a quem bate, a porta será aberta” (Lc 11,9-10). O máximo do que o Pai pode e efetivamente oferecer é o dom do Espírito Santo, penhor da realização de todas as promessas de seu Filho Amado. Ele faz dizer “Jesus é o Senhor” (1 Cor 12,3) e põe em nossos lábios a invocação do Pai (Gl 4,6)!
            
Para orar assim, é preciso aprender a rezar, voltando sempre de novo a conhecer esta arte dos próprios lábios do divino Mestre, como os primeiros discípulos: “Senhor, ensina-nos a orar” (Lc 11,1). Na oração, acontece aquele diálogo com Jesus que faz de nós seus amigos íntimos: “Permanecei em Mim e Eu permanecerei em vós” (Jo 15,4), que é a alma da vida cristã. Obra do Espírito Santo em nós, a oração abre-nos, por Cristo e em Cristo, à contemplação do rosto do Pai. Aprender a oração cristã é o segredo de uma vida cristã verdadeira, sem motivos para temer o futuro. As comunidades cristãs devem tornar-se autênticas “escolas de oração”, em que o encontro com Cristo se exprima em pedidos de ajuda, ação de graças, louvor, adoração, contemplação, escuta, afetos de alma, até chegar a uma oração intensa, sem se afastar dos compromissos do dia a dia. E ao abrir o coração ao amor de Deus, a oração autêntica abre também ao amor dos irmãos, tornando-nos capazes de construir a história segundo o desígnio de Deus (Cf. Novo Millenio Adveniente 32-33). O mestre autêntico na escola da oração é o próprio Senhor Jesus, a quem os discípulos recorrem.
            
As lições se encontram no “Pai Nosso”. Começam com o reconhecimento da paternidade de Deus e se desdobram em sete pedidos. A oração ao “nosso Pai” é um bem comum e um apelo urgente para todos os cristãos. Nós o invocamos, porque o Filho de Deus feito homem nos revelou. Rezar ao Pai “nosso” deve desenvolver em nós a vontade de nos assemelharmos a ele e ter um coração humilde e confiante. Os “Céus” da oração não apontam para um lugar, mas para a majestade de Deus e sua presença no coração dos fiéis. O Céu, Casa do Pai, é a verdadeira pátria para onde nos dirigimos e à qual pertencemos (Cf. Catecismo da Igreja Católica 2777-2865).
            
Os três primeiros pedidos buscam a glória do Pai: a santificação de seu Nome, a vinda do Reino e o cumprimento da Vontade divina. Os outros quatro apresentam nossos desejos, que dizem respeito à nossa vida, para nutri-la ou curá-la do pecado, e buscam a vitória do Bem sobre o mal.
            
“Santificado seja o vosso Nome”. Pedimos o reconhecimento do nome de Deus como santo! Em Jesus, o nome do Deus santo nos é revelado por aquilo que Ele é, por sua Palavra e seu Sacrifício. E a santidade de Deus nos chama à santidade, pois fomos lavados, santificados e justificados em nome de Jesus Cristo e pelo Espírito Santo (Cf. 1 Cor 6, 11).
            
“Venha a nós o vosso Reino”. O Reino de Deus existe antes de nós, aproximou-se no Verbo encarnado, é anunciado ao longo do Evangelho, veio na Morte e na Ressurreição de Cristo, está no meio de nós e virá na glória, quando Cristo voltar em sua glória! Pedimos o Reino de Deus que é justiça, paz e alegria no Espírito Santo (Rm 14, 17).
            
“Seja feita a vossa Vontade, assim na terra como no céu”. Deus é Senhor da Vida e da história. A primeira, a última e definitiva palavra sobre a história do universo pertence a Ele e sua vontade é que todos se salvem e cheguem ao conhecimento da verdade (Cf. 1 Tm 2, 3-4). A nós cabe a maravilhosa aventura de buscar e converter-nos a esta vontade. Pela oração é que podemos discernir qual é a vontade de Deus e obter a perseverança para cumpri-la.
            
“O pão nosso de cada dia nos dai hoje”. Confiança de filhos que tudo esperam do Pai, que é bom para além de toda bondade! O Pai providente (Cf. Mt 6, 25-34), que nos dá a vida, não pode deixar de nos dar o alimento necessário à vida, todos os bens necessários materiais e espirituais. Mas se pedimos o Pão “nosso”, nos abre o desafio da partilha, por amor, para que a ninguém falte o pão. Ma há uma fome não de pão nem sede de água, mas de ouvir a Palavra (Cf. Am 8, 11)! O quarto pedido nos conduz ao Pão da Vida, a Palavra de Deus acolhida na fé e o Corpo de Cristo na Eucaristia. E a ousadia da oração chega ao auge da confiança quando pede para “hoje”!
            
“Perdoai-nos as nossas ofensas, assim como nós perdoamos aos que nos têm ofendido”. Nossa oração se volta para o Pai, para confessar nossa miséria e a sua misericórdia! Mas para participar do fundo do coração no amor de Deus, haveremos de ter os seus mesmos sentimentos. Por isso temos a coragem de condicionar seu perdão à nossa capacidade de perdoar!
            
“Não nos deixeis cair em tentação” envolve uma decisão do coração, um consentimento dado ao Espírito Santo, para não enveredarmos pelo caminho que conduz ao pecado e perseverarmos até o fim.
            
“Mas livrai-nos do mal”. A vitória sobre o “príncipe deste mundo” (Jo 14,30), o Maligno, foi alcançada uma vez por todas na Páscoa de Cristo. Ao pedir que o Pai nos livre do Maligno, pedimos a libertação de todos os males presentes, passados e futuros. Toda a miséria do mundo é apresentada ao Pai, para implorar o dom precioso da paz e a graça de aguardar, na esperança, a vinda do Cristo Salvador!
          
Tudo o que for parecido com esta oração é próprio de cristão! Podemos então “usar e abusar” no maravilhoso “Bazar da Pechinha” da misericórdia infinita do Pai! Pequenas e intensas lições, feitas para acompanhar toda a nossa vida de oração, dirigindo-nos ao Pai, a quem pertence o Reino, a glória de seu Nome e o Poder de sua Vontade salvífica! Amém! Que isto se faça!

Dom Alberto Taveira Corrêa
Arcebispo Metropolitano de Belém

segunda-feira, 5 de agosto de 2013

Agosto, mês vocacional


Caríssimos promotores e caríssimas
promotoras vocacionais da Igreja no Brasil

Tenho sede!

Todos os anos, em agosto, a Igreja no Brasil celebra o Mês Vocacional, com uma temática específica. Este ano, somos convidados a refletir, rezar e a dinamizar o Mês Vocacional, lembrando do chamado que cada um de nós recebeu no dia do nosso batismo. Se, por um lado, o Mês Vocacional é um tempo propício para o reavivamento da chama da nossa vocação, por outro lado, é também um tempo propício para animar e conduzir os irmãos e as irmãs a assumirem verdadeiramente a sua vocação batismal. A verdadeira felicidade está em descobrir a vocação, que nasce da abertura da porta do coração a Deus para que entre e faça nele a sua morada.

Iluminados e impulsionados pelo “eis-me aqui, envia-me” (Is 6,8), da CF-2013, e pelo “ide e fazei discípulos entre todas as nações” (Mt 28,19), da JMJ, percebemos a necessidade de uma intensificação e de uma retomada do trabalho vocacional em muitas partes do Brasil. A crise é real, grande e profunda, mas também está faltando uma palavra viva, forte, clara e eficaz que fale e cale bem no fundo do coração dos mais jovens na fé. Mais do que trabalhos vocacionais isolados, precisamos urgentemente juntar força, trabalhar e rezar juntos ao Senhor da messe que envie muitas, boas e santas vocações para todas as Igrejas e para todas as missões.

[...]

Rezemos com e pelos ministros ordenados para sejam místicos e mestres da oração; rezemos com e pelas famílias para que sejam berços da fé; rezemos com e pelas pessoas de vida consagrada para sejam sinais e presenças do Reino de Deus no mundo; rezemos com e pelos cristãos leigos e leigas para que sejam operários e operárias na vinha do Senhor na nova evangelização; rezemos com e pelos(as) catequistas para que sejam aprendizes, discípulos- missionários da escola de Jesus. Dobremos todos e juntos os joelhos diante de Jesus, na Eucaristia, pedindo por todas as vocações que a Igreja precisa para a sua missão.

Peçamos a Maria, Mãe das Vocações, que interceda, com seu olhar maternal, pelas nossas vidas e nossas vocações, a fim de que os nossos trabalhos de “fazer discípulos entre todas as nações” sejam eficazes e se tornem realidade, para que possamos contemplar, fazer e viver a vontade de Deus.

Com minha bênção,
Dom Pedro Brito Guimarães
Arcebispo de Palmas e Presidente da Comissão Episcopal Pastoral
para os Ministérios Ordenados e a Vida Consagrada

domingo, 4 de agosto de 2013

Nova coordenação para a Missão Kerigma

Caros amigos, temos a imensa alegria em comunicar que, depois de rezar e partilhar a Palavra de Deus, o grupo de servos da Missão Kerigma elegeu sua nova coordenadora. É a querida Adriana Reis que, de agora em diante, vai comandar as atividades do grupo. De seis em seis meses troca-se a coordenação para que mais jovens façam a experiência da liderança. Agradecemos ao ex-coordenador, Rafael Nascimento, pelo seu empenho neste primeiro semestre e rezamos para que Deus ajude com sua graça à nova equipe que assume.

A coordenadora está bastante entusiasmada com a nova função. Como ela mesma disse, trata-se de um desafio, mas com a força divina por trás tudo se torna mais leve. Ela escolheu como lema para sua coordenação o versículo 9 do capítulo primeiro da Carta aos Filipenses que diz: "Que o amor cresça sempre mais". Com esta inspiração bíblica, a coordenadora aponta sua principal linha de ação, em consonância com o que pediu o papa Francisco, que é espalhar o amor de Cristo no meio do mundo.

A Missão Kerigma passa por algumas mudanças estruturais e pastorais para melhor adaptar-se às exigências da evangelização de nosso tempo. Por isso, a nova coordenadora, ouvindo os servos que lhe auxiliam, resolveu modificar o nome "ministérios" para "equipes" por dois motivos: para que mais jovens envolvam-se nos trabalhos do grupo e para que não haja confusão de termos com a Renovação Carismática Católica uma vez que o grupo Kerigma constitui-se parte do Grupo Fonte de Vida em certa medida. 

Além disso, a coordenadora pede que todos rezem por ela e por seus novos colaboradores. Ela também confia à Nossa Senhora de Fátima essa nova etapa de trabalhos sabendo que tudo depende de Deus. E "que o amor cresça cada vez mais" (Fl 1, 9).

quinta-feira, 1 de agosto de 2013

Sim à VIDA!

Hoje a presidente da República sancionou, sem veto algum, o PL 103/2013 que autoriza a rede pública de hospitais a fazer o aborto de mulheres que tenham sido violentadas. O aborto é realizado sem apuração dos fatos, na simples confiança do testemunho da vítima. Nesse caso, qualquer mulher que quiser abortar, bastará chegar num hospital e dizer: "fui violentada. Quero abortar". Diante disso, manifestamos nossa consternação e decepção com o governo brasileiro. Depois da JMJ, uma forte expressão de fé e de vida, somos golpeados com esta decisão política que fere o direito básico de toda pessoa humana: o direito a vida. A Missão Kerigma está de luto pelas vidas indefesas que serão ceifadas no ventre de suas mães.

"Escolhe pois a vida" (Dt 30, 3)

Missão Kerigma

Santo do Dia - Santo Afonso Maria de Ligório

Celebramos, neste dia, a memória de um santo Bispo e Doutor da Igreja que se tornou pelo seu testemunho “Patrono dos confessores e teólogos de doutrina moral”. Afonso Maria de Ligório nasceu em Nápoles, na Itália, em 1696, numa nobre família que, ao saber das qualidades do menino prodígio, proporcionaram-lhe o caminho dos estudos a fim de levá-lo à fama.

Com 16 anos doutorou-se em direito civil e eclesiástico e já se destacava em sua posição social quando se deparou, involuntariamente, sustentando uma falsidade, isto levou Afonso a profundas reflexões, a ponto de passar três dias seguidos em frente ao crucifixo. Escolhendo a renúncia profissional, a herança e títulos de nobreza, Santo Afonso acolheu sua via vocacional, já que o Senhor o queria advogando as causas do Cristo.

Santo Afonso Maria de Ligório colocou todos os seus dons a serviço do Reino dos Céus, por isso, como sacerdote, desenvolveu várias missões entre os mendigos da periferia de Nápoles e camponeses; isto até contagiar vários e fundar a Congregação do Santíssimo Redentor, ou Redentoristas. Depois de percorrer várias cidades e vilas do sul da Itália convertendo pecadores, reformando costumes e santificando as famílias, Santo Afonso de Ligório, com 60 anos, foi eleito Bispo e assim pastoreou com prudência e santidade o povo de Deus, mesmo com a realidade de ter perdido a amizade do Papa e sido expulso de sua fundação.

Entrou no Céu com 91 anos, depois de deixar vários escritos sobre a Doutrina Moral, sobre a devoção ao Santíssimo Sacramento e a respeito da Mãe de Deus, sendo o mais conhecido: “As Glórias de Maria”.


Santo Afonso Maria de Ligório, rogai por nós