domingo, 30 de março de 2014

O dom da amizade

Muitas amizades terminam, porque nunca começaram de verdade!


Antoine de Saint-Exupéry, autor do livro 'O Pequeno Príncipe', escreve: "Num mundo que se faz deserto, temos sede de encontrar um amigo". Muitas vezes, vivemos em meio a multidões e nos sentimos sozinhos. Falta-nos a presença de um amigo que ouça nossas dores e cure, com o bálsamo das palavras de conforto, as feridas de nossa alma. Amigo verdadeiro sabe cuidar do outro sem deixar de cuidar de si mesmo. Somente quem descobriu, na vida, uma verdadeira amizade saberá valorizar este dom tão precioso e valioso quanto um diamante.

A melhor definição do que seja amizade encontramos nas Sagradas Escrituras: "Um amigo fiel é uma poderosa proteção: quem o achou descobriu um tesouro. Nada é comparável a um amigo fiel; o ouro e a prata não merecem ser postos em paralelo com a sinceridade da sua fé. Um amigo fiel é um remédio de vida e imortalidade; quem teme ao Senhor achará esse amigo. Quem teme o Senhor terá também uma excelente amizade, pois o seu amigo lhe será semelhante" (Eclo 6,14ss). As verdadeiras amizades são tão preciosas que são comparadas pelo Autor Sagrado como um tesouro. Algo valioso que, uma vez encontrado, deve ser cuidado e valorizado.

Amigos nascem de muitas semelhanças, mas também de diferenças. Na escola da vida aprendemos a reconhecer um amigo pela presença silenciosa nos momentos de dor. Amigo verdadeiro sabe se alegrar com as nossas conquistas. Amizade que cultiva a inveja perde o seu sentido e sufoca a raiz do amor gratuito que fortalece a árvore da partilha que cultivamos.


Amizade verdadeira constrói pontes e derruba os muros que separam e dividem. Um amigo de verdade sabe caminhar conosco nas noites sem as estrelas da esperança, e nos guia com a luz do seu amor pelo caminho do bem e da verdade. Amigo sincero fala-nos com carinho, mas não deixa de nos dizer a verdade, mesmo que, muitas vezes, não estejamos dispostos a ouvir.

Amigo verdadeiro sabe respeitar o nosso tempo e não nos sufoca com seu excesso de proteção. Ele sabe que estar longe e tão importante quanto estar perto. Ele nos compreende quando preferimos o silêncio das reflexões ao barulho das palavras sem sentido.

Uma amizade madura nasce no tempo e se cultiva por toda a vida. No tesouro da vida, a amizade deve ser cuidada com carinho e ternura. Quem descuida de um amigo abandona um tesouro valioso e deixa de lado um pouco de si mesmo que foi guardado no coração da outra pessoa. A melhor maneira de valorizarmos uma amizade é ser presença e não ser inconveniente.

Muitas amizades terminam, porque nunca começaram de verdade. São relações interpessoais cultivadas de maneira superficial. Amizade que tem sua base no amor conhece a história do outro e, por isso mesmo, sabe ser misericordioso com quem nos confia partes de sua vida em retalhos de lágrimas e sorrisos.

Jesus confiou tão verdadeiramente em Seus discípulos que não os chamava mais de servidores, mas sim de amigos: “Eu já não chamo vocês de empregados, pois o empregado não sabe o que seu patrão faz; eu chamo vocês de amigos, porque eu comuniquei a vocês tudo o que ouvi de meu Pai” (cf. Jo 15,15). A vida e a missão de Jesus não eram segredos para aqueles que conviviam com Ele diariamente. Jesus sabia que somente aqueles que acolhem a vida do outro na sua própria vida são amigos verdadeiros. O amor de Jesus por cada amigo foi tão grande que a Sua vida já não seria mais Sua, mas continuaria para sempre viva no coração de cada um daqueles que o seguiam, e, no paraíso, esta vida doada e partilhada seria contemplada em um abraço amigo que iria durar toda uma eternidade.

Na amizade de Jesus por cada um de nós encontramos o caminho para uma amizade verdadeira que se doa, gratuitamente, por aqueles que fazem parte de nossa história. Amizade verdadeira tem em Cristo o seu fundamento de amor, caridade, entrega e partilha.  

Padre Flávio Sobreiro

sexta-feira, 28 de março de 2014

Seja discípulo!

Alô alô Juventude Católica! Um ótimo dia para todos e que o Cristo continue eternamente em nossos corações! \o/

Nesses dias tirei um tempo para pensar sobre algumas coisas que acontecem no meio da galera da igreja, principalmente entre a diferença de ser multidão e ser discípulo.

E antes de falar mais, é importante saber que ser multidão não significa o esquecimento de Jesus por você, tanto que a bíblia narra que Jesus via as multidões e se compadecia delas e de todos os seus problemas, porém, a grande sacada está no fato da maioria só estar com Jesus nos momento de tranquilidade e cura, mas nos momento de dificuldade meter o pé e sair fora.

Ser multidão não é de todo ruim, mas Deus espera algo mais de nós! Ele espera o nosso discipulado.

E ser discípulo, não está apenas no fato de tomar frente sobre as equipes e sobre as situações que se apresentam no dia a dia, mas está principalmente no fato de conseguir levar para as pessoas a boa nova, mostrar a elas uma forma totalmente diferente de levar a vida, interceder por elas, servi-las e forma-las, porque muito são os que precisam de transformação, principalmente nos tempos de hoje em que está fácil conhecer/conviver com alguém que passa por uma depressão…

Mas um dos problemas que faz muitos fraquejarem no discipulado e voltar para ser multidão, é a acomodação. “Ah, tá bom assim..”, ou então do “Ah não precisa planejar, se for da vontade de Deus vai acontecer…”, ou “Ih rapaz, não preciso fazer esse curso de pregação de dois anos não, se eu fizer o lá da paróquia de dois meses, já tá bom..” e assim vai.

Não podemos ficar estagnados, vamos dar uma força para Jesus, porque a autoridade Ele nos dá. “E eis aí vos dei autoridade para pisardes serpentes e escorpiões e sobre todo o poder do inimigo, e nada, absolutamente, vos causará dano.”  (Lucas 10, 19). Para o mais importante acontecer: que surjam das multidões, grandes discípulos.

“Ide, pois, e ensinai a todas as nações; batizai-as em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Ensinai-as a observar tudo o que vos prescrevi. Eis que estou convosco todos os dias, até o fim do mundo.” (MT 28, 19)

Shalom!

terça-feira, 25 de março de 2014

Anunciação de Senhor

I. Chegada a plenitude dos tempos, Deus enviou o seu Filho ao mundo, nascido de uma mulher.


Como culminância do seu amor por nós, Deus enviou ao mundo o seu Filho Unigênito, que se fez homem para nos salvar e nos dar a incomparável dignidade de filhos. Com a sua vinda, podemos afirmar que chegou a plenitude dos tempos.

São Paulo diz literalmente que Jesus nasceu de uma mulher. Não apareceu na terra como uma visão fulgurante: fez-se realmente homem, como nós, assumindo a natureza humana nas entranhas puríssimas da Virgem Maria. A festa de hoje é propriamente não só de Jesus como de sua Mãe. Por isso, “em primeiro lugar – diz frei Luís de Granada –, é preciso pôr os olhos na pureza e santidade desta Senhora que Deus escolheu ab aeterno para tomar carne dela.

“Porque assim como, quando decidiu criar o primeiro homem, lhe preparou primeiro a casa que deveria habitar, que foi o Paraíso terreal, assim, quando quis enviar ao mundo o segundo, que foi Cristo, primeiro preparou-lhe o lugar em que hospedar-se: que foi o corpo e a alma da Sacratíssima Virgem”. Deus preparou a morada do seu Filho, Santa Maria, com a maior dignidade criada, com todos os dons possíveis e cumulando-a de graça.

Nesta Solenidade, Jesus aparece mais unido do que nunca a Maria. Quando Nossa Senhora deu o seu consentimento, “o Verbo Divino assumiu a natureza humana: a alma racional e o corpo formado no seio puríssimo de Maria. A natureza divina e a natureza humana uniram-se numa única pessoa: Jesus Cristo, verdadeiro Deus e, desde então, verdadeiro homem; Unigênito eterno do Pai e, a partir daquele momento, como Homem, filho verdadeiro de Maria. Por isso Nossa Senhora é Mãe do Verbo encarnado, da segunda Pessoa da Santíssima Trindade que uniu a si para sempre – sem confusão – a natureza humana. Podemos dizer bem alto à Virgem Santa, como o melhor dos louvores, estas palavras que expressam a sua mais alta dignidade: Mãe de Deus”. Quantas vezes não teremos repetido: Santa Maria, Mãe de Deus, rogai por nós...!

II. E o verbo se fez carne e habitou entre nós...

Ao longo dos séculos, houve santos e teólogos que, para compreenderem melhor o mistério, refletiram sobre as razões que poderiam ter levado Deus a tomar uma decisão tão extraordinária.

De maneira nenhuma era necessário que o Filho de Deus se fizesse homem, nem sequer para redimi-lo, pois Deus – como afirma São Tomás de Aquino – “podia restaurar a natureza humana de muitas maneiras”. A Encarnação é a manifestação suprema do amor divino pelo homem, e só a imensidão desse amor a pode explicar. Tanto amou Deus o mundo que lhe enviou o seu Filho Unigênito, o objeto único do seu Amor. Com esse aniquilamento, Deus tornou mais fácil o diálogo do homem com Ele. Mais ainda: toda a história da salvação é a história da busca deste encontro por parte de Deus, até que culmina na Encarnação. O Emmanuel, o Deus conosco, tem, pois a sua máxima expressão no acontecimento que hoje nos cumula de alegria.

O Filho Unigênito de Deus faz-se homem, como nós, e assim permanece: de modo nenhum a assunção de um corpo nas puríssimas entranhas de Maria foi algo precário e provisório. O Verbo encarnado, Jesus Cristo, permanece para sempre Deus perfeito e homem verdadeiro. Este é o grande mistério que nos deixa abismados: Deus, no seu amor, quis tomar o homem a sério. Em correspondência a esse ato de amor gratuito, quis que o homem se comprometesse seriamente com Cristo, que é da sua mesma raça. “Ao recordarmos que o Verbo de Deus se fez carne, ou seja, que o Filho de Deus se fez homem, devemos tomar consciência da grandeza que atinge todos os homens através deste mistério [...]. Efetivamente, Cristo foi concebido no seio de Maria e fez-se homem para revelar o eterno amor do Criador e Pai, bem como para manifestar a dignidade de cada um de nós”.

A Igreja, ao expor ao longo dos séculos a verdadeira realidade da Encarnação, tinha consciência de que estava defendendo não só a Pessoa de Cristo, mas a si própria, bem como o homem e o mundo. “Aquele que é a imagem do Deus invisível (Col 1, 15) é também homem perfeito que restituiu aos filhos de Adão a semelhança divina, deformada pelo primeiro pecado. A natureza humana nele assumida, não absorvida, foi elevada também a uma dignidade sem igual. Com efeito, pela sua encarnação, o Filho de Deus uniu-se de algum modo a todo o homem. Trabalhou com mãos humanas, agiu com vontade humana, amou com coração humano. Nascido da Virgem Maria, tornou-se verdadeiramente um de nós, semelhante a nós em tudo, exceto no pecado”.

Que valor deve ter a criatura humana diante de Deus, “se mereceu ter tão grande Redentor”! Ao longo do dia de hoje, demos graças a Deus por este bem tão imenso que nunca chegaremos a entender.

III. A encarnação deve ter muitas conseqüências na vida de um cristão. É, na realidade, o fato que decide o seu presente e o seu futuro. Sem Cristo, a vida carece de sentido. Só Cristo “revela plenamente o homem ao próprio homem”. Só em Cristo conhecemos o nosso ser mais profundo e tudo o que mais nos afeta: o sentido da dor e do trabalho bem acabado, a alegria e a paz verdadeiras – que não dependem dos estados de ânimo e dos acontecimentos da vida –, a serenidade, e mesmo o júbilo perante o pensamento da outra vida, pois Jesus, a quem agora procuramos imitar e servir, nos espera... Foi Cristo quem “devolveu definitivamente ao homem a dignidade e o sentido da sua existência no mundo”.

Ao assumir todas as coisas humanas nobres (o trabalho, a família, a dor, a alegria), o Filho de Deus indica-nos que todas essas realidades devem ser amadas e elevadas: o humano converte-se em caminho para a união com Deus. A luta interior passa então a ter um caráter eminentemente positivo, pois não se trata de aniquilar o homem para que o divino resplandeça, nem de fugir das realidades correntes para levar uma vida santa. Não é o humano que se choca com o divino, mas o pecado e as marcas que o pecado original e os pecados pessoais deixaram na alma.

O empenho por chegar à semelhança com Cristo implica, pois, uma luta contra tudo aquilo que nos torna menos humanos ou infra-humanos: os egoísmos, as invejas, a sensualidade, a mesquinhez de espírito... Isto é, o verdadeiro empenho do cristão pela santidade traz consigo a purificação e por conseguinte o desabrochar da verdadeira personalidade em todos os sentidos.

Assim como em Cristo o humano não deixou de sê-lo pela sua união com o divino, do mesmo modo as realidades terrenas não deixaram de sê-lo em virtude da Encarnação; mas a partir desse instante podem e devem ser orientadas para o Senhor. Et ego, si exaltatus fuero a terra, omnia traham ad meipsum. E Eu, quando for levantado da terra, tudo atrairei a Mim.

“Cristo, com a sua Encarnação, com a sua vida de trabalho em Nazaré, com a sua pregação e milagres pelas terras da Judéia e da Galiléia, com a sua morte na Cruz, com a sua Ressurreição, é o centro da Criação, Primogênito e Senhor de todas as criaturas.

“[...] O Senhor quer os seus em todas as encruzilhadas da terra. Chama alguns ao deserto, para que se desentendam dos avatares da sociedade dos homens e com o seu testemunho recordem aos demais que Deus existe. Confia a outros o ministério sacerdotal. Mas quer a grande maioria dos homens no meio do mundo, nas ocupações terrenas. Estes cristãos devem, pois, levar Cristo a todos os ambientes em que desenvolvem as suas tarefas humanas: à fábrica, ao laboratório, ao cultivo da terra, à oficina do artesão, às ruas das grandes cidades e aos caminhos de montanha”. Essa é a nossa tarefa.

Terminamos a nossa oração recorrendo à Mãe de Jesus, nossa Mãe. “Ó Maria! Hoje a tua terra fez germinar o Salvador... Ó Maria! Bendita sejas entre as mulheres por todos os séculos... Hoje a Divindade uniu-se e amassou-se com a nossa humanidade com laços tão fortes que jamais poderão ser rompidos, nem pela morte nem pela nossa ingratidão”. Bendita sejas!

Fonte: Rainha dos Apóstolos 

segunda-feira, 24 de março de 2014

Onde está Deus em sua vida?

Onde está Deus em minha vida? Essa é uma pergunta que nós fazemos todos os dias para nós mesmo, e nem sempre chegamos a uma resposta. Mais é simples, basta você aceitar Deus em sua vida que terá todas as respostas necessárias.

Confira abaixo um breve vídeo sobre a resposta para essa pergunta:


domingo, 23 de março de 2014

O segredo da cura

Imagem de Destaque
"Peça que o Espírito Santo o cure onde você realmente precisa"


Em Lucas 5,1-5 temos um reflexo do que todos nós já passamos ou estamos passando. Pedro disse a Jesus: "Senhor, trabalhamos a noite inteira e não conseguimos nada" (idem 5b). Isso é reflexo do que vivemos e dizemos tantas vezes a Jesus: "Senhor, de que adiantou tanta luta?". Diante do desespero nós diremos sempre essa mesma frase. O primeiro segredo da cura dos traumas de Pedro, que representa a Igreja, foi quando Cristo chegou e ele estava consertando a rede. À noite não tinha como ver que este objeto estava rasgado, e ele só viu isso de manhã. Quando as coisas não estão bem em nossa vida, quando nos acontecem situações difíceis, buscamos culpados ou desculpas. Fracassos não resolvidos são semente de novos e maiores fracassos. Você quer ser curado de seus traumas? Então é preciso consertar suas "redes"! O ser humano é capaz de realizar o ótimo, mas também capaz de realizar o péssimo, pois é como uma rede que vai se estragando ao longo da vida. Existem pessoas que trazem traumas desde a barriga da mãe, em sua infância, ou provocado por outras pessoas. A nossa grande missão é consertar as "redes"; é preciso lavar nossas "redes", nosso coração, que é sede das emoções e das decisões. É necessário ter equilíbrio e dosar as coisas; ter disciplina no comer, em tudo. Sem disciplina espiritual não acontece cura. A indisciplina não deixa que a graça de Deus entre em nossa vida. As pessoas que não são capazes de fazer pequenas renúncias, não farão as grandes. Você quer ser uma pessoa curada? Cuide da sua alimentação; não prepare seu inconsciente para ter fome. O grande poder de cura é a Palavra de Deus, é essa Palavra que tem poder de restauração. Quando ela entra em seu inconsciente começa a agir. Mesmo que você não sinta, saiba que a Palavra está agindo. Mas Deus não nos violenta nunca, Ele só age em nós quando permitimos Sua ação. O Todo-poderoso trabalha no diálogo, Ele cura cada coisa que vamos pedindo, por isso a necessidade de fazermos um roteiro. Preciso me conscientizar quais as áreas da minha vida precisam ser equilibradas. 99% das doenças vêm de traumas; e o trauma é o grande inimigo seu e meu. Existem pessoas que confessam seus pecados desde a infância, porque são traumas. O povo e os padres precisam se convencer de que não adianta reclamar. O trauma é como uma torneirinha pingando; enxugamos o local, mas depois está molhado novamente. Muitas pessoas fazem uma confissão sincera, mas, mesmo assim, continuam pecando, porque, na verdade, são portadoras de traumas e precisam ser curadas na raiz. Por isso peça que o Espírito Santo venha curá-lo nas áreas que você realmente precisa. Os traumas atingem três áreas: - Física, - Espiritual, - Psicológica. É preciso identificar quais são os seus traumas. Use sua memória para retomar a situação de pecado que você viveu, naquele em que você sempre caiu e peça a Deus o discernimento para descobrir a raiz desse mal [pecado].
Padre Leo

Fonte: Canção Nova

sábado, 22 de março de 2014

Nossa primeira vocação é o amor

“Ele fez nascer de um só homem todo o gênero humano, para que habitasse sobre toda a face da terra. Fixou aos povos os tempos e os limites da sua habitação. Tudo isso para que procurem a Deus e se esforcem por encontrá-lo como que às apalpadelas, pois na verdade ele não está longe de cada um de nós. Porque é nele que temos a vida, o movimento e o ser, como até alguns dos vossos poetas disseram: Nós somos também de sua raça” (Atos 17,26-28).
A nossa primeira vocação –não pode ser outra senão amar a Deus de todo o coração, buscando uma sublime comunhão com o Senhor. Hoje, nós existimos graças a este verdadeiro amor d’Ele por nós, e nossa felicidade somente será plena quando a nossa vontade passar a ser a vontade do Senhor. Nós precisamos buscá-Lo em todas as circunstâncias possíveis para que possamos dizer como São Paulo: “Já não sou eu que vivo, é Cristo que vive em mim” (Gal 2,20).
Nossa vida, nossa família, nossos amigos, nossas alegrias e dores, não pertencem a nós, mas sim a Deus. O Senhor quer ser o único a ser adorado e o primeiro a ser amado por nós, pois Ele merece nosso amor. Ele quer todo o nosso amor, porque nos ama muito. Desse modo, ao amarmos o Senhor, aprendemos também a amar os que estão à nossa volta de uma forma inteiramente gratuita.
Que, durante este dia, nós possamos fazer a experiência de deixar que este amor puro de Jesus consuma o nosso ser. Certos de que este amor nos sustentará em todos os momentos.
Jesus, eu confio em Vós!
Fonte: CN - Luzia Santiago 

quinta-feira, 20 de março de 2014

Freira participa do “The Voice” na Itália e surpreende

Na noite da última quarta-feira, 19, durante a segunda edição italiana do The Voice, uma das candidatas agitou a plateia e surpreendeu o júri.
Tratava-se de Irmã Cristina, uma freira de 25 anos que impressionou com sua ousadia ao participar do programa. A irmã cantou “No one”, de Alicia Keys.
O júri composto por J-Ax, Noemi, Piero Pelù e Raffaella Carrà, ficou boquiaberto ao girar a cadeira e ter diante dos olhos uma freira. Além de fazer vários elogios, o júri questionou sua decisão de participar do The Voice. J-Ax, aquele que foi escolhido por Irmã Cristina para segui-la na competição, emocionou-se verdadeiramente ao ver a ousadia da irmã.
“Mas o que você acha que o Vaticano dirá por você ter se apresentado no The Voice?”, indagou Raffaella Carrà.
“Olha, eu não sei, espero um telefonema do Papa Francisco de saudação. Ele nos convida a sair, evangelizar, a dizer que Deus não nos tira nada, pelo contrário, nos dá ainda mais. Eu estou aqui por isso” Irmã Cristina.
Confira a apresentação de Irmã Cristina:

Com informações, portal Shalom.

quarta-feira, 19 de março de 2014

Combatendo a inveja

“Quando um homem está envolvido em si mesmo, ele se torna um pacote muito pequeno.” (John Ruskin)
 Nesta Quaresma, trago uma pequena reflexão sobre um dos sete pecados capitais: a inveja, esse terrível mal que nos cerca e chega a corroer nossas almas, distanciando-nos dos irmãos e do próprio Deus.

Insta dizer que a inveja é um sentimento tão medíocre, que se torna difícil de ser “digerido”. Esse sentimento, que é desencadeado pela desigualdade, é capaz de corroer a alma do invejoso, e o pior é que este ser humano fica tão envolvido com tal sentimento, que se sente incapaz de perceber tamanha destruição em sua própria vida.

Percebe-se de forma bem nítida que a inveja advém do apego às coisas materiais, ao desejo de obter o que o outro possui, tanto em se tratando de posses quanto de virtudes, dons.

Observa-se que a inveja é um sentimento tão perverso que é como se fosse uma sede insaciável, o que faz obscurecer por completo a vida do invejoso, impedindo-o de se desenvolver e/ou crescer. E isso se deve ao fato de que simplesmente o invejoso vive em prol da vida alheia, esquecendo-se de cuidar de sua própria vida, de combater o bom combate da Fé.

Mas de fato, é triste perceber que há pessoas que funcionam como verdadeiros “guardas”, de “olho vivo” na vida alheia. Mais triste ainda é lembrar que enquanto estivermos nos preocupando com a vida do outro, nossa própria vida ficará estagnada, com tendência em um curto prazo a ser conduzida a um verdadeiro caos.

Já é sabido por todos que o invejoso passa mal, chegando até a adoecer, quando alguém de seu convívio começa a brilhar; assim, utiliza de estratégias mesquinhas, “tecendo” fofocas, tentando minar, derrubar e até destruir o outro. Percebe-se, no entanto, que a pessoa “derrubada” e destruída é o próprio invejoso, uma vez que a inveja tem a tendência de corroer e de autodestruir, levando o indivíduo ao extermínio de si.

Contudo, a inveja deveria ser repugnante, pois, carrega consigo a tristeza, a melancolia, o egoísmo, a dor e o ódio.

Mesmo ciente desses fatos, é triste e lamentável saber que convivemos com o invejoso, que ele está bem pertinho da gente, mas nós não o percebemos. Desconhecemos tal pessoa, talvez por não comungarmos deste mesmo sentimento destruidor, ou por não querer acreditar que este ou aquele ser humano seja tão pernicioso a ponto de se tornar “jagunço” de nossas próprias vidas. Um dia a máscara cai nitidamente, e de forma inesperada tal sentimento “aflora” com mais força, deixando-se transparecer de forma clara através do sentimento de ira, mágoa e de outros que nem precisamos citar.

Somado a isso, interessante notar que, antes deste fato ser consumado, convivemos e comungamos muito de nossa vida com o invejoso, confidenciando fatos, dialogando sobre nossa vida pessoal e profissional, partilhando de tudo um pouco. Mas eis que, em um dado momento, vem a decepção, quando a “máscara” cai e tudo vem à tona. Assim, doi mais o fato de conceber tal pessoa como invejosa do que tal reação de inveja, uma vez que aquela pessoa era estimada e querida.

Assim sendo, torna-se importante salientar que ao invejoso importa que o outro não tenha o que ele deseja. Ridículo, não?

Vê-se, portanto, que o invejoso não luta para melhorar, para desenvolver e ou crescer, pois a ele interessa ficar de “plantão” naquilo que o outro tem. Seu objetivo é a destruição, uma vez que ele deseja e não os tem. A atitude do invejoso exige que o mesmo assista a sua própria vida de “camarote” sendo um mero “expectador”; dessa forma, não faz acontecer, não age em prol de sua própria vida, mas em prol da destruição da vida alheia.

É de se observar que o invejoso é tão ganancioso no que o outro tem e/ou possui que fica “cego” diante dos valores, virtudes e princípios que deveria ter. Preocupa-se em demasia em assumir seu papel de perversidade diante do outro, esquivando-se a todo custo da amizade e consideração para com o outro.

É importante ressaltar que o invejoso aparece carregado de desgostos, altamente descontente com a sua própria vida, cheio de angústias e totalmente revoltado, inalando egoísmo. Deixa de viver, tornando-se intragável em meio ao seu convívio, uma vez que não conspira o bem para ninguém. Não sabe compartilhar nem se alegrar com os demais.

Finalmente, o invejoso, essa triste figura, necessita se enxergar antes de tudo, reconhecendo a mediocridade que é ou foi sua vida com atos e sentimentos estéreis, como se estivesse em um palco representando uma peça vazia de conteúdo, sem qualquer brilho. É imperativo tal autocrítica, pois só a partir de então, se assim o quiser, deverá “arregaçar as mangas” e lutar em prol de uma vida melhor, conscientizando-se de que se continuar tendo inveja do outro, ficará estagnado, correndo o risco de não se desenvolver ou crescer, morrendo do próprio veneno.

Recorramos à intercessão de Nossa Senhora, a humilde serva do Senhor para que ela nos livre desse terrível veneno da inveja.

Vanilton Lima
Missionário da Comunidade Católica Shalom

terça-feira, 18 de março de 2014

Criar espaço para ouvir a Deus


Hoje, peçamos ao Senhor um coração capaz de escutar um Deus que fala e que, na história da salvação, quer falar com o homem a todo momento.

Na Carta de São Paulo aos Hebreus, no capítulo 1, vemos a história de um Deus que quer, a todo momento, provar para você e para mim que Ele fala ao nosso coração por meio das coisas mais simples. Contudo, a cada vez que o coração do homem fica surdo, ele começa a trilhar um caminho que o afasta do Senhor. De vários modos o Senhor tentou falar com o povo e usou os profetas, que representavam Sua exortação e correção.

Chegado um determinado momento, aquela tentativa de Deus, de falar com Seu povo por meio dos profetas, agora pode ser feita por intermédio do Profeta pleno: Jesus Cristo. N'Ele, a comunicação com o Pai é perfeita, porque Aquele que anuncia, o faz por completo. Jesus é a perfeita comunicação, porque anuncia o que viu e viveu com Deus Pai. É a perfeita comunicação com esse Deus que foi criando um espaço, um tempo de relacionamento para falar com o homem. Ele sustenta o universo com Sua Palavra poderosa.

O primeiro verbo usado para falar da ação de Deus fala da criação. Desde o princípio, o Senhor fala e tudo o que foi criado é consequência desse amor, expressado em palavras e atitudes.

Deus, quando fala, Suas palavras se transformam em ação. No Gênesis, por diversas vezes, lemos: “Deus disse: faça-se a luz”. “Deus disse: Faça-se um firmamento entre as águas, separando umas das outras”. “Deus disse: Juntem-se num único lugar as águas que estão debaixo do céu, para que apareça o solo firme”... Todo o processo da criação tem como refrão essa parte: “Deus disse”. Mas será que o Senhor se cansou de nos falar ou nós que fizemos um caminho pelo qual desaprendemos a ouvi-Lo? O coração que desaprendeu de ouvir a Deus, experimenta o próprio inferno, por outro lado, o coração que O escuta experimenta o paraíso. O coração que não ouve o Pai, experimenta a escuridão, a solidão. 

Depois de criar todas as coisas, Deus criou o homem e o colocou no paraíso; um espaço de comunhão para falar com o homem. No entanto, de acordo com o relato do Gênesis, depois que criou Adão e Eva, o Todo-poderoso disse a eles o que podiam e não podiam fazer, mas o coração do homem deixou de ouvir a voz do Senhor quando passou a ouvir a voz da serpente. Nesse momento, eles abriram os ouvidos para ouvir outras vozes e começaram a ter medo do Senhor.

Quando, no nosso coração, abrimos espaço para ouvir outras vozes, passamos a ter medo d'Aquele que, o tempo todo, vive um esforço para falar conosco. As outras vozes criam uma mentira em nosso coração e nos afastam de Deus.

Por que é tão mais fácil uma criança rezar do que um adulto? Porque a criança tem o coração mais puro, mais perto do Senhor. Sabe qual  é o outro sintoma de quem deixa de ouvir o Pai? Culpar os outros. Adão culpou Eva por seu erro. Quem opta por não escolher a voz de Deus, escolhe a mentira. Por outro lado, o coração que escuta a Deus estende a mão para a comunhão. Assim, em Gênesis, vemos a primeira briga de casal entre Adão e Eva, porque deixaram de ouvir o Senhor.

Sabe qual o mais complicado de tudo isso? É que colocamos a culpa em Deus, pois achamos que Ele não nos ouve, porque não diz aquilo que queremos ouvir.

Nós temos dois ouvidos e uma boca. Isso significa que temos de ouvir mais do que falar. A boa obediência é preparada por uma boa escuta. Como vamos obedecer bem se escutamos mal? Essa é a bagunça que o pecado faz. Daí começamos a viver a aridez de um Deus que fala com todos, menos conosco. Quando falamos demais, Deus se cala. Mas se temos a coragem de nos aproximar, de nos expor, o Senhor fala conosco.

                                                                                               
Rezemos assim:

“Senhor Jesus, eu quero reaprender a escutá-Lo. Ensine-me a escutar, porque eu falo muito e escuto pouco. Retira-me, Senhor, neste tempo, do meio do barulho, do meio do caos. Eu quero escutá-Lo, Senhor”.

Sabe qual a maior dificuldade para ouvir a Deus que fala? É justamente o caminho de busca que fazemos, porque o Senhor não é como uma máquina que você aperta e Ele fala. Existe um tempo, uma preparação de gestos e atitudes, de um Deus que usa não só de vitórias e conquistas, mas também de derrotas e dores para falar conosco.

Hoje, estamos em um tempo favorável para preparação da conversão, um tempo de escuta, porque quem escuta se converte. Se nós não escutamos a Deus, não sabemos de que forma O estamos desagradando. Por isso, o tempo da Quaresma é um tempo mais quieto, mais calmo.

Deus fala conosco, mas precisamos entrar num processo de reeducação da nossa escuta. Não é verdade que em nossas casas as coisas se complicam quando não temos diálogo? Muitas vezes, transformamos a capela e a Sagrada Escritura num balcão de reclamações, e saímos de lá vazios, porque só nós falamos; Deus não.

A Quaresma é o tempo que a Igreja nos concede para ouvirmos a Deus Pai. As coisas mais importantes da vida acontecem no silêncio.
Fonte: CancãoNova

segunda-feira, 17 de março de 2014

Monsenhor José Carlos apresenta seu Brasão e Lema do seu Ministério Episcopal

Na manhã de hoje, 17/03, Monsenhor José Carlos, bispo eleito para Divinópolis, divulgou seu Brasão e lema do seu ministério episcopal.


  
O escudo do brasão

A forma de coração sinaliza um amor oferecido generosamente a Deus, à Igreja de Jesus Cristo e ao rebanho confiado ao Bispo Diocesano.

A cruz grega, onde se leem os caracteres IC-XC e NIKA, sobre a qual o brasão é sustentado, simboliza a confiança em Jesus (IC) Cristo (XC) Vencedor (NIKA), em cujo nome e sob cujo poder o Bispo quer avançar, certo das vitórias sobre o Maligno e suas investidas na ação pastoral.

O galero verde ou chapéu prelatício, os cordões e as doze borlas verdessimbolizam a dignidade apostólica e dimensão peregrinante da fé e da missão.O Bispo é apóstolo peregrino como os Doze. São os elementos que apontam a identidade episcopal do brasão.
  
O conteúdo do brasão

A pedra preta à base interna do brasão representa a origem geográfica do Bispo, nascidoem Itaúna-MG, que, na língua tupi-guarani, significa pedra negra.

O vermelho representa tanto a origem eclesial do Bispo, que é a Igreja Particular de Divinópolis, cujo titular é o Divino Espírito Santo, como também representa os dois primeiros graus do Sacramento da Ordem, recebidos em festas litúrgicas vermelhas: o diaconato, em 1992, na festa dos Apóstolos Pedro e Paulo, e o presbiterato, em 1993, na festa de Pentecostes.

O vaso com chama representa a vocação orante da Igreja e o desejo do Bispo de que, como guardião da vida de fé, a Igreja que lhe é confiada seja sempre ardente e ardorosa na oração pessoal e comunitária e na intercessão orante e mútua dos irmãos.

A estrela azul, exatamente como uma das que inundam o manto azul da Virgem de Guadalupe, devoção mariana particular do Bispo, e da cor do manto da Virgem de Lourdes, em cujo dia ele recebeu a comunicação de sua nomeação como Bispo de Divinópolis, representa a devoção filial do Bispo à Virgem Santíssima, sob cuja sombra cresceu na sua comunidade de origem, ali invocada como Virgem da Piedade. A Maria, Mãe da Igreja, o Bispo confia seu ministério e sua Igreja, que tem como padroeira a Virgem Imaculada, e também para recordar o dia da ordenação episcopal, celebrada nas memórias dos títulos marianos de Nossa Senhora Auxiliadora e Nossa Senhora do Sagrado Coração.

O centro é tomado pela figura do Cristo, Bom e Belo Pastor, com coração ardente, que carinhosamente acolhe e aperta sobre o peito a ovelha, que contempla sua face e se aconchega entre seus braços. O Bispo quer ser próximo, ter cheiro das ovelhas, cuidar delas com amor. Com o olhar fixo no Bom Pastor, o Bispo quer cuidar dos que lhe foram confiados. E é este Cristo Bom que se quer anunciar, como início e fim da trajetória da existência humana, daí o livro das Escrituras com as duas letras gregas, alfa e ômega.A auréola fulgurante não apenas expressa a santidade e a divindade do Bom Pastor, mas, redonda como uma hóstia, quer sinalizar a Eucaristia, em torno da qual o Bispo quer construir e sustentar sua Igreja e seu rebanho.

O lema episcopal


Em latim “ASPICIENTES IN IESUM” (em português: “Com os olhos fitos em Jesus”) recorda três passagens da Escritura, nas quais o Bispo busca a certeza da proximidade de Deus na condução do seu ministério: Salmo 15,8 (“Ponho meus olhos no Senhor, com ele não vacilarei.”); Salmo 25,15 (“Meus olhos estão fitos no Senhor, pois Ele tirará meus pés das armadilhas.”) e Hebreus 12,2, donde se tira o lema: “Com os olhos fitos em Jesus, iniciador e consumador de nossa fé.”

sexta-feira, 14 de março de 2014

Qual a minha contribuição para o mundo?

“Evangelizar? Enquanto o mundo se ‘acaba’, vou ficar falando para as pessoas que Deus é amor… de quê isto vai adiantar? O que adianta as pessoas saberem que Deus as ama? Olhemos para os pobres, olhemos para a natureza, o efeito estufa, a poluição, acho que não é fazendo as pessoas saberem que Deus existe que poderei ajudar o mundo a ser melhor…”.

Esse pensamento pode ser o nosso ou de pessoas ao nosso redor. Será que sabemos responder a um questionamento como este? Sentimo-nos, vendo o mundo como está, desejosos de dar nossa contribuição para que ele seja melhor, queremos ajudar o planeta, queremos revolucionar o mundo ou que, pelo menos, que nossos filhos desfrutem da alegria de viver em um mundo de paz. Que eles possam sair à rua e respirar ar puro, possam tomar água, possam ter o suficiente para viver bem, que sejam felizes tanto quanto nós, ou mais que nós!

O que fazer? Ah, sim, plantar uma árvore! O que mais? Economizar energia usando lâmpadas fluorescentes e desligando quando for possível! O que mais? Não fazer o mal a ninguém, não semear a guerra, fazer doação aos pobres que me pedirem esmola…

Atitudes assim fazem, sem dúvida, fazem a diferença, mas poucas vezes garantirão o mundo que de fato queremos. Nem a natureza conservada, nem o fim da poluição, nem a igualdade de condições financeiras e sociais (basta ver países muito ricos e com boa distribuição de rendas, mas uma população com grande falta de sentido de vida e com grandes índices de suicídio), nem mesmo a “falta de guerra” podem trazer a paz ao coração do homem e torná-lo mais feliz no mundo em que ele vive.

Aqui está a grande resposta: os homens precisam encontrar o sentido de suas vidas, precisam encontrar Aquele que nem sabem quem é, mas que desejam encontrar. Aquele que os criou os amou (e os ama), do qual vieram e que por isto pode realizá-los, pode preencher todos os anseios de felicidade de sua vida e torná-los verdadeiramente felizes. Querem uma vida não somente de momentos felizes, mas inundada de autêntica alegria. É a partir do sentido de vida que terá sentido todo o resto, a preservação da natureza, buscar a igualdade social, lutar contra o preconceito e tantas coisas lícitas e belas.

Só Cristo, “poder de Deus e sabedoria de Deus”, pode ser uma resposta para o mundo de hoje, só Ele e suas “palavras de vida eterna”. Enquanto os homens, dotados de conhecimento e técnica, acharem que podem resolver os problemas sociais e econômicos, excluindo Deus de suas vidas e da sociedade, e em nome de uma falsa “laicidade” ignorarem a contribuição da fé na visão social, econômica, política e em todos os meios de ciência estarão condenados a respostas, não só poucos convincentes, como vazias e destinadas ao fracasso.

Vem a nós as palavras do Beato João Paulo II no discurso inaugural de seu pontificado: “Não, tenhais medo! Abri, melhor, escancarai as portas a Cristo! Ao Seu poder salvador abri os confins dos Estados, os sistemas econômicos assim como os políticos, os vastos campos de cultura, de civilização e de progresso! Não tenhais medo! Cristo sabe bem ‘o que é que está dentro do homem’. Somente Ele o sabe!” (Discurso inaugural em 22 de outubro de 1978)

A maior contribuição que podemos dar é, acima de tudo, incutir nos mais diversos meios os valores do Evangelho, tornar Cristo, através de nossa vida, presente neste lugares. É a força, a graça e a potência de Cristo que trará respostas não só boas, mas completas e convincentes à sociedade em que vivemos e a cada homem.

A Vontade de Deus é que nos garantirá encontrarmos o nosso lugar no mundo de hoje, por isto a importância de não só conhecê-la, mas cumpri-la em nossa vida. Quando faço a Vontade de Deus, estou fazendo o meu papel e contribuindo não só com a minha salvação, mas com uma vida melhor, mais digna, mais justa para todos os homens, aqui nesta terra, e abro a oportunidade de usufruírem da vida eterna.

Revela-nos Senhor a tua Vontade. E faze-nos aderir com alegria, pois é na tua Vontade o meu lugar!

Franco Michel Galdino

Missionário e seminarista da Comunidade de Vida Shalom

quarta-feira, 12 de março de 2014

Fé e caridade: virtudes que não se separam

A Fé e a caridade são virtudes teologais que não se separam jamais.

A Fé e a caridade são duas virtudes teologais, que nos são dadas por Deus, e que não se separam jamais, pois estão intimamente ligadas entre si. Segundo o Papa Emérito Bento XVI, “fé é conhecer a verdade e aderir a ela (cf. 1 Tm 2, 4); a caridade é ‘caminhar’ na verdade (cf. Ef 4, 15)” (Papa Bento XVI, Mensagem para a Quaresma 2013). Pela fé, entramos na amizade com Deus e pela caridade, vivemos e cultivamos esta amizade (cf. Jo 15, 14-15). A fé nos faz acolher o mandamento do nosso Mestre e Senhor Jesus Cristo e a caridade nos dá a felicidade de pôr em prática o mandamento do amor (cf. Jo 13, 13-17). Na fé, somos gerados como filhos de Deus (cf. Jo 1, 12-13) e a caridade noz faz perseverar nesta filiação divina de modo concreto, produzindo o fruto do Espírito Santo (cf. Gl 5, 22). A fé nos faz reconhecer os dons que Deus nos confia e a caridade os faz frutificar (cf. Mt 25, 14-30). À luz dessas reflexões, percebemos que existe um entrelaçamento indissolúvel entre a fé e a caridade.

Nunca podemos separar e muito menos contrapor fé e caridade, dizer que essas são duas realidades opostas. A fé e a caridade são duas virtudes teologais que estão intimamente unidas. Por isso, é redutiva a posição de quem acentua demais o carácter prioritário e decisivo da fé que acaba por desvalorizar ou quase desprezar as obras concretas de caridade, reduzindo esta a uma ajuda humanitária. Por outro lado, “é igualmente redutivo defender uma exagerada supremacia da caridade e sua operatividade, pensando que as obras substituem a fé. Para uma vida espiritual sã, é necessário evitar tanto o fideísmo como o ativismo moralista” (Papa Bento XVI, Mensagem para a Quaresma 2013).

Faz parte da vida cristã um contínuo subir ao monte para nos encontrar com Deus e depois voltar a descer, trazendo conosco o amor e a força, que derivam desse encontro, para servir os nossos irmãos e irmãs com o próprio amor de Deus. Na Palavra de Deus, vemos como o zelo dos Apóstolos pelo anúncio do Evangelho, que suscita a fé no Povo de Deus, está estreitamente ligado com a caridade solícita para com os pobres (cf. At 6, 1-4). Na Igreja, devem coexistir e integrar-se a contemplação e a ação, que estão presentes nas figuras das irmãs Maria e Marta (cf. Lc 10, 38-42). A prioridade cabe sempre à nossa relação com Deus, e a verdadeira partilha evangélica, que é a caridade, deve ter suas raízes na fé.

Por vezes, tende-se a limitar o significado da palavra “caridade” à solidariedade ou à mera ajuda humanitária. Todavia, recordamos que a maior obra de caridade é a evangelização, o serviço da Palavra de Deus. “Não há ação mais benéfica e, por conseguinte, caritativa com o próximo do que repartir-lhe o pão da Palavra de Deus, fazê-lo participante da Boa Nova do Evangelho, introduzi-lo no relacionamento com Deus: a evangelização é a promoção mais alta e integral da pessoa humana”(Papa Bento XVI, Mensagem para a Quaresma 2013). O anúncio de Jesus Cristo é o primeiro e principal fator de desenvolvimento dos povos. “A verdade primordial do amor de Deus por nós, vivida e anunciada, é que abre a nossa existência ao acolhimento deste amor e torna possível o desenvolvimento integral da humanidade e de cada homem. […] Tudo parte do Amor e tende para o Amor” (Idem).

O amor gratuito de Deus nos é dado a conhecer por meio do anúncio da Palavra de Deus. Se acolhermos este anúncio com fé, recebemos o primeiro e indispensável contato com Deus, que é capaz de nos enamorar do Amor, para depois habitar e crescer neste Amor e comunicá-lo com alegria aos outros. Toda a iniciativa da salvação do homem vem de Deus, da sua graça, do seu perdão acolhido na fé (cf. Ef 2, 8-10). Porém, esta iniciativa de Deus não limita a nossa liberdade e responsabilidade, mas torna-as mais autênticas e orienta-as para as obras da caridade. Estas obras não são fruto principalmente do esforço humano, mas nascem da própria fé, brotam da graça que Deus oferece a nós em abundância.


Assim, a fé e a caridade são virtudes que nos são dadas por Deus que não se separam jamais. Por isso, a Quaresma, com as indicações que a Igreja dá tradicionalmente para a vida cristã, convida-nos a alimentar a fé com uma escuta mais atenta e prolongada da Palavra de Deus e a participação nos Sacramentos e, ao mesmo tempo, a crescer na caridade, no amor a Deus e ao próximo, através do jejum, da penitência e da esmola. Que a Santíssima Virgem Maria, aquela que foi enriquecida por Deus com uma fé inabalável e uma caridade ardente, nos ajude a perseverar na fé e dar frutos de caridade. Nossa Senhora também faça crescer em nós o ardor pela pregação da Palavra de Deus, pelo anúncio do Evangelho, pois a evangelização é maior obra de caridade.

Desafio mobiliza jovens nas redes sociais

Lançar a Palavra de Deus nas redes sociais. Esse é o desafio que começou no interior de Santa Catarina e está mobilizando jovens de todo o Brasil nos últimos dias, inclusive os de Itapecerica.

Ao ser desafiado no “Lançai a Palavra”, o usuário do Facebook grava um breve vídeo lendo um trecho bíblico que lhe toca o coração. Em seguida, publica o vídeo em seu perfil pessoal desafiando outras três pessoas a fazerem o mesmo. Se os amigos não publicarem o novo vídeo em 24 horas, devem presentear o desafiante com uma Bíblia.

A ideia se espalhou primeiro entre a juventude catarinense. Jovens das dioceses de Chapecó, Criciúma, Joinville e Florianópolis começaram a publicar seus vídeos e espalhar o desafio a outros jovens. Não demorou muito para que outros estados difundissem a ação evangelizadora. Vídeos de jovens do Rio de Janeiro, Minas Gerais, Amazonas, Brasília, Goiás e São Paulo já podem ser encontrados na rede. No fim de semana, a mexicana Mariana Ortiz, de Mérida, no México, foi desafiada e começou a propagar a ideia em seu país.

“Eu sou apaixonada pela Palavra de Deus. Sou apaixonada pela missão e por transmitir o Evangelho para todos os cantos, seja com palavras ou testemunhos. Confesso que estou apaixonada e super entusiasmada com esse desafio de ‘lançar a Palavra’ e não me canso de assistir aos vídeos dos meus amigos. Entre tantas coisas ruins no Facebook, vemos uma que pode mudar e converter muita gente! Deus seja louvado por isso! Tenho certeza que, a cada vídeo gravado, o coração de Jesus se alegra mais e mais. Uma bela iniciativa a ser seguida!”, testemunhou em sua rede social a jovem Mari Jochen, de Criciúma.

A iniciativa é do padre Ederson Iarochevski, de 30 anos, da Diocese de Caçador (SC). Ele gravou o primeiro vídeo na secretaria da paróquia onde trabalha, na cidade de Rio das Antas (SC). A gravação prima pela simplicidade, deixando em evidência a força das palavras proclamadas. Tem apenas 28 segundos e é a leitura do Evangelho segundo São Marcos (Mc 8,34-35).

Em nível diocesano, o jovem sacerdote foi colaborador na organização da Diocese para a JMJ Rio2013. Atualmente acompanha a Pastoral Universitária e, na paróquia, inicia ações de evangelização com a juventude.

Confira a entrevista do padre Ederson ao Jovens Conectados sobre a iniciativa:

Jovens Conectados: Como surgiu a ideia do desafio “Lançai a Palavra”? Qual o objetivo?

Padre Ederson: Desafiar alguém só é válido quando a proposta promove a pessoa em sua dignidade, em sua inteireza. No mundo virtual, se vê muitas ações que conduzem os jovens a realizar desafios que são afrontas aos princípios cristãos. Um dos exemplos mais notórios é o do desafio “Bávaro da Cerveja” que desafia as pessoas, especialmente adolescentes e jovens, a tomar uma quantidade de cerveja e postar o vídeo. Assim o jovem, para “existir para o mundo virtual”, apela para algo que o conduz a um caminho triste que é o do alcoolismo, por exemplo.

Ser cristão é desafiar-se constantemente, para que sejamos pessoas melhores. Então o desafio “Lançai a Palavra” surge com o desejo de que os jovens cristãos possam desafiar-se entre si em levar a Palavra de Deus que os tocou intimamente, e assim fazer com que a própria Leitura Orante da Palavra seja mais difundida entre eles.

Precisamos despertar nos jovens um amor verdadeiro pela Palavra de Deus. Que, sem medo e timidez, possam proclamar que o contato com esta Palavra os engrandece e os faz desejosos de ver outros tantos jovens viverem, com alegria, uma maior intimidade com a Palavra Sagrada.

Como está sendo a recepção por parte dos jovens?

Não tenho condições de mensurar onde e em que portas e corações a proposta já chegou, visto que o mundo virtual atinge milhões de pessoas. Mas algo que considero é que muitos têm esperado ansiosamente em ser indicado para tal desafio. Isto vai revelando que os jovens que estão nas redes virtuais, quando são contatados por um desafio positivo, fazem questão de levar adiante a ideia.

Na sua opinião, como os jovens podem lançar a Palavra de Deus nas redes sociais?

Com os diversos programas que podem fazer materiais e com a criatividade e genialidade dos jovens pode-se fazer uma evangelização séria e repleta de beleza no mundo virtual. Há uma grande carência de Palavras de vida, ânimo, alegria, esperança, justiça nas convivências, sejam reais ou virtuais. Então todo versículo, uma parábola, uma das falas de Jesus, enfim, algo que esteja ligado à mensagem que o Senhor nos deixou de evangelizar o mundo, já é merecedor de aplausos. Cada vez que um jovem publica algo voltado para a santificação das pessoas, ele se santifica.

Se você leu algo que te abençoou, compartilhe! Se assistiu algo que te santificou, compartilhe! Se ouviu algo que te fortaleceu na fé, mostre aos seus amigos! Não se pode ter medo de “postar” o que nos faz ser Imagem e Semelhança de Deus.

Como jovem padre, que conselho você daria aos jovens em sua ambiência nas redes sociais?

O mundo virtual revela nossas capacidades, mas também pode escancarar nossas fraquezas. Temos a oportunidade de corroborar com nossos contatos, acelerar a comunicação, partilhar o que gera mais vida. Mas também há o risco de desnudar a alma no mundo virtual, viver como se não tivesse intimidade com o outro. A pessoa é sequestrada por angústias dilacerantes, porque vai, aos poucos, abandonando a vida real, e caindo na armadilha da ilusão virtual. É preciso ter conciliação entre o mundo real e o virtual. E também equilíbrio e discernimento em tudo o que se faz nas redes sociais virtuais, pois o que é ali colocado permanecerá para sempre registrado. Portanto, se é para marcar presença no mundo virtual que seja sempre uma presença verdadeira. Que se use o espaço para se relacionar sadiamente e promover, com alegria e espontaneidade, ações que movimentem o coração de seus amigos para a vivência de uma alegria com sentido.

Você acha que a JMJ Rio2013 deu um novo fôlego evangelizador para a juventude católica?

Creio que a JMJ Rio 2013 fez com que os jovens respirassem a alegria de ser cristão nos tempos modernos. Penso que manifestamos a alegria de fazer parte da Igreja de Cristo. Um testemunho lindo de jovens do mundo inteiro que, juntamente com a Igreja, peregrinam por este mundo compartilhando as alegrias da missão de ser cristão convicto de sua fé e, ao mesmo tempo, evangelizador de outros jovens. A JMJ foi o testemunho de milhões dizendo ao mundo que vale a pena ser de Deus.

Fonte: Jovens Conectados

terça-feira, 11 de março de 2014

A oração dos 7 passos

Uma forma prática para crescer na vida de oração

Por incrível que pareça é cada vez mais comum as pessoas do nosso tempo buscarem alguma forma para entrar em contato com o “ser superior” (como alguns chamam). Esse Ser Superior, para os cristãos e a maioria da humanidade, se chama “Deus”! Ele traz um profundo desejo de estar cada vez mais próximo de você e de conversar com você. Um dos meios mais comuns para entrar em contato com o Senhor se chama: “oração“. Porém, a maioria das pessoas sente muita dificuldade para orar e costuma dizer:

1. “…não sei o que é isso direito…”
2. “…não sei como começar isso…”
3. “…até sei começar, mas logo paro de rezar (orar)…” [inconstância]
4. “…só rezo (oro) quando passo por dificuldades…”
5. “rezo (oro), sim, mas do meu jeito…”
6. “rezo (oro) sempre, em todo lugar… (na maioria das vezes uma desculpa de que ainda não aprendeu a orar direito).

Então, para tentar resolver alguns desses problemas, quero mais do que ficar dando explicações teológicas sobre oração. Vou lhe mostrar uma forma muito fácil e prática para você aprender a orar, a ter constância e crescer no relacionamento com esse “Ser Superior”, a quem chamamos de Deus. Prepare-se, vamos aprender a “Oração dos 7 Passos“.


1° Passo:
Determine um lugar para você orar, esse será o seu “cantinho de oração”; nada daquela história de “oro no ônibus”, “no caminho para a escola”, claro você também pode fazer isso nestes momentos, mas Deus é Pai e não quer que você fique só com “lanchinhos”, entende? A oração pessoal deve ter lugar próprio, porque é refeição completa! Você precisa de um lugar no qual as pessoas não o fiquem atrapalhando ou o interrompendo, estamos em busca de um lugar que lhe proporcione intimidade. Existem muitas opções: uma capela (igreja), um lugar mais afastado da casa, um quarto, etc. Agora descubra o seu lugar de oração!

2° Passo:
Geralmente estamos acostumados a orar (rezar) enquanto sentimos vontade de orar (rezar), mas aprendi que “sem disciplina não há santidade” e poderia dizer mais: “sem disciplina não há intimidade”, por isso existem dias em que você ora (reza) muito tempo e outros em que você não quer rezar (orar) nada, e diz: “estou sem vontade”… “estou cansado”… “com sono”… “foi muito corrido o dia”; e por aí vai. Por isso você precisa determinar quanto tempo você vai dar para Deus por dia, talvez para alguns fique fácil de entender assim: é como um dízimo do tempo, pense quanto tempo você deu para a internet? Para a TV? Para os amigos? Para a família? Para o trabalho? Etc. E para Deus? Quanto tempo você tem? Uma dica e uma regra, primeiro a dica: nunca comece com muito tempo, é como na academia: vá devagar no começo (10 minutos?) e depois vá aumentando; e a regra: o tempo sempre pode aumentar, mas nunca diminuir! O importante para Deus não é quantidade, mas o amor com que você reza (ora) e não importa se está cansado ou coisa do tipo; o Senhor o aceita mesmo assim! Não tem desculpa. E aí? Quanto tempo vai dar para Deus? Ah! Escolha também o melhor horário do dia (manhã, tarde, noite ou madrugada?).

3° Passo:
Rezar (orar) um Pai-Nosso e uma Ave-Maria. O Pai-Nosso foi a oração que Jesus nos ensinou (cf. Mt 6, 9-13), nela vamos encontrar grandes ensinamentos que o Senhor nos deixou; e também a Ave-Maria, pois, quando recitamos essa oração, realizamos uma profecia bíblica, você sabia? Veja o que a Bíblia diz em Lucas 1, 48: “…Sim, de agora em diante todas as gerações me proclamarão bem-aventurada”. A maior proclamação que ela é “bem-dita” na verdade é feita pelo próprio Deus, o Anjo Gabriel, disse: “Ave Maria, cheia de Graça, o Senhor é convosco” (Lc 1, 28). Recitar a Ave-Maria é fazer eco da voz de Deus no tempo que se chama hoje; e na segunda parte: “Santa Maria mãe de Deus, rogai por nós, pecadores, agora e na hora da nossa morte, amém”. Não há nada de errado também; que ela é santa todo o mundo sabe, nós a chamamos de Mãe de Deus somente porque Jesus é Deus e, no fim, pedimos que interceda por nós, mais ou menos como muitas pessoas fazem pedindo uns aos outros oração. Fique tranquilo, pode rezar (orar) sem medo.

4° Passo:
Chegou a hora de louvar, isso significa agradecer. Neste momento você deve ir se lembrando de tudo o que você passou neste dia ou no dia anterior, ou até mesmo lembranças que vierem à sua mente neste momento, pode agradecer a Deus, pode fazer mais ou menos assim: “Senhor, eu Te louvo, porque hoje eu abri meus olhos e vi as nuvens no céu, elas estavam lindas. Senhor, eu Te louvo, porque hoje não me faltou o alimento, Te louvo porque sei que estás sempre ao meu lado. Eu Te louvo por tudo… por aquilo que foi bom e por aquilo que ainda não foi bom…”.

5° Passo:
Todo o mundo erra, não é verdade? Então vamos pedir perdão ao Senhor por todas as coisas que fizemos e não foram muito legais, um dia li no Evangelho que Jesus chorava (cf. Lc 19,41), Ele chorava porque os pecados que aquelas pessoas cometiam não machucavam somente elas mesmas, mas machucavam também o Seu Coração… E o mesmo Jesus que as amava o ama também. Por isso, vamos pedir perdão ao Senhor pelas vezes em que erramos e fizemos aquilo que não deveríamos fazer; pode começar assim: “Senhor, me perdoe… hoje eu menti, tive vergonha de assumir a verdade. Senhor, me perdoe também quando fiquei com muita raiva daquela pessoa… Senhor, perdão…”.

6° Passo:
Agora é o mais fácil: chegou a hora de pedir, fazer a sua prece, seus pedidos. Uma dica: você pode começar pedindo pelos outros e deixar para o fim os seus pedidos pessoais. Quando fizer os seus pedidos lembre-se disso: “A confiança que depositamos nele é esta: em tudo quanto lhe pedirmos, se for conforme à sua vontade, Ele nos atenderá” (I Jo 5,14).

7° Passo:
Oração é diálogo, é conversa, e em uma conversa sempre existe a hora de ouvir; portanto, chegou a hora de ouvir. Hora de ouvir a Deus, talvez pense: “Nossa! Isso é muito difícil…” Não é não! Vou lhe mostrar: você tem Bíblia? Se não tiver é bom comprar uma, se perdeu é bom achá-la (risos). E se você estiver lendo esse texto no computador é só procurar no Google (ou outro buscador) por “Bíblia”, se quiser tem uma versão em pdf. Então pegue sua Bíblia e leia (ouça… risos) uma parte qualquer e depois em silêncio. Deixe ressoar dentro de você a “Voz de Deus”, viu como é fácil? Uma dica: se você está começando a ter contato com a Sagrada Escritura agora, então comece pelo Novo Testamento, é uma linguagem mais próxima da nossa ou então pelos Salmos, também será um bom começo e quando não entender alguma coisa, procure pessoas que realmente o ajudem e não o deixem mais confuso (a).

Pronto! Agora você já pode ter uma vida de oração constante, seja fiel, se marcou um lugar e uma hora, então você tem um encontro: “Um encontro com Deus”. Não falte, tenha certeza: Ele não vai faltar! Não pare de caminhar, esses simples 7 passos vão levá-lo ao Céu!

Orar com música também é muito bom.

Divulgadas datas da JMJ 2016 e da pré-jornada das dioceses

Os organizadores da JMJ de Cracóvia esperam receber
mais de 2 milhões de jovens na última semana de julho

A Comissão de preparativos para a Jornada Mundial da Juventude 2016 (JMJ),  divulgou a data oficial do evento. Os poloneses receberão em Cracóvia, jovens de todo o mundo nos dias 26 a 31 de julho. Foi definida também a data da “pré-jornada”, que será realizada nos dias 20 a 25 de julho e recebeu o nome de “Jornadas das Dioceses”.

O Arcebispo de Cracóvia, Cardeal Stanislaw Dziwisz, havia divulga do anteriormente que a JMJ teria início no dia 25 de julho, porém, as novas datas foram ajustadas com os dias da pré-jornada.

Na terça-feira, 26 de julho, será realizada a cerimônia de abertura, o chamado Festival da Juventude. De quarta-feira, 27, a sexta-feira, 29 de julho, as catequeses. Na quinta-feira, 28, está prevista a acolhida do Papa, e na sexta-feira à noite, 29 haverá a Via-Sacra.

No Sábado, 30, será realizada a vigília, e no domingo, 31,  a Missa de encerramento com o envio e o anúncio da próxima edição internacional da JMJ.

A Comissão, por meio do site oficial,  informa que são esperados mais de  2 milhões de jovens. Para as “Jornadas das Dioceses” a expectativa é de 300 mil jovens percorram as 43 dioceses do país.

O país sede da Jornada Mundial da Juventude 2016 foi anunciado pelo Papa Francisco no dia 28 de julho de 2013, na Missa de Encerramento da JMJ,  no Rio de Janeiro.