sábado, 15 de novembro de 2014

Carlo Acutis: a santidade é para hoje

O que é que você pensa sobre esse rapaz da foto abaixo?



Meninas, por favor, se controlem... rsrsrs... Este é Carlo Acutis, um jovem italiano que nasceu em 1991 e que tem uma bela história pra nos contar. Veja só (o texto é da ACI Digital com L'Osservatore Romano):

Em outubro de 2006, Carlo Acutis tinha 15 anos de idade e sua vida se apagou por uma agressiva leucemia. O adolescente, oriundo de Milão, comoveu familiares e amigos ao oferecer todos os sofrimentos de sua enfermidade pela Igreja e pelo Papa. Seu testemunho de fé, que em alguns anos poderia valer o início de um processo de beatificação, sacode nestes dias a Itália, com a publicação de sua biografia.

"Eucaristia. Minha rodovia para o céu. Biografia de Carlo Acutis" é o título do livro escrito por Nicola Gori, um dos articulistas de L’Osservatore Romano, e publicado pelas Edições São Paulo.
Segundo os editores, Carlo "era um adolescente de nosso tempo, como muitos outros. esforçava-se na escola, entre os amigos, era um grande apaixonado por computadores. Ao mesmo tempo era um grande amigo de Jesus Cristo, participava da Eucaristia diariamente e se confiava à Virgem Maria. Morto aos 15 anos por uma leucemia fulminante, ofereceu sua vida pelo Papa e pela Igreja. Sua vida suscitou profunda admiração em quem o conheceu. O livro nasce do desejo de contar a todos sua simples e incrível historia humana e profundamente cristã".

"Meu filho sendo pequeno, e sobre tudo depois de sua Primeira Comunhão, nunca faltou à celebração cotidiana da Santa Missa e do Terço, seguidos de um momento de Adoração Eucarística", recorda Antonia Acutis, mãe de Carlo.

"Com esta intensa vida espiritual, Carlo viveu plena e generosamente seus quinze anos, deixando em quem o conheceu um profundo traço. Era um moço especialista em computadores, lia textos de engenharia informática e deixava a todos estupefatos, mas este dom o colocava a serviço do voluntariado e o utilizava para ajudar seus amigos", adiciona.

"Sua grande generosidade o fazia interessar-se em todos: os estrangeiros, os portadores de necessidades especiais, as crianças, os mendigos. Estar próximo a Carlo era esta perto de uma fonte de água fresca", assegura sua mãe.

Antonia recorda claramente que "pouco antes de morrer Carlo ofereceu seus sofrimentos pelo Papa e pela Igreja. Certamente o heroísmo com a qual confrontou sua enfermidade e sua morte convenceram a muitos que verdadeiramente era alguém especial. Quando o doutor que o acompanhava perguntava se sofria muito, Carlo respondeu: ‘Há gente que sofre muito mais que eu!".

"Fama de santidade"


Francesca Consolini, postuladora para a causa dos Santos da Arquidiocese de Milão, acredita que no caso de Carlo há elementos que poderiam levar a abertura de um processo de beatificação, quando se fizerem cinco anos de sua morte, como o pede a Igreja.

"Sua fé, singular em uma pessoa tão jovem, era poda e segura, levava-o a ser sempre sincero consigo mesmo e com os outros. Manifestou umaextraordinária atenção para o próximo: era sensível aos problemas e as situações de seus amigos, os companheiros, as pessoas que viviam perto a ele e quem o encontrava dia a dia", explicou Consolini.

Para a especialista, Carlo Acutis "tinha entendido o verdadeiro valor da vida como dom de Deus, como esforço, como resposta a dar ao Senhor Jesus dia a dia em simplicidade. Queria destacar que era um moço normal, alegre, sereno, sincero, voluntarioso, que amava a companhia, que gostava da amizade".

Carlo "tinha compreendido o valor do encontro cotidiano com Jesus na Eucaristia, e era muito amado e procurado por seus companheiros e amigos por sua simpatia e vivacidade", indicou.
"Depois de sua morte muitos sentiram a necessidade de escrever uma própria lembrança dele e outros comentaram que vão pedir sua intercessão em suas orações: isto fez com que sua figura seja vista com particular interesse" e em torno de sua lembrança está se desenvolvendo o que se chama "fama de santidade", explicou.

A apresentação do livro foi redigida por Dom Michelangelo Tiribilli, Abade Geral dos Beneditinos do Monte Oliveto, e se inclui o testemunho do sacerdote Gianfranco Poma, o pároco de Carlo.

E aí? Sentiu o drama? A santidade não é coisa de carola... é para nossos dias! Que todos os dias você possa como nosso novo amigo, Carlo, descobrir que "A EUCARISTIA É A MINHA RODOVIA PARA O CÉU"!

segunda-feira, 10 de novembro de 2014

Santidade não é fugir do mundo...

Quer saber como ser santo? Faça bem todas as coisas. Leve Jesus para todos os lugares. Convide-O para estar em todos os lugares. Santidade não é fuga do mundo, mas transformação deste mundo. É saber que podemos curtir aqui, mas sem sermos "curtidos”. É saber que podemos deixar marcas de Céu na vida de todos aqueles que estão ao nosso redor. Isso é ser santo. Fazer bem todas as coisas e amar. Esse é o segredo da santidade, a verdade de uma humanidade que vive a si própria na plenitude. O amor é tudo o que as pessoas procuram.

Somos o que queremos ser. Somos, por assim dizer, obra de nossas mãos. Em cada escolha nossa, deixamos um rastro de nosso jeito de ser pessoa e, assim, deixamos um jeito de ser santo. O amanhã depende muito de como vivemos o hoje. Não deixe a vida o levar; leve a vida! Não a desperdice!

Vamos viver com entusiasmo, com alegria, mas, sobretudo, com senso de responsabilidade.

Existem muitas pessoas que pensam viver, mas, na verdade, estão fingindo. Ao mesmo tempo, muitos acreditam que, para ser santos, devam deixar de viver. Não é nada disso. A ordem é: Viva! Viva a vida! Deseje o Céu!

É hora de nos levantarmos e propormos uma santidade linda, apresentada pela Igreja Católica há mais de dois mil anos e que é possível. Vamos santificar nossos namoros, nosso trabalho, nossas amizades, nossas baladas. É possível! O mundo e Deus esperam isso de nós! A juventude é uma riqueza que nos leva à descoberta da vida como um dom e uma tarefa.

Você se lembra do jovem do Evangelho que era muito rico e um dia perguntou para Jesus o que era preciso para ganhar a vida eterna? Se quiser, confira essa passagem em Mateus (19, 16-22); ele percebeu a riqueza de sua juventude. Foi até Jesus, o Bom Mestre, para buscar uma orientação. Mas, no momento da grande decisão, não teve coragem de apostar tudo em Jesus Cristo. Saiu dali triste e abatido. Faltou-lhe a generosidade, o que impediu uma realização plena. O jovem fechou-se em sua riqueza, tornando-se egoísta.

Não podemos desperdiçar a nossa juventude. Devemos vivê-la intensamente, apostando tudo em Jesus e sendo gente, humanos. Sempre com a certeza de que é possível sermos santos de calça jeans.

Adriano Gonçalves, com. Canção Nova

sexta-feira, 7 de novembro de 2014

Amar e ser amado


Quando nos perguntamos para que viemos ao mundo, qual nossa função e finalidade muitas respostas podem aparecer e todas elas contemplam, de algum modo, nossa sede de tal resposta. Durante muito tempo eu me fiz essa pergunta sistematicamente. Fazia-a em oração, fazia-a aos meus amigos, fazia-a aos meus livros, fazia-a aos filósofos e assim fi-la a muita gente.

Certo dia porém, resolvi mais uma vez perguntar. Perguntei novamente para Deus "para que fui criado?". Esperando obter uma resposta mais vocacional e talvez até algo surpreendente silenciei-me em meu santuário interior. Primeiramente o Senhor fez-me compreender, através do pensamento, que eu sou uma centelha (faísca) de seu amor. Isto quer dizer que eu sou um pedacinho de Deus e que esta faísquinha de Deus tem a missão de incendiar o mundo inteiro com o Amor, com Ele mesmo. Logo concluí: nasci para Amar e para ser Amado.

Deus é este cuja função é Amar perfeitamente. Nosso amor é imperfeito e limitado, mas é amor mesmo assim. Ainda que longe do amor pleno de Deus, continuamos sendo faíscas.

E que maravilha: fomos feitos para amar, mas para sermos amados. Não numa relação de carência de amor, mas de necessidade para a plenitude. Explico melhor: só seremos completos se amarmos e se formos amados. Até porque o amor é uma via de mão dupla. Se eu amo serei naturalmente amado.
Quando, entretanto, inverte-se esta situação e se quer ser amado antes de amar acaba-se ferindo e machucando a si e a outros. Por isso, aprendamos com Deus a sua dinâmica pessoal, a dinâmica do amor: Amar primeiro para depois ser amado. Assim o amor vira um delicioso círculo onde habita o Espírito de Deus. Libertar-se do egoísmo, do amor próprio, das próprias vontades e desejos e colocar a realização alheia (que é um grande gesto concreto de amor verdadeiro) é o primeiro passo para cumprir a missão solene que Deus deu a todo ser humano!

Para encerrar compartilho com vocês esta oração que nasceu de uma simples meditação:

"Senhor nosso Deus, creio firmemente que vós sois amor.
Vossa natureza é o amor.
Vossa substância é o amor.
Vossos atos para comigo são puro amor e vossa linguagem é o amor.
A criação é vosso poema de amor.
Os meus irmãos são a personificação de vosso amor.
A cruz é a bandeira de vosso amor.
O Filho redentor é a prova do vosso amor.
O Espírito santificador é a presença viva deste amor!
Sois Deus verdadeiro, sois o mais alto.
Só olhando para cima, só me elevando poderei ver-te
Porque amor é elevação!"
Em Cristo, seu irmão
Gregory Rial

terça-feira, 4 de novembro de 2014

Deus espera mais do jovem


A Palavra dentro da liturgia é uma forma de aprendermos e nos aprofundarmos na Igreja. É uma sabedoria da Igreja colocar em três anos as principais leituras do Evangelho da Santa Missa. Feliz de quem participa todos os domingos da Celebração Eucarística. Que é dividida em dois momentos: Liturgia da Palavra e Liturgia Eucarística. 


Nos oitenta anos de nossa vida, alguns chegam até cem anos, outros menos, acontece uma síntese da história da salvação, Jesus se revela a mim na Igreja, por isso eu preciso saber qual a missão que me foi confiada através da Palavra. A vocação universal do cristão batizado é ser santo, e não tem idade para isso, basta ser batizado.

Somos chamados a ser santos, pois Deus é santo. “Filho de peixe, peixinho é”, então, Deus é santo e nós também devemos ser santos. Somos chamados a responder um projeto maior, do que os nossos sonhos, o desígnio que Deus tem para cada de nós.


Deus quer contar conosco, Ele não quer nos salvar sem nossa participação. “O Deus que te criou sem ti, não te salvará sem ti” (Santo Agostinho). O jovem tem muito mais facilidade ao novo, portanto, a quem mais se deu mais se espera, com certeza, Deus espera mais do jovem.E a Igreja quer mostrar que muitos jovens estão nesse projeto heroico de imitar Jesus, por isso há muitos jovens no altar, como o jovem beato Pier Giorgio e São Domingo Sávio, o primeiro santo adolescente, que foi canonizado com 15 anos.


O Papa disse que encontrar Jesus não é viver um monte de regras, mas é viver na alegria, pois encontra o céu, a verdade. E a verdade nos liberta, a verdade é Jesus Cristo.

Existem jovens que dizem rezar somente em casa, mas isso é um perigo, pois leem somente aquilo que lhes interessa. E a sociedade, instrumentalizada, nos ensina a nos instrumentalizar também e com isso, muitas vezes, encontramos dificuldades no relacionamento com a família. Querem ouvir apenas o que gostam. 

Devemos amar as pessoas assim como Jesus nos amou, e não como nós queremos ser amados. Devemos fazer para o outro aquilo que ele quer e não o que nós queremos. O favor que fazemos na vida do outro, algumas vezes, é complicação para ele. Ser cristão é se colocar do lugar do outro.


Dom Antonio Carlos Altieri 
Bispo de Caraguatatuba (SP)

segunda-feira, 3 de novembro de 2014

Rivalidade e vaidade enfraquecem a Igreja, diz Papa

Francisco destacou necessidade de agir com concórdia e humildade, sem buscar o interesse próprio.
Rivalidade e vaidade são duas angústias que tornam a Igreja frágil, disse o Papa Francisco, na Missa desta segunda-feira, 3, na Casa Santa Marta. Segundo o Pontífice, é preciso agir com espírito de humildade e concórdia sem procurar o interesse próprio.

Partindo da Carta de São Paulo aos Filipenses, Francisco observou que a alegria de um bispo é ver, na sua Igreja, amor, unidade e concórdia. Trata-se de uma graça do Espírito Santo, mas cada um deve fazer a sua parte para ajudar o Espírito nessa harmonia na Igreja. Por isso, São Paulo convida os Filipenses a não fazer nada por rivalidade ou vanglória, não lutar um contra o outro nem mesmo para se fazer ver e parecer melhor que os outros.
“Quantas vezes, nas nossas instituições, na Igreja, nas paróquias, por exemplo, nos colégios, encontramos isso, não? A rivalidade, o fazer-se ver, a vanglória. Vê-se que são dois carunchos que comem a consistência da Igreja, tornam-na frágil. A rivalidade e a vanglória vão contra essa harmonia, essa concórdia. Em vez de rivalidade e vanglória, o que Paulo aconselha? ‘Mas cada um de vós, com toda humildade, considere os outros superiores a si mesmo’. Ele sentia isso. Ele se qualificava ‘não digno de ser chamado apóstolo’, o último.
O Papa citou o exemplo de São Martinho de Lima, humilde frade dominicano, do qual a Igreja faz memória hoje. Ele disse que a espiritualidade do santo estava no serviço, porque sentia que todos os outros, mesmo os maiores pecadores, eram-lhe superiores. Depois, recordou que São Paulo convida cada um a não procurar o interesse próprio.
“Buscar o bem do outro, servir os outros. Essas são as alegrias de um bispo, quando vê a sua Igreja assim: num mesmo acórdão, na mesma caridade, permanecendo unânimes e concordes. Este é o “ar” que Jesus quer na Igreja. Pode-se ter opiniões diversas, tudo bem, mas sempre dentro deste “ar”, desta atmosfera de humildade e caridade, sem desprezar ninguém”.
Referindo-se ao Evangelho do dia, em que Jesus nos convida a fazer o bem a quem não pode retribuir, Francisco disse que é triste ver em paróquias e dioceses pessoas que buscam seus interesses em vez do serviço e do amor. Quando na Igreja há harmonia e unidade, não se busca o próprio interesse, mas há uma atitude de gratuidade, ressaltou o Santo Padre.
O Pontífice conclui a homilia convidando todos a fazerem um exame de consciência, perguntando-se como é sua vida na comunidade, na paróquia, se, de fato, o sentimento é de amor e concórdia, sem rivalidade ou vanglória. “E talvez descobriremos que há algo a melhorar. Eu, hoje, como posso melhorar isso?”.