domingo, 31 de agosto de 2014

Amizade: Prefiguração de Deus


“A amizade nos ensina a superar e a mudar conceitos, ganhando um significado singular

Se pesquisarmos o significado da palavra “amizade”, encontraremos a seguinte definição: do latim amicus; amigo, que possivelmente derivou de amore; amar, ainda que se diga também que a palavra provém do grego. É o relacionamento em que as pessoas têm afeto e carinho por outra, possuem um sentimento de lealdade, de proteção etc. Ainda encontraremos uma passagem bíblica que diz: “Um amigo fiel é uma poderosa proteção: quem o achou, descobriu um tesouro. Nada é comparável a um amigo fiel, o ouro e a prata não merecem ser postos em paralelo com a sinceridade de sua fé. Um amigo fiel é um remédio de vida e imortalidade; quem teme ao Senhor, achará esse amigo. Quem teme ao Senhor terá também uma excelente amizade, pois seu amigo lhe será semelhante.” (Eclo 6,14-17)

A amizade traz consigo inúmeros significados, e cada pessoa a define de um modo. O que torna esse sentimento comum é o amor. Isso mesmo: o amor! Quando nos aproximamos de alguém e começamos a conversar com ele, vamos descobrindo coisas em comum, o que faz com que tenhamos o desejo de conversar ainda mais. A confiança vai nascendo e aquela pessoa, até então estranha, ganha espaço em nosso coração.

Quando você tem um amigo, descobre que nem sempre precisa estar feliz ou sorrindo para ser amado, que mesmo nos dias em que seu céu está nublado, alguém é capaz de soprar as nuvens e lhe trazer novamente o sol. Acredito que a amizade tenha um significado muito particular, a capacidade de nos tornar mais humanos, de nos ensinar a amar, a aprender que é possível ter irmãos que não sejam de sangue, mas sim de coração. E ainda mais: a amizade tem a graça de nos aproximar de Deus, fazendo com que, muitas vezes, nos mortifiquemos em prol do outro, que lhe ofereçamos sempre um colo, mesmo quando o nosso desejo seja ser acalentado.

A amizade nos ensina a superar e a mudar conceitos, ganhando um significado singular. Acredito que uma amizade, quando é verdadeira, tende a mudar as pessoas, porque aprendemos a amar alguém que, com seu jeito, foi conquistando um lugar em nosso coração e se tornando especial para nós. Talvez você nem saiba, mas os amigos nos aproximam de Deus.

Defino amizade de uma forma bem particular: na saúde e na doença, na alegria e na tristeza, na felicidade ou na dor, faça chuva ou faça sol!

Que não percamos o verdadeiro sentido do que é ser amigo e que tenhamos essa certeza: um amigo é uma prefiguração do céu aqui na terra.

Fraternalmente,

Fabiana Araújo

Fonte: Destrave

sábado, 30 de agosto de 2014

Você sabia que Deus sempre te amou?


Nem a dor, nem a morte, a doença ou a solidão distanciam o homem do Seu amor

Às vezes quando me pergunto o que poderia me distanciar do amor de Deus sinto as palavras de São Paulo cheias de esperança: “Quem nos separará do amor de Cristo? A tribulação? A angústia? A perseguição? A fome? A nudez? O perigo? A espada? Mas, em todas essas coisas, somos mais que vencedores pela virtude daquele que nos amou. Pois estou persuadido de que nem a morte, nem a vida, nem os anjos, nem os principados, nem o presente, nem o futuro, nem as potestades, nem as alturas, nem os abismos, nem outra qualquer criatura nos poderá apartar do amor que Deus nos testemunha em Cristo Jesus, nosso Senhor” (Rm 8, 35. 37-39).

Li essas palavras de esperança há alguns anos no funeral de uma pessoa querida. Não sei bem por que, mas permaneceram na minha alma. A pena, a angústia, a dor, o perder nunca me distanciaram daquele amor de Deus que se abaixa até mim.

O amor de Deus é fiel, sólido como uma rocha e estável. Aquele amor é a pedra angular da nossa vida, mesmo se muitas vezes não tocamos com os dedos, mesmo se muitas vezes não vemos a luz e surgem as dúvidas.

Conhecemos o Seu amor desde o dia em que Deus o deixou impresso em nossa alma no Batismo. Sabemos porque a Sua voz acariciou muitas vezes nossos ouvidos surdos. Nós o percebemos levemente, lentamente, nos gestos de amor que nos dão aqueles que nos amam. No abraço de uma mãe, no “Eu te quero bem” de uma pessoa querida.

É verdade que queremos tocar mais Deus, abraçá-Lo em nós. O coração não se cansa, sonha o infinito, espera o impossível, nada é suficiente. É por isso que temos sempre um pouco de insatisfação na alma que quer ser amada completamente.

Visto que sabemos que a felicidade não é alcançada apenas pela satisfação, não permanecemos tranquilos. Podemos continuar a estar insatisfeitos e com um pouco de frio na barriga, com dúvida e medo.

Não importa, não por isso perdemos a alegria. Podemos continuar a caminhar com um pouco de tristeza e felizes ao mesmo tempo. É uma tristeza humana e passageira. Sim, também naqueles dias em que o cinza parece mais escuro e as cores desaparecem, o amor de Deus é mais forte.

Naqueles dias em que não parece que existe um amanhã, Deus nos lembra aquilo que importa. Sim, também agora ninguém poderá nos separar do amor de Deus. Deus continua a nos amar. Não nos esquece, não abandona o nosso barco.

O amor de Deus nunca passará. Permanece e é forte em minha alma. Ama-nos tanto que é capaz de deixar seu barco, sua solidão e intimidade e se preocupar conosco. Toca a ferida e cura, espera-nos e nos acolhe quando chegamos, tem pena de nós e se comove. O Seu amor antecipa os nossos desejos, escuta nosso coração melhor que nós, vê-nos por dentro e conhece a nossa fome.

Seu amor acalma o coração, toma nossos pães e peixes para tornar nossa vida fecunda. Aquele amor nunca passa, permanece sempre.

Sabemos que o nosso é um amor frágil. Poderá chegar o dia em que perturbados nos distanciaremos de Deus? Poderá acontecer que a morte de uma pessoa querida, ou a doença, o insucesso, ou o desamor nos distanciarão do amor de Deus? Poderemos deixar de amar Deus um dia?

Para São Paulo era claro, nada o teria separado do amor de Deus. E para mim? Não é verdade que às vezes duvidamos da nossa fidelidade? Não é verdade que o nosso amor esfria quando deixamos de caminhar seguindo os Seus passos?

Conhecemo-nos e duvidamos. Falhamos muitas vezes depois de prometer não voltar a errar. Por que não podemos nos distanciar de novo de Deus? Surge a dúvida.

Mas hoje voltamos a cair. Sim, nada disso será tão relevante ao ponto de nos distanciar do amor de Deus. Nada poderá nos tirar o sorriso pelo fato de sabermos que somos amados por Deus. Nada, nem a dor, nem a morte, nem a solidão, nem a fome, nem o abandono.

Hoje pedimos a Deus que nos fortaleça a fé, a nossa fé. Que Ele nos sustente quando chegam as dúvidas, levante-nos em cada queda e nos ensine a amar.

Fonte: Aleteia

quinta-feira, 28 de agosto de 2014

7 grandes razões para se confessar amanhã mesmo (e sempre)


A confissão é um presente: aproveite já, aproveite muitas vezes e leve os seus filhos consigo!

No Instituto Gregoriano do Colégio Beneditino, nós consideramos que está na hora de os católicos promoverem imaginativa e vigorosamente a confissão. E não somos nós que estamos dizendo isso: "A renovação da Igreja na América depende da renovação da prática da penitência", disse-nos o papa Bento XVI no National Stadium, em Washington.

O papa João Paulo II passou os últimos anos da sua vida na terra pedindo que os católicos retornassem à confissão, inclusive mediante um documento “motu proprio” urgente e através da encíclica sobre a Eucaristia.

Ele chamou a crise na Igreja de “crise da confissão” e escreveu aos sacerdotes: "Sinto a necessidade premente de exortá-los, como fiz no ano passado, a redescobrir para si mesmos e ajudar os outros a redescobrirem a beleza do sacramento da reconciliação".

Por que toda essa importância dedicada à confissão?

Porque quando fugimos dela, nós perdemos o senso do pecado. E a perda do senso do pecado é a raiz de muitos males do nosso tempo, do abuso de crianças à desonestidade financeira, do aborto ao ateísmo.

Como, então, promover novamente a confissão?
Sugiro 7 motivos, tanto naturais quanto sobrenaturais, para voltarmos à confissão:

1. Porque o pecado impõe um fardo sobre as nossas costas.

Um terapeuta conta a história de um paciente que passava por um ciclo terrível de depressão e de repulsa por si mesmo desde o ensino médio. Nada parecia ajudá-lo. Um dia, o terapeuta encontrou o paciente na frente de uma igreja católica. Eles entraram na igreja porque tinha começado a chover e viram uma fila de pessoas indo ao confessionário.

"Será que eu não devia ir também?", perguntou o paciente, que tinha recebido o sacramento quando criança. "Não!", respondeu o terapeuta.

O paciente foi assim mesmo. Saiu do confessionário com seu primeiro sorriso em anos e começou um processo de melhora que se prolongou durante as semanas seguintes. O terapeuta começou a estudar mais sobre a confissão, se converteu ao catolicismo e hoje aconselha a confissão regular a todos os seus pacientes católicos.

O pecado nos leva à depressão porque não é apenas uma violação arbitrária de regras: é uma violação da finalidade proposta por Deus ao nosso próprio ser. A confissão elimina a culpa e a ansiedade causadas pelo pecado e nos traz a cura.

2. Porque o pecado nos vicia.

Aristóteles disse: "Nós somos o que fazemos repetidamente". O Catecismo diz: "O pecado cria uma propensão ao pecado". As pessoas não apenas mentem: elas se tornam mentirosas. Nós não apenas roubamos: nós nos tornamos ladrões. O pecado vicia. A ruptura com o pecado nos redefine, permitindo que iniciemos novos hábitos de virtude.

"Deus está determinado a libertar os seus filhos da escravidão e conduzi-los à liberdade", disse o papa Bento XVI. "E a escravidão pior e mais profunda é a do pecado".

3. Porque precisamos desabafar.

Se você quebra um objeto de grande valor afetivo pertencente a um amigo, você nunca ficará satisfeito só com o fato de sentir remorso. Você se sentiria obrigado a explicar a ele o que fez, expressar a sua tristeza e fazer o que for necessário para consertar o estrago.

Acontece o mesmo quando “quebramos” algo em nosso relacionamento com Deus. Precisamos dizer a Ele que sentimos muito e tentar corrigir o erro.

O papa Bento XVI nos lembra que nós temos que sentir a necessidade de confessar os nossos pecados, mesmo que eles não sejam graves. "Nós limpamos as nossas casas, os nossos quartos, pelo menos uma vez por semana, embora a sujeira seja sempre a mesma, para vivermos na limpeza, para começarmos de novo", disse ele. "Podemos dizer algo semelhante quanto à nossa alma".

4. Porque a confissão nos ajuda a nos conhecer.

Nós nos enxergamos, normalmente, de um jeito errado. A nossa opinião sobre nós mesmos é como uma série de espelhos distorcidos. Às vezes, vemos uma versão maravilhosa e imponente de nós mesmos. Às vezes, vemos uma versão grotesca.

A confissão nos obriga a olhar para as nossas vidas objetivamente, a separar os verdadeiros pecados dos sentimentos ruins e a nos vermos como realmente somos.

O papa Bento XVI afirmou: "A confissão nos ajuda a ter uma consciência mais alerta, mais aberta e, portanto, também nos ajuda a amadurecer espiritualmente e como pessoas humanas".

5. Porque a confissão ajuda as crianças.

As crianças também precisam se confessar. Alguns autores têm enfatizado os aspectos negativos da confissão na infância: segundo eles, a confissão as "forçaria a pensar em coisas que geram culpa".

Mas não precisa ser desse jeito.

Danielle Bean, da Catholic Digest, explicou certa vez que os seus irmãos e irmãs se confessavam e depois rasgavam o papel em que tinham escrito a confissão, jogando-o na lixeira da igreja. "Que libertação! Jogar os meus pecados de volta ao lixo de onde eles vieram! 'Bati na minha irmã seis vezes' e 'respondi quatro vezes para a minha mãe' não eram mais um fardo que eu tinha que carregar!".

A confissão pode ajudar as crianças a desabafar sem medo, a receber o aconselhamento gentil de um adulto quando elas estão preocupadas ou com medo de falar com os pais. Um bom exame de consciência pode orientar as crianças a pensar nas coisas apropriadas para confessar. Muitas famílias fazem da confissão um passeio seguido de um sorvete!

6. Porque confessar os pecados mortais é necessário.

O Catecismo diz que o pecado mortal não confessado nos exclui do Reino de Cristo e nos causa a morte eterna no inferno, porque a nossa liberdade tem o poder de fazer escolhas definitivas. A Igreja nos lembra reiteradamente que os católicos em pecado mortal não podem receber a comunhão sem antes se confessarem.

O pecado é mortal quando reúne simultaneamente três condições: matéria grave, pleno conhecimento e consentimento deliberado, explica o Catecismo.

Os pecados que implicam matéria grave incluem, por exemplo, o aborto e a eutanásia, qualquer atividade sexual extraconjugal, o roubo, a pornografia, a calúnia, o ódio, a inveja, a não participação da missa aos domingos e nos dias de preceito, entre outros.

7. Porque a confissão é um encontro pessoal com Cristo.

Na confissão, é Cristo quem nos cura e nos perdoa através do ministério do sacerdote. Temos um encontro pessoal com Cristo no confessionário. Assim como os pastores e os magos na gruta de Belém, nós encontramos reverência e humildade. E, assim como os santos na crucificação, nós encontramos gratidão, arrependimento e paz.

Não há maior realização na vida do que ajudar outra pessoa a voltar à confissão.

Temos que estar dispostos a falar da confissão do jeito que falamos de todos os outros eventos significativos da nossa vida. O comentário espontâneo "Não vou poder nesse horário porque vou me confessar" pode ser mais convincente do que um discurso teológico. E se a confissão é um evento significativo em nossas vidas, ela é também uma resposta apropriada para a pergunta "O que você vai fazer neste fim de semana?". Além disso, muitos de nós têm histórias engraçadas ou interessantes para compartilhar sobre a confissão: por que não contá-las com naturalidade aos amigos?

Ajude a tornar a confissão normal de novo! Ajude o máximo possível de pessoas a descobrir a beleza deste sacramento libertador!

Fonte: Aleteia

quarta-feira, 27 de agosto de 2014

Deus trata as nossas feridas


 “Deus nos convida a andarmos por lindos bosques e permanecermos na alegria

O passar do tempo deixa em nós diversas marcas. Algumas são positivas, como a concretização de metas; outras, negativas, como ter o rótulo de “fracassado” pela sociedade individualista em que vivemos. Todos esses fatos podem acarretar em nós enfermidades espirituais, que precisam ser curadas para que tenhamos bem-estar e para que sejamos livres para os planos de Deus.

As pessoas que não se permitem ser amadas possuem uma vida amarga e habitam becos escuros, sem beleza. Deus nos convida a andarmos por lindos bosques e permanecermos na alegria. A ferida da injustiça, da discórdia e da falta de acolhimento precisa ser restaurada para que possamos cumprir o plano de felicidade para a nossa vida.

Nossas enfermidades espirituais só serão ordenadas quando nos tornarmos humildes e nos permitirmos ser curados. É preciso adentrar na dimensão do amor, que vai além do sentimentalismo.

A Teologia do Corpo, de João Paulo II, explica o amor de Deus em quatro eixos: totalidade, fidelidade, fecundidade e liberdade. Ou seja, o sentimento de amor, que vem do próprio Deus, vai muito mais além do que compreendemos. A grandiosidade e a totalidade do Senhor só é entendida e celebrada quando somos impactados por Ele. E é esse amor que cicatriza nossas dores quando decidimos caminhar e permanecer em Cristo. Porém, as cicatrizes devem ser lembradas como sinal de cura, sinal do agir de Deus. Deve simbolizar um novo recomeço, uma esperança que não nos desampara, e não uma infeliz marca na nossa história. No processo de cura, enquanto o Amor nos aperfeiçoa, modela e restaura o nosso ser, Ele, em Seus detalhes, revela o quanto somos únicos e especiais.

Tornar-se forte perante as fragilidades implica romper com tudo aquilo que não constrói. Precisamos ser edificados no amor e para o amor. Criados para servir.

Papa Francisco, na Jornada Mundial da Juventude, nos exorta: “Ide, fazei discípulos sem medo”. Impulsionados pelo amor que liberta, tornamo-nos capazes de transformar vidas, fazer conhecer a nossa essência. Curados de tudo aquilo que nos fragiliza, passamos a irradiar a alegria que só Jesus nos proporciona.

Sintamo-nos amados por Deus e transbordemos para a humanidade o amor verdadeiro, aquele que ama sem reservas mesmo em momentos de fraqueza. Deixemo-nos ser curados por esse amor de forma contínua e estejamos prontos para servir. Não permitamos a banalização do amor; pelo contrário, testemunhemos, alegremente, seus feitos na nossa história. Percamos o medo, façamo-nos verdadeiros e fecundos discípulos missionários.

Fonte: Destrave

terça-feira, 26 de agosto de 2014

EMANUEL: Espera no Senhor

Alguém aqui gosta de esperar? Por exemplo, esperar o ônibus atrasado, esperar aquele amigo enrolado, esperar na fila de um banco ou de um hospital, esperar aquele presente do seus sonhos que os pais prometeram...enfim, eu particularmente não acho legal esperar. Você também não deve achar. Nós somos egoístas queremos tudo do nosso jeito, no nosso tempo. Agora vamos ao ponto principal: “Esperar a pessoa certa”. Ah meus irmãos, essa é a mais difícil das esperas, a mais chata, a mais confusa. Eu não sei se você também está esperando a pessoa certa, mas se estiver ‪#‎tamojunto.
  
É muito difícil encontrar a pessoa certa, é muita dúvida na cabeça de um jovem. A única certeza que você tem quando encontra uma pessoa é de que nunca vai ter certeza se é ela a pessoa certa. As vezes no começo do relacionamento é uma maravilha. Aí pensamos: “encontrei o amor da minha vida” . Rá meu amigo, passa um tempo o “trem” começa a desandar, começam a surgir os problemas, quando vemos já não existe mais afeto, carinho, amor, o namoro ou o “rolo” acaba e a espera já se torna um desespero.

Seria tão mais fácil, mais legal, menos confuso se as coisas fossem do nosso jeito, na hora que a gente desejasse, “só que não”!

Quem tem o melhor pra nós, é Deus. Somente Ele sabe do que precisamos e quando precisamos, não adianta chorar, espernear, dar pirraça, não adianta querer lutar contra o sistema, se não for da vontade d’Ele não vai acontecer. As vezes Ele nos dá as coisas certas do que nós realmente precisamos de mão beijada, mas nós insistimos em não enxergar, insistimos em ir pelo caminho mais fácil, mais prazeroso; mas chega uma hora que a gente quebra a cara, desanima, chega até a cair, mas os que verdadeiramente confiam no Senhor não ficam no chão.

"Mas os que esperam no Senhor, revigoram suas forças, terão asas como de águias,
correrão e não se fatigarão , andarão e não desfalecerão" (Isaías 40,31).

Por mais complicado e/ou demorado que seja, vale a pena esperar sim meus irmãos. Em suas orações, agradeça todos os dias tudo o que você tem, pois quem não agradece o pouco nunca agradecerá o muito. Reze, deposite tudo aos pés de Jesus, Ele vai sarar suas feridas, e quando você estiver realmente preparado Ele vai te mandar a pessoa certa. No tempo d’Ele tudo acontece, basta ter fé e paciência! Espera no Senhor!

Uma abençoada semana a todos, a paz de Jesus e o amor de Maria estejam em cada coração. Sejam cheios do Espírito Santo. Fraternal abraço e até a próxima!

Lucas Faria
Missionário Missão Kerigma

segunda-feira, 25 de agosto de 2014

A sexualidade mal vivida

O TEMPO CERTO PARA O RELACIONAMENTO SEXUAL
Até há pouco tempo, havia uma concepção machista (e errônea) que dizia ser necessário ao homem transar o mais cedo possível. Já para a mulher, recomendavam guardar-se para evitar os falatórios e ser valorizada pelo marido depois de casada. Hoje, já não se observa tanto essa postura, uma vez que os valores foram sufocados por uma mentalidade liberalista, fruto de uma sociedade paganizada.

Nosso corpo é sagrado, no sentido de ser chamado a gerar vida. Tanto os homens quanto as mulheres precisam compreender o verdadeiro sentido do relacionamento sexual para não se precipitarem. Somos dotados do desejo sexual, mas, nem por isso, podemos permitir que esses desejos nos governem.

A pressão em manter-se ou não virgem até a data do casamento é uma discussão antiga. Sabe-se perfeitamente que isso não é uma constante nos relacionamentos. Geralmente, o jovem casal de namorados se permite antecipar o ato sexual sob o pretexto de que o amor que sentem é suficiente para chegar a esse fim. O resultado é sempre desastroso.

A mulher, dotada de uma sensibilidade ímpar, espera encontrar um companheiro que a enxergue além de uma “máquina de obter prazer”. O homem, geralmente criado num ambiente machista, acredita, muitas vezes, que é papel da mulher somente lhe dar prazer. Se não houver uma compreensão dos dois, teremos um relacionamento vazio, uma vez que somente o sexo não torna alguém feliz.

Todo mundo sabe que sexo é bom e faz bem, mas o mau uso dele deixa marcas impagáveis. Transar por pressão é perder a individualidade e entregar-se a alguém que não merece o nosso respeito e a nossa consideração. Muita gente erra, porque não sabe esperar, e por não saber esperar, vive num dilema de não esperar mais nenhuma novidade para sua vida.

Sexo sem amor traz mais dor do que alegrias. Ninguém nunca se arrependeu de ter esperado um pouco mais e, com paciência, colher os frutos reservados àqueles que souberam semear a espera no tempo de namoro e noivado. Quem quer ser feliz terá de seguir muito mais o coração do que a opinião da multidão.

Que ninguém se sinta obrigado a perder a virgindade sob o pretexto de ser taxado de atrasado ou coisa parecida. Viver é muito mais do que colecionar relações vazias, regadas a momentos de prazer (é verdade), mas destituídas de significados. Sexo é bom, melhor ainda é saber quando e com quem queremos viver este momento inesquecível.

Fonte: Destrave

domingo, 24 de agosto de 2014

Homilia Dominical: Quem é Jesus para você?

Como nós precisamos responder com a vida, com as nossas atitudes e com o nosso coração quem é Jesus para nós!
“Tu és o Messias, o Filho do Deus vivo” (Mateus 16, 16).
No Evangelho de hoje, Jesus, na região de Cesareia de Filipe, faz um confronto, um interrogatório, aos Seus discípulos: “Quem dizem os homens ser o Filho do Homem?” (Mt 16, 13). Uma pergunta que pode parecer tão simples, mas, na verdade, é a grande interrogação que os céus fazem a nós hoje.
Já se passaram dois mil anos da vinda e da vida do Senhor entre nós, e quem dizem os homens ser Jesus? Aliás, é a pergunta que Deus faz a mim e a você: Quem é Jesus para nós? Pode ser que para alguns Ele seja um grande profeta – assim O consideram nossos irmãos muçulmanos. Pode ser que para outros Ele seja um grande rabino, um sábio e grande conhecedor – assim O consideram nossos irmãos judeus. Para outros, Jesus foi apenas mais um homem que passou entre nós, dizem talvez aqueles que não têm fé ou cuja fé não seja voltada para a pessoa de Jesus Cristo.
Mas, e para nós que vamos à igreja e que participamos das coisas de Deus, será que no fundo da nossa alma e do nosso coração nós realmente já o descobrimos ou tivemos um encontro pessoal com esse Mestre Jesus a ponto de responder e dizer quem, na verdade, é Ele para nós!?
Ah, meus irmãos, como nós precisamos responder com a vida, responder com as nossas atitudes e com o nosso coração quem é Jesus para nós, quem Ele é em nossas vidas! Essa não é uma resposta teórica, não é uma resposta vinda de estudos, de conhecimentos científicos; nem é uma resposta teológica, teologal! É uma resposta que vem do fundo da alma que fez uma experiência pessoal com Jesus.
Quem O encontra e quem experimenta a vida de Jesus pode responder quem, na verdade, Ele é. Pedro, com seu jeito mais entusiástico e entusiasmado de ser, respondeu com uma precisão sem igual, ele foi no fundo da experiência que estava fazendo dia a dia com o Mestre Jesus e disse: “Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo”. Foi por causa dessa profissão de fé, porque Pedro realmente professou com o coração, com a vida e reconheceu em Jesus o Messias e o Senhor, que Jesus confiou a ele a autoridade e a responsabilidade por Sua Igreja (Mt 16, 18 ss).
A nossa fé é fundamentada na profissão de fé do apóstolo Pedro, no reconhecimento da messianidade de Jesus, no reconhecimento de que Jesus não é simplesmente o Jesus de Nazaré, um pregador, um rabino; não! Para nós, Jesus é o Cristo, o Messias, o Senhor, o enviado, o ungido de Deus. E se Cristo é tudo isso, Ele é a resposta maior, última, definitiva, por excelência, do amor de Deus para cada um de nós.
Descubramos Jesus, tenhamos um encontro pessoal com Ele, permitamos realmente que Ele seja o Senhor de nossa vida. Não é hora de aprofundarmos os nossos conhecimentos e teorias a respeito do Mestre; mas sim de crescermos na intimidade, na vida mística, na oração, na contemplação e na meditação dos valores que Ele mesmo nos ensinou a viver.
Nós precisamos mostrar ao mundo quem é Jesus; e mostrar para o mundo quem é Ele não é simplesmente gritar: “Olha, Ele é o Senhor, Ele é Deus!” Mostrar quem é Jesus, para o mundo, é mostrar com a nossa vida e por intermédio daquilo que nós vivemos que Jesus é a razão e o sentido do nosso viver!
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo

sábado, 23 de agosto de 2014

O pai, o filho, a flor e a borboleta

O jeito de Deus de atender os nossos pedidos

Certa vez, em sua oração antes de dormir, o pequeno Joãozinho pediu a Deus uma flor e uma borboleta. Ele as queria para dar de presente à mãe, que era apaixonada por jardins.

O pai do menino ouviu-o rezando e resolveu dar uma mãozinha a Deus. No dia seguinte, ele disse ao filho que Deus tinha atendido a sua prece e que o pedido tinha sido entregue nos fundos do quintal.

Joãozinho correu entusiasmado, mas ficou frustrado ao encontrar um cacto e uma lagarta.

Triste, ele achou que o pedido tinha sido trocado, devido a algum engano dos anjos entregadores.

O pai conversou com o filho para não o deixar desanimar-se: “Bom, filho, Ele deve ter tanta gente para atender... Mas vamos esperar, porque Ele sempre sabe a hora certa de atender os nossos pedidos!”.

Passados alguns dias, o pai lembrou Joãozinho do assunto. O menino, com a curiosidade despertada, foi verificar como estavam aqueles dois estranhos presentes, que tinham ficado esquecidos num canto do quintal.

E qual não foi a sua surpresa ao ver que, daquele cacto espinhoso e feio, havia nascido a mais bela de todas as flores que ele já tinha visto na vida! E a lagarta, antes repugnante, agora estava transformada em uma linda borboleta azul!

Foi só depois de vários anos que, num almoço em família, o pai de João lhe contou que tinha sido ele o realizador do pedido.

E o jovem João respondeu: "Eu sei, papai. Eu vi você me ouvindo rezar e percebi que foi você quem comprou o cacto e a lagarta. Eu só não entendi o motivo naquela época. Só mais tarde é que percebi o que você pretendia que eu aprendesse".

O pai completou: "Pois é, meu filho... Eu queria que você aprendesse que é assim que Deus atende os nossos pedidos: de um jeito que nem sempre entendemos logo de cara. Mas que, por trás de coisas e acontecimentos tantas vezes estranhos, Ele está nos dando exatamente aquilo de que precisamos".

João foi além: "Sim, essa foi a primeira parte da lição".

O pai arregalou os olhos: "E tem outra parte?".

"É claro que tem, papai! E é a parte mais importante: Deus não apenas atende os nossos pedidos de um jeito que nem sempre entendemos logo de cara, mas também os atende sempre por intermédio de outras pessoas! Ele só precisa que as pessoas saibam e queiram prestar-se a ajudá-lo, do jeito que você fez. Obrigado, meu velho!".

Fonte: Aleteia

sexta-feira, 22 de agosto de 2014

CONECTADOS: Sobre Amizade


Salve Salve juventude!

Cá estamos de cara nova, com a mesma disposição de sempre! E hoje quero falar sobre amizade, algo essencial a nossa juventude. Um bem precioso, cobiçado, valorizado. Um apoio seguro na insegurança, um lar no desabrigo, uma pátria para o exilado.

É fato que a procura por amizades continua constante neste mundo fragilizado, de incertezas e rompimentos. Todos nós desejamos ter amigos. Todos acham que sabem o que é amizade. Mas elas acabam muitas vezes porque as vivemos inconscientemente. Surgem expectativas em relação ao outro que deveria ser meu amigo. Surgem ideias preconcebidas sobre amizade, nas quais queremos que os outros se encaixem. Muitos se queixam: 'Não tenho um amigo!'. Talvez esta pessoa carrega consigo um ideal muito elevado sobre o que é ser amigo.

Para a amizade ser construída sobre a rocha firme, ela precisa de tempo, de calma, de paciência, de provações. Amizades construídas rapidamente, sobre a areia, são mais frágeis. Lembro aqui, que amizade não é uma instituição. É relação voluntária, que cada um escolhe a seu gosto.

Tornar-se amigo significa tornar-se humano. É entender que o outro é frágil como eu, que ele erra. É compreender que sozinho eu não posso caminhar e preciso de um apoio fiel. É ver com o coração que o amigo é o melhor remédio para nossas doenças, é a ajuda na necessidade, é a certeza na incerteza.

Mas lembre-se: de nada adianta bons amigos na terra se não temos a Jesus como amigo. Ele sim, é fiel e sempre será!

Abraços em Cristo Jesus!

Rafael Curto
Missionário Kerigma
@rafaelcurto

quinta-feira, 21 de agosto de 2014

Deus não está morto!

(Apesar de já estar disponível no Netflix, em algumas cidades, ele tem estreia nos cinemas hoje, 21 de Agosto).
Atenção: Contém Spoilers!
Sinopse: Quando o jovem Josh Wheaton (Shane Harper) entra na universidade, ele conhece um arrogante professor de Filosofia que não acredita em Deus. O aluno reafirma sua fé, e é desafiado pelo professor a comprovar a existência de Deus. Começa uma batalha entre os dois homens, que estão dispostos a tudo para justificar o seu ponto de vista – até se afastar das pessoas mais importantes para eles.
É um filme de cunho evangélico (protestante), como tantos outros, que visam passar uma história de superação… Mas não somente isso. Ele tende a ser mais profundo, uma vez que toca em pontos centrais da nossa vida e que nos faz mergulhar em toda a sua trama. É também um filme que mexe com os sentimentos e, por isso, prepare a caixa de lenços, pois, certamente, irá enxergar ao menos um pouco da sua história em algumas das cenas que nele são passadas.
Sem adentrarmos nos pretextos, contextos e textos e em muitas das diversas falácias filosóficas, e com um dos mais famosos representantes desta frase o alemão Nietzsche que, categoricamente afirmou em seus livros “A gaia ciência” e principalmente em “Assim falou Zaratustra”, que “Deus está morto”, analisemos esta película à luz do que nos é caríssimo: da fé católica.
Ao mesmo tempo, sob o ponto de vista técnico, temos uma pergunta: Qual foi o último filme de sucesso com temática diretamente cristã lançado nos últimos anos? Difícil lembrar! Nesse instante, nos vêm à memória A Paixão de Cristo, incrível produção de Mel Gibson, que estreava há 10 anos (2004) nos cinemas. Fora esse, não há nenhum outro tão marcante.
Os filmes cristãos sempre sofreram nas telonas, seja pelo fato de a maioria deles serem produções independentes, de baixo orçamento e poucos recursos, seja pela má adaptação das mensagens cristãs à linguagem do cinema. Quando há interesse em se fazer algo de qualidade e com grande produção, as histórias e mensagens, a fim de serem mais comerciais, se tornam tão confusas, que o sentido cristão presente nelas é quase incompreensível, como foi o caso do recente filme Noé. No caso de Deus não está morto, é justamente essa dificuldade de transformar a mensagem cristã em algo convincente e criativo que o torna um filme comum e completamente previsível. Mas, sabe o que é mais frustrante? Ele poderia ter dado mais certo.
Deus não está morto tem um enredo interessantíssimo e muito atual. A perseguição ao cristianismo já adentrou os espaços culturais há um bom tempo e é constatada, especialmente, dentro das universidades. Quem diria que a Igreja Católica e o cristianismo, os verdadeiros responsáveis pela criação de algumas das principais bases da civilização ocidental, fossem tão perseguidos e difamados dentro dos próprios espaços da Academia. Milhares de jovens universitários cristãos relatam, constantemente, o desprezo e até o isolamento que vivem pelo simples fato de professarem e defenderem sua Fé, fruto de uma injustiça histórica e anacrônica que condena o cristianismo como religião obscurantista e alheia ao uso da Razão. Neste sentido, é sempre bom recordar as sábias e santas palavras de São João Paulo II, na Encíclica Fides et Ratio:
“A Fé e a Razão constituem como que as duas asas pelas quais o espírito humano se eleva para a contemplação da verdade. Foi Deus quem colocou no coração do homem o desejo de conhecer a verdade e, em última análise, de conhecer a Ele, para que, conhecendo-o e amando-o, possa chegar também à verdade plena sobre si próprio.”  (Cf. Introdução à Fides et Ratio).
A trama principal – os conflitos do jovem universitário Josh Wheaton e sua coragem em defender a Fé – é muito boa e merecia uma atenção e um cuidado maior do diretor. Para quem tiver interesse em conhecer melhor e/ou aprofundar os argumentos filosóficos utilizados por Josh na defesa da existência de Deus, quais sejam os argumentos cosmológico, ontológico e moral, dentre outros, há no Youtube célebres debates (Craig x Atkins, Craig x Hitchens) sobre o tema, que podem nos ajudar muito em nossa formação intelectual e espiritual.
Mas é preciso deixar claro que, até este ponto do nosso texto, a crítica feita não tem a intenção de depreciar o filme, ao contrário, visa analisá-lo sob o foco um tanto quanto técnico. Como dito, o enredo é atual e reflete a realidade dos desafios do cristianismo na modernidade, porém, devemos reconhecer que nós, cristãos, somos capazes de fazer muito melhor em prol da Evangelização através das artes, especialmente, no cinema.
Tendo feito esta introdução, estes apontamentos, adentramos na análise do filme em si: O Drama, baseado em um livro homônimo, de Rice Broockscom diversos encontros e desencontros reais e outros nem tão reais assim, se desenrola muito bem. Diferentemente do que boa parte da crítica cinematográfica tem dito, percebemos que, apesar de certa “ingenuidade” transmitida no longa, ele reforça elementos essenciais tão presentes em nosso dia a dia, sobretudo no meio acadêmico.
É instigante como logo de cara um jovem universitário, calouro é abordado por outro que o recepciona e, ao ver a cruz em seu pescoço lhe “adverte” que será perseguido pelo professor de Filosofia, que era especialista em Ateísmo.
Mas, oportunamente, o jovem protagonista logo cita C.S. Lewis, quando informado sobre o modo como o professor agia em suas aulas: “Só um grande risco pode testar a realidade de uma crença”.
Paralelamente, mas, obviamente, não desligadas da história do jovem universitário, vão acontecendo diversas outras cenas em que, por exemplo, uma jovem repórter se depara com um Câncer e começa a fraquejar em tudo o que fazia e para agravar ainda mais, seu namorado revela que não lhe amava, mas que o seu relacionamento era de mero e puro interesse… Outros personagens são dois Pastores (Reverendos), velhos amigos que em tudo e por tudo diziam: “Deus é bom sempre!” Apesar de todas as adversidades que passavam.
Um dos diálogos mais bonitos do filme é quando um jovem muito rico, que tinha a mãe acometida por Esclerose em fase aguda, vai visitá-la, por insistência de sua irmã e, aparentemente, começa a falar sozinho para ela, de repente, a ouve dizer, sem se lamentar, ao contrário dele: “às vezes o Diabo permite que as pessoas vivam livres de problemas”. E este é ponto em que queríamos chegar: o do livre-arbítrio! 
O ser humano é livre por natureza e todas as suas escolhas, são opções de sua inteira responsabilidade, ainda que, pro vezes, não consiga ou não queira enxergar as consequências que decorrem da liberdade dada por Deus. Por vezes somos acometidos, atormentados e nos permitimos sofrer diversas dores e outras coisas, reclamamos que “Deus nos abandou”, que Ele não ouve as nossas orações, que não é capaz de se compadecer de nós e das nossas dificuldades… E começamos a cambalear na Fé. Alguns até chegam ao ponto de afirmarem que “perderam-na”. Ora, em se tratando de Fé, como já dizia Santo Agostinho, em uma de suas cartas, “não há como perder o que nunca teve; Quem afirma que a perdeu é porque, certamente, nunca a encontrou verdadeiramente”.
No filme, o jovem luta academicamente contra o que o seu professor tenta “ensinar”. Mas, na verdade ele combate o bom combate e dá razões de sua fé, na esperança, como nos impele São Pedro. (Cf. 1Pd 3,15b). Além do mais, o Senhor é por nós! Nunca nos abandona. E isto é bem retratado no filme, justamente com o Reverendo citando Mateus 10,32-33: Devemos ter a coragem de sermos e de darmos testemunho da nossa fé, não importando onde estivermos.
Temos acompanhado os assassinatos de tantos irmãos em nossa fé, no Oriente Médio, nas últimas semanas. Certamente são poucos os que teriam a coragem de negar a própria vida e não negar a fé católica, frente aos muçulmanos.
A banda gospel (Newsboys) que aparece no filme realmente existe (e é ela mesma quem toca) dá o título do filme e ainda nos convida, como São João Batista, a “prepararmos o caminho, pois o Rei está vindo!”
A ideia transmitida é que “Jesus é nosso amigo e, por isso, ele precisa ser defendido”. É isto que o jovem estudante procura mostrar aos seus colegas de curso e ao arrogante professor que, no fundo, tem uma mágoa tão grande que se tranca em si e quer que os outros também sintam tanto ou mais que ele a dor da perda…
A fé é a virtude que traduz a entrega confiada em Deus e sua acolhida amorosa. Abre-se à “Luz na qual vemos a luz”, como “fonte da vida”. Identifica em Jesus Cristo que “nos amou e se entregou” por nós, o Deus que se fez auto-doação, despertando em nós a resposta de amor, já “derramado em nossos corações pelo Espírito Santo”. Pai, Filho e Espírito Santo são fonte e objeto da “fé que opera pela caridade.”
É preciso entendermos que o primeiro dever do homem, ao qual Deus deu Sua Palavra é a fé. Quando o Senhor que nos criou nos convida à fé e nos dá a possibilidade de reconhecer que é Ele quem chama, se exige de nós “a obediência de fé”. Somente se acreditamos n’Ele podemos esperar n’Ele e amá-lo. A fé é “o início da salvação humana”[1]. Sem a fé é impossível ao homem decadente não pecar durante o curso da sua vida, não ser arbitrário ou egoísta, ou insensível. “É a fé, de fato, que eleva o espírito e lhe permite considerar as coisas humanas na perspectiva de Deus”[2]. “Sem a fé é impossível ser agradável a Deus.”
A fé é uma virtude infusa do Espírito Santo. É o dom permanente de um Deus fiel. Quem tem levado a Deus uma fé explícita, cristã e católica, tem o dever de não abandoná-la jamais. Aqueles que não têm mais recebido o dom da fé explícita, podem efetivamente crer em Deus e servi-Lo generosamente nos de fora da Igreja visível; aqueles, ao invés, que têm recebido o dom de uma plena fé católica, não devem rejeitá-la.
O Concílio Vaticano I recorda aos homens que devem se enriquecer à luz da fé, e que têm o dever de jamais repudiar o dom recebido da benignidade de Deus.
É claro que um crente tem sempre que pedir. O dom da fé é uma resposta parcial a quem é envolto da verdade. Não elimina todos os problemas. Tudo o que na fé se ensina tem a característica de certeza firme, mas não é esta a visão clara, própria da vida eterna. Quem ama a verdade que salva, pode seguramente formular uma ulterior questão, mas ele perguntará na luz da fé, tendendo, assim, àquele conhecimento perfeito que nós gozaremos no céu.
A sabedoria do mundo tem suas próprias questões a fazer à fé, e as faz no espírito que lhe é próprio. Também estas questões que são perversas de hostilidade e ofuscam o mandamento de uma justa prospectiva da sabedoria mundana, devem receber uma resposta cristã.
Estes, portanto, são os deveres essenciais da Fé: crer em tudo o que somos no sentido de reconhecer como palavra de Deus; tender a uma fé racionalmente iluminada; aderir firmemente à palavra de Deus na sua pureza, negando ser “agitados por todo vento de doutrina [...] que nos induz ao erro.” Da mesma forma, os Pastores de almas e os pais, que têm a responsabilidade de cuidar dos seus, que são pequenos em Cristo, devem ser infatigáveis testemunhas da verdade que Deus revelou, conservando a fé na sua totalidade e “sempre com paciência e doutrina.”
Precisamos deixar que “o Espírito fale em nós. Mas, a questão é estarmos dispostos a ouvi-Lo”. A cada um compete não negarmos o dom da fé! Afinal, “Deus é bom sempre!”

[1] São Fulgêncio “De fide, ad Petrum”. Prólogo 1 (ML 65,671) citado no Concílio de Trento, 6ª sessão, em 13 de janeiro de 1547 no “Decreto sobre a justificação”. Cap. 8 (DS 1532) e no Concílio Vaticano I, 3ª sessão, em 24 de abril de 1870, na “Constituição Dogmática sobre a fé católica”. Cap. 3 (DS 3008).
[2] GS 15.
Elaboração de Joshua Lopes e Cleiton Robsonn.
Ficha Técnica:
Título Nacional: Deus Não Está Morto.
Título Original: God’s Not Dead.
Elenco: Shane Harper, Kevin Sorbo, David White, Trisha LaFache, Hadeel Sittu, Marco Khan, Cory Oliver, Dean Cain, Jim Gleason, Benjamin Ochieng, Cassidy Gifford, Paul Kwo.
Direção: Harold Cronk.
Gênero: Drama.
Duração: Aprox. 113 minutos.
Distribuidora: Graça Filmes.
Estreia Nacional: 21 de Agosto de 2014.
Classificação: 12 anos

quarta-feira, 20 de agosto de 2014

A difícil arte de confiar em Deus

Por que é tão difícil aceitar que Deus nos ama incondicionalmente?

A vida nem sempre vai sorrir para nós. Às vezes, a tempestade e o vento parecem ser um obstáculo no caminho e colocam em perigo a estabilidade dos nossos alicerces: “A barca, porém, já longe da terra, era agitada pelas ondas, pois o vento era contrário” (Mt 14, 24).

Nesses momentos, como os discípulos, temos medo e nos assusta a possibilidade de perder a vida. Esquecemos que, em meio à escuridão, Jesus está ao nosso lado, caminhando sobre as águas, disposto a acalmar nossa ansiedade: “Pelas três horas da manhã, Jesus veio até os discípulos, andando sobre o mar. Quando os discípulos o avistaram, andando sobre o mar, ficaram apavorados e disseram: ‘É um fantasma’. E gritaram de medo. Jesus, porém, logo lhes disse: “Coragem! Sou eu. Não tenhais medo!”.

As palavras de Jesus nos tranquilizam, nos fazem ter esperança, levantam nosso ânimo. Tiram de nós esse medo doentio que muitas vezes nos paralisa. Não queremos ter medo, mesmo sabendo ser este um sentimento frequente no coração. Nossa vida é muito frágil, e uma decisão precipitada pode mudar tudo. Um acontecimento inesperado, um diagnóstico com o qual não contávamos.

Uma pessoa me comentou, há alguns dias: “Tenho certeza de que Deus faz tudo para o nosso bem e permite este sofrimento para santificar o meu pai. Para que outra coisa estamos aqui, a não ser para aspirar à vida eterna? Confio em que Deus nos permitirá continuar vivendo estes momentos com confiança em seu amor infinito”.

Viver assim na turbulência das ondas, na instabilidade do barco da vida, que parece a ponto de naufragar às vezes, é um autêntico milagre, um dom de Deus, uma obra feita pelo Espírito Santo em nós.

Mas a verdade é que nem sempre vivemos com a certeza de saber que é Cristo quem caminha ao nosso lado, e então surgem as dúvidas: “Então Pedro lhe disse: ‘Senhor, se és tu, manda-me ir ao teu encontro, caminhando sobre a água’”. Pedro quer uma prova racional, porque duvida, ou melhor, quer um milagre, algo extraordinário que aumente sua fé. Não se conforma com a voz de Cristo, não acredita que realmente seja Ele, pensa ser um fantasma, ou talvez um fruto da sua imaginação temerosa.

Há muitas pessoas que veem sua vida de fé enfraquecer-se sem poder fazer nada. Não confiam e não sabem se abandonar; duvidam, não enxergam Deus e querem controlar tudo. O Pe. Kentenich nos recorda: “Vivemos em uma era de enfraquecimento da fé e da vida de fé. Especialmente em épocas como esta, existem muitas pessoas que, para converter-se, esperam milagres, sinais extraordinários, visíveis, palpáveis”.

A fé enfraquecida busca sinais que nos confirmem se estamos no caminho certo. Busca fatos extraordinários. Mas o coração quer se encontrar com Deus, quer caminhar com Ele. A fé quer ser construída sobre sinais inquestionáveis, sinais surpreendentes que convençam. No entanto, quando estes acontecem, não é tão fácil aceitar a gratuidade do amor de Deus, aceitar que Ele se manifesta milagrosamente em nossa vida.

Depender de Deus dessa forma, experimentar um milagre em nós, parece excessivo. É como se já não pudéssemos ser donos da nossa vida; como se nos tirassem o controle sobre a dor e sobre a morte. Diante desse amor gratuito e inesperado de Deus, surge o desconcerto e nos sentimos perdidos.

Por isso, é tão necessário aprender a agradecer na vida, na oração. Esta é nossa aprendizagem mais importante, a rocha mais sólida. É difícil receber as coisas sem ter pago por elas antes, sem que sejam fruto do nosso esforço. É difícil não controlar a vida e ver que tudo é um dom, um milagre que não exigimos, que nada do que nos acontece é merecido.

É difícil agradecer pelas coisas que recebemos diariamente como presente. João Paulo II recordou a necessidade de “ser capazes de agradecer com a mesma devoção com que sabemos pedir. A gratidão sempre nos coloca de uma maneira particular diante da Pessoa”. A gratuidade do amor de Deus nos deixa indefesos.

Não merecemos o amor e sentimos que não temos como pagá-lo. Por isso, perdemos a vida buscando méritos para devolver o recebido. Pedro não se contentou com o consolo do Senhor sobre as águas, com a segurança de ver seus passos firmes no meio das águas agitadas. Por isso, exigiu poder caminhar, também ele, sobre as águas. Por isso, pediu o milagre do impossível, rebelou-se diante da gratuidade.

Também nós nos sentimos indignos e queremos fazer alguma coisa, quando descobrimos que Deus nos colmou com um amor que não é correspondido pela nossa entrega...


Padre Carlos Padilla

Fonte: Aleteia

terça-feira, 19 de agosto de 2014

Deus Conosco!


Salve, salve juventude, a maioria já sabe quem sou, mas para quem não sabe, sou Lucas Faria, tenho 18 anos e sou missionário da Missão Kerigma. Já faz um tempo que semanalmente venho escrevendo textos para o blog de nossa missão, numa linguagem bem jovem, simples de compreender, uma maneira legal de partilhar ideias e acima de tudo evangelizar. A princípio era só um teste, mas para a glória de Deus os internautas de todas as idades foram curtindo e compartilhando, e o teste deu certo! Decidimos então criar esta coluna, para estarmos mais juntos de Deus.

“Eis que a virgem conceberá e dará à luz um filho, e ele será chamado
pelo nome de Emanuel, que quer dizer: Deus conosco". (Mt 1,21-23).

Desta forma, o Emanuel (DEUS CONOSCO) é Jesus Cristo que haveria de nascer da Virgem Maria, sendo Ele verdadeiro Deus e verdadeiro Homem. É certo dizer que Ele sempre está conosco, mas nem sempre nós estamos com Ele. Perseverante na oração, creio que não será apenas eu, Lucas, escrevendo essa reflexão, mas o próprio Cristo usando das minhas palavras para tocar os seus corações.

Todas as terças feiras estarei trazendo algo novo. Bom, não vou prometer TODAS as terças, mas todas as terças que for possível, sempre há aquelas semanas mais puxadas né? Farei o possível para estar em dia com todos vocês. Esta coluna não é somente minha, ela é nossa, portanto críticas construtivas, sugestões, novas ideias, abordagem de temas, serão sempre bem vindas. Aqui iremos partilhar tudo conforme a vontade dos navegantes.

Um fraternal abraço a todos que já nos acompanha e aos que começam a acompanhar agora também. Sejam cheios do Espírito Santo e até semana que vem!

Lucas Faria
Missionário Missão Kerigma