segunda-feira, 30 de novembro de 2015

O Ano Litúrgico inicia-se com o Advento

Começamos novo Ano Litúrgico e um novo ciclo da liturgia com o Advento, tempo de preparação para o nascimento de Jesus Cristo no Natal. É hora de renovação das esperanças, com a advertência do próprio Cristo, quando diz: “Vigiai!”, para não sermos surpreendidos.

Realização e confirmação da Aliança de Deus

A chegada do Natal, preparado pelo ciclo do Advento, é a realização e confirmação da Aliança anunciada no passado pelos profetas. É a Aliança do amor realizada plenamente em Jesus Cristo e na vida de todos aqueles que praticam a justiça e confiam na Palavra de Deus.
Estamos em tempo de educação de nossa fé, quando Deus se apresenta como oleiro, que trabalha o barro, dando a ele formas diversas. Nós somos como argila, que deve ser transformada conforme a vontade do oleiro. É a ação de Deus em nossa vida, transformando-a de Seu jeito.
Neste caminho de mudanças, Deus nos deu diversos dons conforme as possibilidades de cada um. E somos conduzidos pelas exigências da Palavra de Deus. É uma trajetória que passa pela fidelidade ao Todo-poderoso e ao próximo, porque ninguém ama a Deus não amando também o seu irmão.

Convocação para vigilância

O Advento é convocação para a vigilância. A vida pode ser cheia de surpresas e a morte chegar quando não esperamos. Por isso é muito importante estar diuturnamente acordado e preparado, conseguindo distanciar-se das propostas de um mundo totalmente afastado de Deus.
Outro fato é não desanimar diante dos tipos de dificuldades e de motivações que aparecem diante nós. Estamos numa cultura de disputa por poder, de ocupar os primeiros lugares sem ser vigilantes na prestação de serviço. Quem serve, disse Jesus, é “servo vigilante”.
Confiar significa ter a sensação de não estar abandonado por Deus. Com isso, no Advento vamos sendo moldados para acolher Jesus no Natal como verdadeiro Deus. Aquele que nos convoca a abandonar o egoísmo e seguir Jesus Cristo.
Preparar-se para o Natal já é ter a sensação das festas de fim de ano. Não sejamos enganados pelas propostas atraentes do consumismo. O foco principal é Jesus Cristo como ação divina em todo o mundo.

domingo, 29 de novembro de 2015

O VELÓRIO

Era uma senhora rica. De família rica que chegou do oriente a nove anos.
No seu velório, entre toda aquela gente bem vestida, apareceu um homem pobre; mal vestido, despertou a atenção e o silencio de todos os presentes.
O homem, depois de benzer, depositou uma flor no caixão aproveitou o silencio e disse aos presentes:
- Talvez este não seja o meu lugar, nem a hora certa, e eu sei que não estou vestido de acordo com a ocasião, mas quero que saibam que as esmolas dela impediram eu, minha mulher e meus dois filhos de morrer de fome.
Vocês não sabem, mas ela veio nos visitar muitas vezes, conversava conosco, trazia os remédios que minha mulher precisava e tomava do nosso café. Eu trouxe esta flor para uma mulher rica, que além de nos dar ajuda, sentava-se na nossa cadeira e conversava com a gente sem nos olhar de cima.
Hoje meu filho está trabalhando num hotel e eu já me visto bem melhor do que antes.
Quero que saibam que hoje eu não tenho vergonha de entrar num lugar rico como este, porque ela não teve medo nem vergonha de entrar na casa de gente pobre como nós.
Houve lágrima e respeito. Os filhos dela o abraçaram. O padre, no sermão pediu licença para lembrar o que todos tinham ouvido.
Àquela altura, o pobre já tinha ido embora. Dizem que depois daquele enterro, muitos ricos foram vistos conversando com os seus empregados… E rindo.
Quem me contou não sabe dizer se o fato realmente aconteceu, mas seria maravilhoso se acontecesse e algum diretor de Big Brother estivesse, por perto.
Teríamos um capítulo com algum conteúdo humanitário.

quarta-feira, 25 de novembro de 2015

A preciosidade da vida


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O grande bispo de Meaux, J. B. Bossuet, falecido em 1704 com fama de santidade, disse certa vez:
“Cada momento de nossa existência, cada respiro, cada batida do nosso pulso, se assim posso dizer, cada clarão do nosso pensamento têm consequências eternas. Essa história sem igual nos será um dia apresentada e será apresentada a todo o universo.”
O tempo que Deus nos concede nesta vida é preciosíssimo; cada minuto de nossa existência terrena terá o seu correspondente na eternidade, isto é, na construção da vida definitiva. Nossa vida na eternidade será um desabrochar pleno em Deus desta vida que agora vivemos. Nossos dias atuais são como que a semeadura dos dias eternos.
São Paulo nos disse que somos chamados a ver Deus “face a face” (1 Cor 13,12); mas essa visão beatífica ocorrerá na medida em que vivermos a caminhada terrena, amando a Deus e ao próximo.
Os santos nos ensinaram que só há mérito em nossos atos, por grandes ou pequenos que sejam, se forem executados pura e simplesmente por amor a Deus, isto é, com reta intenção.
Por mais heroico que seja um de nossos atos, afirmaram, se nele não houver a razão única de agradar a Deus, não possui nenhum mérito.
Muitas vezes nosso amor próprio nos faz perder todo ou em parte, o fruto de nossas boas obras. Por isso Jesus advertiu-nos:
“Guardai-vos de fazer vossas boas obras diante dos homens, para serdes vistos por eles. Do contrário, não tereis recompensa junto de vosso Pai que está no céu. […] Em verdade eu vos digo: já receberam sua recompensa.” (Mt 6,1.5b).
Disse Santo Afonso de Ligório que “Se alguém fica todo inquieto se, após muitas fadigas, fracassa em seu empreendimento, isso é sinal de que não teve em vista somente a glória de Deus. Quem pratica uma ação só pela glória de Deus não se perturba, mesmo que não seja bem sucedido”.
Se nossas ações, pequenas ou grandes, são realizadas com a reta intenção de glorificar a Deus, já alcançamos o fim desejado. O grande São José, mesmo sendo o ilustre pai adotivo de Jesus, viveu a vida simples e oculta de um carpinteiro, mas fazendo tudo para a glória de Deus. Sua vida foi tão meritória e importante no plano da salvação que o Papa Pio IX, a 8 de dezembro de 1870, declarou o grande patriarca São José, padroeiro da Igreja Católica.
São Paulo disse: “Portanto, quer comais quer bebais ou façais qualquer outra coisa, fazei tudo para a glória de Deus” (1 Cor 10,31).
A maior dádiva de Deus para cada um de nós é a própria vida presente.
Viver é como escrever um livro cujas páginas são os nossos atos, palavras, intenções e pensamentos. Tudo é registrado nesse livro que um dia, segundo nos revela a Bíblia (cf. Ap 20,12), será aberto perante os nossos olhos como um filme de nossa vida. Talvez fiquemos surpresos ao verificar que as coisas pequenas, mas vividas com amor; assumiram um valor elevado, enquanto muitos momentos aparentemente brilhantes serão comparáveis a bolhas de sabão!
Quando o Senhor vier julgar todos os homens, no Juízo Final, o livro da vida de cada um será manifestado também a todos, pois a natureza humana é tal que os méritos e os deméritos de cada um repercutem nos irmãos.
Uma coisa é certa: um dia o Senhor vai nos fazer esta pergunta: “O que fizeste com os talentos que recebeste de Minhas mãos?”
O principal talento é o nosso tempo; se o tivermos usado bem, ouviremos sem dúvida aquelas doces palavras: “Muito bem, servo bom e fiel, já que foste fiel no pouco, eu te confiarei muito. Vem regozijar-te com teu senhor” (Mt 25,21). Caso contrário…
Não podemos desperdiçar nossa vida terrena jogando fora o tempo precioso que não volta jamais. Quantos cristãos vivem “matando o tempo”, ‘jogando conversa fora”, como dizem às vezes, ou simplesmente olhando a vida passar…
Para todos Deus tem uma missão, um desígnio, uma vontade. Cabe a cada um de nós, no desenrolar de cada dia, buscar a vontade de Deus a nosso respeito e vivê-la intensamente. Não importa, insisto, se ela consiste nos simples e preciosos trabalhos de uma doméstica ou nos complexos labores de um cirurgião que salva uma vida. Para Deus importa apenas a intensidade de amor com que cada ato é realizado. Ele se tornará eterno na vida futura.


Prof. Felipe Aquino
(Retirado do livro: “Em busca da perfeição”- Ed. Cléofas)

domingo, 22 de novembro de 2015

TER RELIGIÃO E SER RELIGIOSO

No meio da floresta um homem tocou sua flauta e executou mais de vinte melodias, sua esposa o acompanhou ao violino, nas mais de vinte melodias. Seus dois filhos cantaram, em dueto, as canções que eles tocavam. Na mesma floresta ouviu-se o canto dos pássaros, dos grilos, e os ruídos dos outros animais.
Uma criança perguntou: “- Por que os animais fazem sempre o mesmo ruído e cantam sempre a mesma canção, enquanto as pessoas têm um montão de canções para cantar e inventam, cada dia, novas canções?”- A menina tinha 9 anos.

Sua professora respondeu:- “ Os animais têm, cada qual, sua capacidade de sobreviver e aqueles sons os ajudam a se comunicar. Há milhões de anos eles não precisam mais do que isso. Os humanos descobriram muitas outras formas de comunicação e são muito mais criativos. Inventaram línguas, sons, melodias, sinais, imagens e tudo isso para dizer alguma coisa. Mas isso não quer dizer que eles sabe se comunicar direito, porque matam com muito maior ódio e com muito mais violência. De certa forma somos melhores que os animais, mas eles, com sua música de sempre, podem nos dar lições, a nós que somos super hiper criativos”.

***

Então a professora explicou o que é ter uma religião. Ela nos leva a comunicar com Deus e sobre Deus, uns aos outros e sobre nós e sobre os outros. A religião se vale de músicas, palavras e sinais para expressar uma fé, uma crença, um sentimento. E os faz quase sempre de maneira coletiva. É um sonho, uma utopia, uma hipótese e uma realidade ao mesmo tempo.

Depois de explicar as quatro palavras explicou que muita gente usa mal todos esses valores e instrumentaliza a religião para roubar o fiel da outra e para garantir que eles sabem mais, têm mais acesso a Deus. Há quase sempre uma disputa para ver quem tem mais verdade no coração e quem chegou mais perto de Deus.


***


A mesma menina quis saber como é que ela poderia ter uma religião e- mesmo assim ser boa!…Na frase estava implícita alguma experiência negativa com algum parente de fé agressiva que sempre via defeitos na família e na igreja dela.


E disse a professora- “Se um dia você encontrar a Deus e seu coração achar que achou, não duvide do outro que disse que também achou. Ele apenas pode não ter achado do mesmo jeito que você achou. Não saia dizendo que sua pedra preciosa é a única e que as outras não são pedras preciosas; ou que a sua flor é única e as outras não são flores. Pessoas inteligentes sentirão pena de você, e quererão saber onde você aprendeu a não pensar”…
O resto da aula foi gasto a refletir sobre o tema: “Eu penso em mim, nos meus pais e nos outros”!


Padre Zezinho

quarta-feira, 18 de novembro de 2015

Por que eu não sou atendido por Deus?


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Um pai daria um revólver carregado ou uma navalha para o filho brincar? Não, é claro que não, mesmo que o filho esperneie e chore.
Algumas vezes pedimos a Deus coisas que não são boas e que podem ser um perigo para a nossa alma. Então, o que faz o bom Pai? Não nos atende, mesmo que fiquemos magoados com Ele. Jesus disse aos Apóstolos um dia: “Não sabeis o que pedis!”.
Muitas vezes Deus diz “NÃO” aos nossos pedidos, por pura misericórdia, como o pai que se nega a dar uma navalha nas mãos do filhinho. No Céu entenderemos e agradeceremos…
Muita gente pensa que só temos a bênção de Deus na prosperidade, quando tudo vai bem e gozamos a vida. Não é verdade; somos lembrados por Deus durante as provações.
Os Apóstolos passaram aquela noite toda sem pescar. Eis que chega Jesus e lhes ordena: “Lançai a rede a vossa direita”. E ela se encheu de peixes. Só depois da noite inteira de pescaria inútil é que Jesus aparece…
Às vezes lutamos anos contra um problema, e eis que, de repente, quando menos esperamos, ficamos livres do mal. É a graça benfazeja de Deus. O povo diz sabiamente que “Deus tarda, mas não falha”.
Na verdade Ele tem a hora certa de agir; e isto só Ele sabe. Quanto a nós devemos nos manter em oração perseverante, humilde e confiante.
Nunca deixar de rezar, nunca impor nada a Deus e nunca desanimar de pedir e nem perder a fé. Deus tem a sua hora; e nós temos que saber esperá-la com fé.
Quem conhece os desígnios de Deus? Quem sabe o que de fato é bom para nós mesmos?
Quantas vezes nos enganamos nesta vida! Muitas vezes um filhinho se revolta contra o pai porque este não o deixa brincar com uma faca ou perto do fogo!…

Muitas vezes somos assim com Deus; filhos birrentos que se revoltam contra o pai que não nos dá o que nos é prejudicial.
A história da Igreja está cheia de exemplos de pessoas que só receberam a graça procurada depois de muitos anos. O melhor exemplo talvez seja o de Santa Mônica, a mãe de santo Agostinho. Esta mulher simples e ao mesmo tempo heroica, rezou com fé, perseverança e humildade, durante 20 anos pela conversão do seu amado e fogoso Agostinho.
Em suas “Confissões” ele confessa que as lágrimas de sua mãe eram como que o sangue do seu coração destilado em seus olhos, diante do Sacrário. Mas um dia ele se converteu…
É preciso notar que a única coisa que esta mulher pedia insistentemente a Deus, sem nunca desanimar, era que o seu filho se tornasse um bom cristão. Nada mais. Mas quando ele se converteu, não apenas se fez um bom cristão, mas logo se tornou um brilhante sacerdote, depois aclamado bispo, e então, um dos mais importantes Padres da Igreja, defendeu a fé contra as heresias do arianismo, pelagianismo, e outros erros; e hoje é um dos maiores santos e doutores da Igreja, que nunca deixou de influenciar o mundo.
Tudo aconteceu porque aquela mulher não desanimou de pedir a Deus, com fé, perseverança e humildade.
Parece que Deus às vezes demora em nos atender os pedidos, porque quer nos dar coisas melhores… Tenhamos calma, e fé.
Tenho para comigo que sempre conseguiremos de Deus o que precisamos, desde que não desanimemos de pedir. Deus é bom Pai.
Em Deus tanto mais se lucra, quanto mais se sabe esperar. É como uma conta de poupança, é preciso esperar o rendimento com paciência. Muitas vezes a impaciência e a revolta afastam a graça que já se aproximava.
Prof. Felipe Aquino

terça-feira, 17 de novembro de 2015

O que posso fazer para ajudar os jovens?

Deus nos convoca a resgatarmos os jovens para Ele


O meu campo de trabalho é resgatar milhões de jovens para Deus. Estou gritando como fez o meu pai Dom Bosco: ““Dai-me almas e ficai com o resto”!”. Domingos Sávio olhou essa frase, no quadro, em latim, e não a entendeu; então, pediu que São João Bosco a traduzisse para ele. Domingos Sávio viu que se tratava de um “negócio de almas” e lhe disse: “”Eu sou o primeiro”. Como o alfaiate trabalha no tecido, eu quero ser o primeiro. Estou nas Suas mãos, Senhor, como um tecido, e o Senhor é o Alfaiate”.
Deus falou ao meu coração e, agora, eu tenho uma tremenda responsabilidade de resgatar os jovens para Ele. Eu não sei quantos rapazes e moças eu vou conseguir levar para o Senhor, não sei quantos eu vou conseguir fazer santos como São Francisco e Santa Clara. Mas sei que tenho um grande campo com milhões de jovens no Brasil para evangelizar e amar.
Eu não posso me dar repouso, eu preciso arregaçar as mangas. Sei que não estou sozinho. Falando com você, sei que o Senhor está tocando o seu coração a fim de que você me ajude a resgatar a juventude para Ele. Vejo que Deus me deu a graça de atrair os jovens. Não tenho nada de especial, mas, ao mesmo tempo, tenho tudo: o Senhor Jesus.
Com minha bênção!

segunda-feira, 16 de novembro de 2015

Será que eu tenho um coração agradecido?

Desde que nascemos temos pessoas que nos servem e nos ajudam, a começar dos nossos pais. Mas será que eu tenho um coração agradecido? Há quem não tenha…

Saudai Priscila e Áquila, colaboradores meus no Cristo Jesus, os quais expuseram suas próprias vidas para salvar a minha.
Jesus já havia dito: “Ninguém tem maior amor do que aquele que dá a vida por seus amigos.” (cf Jo 15, 13)
Esta palavra se aplica a Priscila e Áquila pois foram capazes disso, estavam dispostos a isso!
Mas o coração de Paulo não se prende somente às grandes ocasiões, ele se lembra aqui de muitos irmãos que com ele viveram, fizeram missão, sofreram e de muitas e diversas maneiras testemunharam Jesus Cristo. E dedica muitas linhas para dar um “oi” para todo esse povo, reconhecendo o valor de cada um em particular e recomendando a comunidade que não se esqueça de mencionar esses nomes como pessoas que estão em seus pensamentos, lembranças e orações.
Imagine a alegria de quem recebeu esta carta, a alegria ao ouvir seu nome na assembléia, lembrado pelo apóstolo com todo carinho…
Pois é, devemos fazer o mesmo: ter um coração agradecido. Há uma lista de pessoas que nos fizeram ou fazem o bem, direta ou indiretamente e nem sempre agradecemos. Por mais que sejamos agradecidos, as pessoas precisam saber que o somos, não pode ficar no mundo das nossas idéias! Dom Bosco dizia: “Não basta que os jovens sejam amados, é preciso que eles saibam que são amados.”
O que se aplica aos jovens, se aplica a qualquer pessoa.
Sou grato a minha mãe pelo simples fato dele ter me gerado e muito mais… Mas se eu digo isso a ela, é outra coisa!
Tá precisando agradecer a alguém?
Um detalhe interessante: aparece a figura de uma mulher como diaconisa! Na Igreja primitiva existiu isso.
Leia o trecho em Rm 16, 1-16
Na Bíblia cnbb página 1397-1398
Título: Apresentação de Febe, a diaconisa. Saudações
Não há promessas ordens ou princípios eternos a anotar.
Qual a mensagem de Deus para mim hoje?
Ter um coração agradecido é muito importante para quem agradece e para quem é reconhecido. Quem agradece exercita a gratidão e a humildade, quem é reconhecido recebe ânimo para caminhar ainda mais na prática do bem.
Como posso pôr isso em prática?
Agradecer e reconhecer as pessoas que fizeram e fazem o bem na minha vida.

domingo, 15 de novembro de 2015

Nossa Senhora é uma só?

Há gente que faz coleção de imagens de Nossa Senhora em sua casa, além de tamanhos diversos, também com títulos diferentes. E são tantos títulos e representações de Nossa Senhora que, às vezes, nem sabemos identifica-la. O que se passa na cabeça dessa gente com todas essas "Nossa Senhora"?

Nossa Senhora é uma só: a Maria de Nazaré de que fala a Bíblia, que nos trouxe Jesus, acompanhou-o na vida até a hora da morte e esteve junto da primeira comunidade em Jerusalém. Mas como teve uma missão importante, e aos pés da cruz recebeu outra missão também importante, ela ocupa um lugar de destaque na vida da Igreja e na história da salvação.

Desde o início a Igreja reconheceu Nossa Senhora. E de acordo com sua missão e intercessão, ela foi recebendo diversos títulos significando sua presença na vida da Igreja desde o tempo das primeiras comunidades. Outros títulos nasceram de devoções particulares e locais, que foram depois levadas para outros lugares. Outras representações são simbólicas e trazem uma mensagem, como Nossa Senhora Aparecida. Todos sabemos que Nossa Senhora era judia, mas nada impede que a veneremos em uma imagem japonesa.

Os cristãos, reconhecendo as virtudes e o patrocínio de Nossa Senhora, passaram a dar-lhe todos os títulos significativos que encontraram na Bíblia ou na piedade cristã. E até hoje repetimos esses títulos em forma de ladainha.

Às vezes é interessante como pessoas mandam rezar para uma Nossa Senhora como caminho mais garantido para se alcançar uma graça. Porém Nossa Senhora é uma só, tanto faz esta como aquela. Nesse caso entram as devoções pessoais, a simpatia por um título ou outro.

A Igreja aconselha a devoção a Nossa Senhora e a coloca como mãe e modelo de todas as virtudes. Santo Afonso dizia: "Verdadeiro devoto de Nossa Senhora jamais se perde, jamais se condena", mostrando como Maria cumpre a missão de olhar por nós, seus filhos.

Não entendemos Jesus sem Maria e não entendemos Igreja sem Nossa Senhora. Hoje ela faz parte de nossa vida e temos a certeza de que ela continua a nos levar para Jesus e a nos trazer Jesus. Felizes somos nós que temos uma mãe carinhosa e zelosa com seus filhos. Ela é também um caminho seguro para seguirmos a Jesus.

Que Nossa Senhora interceda sempre a Jesus por nós. "Rogai por nós, pecadores, agora e na hora de nossa morte. Amém." 


Texto extraído do Livro: Religião também se aprende - Padre Hélio Libardi (editora Santuário).

terça-feira, 10 de novembro de 2015

Meu corpo, minhas regras. Uma propagação da cultura de morte

“Meu corpo, minhas regras”, é uma defesa do aborto de crianças inocentes e indefesas

Alguns artistas da Rede Globo gravaram um vídeo intitulado “Meu corpo, minhas regras”, defendendo o aborto de crianças inocentes e indefesas. Além da propagação mórbida da “cultura morte”, o vídeo espalha mentiras sobre o que ensina a fé cristã, de modo especial sobre a Virgindade perpétua da Virgem Maria, que essas pessoas, que nada entendem de teologia e mariologia, interpretam como erro de tradução.


A vida humana começa com o embrião; e isso é um dado científico. Segundo o maior geneticista do século XX, Dr. Jerome Lejeune, que descobriu a Síndrome de Down, o embrião é um ser humano pois nele já estão todas as mensagens da vida desta pessoa.

De que vale salvar a criança já nascida, senão defendemos e protegemos a que está em gestação?

É triste verificar que alguns artistas, usando de sua penetração nos lares, use de um meio tão poderoso da mídia para difundir a morte de seres inocentes, indefesos, que um dia poderiam caminhar, pensar, sorrir e abraçar seus pais. É muito triste e incoerente ver atores que pedem dinheiro para o Criança Esperança defendendo publicamente o assassinato de crianças inocentes e indefesas, no ventre materno! De que vale salvar a criança já nascida, senão defendemos e protegemos a que está em gestação?

A criança também é parte do corpo da mulher?

As artistas argumentam falsamente que a mulher tem direito a seu corpo; tem sim, e deve cuidar bem dele, mas jamais pode matar uma criança no seu ventre, que não faz parte do seu corpo; é uma vida independente.
Será que é papel de um artista defender o assassinato de crianças no ventre das próprias mães? A vida de um bebê deve ser protegida em todas as circunstâncias. Sabemos que hoje uma criança que nasce prematura, com 12 semanas de gestação já sobrevive. É bom papel de artista difundir a “cultura da morte”?

Não podemos nos calar diante de tanto sangue inocente derramado!

Eliminar a vida é um pecado que brada justiça aos Céus. Nossa Pátria não pode ter as bênçãos de Deus ofendendo tanto o Criador, sobretudo naquilo que é mais sagrado, o dom inviolável da vida.
Não se omita, não caia nesse pecado; participe, proteste contra o extermínio de milhões de crianças por suas próprias mães.

Um bebê de 12 semanas já está bem desenvolvido

O que o aborto mata é uma vida humana, então, a criança, desde os primeiros meses de gestação, tem os mesmos direitos à vida que um bebê de seis meses de idade. Apenas com 12 semanas de gestação, o bebê é já bem desenvolvido. As únicas mudanças básicas serão o crescimento e o aperfeiçoamento do que já está formado. Todos os sistemas orgânicos funcionam. Ele respira e urina também. Quando sua mãe dorme, ele dorme, mas quando ela desde uma escada, ouve um ruído forte, no ambiente exterior, ele acorda. Neste estágio, o bebê pode sentir dor e é muito sensível à luz, ao calor e ao barulho. Sua personalidade já está em formação. Com oito semanas, um bebê segura qualquer objeto que for posto em sua mão. Se for feito um eletrocardiograma, com instrumentos de precisão, até as batidas do seu coração serão ouvidas. Observe um bebê de seis semanas. Com o auxílio de um microscópio, descobrimos que este pequeno ser tem 46 cromossomos em cada célula de seu corpo, demonstrando claramente que é um ser humano.
Cada um de nós foi um óvulo fertilizado, uma simples célula. Tudo o que somos já estava contido nesta simples célula: cor dos olhos, do cabelo, tamanho do pé, o fato de ficarmos carecas aos 50 anos. Nada foi acrescentado ao óvulo fertilizado que um dia fomos, exceto a nutrição.

Quando a pessoa passa a ser humana?

Alguns, arbitrariamente, marcaram uma linha no tempo e disseram: antes dessa idade, por exemplo três meses, não há ser humano: depois sim. Quanto a isso, tais pessoas estão de acordo: discordam, porém, quanto à idade em que o ser começa a existir como pessoa humana. Mas, se nos valermos da idade para determinar o direito que o feto tem à vida, será igualmente lógico estabelecer para a pessoa um limite de idade máxima, por exemplo, 80 anos. Podemos declarar que todos, acima desta idade, não terão mais sua vida protegida pela lei? Ambos os casos se identificam.
Alguns dizem que o ser não é humano até que não tenha certa experiência do amor. Mas que será, então, dos não-amados? Outros dizem que o ser é humano só quando passa a ter uma certa consciência de si mesmo. Mas o que dizer da criança excepcional? Do jovem em estado de coma há três semanas, após um acidente ? De uma avó depois de um derrame ?

Pode-se dar ao filho o direito de matar a mãe?

Se hoje damos o direito à mãe de matar legalmente seu filho não nascido, porque é estorvo para ela, amanhã, logicamente, devemos dar ao filho o direito, também legal, de matar sua mãe que se tornou um peso para ele?
Devemos proteger igualmente todas as vidas humanas, ou permitir que os legisladores definam o direito à vida? Podemos conscientemente permitir que os grandes matem os pequenos, os fortes eliminem os fracos, os conscientes destruam os inconscientes?

Até  os reformadores protestantes professaram a virgindade de Maria

A intérprete oficial da Bíblia, que é a Igreja – pois foi ela quem a compôs – não tem dúvida da Virgindade de Maria. Ela sempre foi Virgem: “antes do parto, no parto e depois do parto”, disse Santo Agostinho. Foi o Papa Paulo IV que, em 7-8-1555, apresentou a perpétua virgindade de Maria entre os temas fundamentais da fé. Assim se expressou: “A Bem-aventurada Virgem Maria foi verdadeira Mãe de Deus, e guardou sempre íntegra a virgindade, antes do parto, no parto e constantemente depois do parto”.
Até mesmo os reformadores protestantes, como Lutero e João Calvino, professaram a virgindade de Maria. Em 1537, em seus “Artigos da Doutrina Cristã”, é o próprio Lutero quem diz: “O Filho de Deus fez-se homem, de modo a ser concebido do Espírito Santo sem o concurso de varão e a nascer de Maria pura, santa e sempre virgem”. Em 1542, João Calvino publicou o seu catecismo de Genebra, onde se lê: “O Filho de Deus foi formado no seio da Virgem Maria… Isto aconteceu por ação milagrosa do Espírito Santo sem consórcio de varão”.

O Corão de Maomé professa a virgindade de Maria

Até mesmo o Corão de Maomé, que reproduz certas proposições do Cristianismo, professa a virgindade de Maria. O Concílio Vaticano II, na Constituição dogmática “Lumem Gentium”, afirmou: “Jesus, ao nascer, não lhe violou, mas sagrou a integridade virginal” (LG, n. 57), repetindo o que já tinha sido afirmado no Concílio de Latrão, no ano de 649.
Os Santos Padres gostavam de chamar Maria de “Mater inviolata”, “Mãe perfeitamente virgem”. Santo Antonino, em sua “Summa”, resumiu tudo: “Mãe de todos nós, em plena virgindade; Mãe que, por primeira, independente de preceito, conselho ou exemplo de outros, ofertou a Deus o presente de sua virgindade e assim gerou todas as virgens, à medida que são virgens por imitação de sua virgindade” (MM, p. 26). E assim os Santos Padres não se cansavam de exaltar a virgindade de Maria: “Virgem que gerou a Luz, sem ficar com nenhum sinal, como outrora a sarça (de Moisés) que ardia em fogo sem se consumir”, dizia Santo Efrém; ou como Santo Epifânio: “Virgem ainda mais pura depois do parto”; ou São João Crisóstomo: “Virgem que permaneceu Virgem, mesmo sendo verdadeiramente mãe”. Ou São Gregório Magno: “Virgem que deu à luz e, enquanto dava à luz, duplicava a virgindade”.
O profeta Isaías profetizou a virgindade de Maria como um sinal do Senhor: “Uma Virgem conceberá e dará à luz um filho, e o chamará ‘Deus Conosco’” (Is 7,14). Por que haveria de ser uma virgem a dar ao mundo o Redentor? Primeiro, ensinam os santos Padres da Igreja, porque foi uma virgem (Eva) que o pecado entrou no mundo; então, também por outra Virgem (Maria), haveria de entrar a salvação.
Santo Irineu, bispo e mártir do século II (†200), opondo Maria a Eva diz: “Como por uma virgem desobediente foi o homem ferido, caiu e morreu, assim também, por meio de uma Virgem obediente à palavra de Deus, o homem recobrou a vida..

Felipe Aquino

segunda-feira, 9 de novembro de 2015

Alguns conselhos para não perder a paz

Quando não temos paz no coração, ficamos agitados e inquietos


Você precisa fazer de tudo para não perder a paz e, quando perdê-la, deve readquiri-la logo, imediatamente. Não podemos perder a paz do coração, pois esta é a nossa principal arma de defesa e de ataque.
Quando os acontecimentos fizerem seu barco balançar, grite por socorro! Se você estiver se afogando, estenda a mão, grite, chame pelo Senhor. Tenha certeza que Deus virá em seu socorro. Ele lhe devolverá a paz.
Mas na hora da provação, no entanto, fazemos o contrário: nos jogamos mais ainda na perturbação, nos inquietamos, nos desesperamos. Mas é na paz do nosso coração que está o Espírito Santo. É Ele quem nos dá a força.
Se você se apegar a Deus, mesmo estando em meio à tempestade, estará em paz e Sua força vai imperar no sofrimento. A outra grande arma de que precisamos é a vigilância. Não podemos deixar que o inimigo continue trazendo veneno para a sua vida. Nós temos de ser sentinelas, para que não entre nada de mal, nada de venenoso em nossa vida.
Peça a luz de Deus e fique de sentinela na porta de seu coração, conferindo tudo. Lute para estar sempre vigilante na oração e na paz. A paz do coração é a arma dos valentes guerreiros. Perca-se tudo, mas não se perca a paz.

Seu irmão,

domingo, 8 de novembro de 2015

08 de Novembro - São Godofredo

Bispo beneditino (1066-1115)


Os pais de Godofredo rezaram muito para que Deus lhes desse um herdeiro. Até que, em 1066, ele nasceu no castelo da família em Soissons, onde foi batizado com um nome que já apontava a direção que seguiria. Godofredo quer dizer paz de Deus, e foi o que este francês espalhou por onde passou durante toda a vida.

Com cinco anos, foi entregue para ser educado pelos monges beneditinos e do convívio com a religiosidade nunca mais se afastou. Quando a educação se completou, foi para o Convento de São Quintino e ordenou-se sacerdote aos vinte e cinco anos de idade.

A sua integridade de caráter, profundidade nos conhecimentos dos assuntos da fé, bem como a visão social que demonstrava, logo chamaram a atenção dos superiores. Tanto que foi nomeado abade do Convento de Nogent, com a delicada missão de restabelecer as regras disciplinares dos monges, muito afastados do ideal da vida cristã. Em poucos anos a comunidade mudou completamente, tornando-se um centro que atraía religiosos de outras localidades que ali passaram a buscar orientação e conselhos de Godofredo.

Quando os monges de um convento famoso, rico e poderoso o convidaram para ser o abade, ele recusou. O que desejava era viver no seguimento de Cristo, dedicando-se à caridade e trabalhando no amparo e proteção aos pobres e doentes, e não o poder ou a ostentação. Era comum ver os mendigos e leprosos participando da sua mesa, pois acolhia todos os necessitados com abrigo e esmolas fartas. Suas virtudes levaram o povo e o clero a eleger Godofredo bispo de Amiens, mas ele só aceitou a diocese depois de receber ordem escrita do próprio papa.

Outra missão difícil para Godofredo. Lá, os ricos e poderosos preferiam a vida de muitos vícios, prazeres e luxos, sem nenhuma virtude e ligação com os ensinamentos cristãos. Começou empregando toda a força e eloquência de sua pregação contra esses abusos denunciando-os do próprio púlpito. O que quase lhe causou a morte num atentado encomendado. Colocaram veneno em seu vinho, mas o plano foi descoberto antes.

Considerando-se inapto, renunciou ao cargo e retirou-se para um local ermo. Só que nem os superiores, nem o povo aceitaram a demissão e Godofredo foi reconduzido ao cargo. Mas foi por pouco tempo. Durante uma peregrinação à igreja de São Crispim e São Crispiniano, situada em Soissons, sua cidade natal, ele adoeceu. Morreu no dia 8 de novembro de 1115, no convento dedicada aos dois santos padroeiros dos sapateiros, onde foi enterrado.


Portal Paulinas

quarta-feira, 4 de novembro de 2015

Descubra cinco valiosos motivos para rezar todos os dias

A oração é o alimento da alma. Se não ingerirmos uma determinada quantidade de nutrientes necessários diariamente, nosso organismo começará a reagir de modo negativo; com o passar do tempo, vamos adquirir uma anemia. O mesmo processo ocorre com a vida interior. Se, a cada dia, não cultivarmos uma vida de oração, nossa alma contrairá uma anemia espiritual. Precisamos cuidar do coração para que nossa fé seja sempre renovada no amor e na esperança.
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Foto: Wesley Almeida/cancaonova.com

Aumentando a imunidade contra os ataques do inimigo

Vamos juntos descobrir cinco motivos para rezarmos todos os dias e aumentarmos a imunidade contra os ataques do inimigo?

1 – Fortalecimento da fé:

Nossa vida de fé se alimenta daquilo que oferecemos à nossa alma. Quando nos descuidamos da oração, nossa vida de fé diminui gradativamente. Muitos se descuidaram a tal ponto da vida de oração, que hoje se encontram espiritualmente anêmicos, sem forças diante das difíceis situações da vida. Quanto mais rezamos, mais nossa fé cresce e se fortalece.

2 – Resistência contra os ataques do mal:

Todos os dias, somos cercados de muitas forças do mal, as quais tentam nos roubar a paz. Uma vida de oração fecunda e intensa afasta de nós as forças das trevas. A luz que irradia de nossa fé deixa cego o inimigo. Mergulhados em Deus, criamos uma resistência espiritual contra todo vírus do mal.

3 – Santificação pessoal:

Os santos alcançaram a glória divina, porque na vida foram pessoas de oração e caridade. A vida de oração caminha de mãos unidas com a ação, e para ser santo é preciso ser pessoa de oração. Quando nossa vida se torna oração por completo, até mesmo em nosso trabalho estamos rezando, porque nos unimos de tal maneira a Deus que não mais podemos nos separar d’Ele.

4 – Imunidade contra o negativismo:

Pessoas mal-humoradas têm tendência a serem de pouca oração. Quem reza é mais animado, olha a vida com mais amor, acolhe com mais carinho seus irmãos, reconhece nos sofredores o próprio Cristo, são promotores da paz, praticam a caridade sem esperar retorno. Invista na oração e verá os benefícios na sua alma.

5 – Amadurecimento espiritual e humano:

Aquele que cultiva uma vida de oração aos poucos vai adquirindo a sabedoria necessária diante das realidades humanas e espirituais. Uma vida de oração assídua desenvolve na alma o amadurecimento espiritual, que nos faz abandonar nas mãos de Deus todas as nossas fragilidades e confiar a sua misericórdia às difíceis situações da vida, para as quais não encontramos solução.
Os benefícios para quem investe um período do seu dia no cultivo da oração são enormes. Não há contraindicações e todos podem ser beneficiados pelo amor misericordioso de Deus, que restaura o coração e devolve a saúde espiritual à alma abatida.




Por: Padre Flávio Sobreiro
www.padreflaviosobreiro.com