quarta-feira, 30 de abril de 2014

Deus se esconde na rotina


Deus se manifesta sempre de forma surpreendente. Sua maneira de se revelar, frequentemente, contradiz a lógica humana. Se me perguntarem: “Onde Deus costuma se esconder e se manifestar?”, eu lhes respondo: “na rotina”; é nela onde menos esperamos encontrar o Senhor. Ele gosta de nos surpreender!

Embora haja uma presença constante de Deus na vida de cada um de nós, há momentos em que essa presença se exprime por meio de “eventos” teofânicos: uma imprevisível manifestação divina que marca a vida do indivíduo, bem como a transforma. E essa teofania costuma acontecer dentro do cenário cotidiano.

A oração é um exemplo. Rezamos comumente à mesma hora, no mesmo lugar; às vezes, fazemos até a mesma oração quando se trata da liturgia. No entanto, em um dado momento, uma Palavra bíblica ou a compreensão de algo, que até então permanecia velado, “salta” aos nossos olhos com uma novidade jamais prevista. Daí, a necessidade da perseverança.

Moisés foi um homem que presenciou diversos eventos teofânicos em sua vida. O primeiro deles aconteceu na “montanha de Deus, o Horeb” (Ex 3,1). No costumeiro gesto de apascentar o rebanho do seu sogro, ele é, por assim dizer, apanhado de improviso pelo próprio Deus. Percebam que o profeta não foi à montanha para rezar – isto ele fará depois –, mas a trabalho. O que é algo intrigante.
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“Deus se manifesta sempre de forma surpreendente. Sua maneira de se revelar, frequentemente, contradiz a lógica humana”

Deus, em circunstâncias diversas, “mostra-se” a pessoas que estão em oração no Templo, lugar habitual da epifania divina. É o caso, por exemplo, de Zacarias (cf. Luc 3, 8-14) e Samuel (cf. I Sam 3, 3-11) para citar alguns. Com Moisés é diferente! Deus se manifesta na rotina. Isso, certamente, foi determinante na vida do genro de Jetro.

Mais adiante, Moisés fará a experiência de passar quarenta anos no deserto à frente de “um povo de cabeça dura”, mas com a certeza de que “cada dia foi feito pelo Senhor” (Sl 118, 24). Fico imaginando o quanto deve ser desgastante passar quatro décadas vendo, todos os dias, a mesma coisa: uma vastidão infinita de areia. Contudo, o homem “tirado das águas”, durante sua peregrinação, foi testemunha de acontecimentos que transcenderam a mesmice do deserto e tornaram seus dias mais cheios de esperança. Afinal, Deus se revela sempre e de forma inédita.


O profeta não chegou a tomar posse da Terra Prometida; entretanto, não o consigo imaginar chegando, ao fim da vida, frustrado ou decepcionado com Deus. Ao contrário, quando morreu, “sua vista não havia enfraquecido e sua vitalidade não o havia abandonado” (Dt 34,7), certamente, porque havia compreendido e atestado que Deus se esconde e se revela na rotina.

Fonte: Destrave


Deus se esconde na rotina

artigos

Conteúdo enviado pelo internauta Francivaldo da S. Sousa
Deus se manifesta sempre de forma surpreendente. Sua maneira de se revelar, frequentemente, contradiz a lógica humana. Se me perguntarem: “Onde Deus costuma se esconder e se manifestar?”, eu lhes respondo: “na rotina”; é nela onde menos esperamos encontrar o Senhor. Ele gosta de nos surpreender!
Embora haja uma presença constante de Deus na vida de cada um de nós, há momentos em que essa presença se exprime por meio de “eventos” teofânicos: uma imprevisível manifestação divina que marca a vida do indivíduo, bem como a transforma. E essa teofania costuma acontecer dentro do cenário cotidiano.
A oração é um exemplo. Rezamos comumente à mesma hora, no mesmo lugar; às vezes, fazemos até a mesma oração quando se trata da liturgia. No entanto, em um dado momento, uma Palavra bíblica ou a compreensão de algo, que até então permanecia velado, “salta” aos nossos olhos com uma novidade jamais prevista. Daí, a necessidade da perseverança.
Moisés foi um homem que presenciou diversos eventos teofânicos em sua vida. O primeiro deles aconteceu na “montanha de Deus, o Horeb” (Ex 3,1). No costumeiro gesto de apascentar o rebanho do seu sogro, ele é, por assim dizer, apanhado de improviso pelo próprio Deus. Percebam que o profeta não foi à montanha para rezar – isto ele fará depois –, mas a trabalho. O que é algo intrigante.
“Deus se manifesta sempre de forma surpreendente. Sua maneira de se revelar, frequentemente, contradiz a lógica humana”
Deus, em circunstâncias diversas, “mostra-se” a pessoas que estão em oração no Templo, lugar habitual da epifania divina. É o caso, por exemplo, de Zacarias (cf. Luc 3, 8-14) e Samuel (cf. I Sam 3, 3-11) para citar alguns. Com Moisés é diferente! Deus se manifesta na rotina. Isso, certamente, foi determinante na vida do genro de Jetro.
Mais adiante, Moisés fará a experiência de passar quarenta anos no deserto à frente de “um povo de cabeça dura”, mas com a certeza de que “cada dia foi feito pelo Senhor” (Sl 118, 24). Fico imaginando o quanto deve ser desgastante passar quatro décadas vendo, todos os dias, a mesma coisa: uma vastidão infinita de areia. Contudo, o homem “tirado das águas”, durante sua peregrinação, foi testemunha de acontecimentos que transcenderam a mesmice do deserto e tornaram seus dias mais cheios de esperança. Afinal, Deus se revela sempre e de forma inédita.
O profeta não chegou a tomar posse da Terra Prometida; entretanto, não o consigo imaginar chegando, ao fim da vida, frustrado ou decepcionado com Deus. Ao contrário, quando morreu, “sua vista não havia enfraquecido e sua vitalidade não o havia abandonado” (Dt 34,7), certamente, porque havia compreendido e atestado que Deus se esconde e se revela na rotina.
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segunda-feira, 28 de abril de 2014

Eu quero e preciso namorar

Vejo muita gente sozinha, esperando alguém especial para partilhar a vida. Para muitos, esta espera chega a ser incômoda, já que a vida parece ser contrária àqueles que buscam viver corretamente sua afetividade, sem se entregar à primeira promessa de amor que lhe aparece, temendo não encontrar mais ninguém.

De certo, não nascemos para viver sozinhos. Temos uma sede justificável de ter alguém ao nosso lado, que compreenda nossos defeitos e nos ajude a sermos pessoas melhores. Nesta busca, muitos acabam entrando numa onda de desespero, já que o tempo vai passando e nenhuma perspectiva favorável se apresenta. Há os querem e necessitam namorar, mas também compreendem que não é qualquer pessoa que pode satisfazer esta necessidade. Para estes, como viver o tempo de espera com lucidez?

 “Se estamos em busca de alguém, é sinal de que acreditamos no poder transformador da afetividade bem vivida.

É preciso compreender que, neste mundo de valores tão distorcidos, quem busca ser verdadeiro com os seus sentimentos encontra bem menos opções de relacionamentos que, verdadeiramente, valham a pena. Eles existem, mas nem sempre são encontrados do outro lado da rua. Precisam ser cultivados com afinco, com paciência e sabedoria. Quem procura alguém para namorar tem pressa. Conselhos do tipo “saiba esperar” nem sempre dão muito resultado. E é bom que seja assim. Se estamos em busca de alguém, é sinal de que acreditamos no poder transformador da afetividade bem vivida. Há namoros que fazem verdadeiros milagres na vida do jovem. Passamos a cuidar melhor de nós, ganhamos mais confiança das pessoas ao nosso redor e aprendemos a partilhar o que temos e quem somos.

Fonte: Destrave

domingo, 27 de abril de 2014

Namoro Shalom: rio de quatro braços

Muitos jovens tem expressado grande preocupação com seus relacionamentos, bem como muitos pastores (coordenadores de grupos de oração) a preocupação com o relacionamento de suas ovelhas. Certo dia, uma coordenadora partilhou que não sabia o que fazer, pois nove ovelhas de seu grupo haviam terminado o namoro e as razões pareciam insuficientes. “Eles parecem desorientados, no entanto, eu não sei o que fazer”, afirmava a jovem. Não são poucos os casos em que não sabemos o que fazer quando os jovens passam por crises em seus relacionamentos e outros sequer conseguem chegar a um. Isso preocupa bastante, leva-nos a refletir de que maneira, como casais, servimos de luz e de exemplo. E até mesmo sobre como está nossa abertura à formação dos jovens neste campo fundamental, que é a afetividade e o namoro. Precisamos entender que para os jovens este é um assunto fundamental.

Normalmente, quando acontece o término de um relacionamento por motivos insuficientes, deparamo-nos com grandes feridas que podem comprometer até mesmo a caminhada na vida com Deus.

Quando me deparei com o grande número de rompimentos, parei para rezar e uma imagem me veio à cabeça: um rio de quatro braços, que alcança toda a vida do casal, fazendo frutificar o amor e o levando a bom termo, que é a alegria de fazer a vontade de Deus.

O Senhor é o centro

Não podemos jamais esquecer que tivemos uma experiência com o amor de Deus e esta experiência se mostra autêntica quando nos deixamos conduzir pelo Senhor que nos amou, que conhecemos pessoalmente. Por isso, o primeiro e fundamental braço deste grande rio é o Senhor. Ter o Senhor como o centro do nosso relacionamento. Isso significa que é preciso ter uma vida de intimidade com Deus, pois “não poderei viver o novo a dois se sou incapaz de vivê-lo de maneira pessoal e comunitariamente” (Escrito Estado de Vida, 03).

Significa, ainda, ter uma vida de oração a dois, deixar que o Senhor nos conquiste e nos faça encontrar sua verdade para nossas vidas. Por meio da vida de oração, provaremos da bondade do Senhor e descobriremos que o namoro é um caminho de cura. Deixemos que, por meio da oração e intimidade com Deus, pessoal e comunitariamente, o centro do nosso namoro seja dado a quem de fato pertence: o Senhor.

A Comunidade é mãe

Muitos relacionamentos surgem dentro dos grupos de oração, nos Seminários de Vida no Espírito Santo, nos eventos… Isso é muito bom! Seria bastante estranho se no meio de centenas de jovens que frequentam o mesmo ambiente, nossos centros de evangelização, não houvesse ‘apaixonamentos’ e novos relacionamentos. Existem, ainda, aqueles que entram já com um relacionamento construído, o que também é muito bom, e nada impede que dê certo. ‘Dar certo’ não significa ficar junto, dar certo é descobrir a vontade de Deus.

Deus não é um carrasco que pede para acabarmos nossos relacionamentos. A não ser em casos extremos, por um bem maior e, mesmo assim, continuamos livres para fazê-lo ou não. Para construir um caminho de felicidade no relacionamento a dois é necessário olhar para a Comunidade como uma mãe que, em sua pedagogia, gera e acolhe casais em seus grupos. Daí a importância de ouvirmos bem o ensinamento de nossa mãe, que se dá, sobretudo, na vivência do Caminho da Paz, nos acompanhamentos pessoais, e em outras atividades. Na formação que esta mãe nos oferece está o bom alimento, o verdadeiro sustento para o nosso namoro. Namorados, olhem para a Comunidade como uma boa mãe que, a exemplo de Maria, sabe formar Cristo em nós!

Amizade como fundamento

O terceiro braço deste rio é a amizade. Não se pode compreender um relacionamento, um namoro, sem que este tenha nascido de uma verdadeira amizade, ou, pelo menos, visto que muitos começam de qualquer jeito, que se transforme em amizade verdadeira. É preciso cultivar a amizade com cumplicidade, verdade, sinceridade e transparência, deixando-se conhecer nas fraquezas e nas virtudes, expondo-se sabiamente ao outro, com castidade, virtude esta que tem o poder de tornar belo e agradável a Deus tudo o que toca. A amizade conduz o casal à castidade e esta é a verdadeira unidade de alma e coração. A unidade sempre será “a ponte que nos levará ao coração da obra” (Escrito no Coração da Obra em Unidade com o Carisma, 21).

Missão como objetivo

Somos um povo em movimento, uma obra missionária. Tudo em nós foi constituído para a missão. Assim, os três primeiros braços deste caudaloso rio nos preparam para vivermos bem este ‘novo’, que é a missão. Nosso namoro deve trazer o elemento missionário, devemos ser testemunhas de que a Ressurreição do Senhor nos coloca em movimento de santidade, evangelização, missão. Quando nos voltarmos para nosso namoro com olhar missionário, como pessoas enviadas pelo Ressuscitado para este mundo, nos tornaremos para este mesmo mundo um sinal de que é possível ser santo, de que não precisamos terminar nossos relacionamentos por razões pouco consistentes. Quando olharmos para nosso relacionamento com a ótica da missão, nossas crises acabarão, ultrapassaremos todas, pois não estaremos fechados em nós mesmos. É muito belo ver jovens que namoram, são apaixonados e não temem passar um ou dois anos longe um do outro porque um deles partiu em missão. Que testemunho para este mundo! Sem dúvida, estes serão os mais felizes!
 
Por que a imagem do rio? Porque a característica principal de um rio é ter águas correntes. Estas são sempre saudáveis, que fecundam e fazem brotar a vida por onde passa (Sl 1,3). Que o namoro seja santo e fecundo, seja um caudaloso rio de quatro braços. Shalom!






Rafael Brito

sábado, 26 de abril de 2014

Só por hoje…


Confira os dez conselhos do Papa João XXII para manter a serenidade:

1. Só por hoje, tentarei viver exclusivamente este dia, sem querer resolver de uma só vez o problema da minha vida.

2. Só por hoje, serei cortês, não criticarei ninguém e não buscarei melhorar nem disciplinar ninguém, salvo a mim mesmo.

3. Só por hoje, eu me adaptarei às circunstâncias, sem pretender que as circunstâncias se adaptem à minha vontade.

4. Só por hoje, dedicarei dez minutos do meu tempo a uma boa leitura, recordando que, como o alimento é necessário para a vida do corpo, uma boa leitura é necessária para a vida da alma.

5. Só por hoje, farei uma boa ação sem contar a ninguém.

6. Só por hoje, farei pelo menos uma coisa que não queira fazer; e, se me sentir ofendido, buscarei que ninguém perceba isso.

7. Só por hoje, serei feliz, com a certeza de que fui criado para a felicidade, não só neste mundo, mas também no outro.

8. Só por hoje, seguirei uma programação detalhada. Talvez não consiga cumpri-la cabalmente, mas a redigirei. E me protegerei de duas calamidades: a pressa e a indecisão.

9. Só por hoje, terei uma fé firme, ainda que as circunstâncias demonstrem o contrário. Vou acreditar que a boa providência de Deus se ocupa de mim como se não existisse mais ninguém no mundo.

10. Só por hoje, não terei medo. De maneira particular, não terei medo de aproveitar o que é belo e de acreditar na bondade.

Posso fazer o bem durante um dia. Pensar em ter de fazê-lo durante toda a minha vida pode me desanimar.


sexta-feira, 25 de abril de 2014

Castidade: Yes! We can!

Yes, Povo Católicooooooo!
We can!!!!
Imagine que você acabou de ganhar uma FERRARI novinha em folha.  Agora, responda rápido: você entraria com ela em uma estrada de terra cheia de atoleiros? Você entregaria ela para um estranho dirigir e se divertir um pouco? Você deixaria as pessoas sentarem-se no capô e mexer no que quisessem?  Utilizaria nela produtos de má qualidade que sabidamente danificariam a pintura ou o motor?
Se você respondeu NÃO para todas as perguntas, você é uma pessoa que sabe dar valor aos seus bens.
Muito bem.  Agora, pense e responda: você se submete a situações indignas? Deixa um estranho se aproveitar de você e se divertir um pouco, só pra poder beijar na boca? Você permite que as pessoas façam o que quiserem com você, contanto que seja “por amor”? Você abusa de álcool ou de qualquer outra coisa prejudicial, só pra ficar mais soltinho(a) na balada, mesmo sabendo que isso pode te induzir ao erro?
Bem, se você respondeu NÃO a todas as perguntas, você sabe dar valor a si mesmo e aos seus relacionamentos.  Mas… é possível que você tenha parado um pouco pra pensar e, talvez, dito: “ah… nada a ver.  Essas coisas não são nada demais”.
É engraçado.  Emprestar um carro caro como uma Ferrari a um desconhecido nos parece algo completamente absurdo e fora de questão.  Mas… dar um amasso e beijar na boca de alguém que você nunca viu antes na vida – e que às vezes nem sequer tem interesse em saber seu nome – não parece ser tão mal assim, desde que você possa se aproveitar também.
Ao ler estes parágrafos, você pensou que talvez devamos prestar mais atenção e dar mais valor à nossa dignidade? Se a resposta for SIM, você começou a entender o que significa CASTIDADE!
Coooomoooo assiiiiimmm? Castidade não é uma regra que proíbe funfar antes do casamento? Não.  Não é uma regra seca e burra, como gostam de fazer você acreditar.  Ela vai muito além disso.  É um conselho de Pai.  Um mandamento que lhe diz para se valorizar e cuidar da sua dignidade em todos os momentos da sua vida.  Não importa se você é casado ou não!
E essa definição tem como consequência direta agir com absoluta responsabilidade consigo mesmo e com as pessoas a sua volta (relacionamentos).  E, quando falamos em proteger a nossa dignidade, o mínimo que devemos fazer é preservar o nosso corpo de quaisquer atitudes que não estejam à altura do valor infinito que temos.
pegapega2Isso obviamente inclui a pegação generalizada que acontece nas baladas… Ah! Agora você ficou bolado, né?  Agora você me pergunta: é pecado beijar? Claro que não!  Mas fazer isso no sentido de diversão descompromissada (como é feito normalmente) coloca o nosso corpo no mesmo status de um videogame.  Pode ser mais gostoso, mas tem a mesma finalidade.  Entretenimento banal e… mais nada.  É isso que você quer para si mesmo?

Entendendo isso, todo o resto pode ser visto como consequência óbvia.  Funfar só por diversão é exatamente a mesma coisa.  Mas pode ter consequências mais sérias.  Muitas dizem: “ah… mas foi por amor”. Quem ama de verdade respeita e tem muito mais pra fazer do que se divertir com o corpo do outro;pode esperar o momento em que a responsabilidade de formar uma família possa ser assumida de verdade, dentro de um relacionamento estável, consagrado a Deus e contando com as Suas graças. Desconfie do discurso do “tudo por amor”.  Em geral, isso é discurso de homem tentando ganhar logo a única coisa que lhe interessa.  E, garanto, isso não é amor de verdade!

Eu sei, povo católico, que todos temos hormônios e vontades quase incontroláveis.  Mas saiba que viver assim é possível,  mesmo não sendo fácil.

Sobretudo, acredite no sábio conselho de Deus.  Ele não teria se preocupado em colocar um mandamento se ele, de fato, não fosse bom e possível de ser obedecido.

Entenda que a castidade não é uma regra a seguir, mas um cuidado com a nossa própria dignidade e com a de todos os que estão a nossa volta, e que de alguma maneira se relacionam conosco.

Abra a cabeça… isso muda a sua vida.  Pra muito melhor.


Valorize-se.  Você é feito e amado por Deus a cada segundo da sua vida!

quarta-feira, 23 de abril de 2014

Segundo informações divulgadas, nesta quarta-feira, 23, por agências italianas, Bento XVI irá participar da cerimônia de canonização de João Paulo II e João XXIII



De acordo com informações, o Papa Bento XVI estará presente na cerimônia de canonização de João Paulo II e João XXIII, no próximo domingo, 27. A informação foi divulgada pelo vice-presidente da Obra Romana de peregrinações,  Dom Liberio Andreatta, nesta quarta-feira, 23.

“Roma irá ver um evento que nunca aconteceu na história da cidade:  Dois Papas vivos e dois Papas santos. Imagino  a emoção de Francisco e Bento”, afirmou o bispo. 


 A participação de Bento XVI no evento já era comentada desde a assinatura do decreto de canonização por parte do Papa Francisco no ano passado. A informação também foi replicada pelo jornal da Conferência Episcopal dos Bispos Italianos, o “Avvenire”.

A última participação de Bento XVI em evento público foi no Consistório em fevereiro deste ano.

Fonte: Canção Nova

terça-feira, 22 de abril de 2014

A sabedoria do silenciar


 Até os insensatos quando se calam passam por sábios

Sócrates, o sábio filósofo grego, dizia que a eloquência é, muitas vezes, uma maneira de exaltar falsamente o que é pequeno e de diminuir o que é, de fato, grande. A palavra pode ser mal-usada, mascarada e empregada para a dissimulação. É por isso que os sábios sempre ensinaram que só devemos falar alguma coisa “quando as nossas palavras forem mais valiosas que o nosso silêncio”. A razão é simples: nossas palavras têm poder para construir ou para destruir. Elas podem gerar a paz, a concórdia, o conforto, o consolo, mas podem também gerar ódio, ressentimento, angústia, tristeza e muito mais. “Mesmo o estulto, quando se cala, passa por sábio, por inteligente, aquele que fecha os lábios” (Pr 17,28).


O silêncio é valioso, sobretudo quando estamos em uma situação difícil, quando é preciso mais ouvir do que falar, mais pensar do que agir, mais meditar do que correr. Tanto a palavra quanto o silêncio revelam o nosso ser, a nossa alma, aquilo que vai dentro de nós. Jesus disse que “a boca fala daquilo que está cheio o coração” (cf. Lc 6,45). Basta conversar por alguns minutos com uma pessoa que podemos conhecer o seu interior revelado em suas palavras; daí a importância de saber ouvir o outro com paciência para poder conhecer de verdade a sua alma. Sem isso, corremos o risco de rotular rapidamente a pessoa com adjetivos negativos.

Sabemos que as palavras são mais poderosas que os canhões; elas provocam revoluções, conversões e muitas outras mudanças. A Bíblia, muitas vezes, chama a nossa atenção para a força das nossas palavras. “Quem é atento à palavra encontra a felicidade” (Eclo 16,20). “O coração do sábio faz sua boca sensata, e seus lábios ricos em experiência” (Eclo 16, 23). “O homem pervertido semeia discórdias, e o difamador divide os amigos” (Eclo 16,28). “A alegria de um homem está na resposta de sua boca, que bom é uma resposta oportuna!” (Pr 15,23).
Quanta discórdia existe nas famílias e nas comunidades por causa da fofoca, das calúnias, injúrias, maledicências! É preciso aprender que quando errarmos por nossas palavras, quando elas ferirem injustamente o irmão, teremos de ter a coragem sagrada de ir até ele pedir perdão. Jesus ensina que seremos julgados por nossas palavras: “Eu vos digo: no dia do juízo os homens prestarão contas de toda palavra vã que tiverem proferido. É por tuas palavras que serás justificado ou condenado” (Mt 12, 36).

Nossas palavras devem sempre ser “boas”, isto é, sempre gerar o bem-estar, a edificação da alma, o consolo do coração; a correção necessária com caridade. Se não for assim, é melhor se calar. São Paulo tem um ensinamento preciso sobre quando e como usar a preciosidade desse dom que Deus nos deu que é a palavra: “Nenhuma palavra má saia da vossa boca, mas só a que for útil para a edificação, sempre que for possível, e benfazeja aos que ouvem” (Ef 4, 29).

Erramos muito com nossas palavras; mas por quê?

Em primeiro lugar porque somos orgulhosos, queremos logo “ter a palavra” na frente dos outros; mal entendemos o problema ou o assunto e já queremos dar “a nossa opinião”, que muitas vezes é vazia, insensata, porque imatura, irrefletida. Outras vezes, erramos porque as pronunciamos com o “sangue quente”; quando a alma está agitada. Nesta hora, a grandeza de alma está em se calar, em conter a fúria, em dominar o ego ferido e buscar a fortaleza no silêncio.

Fale com sinceridade, reaja com bom senso e sem exaltação e sem raiva e expresse sua opinião com cautela, depois que entender bem o que está em discussão. Muitas vezes, nos debates, estamos cansados de ver tanta gente falando e poucos dispostos a ouvir. Os grandes homens são aqueles que abrem a boca quando os outros já não têm mais o que dizer. Mas, para isso, é preciso muito exercício de vontade; é preciso da graça de Deus porque a nossa natureza sozinha não se contém.

Deus nos fala no silêncio, quando a agitação da alma cessou; quando a brisa suave substitui a tempestade; quando a Sua palavra cala fundo na nossa alma; porque ela é “eficaz e capaz de discernir os pensamentos de nosso coração” (cf Hb 4,12).

Fonte: Prof. Felipe Aquino

domingo, 20 de abril de 2014

Jesus Cristo está vivo e presente no meio de nós!

Que uma nova esperança mova a nossa vida: a esperança do Cristo vivo, presente no meio de nós e ressuscitado mova tudo aquilo que nós fazemos na Terra!


”Se ressuscitastes com Cristo, esforçai-vos por alcançar as coisas do alto, onde está Cristo, sentado à direita de Deus; aspirai às coisas celestes e não às coisas terrestres” (Colossenses 3,1).

Amados irmãos e irmãs, em Jesus Cristo Ressuscitado, toda a Terra, hoje, rejubila de uma imensa alegria: a alegria de celebrar a vitória de Cristo sobre a morte, sobre o pecado e sobre os nossos inimigos. A glória do triunfo de Cristo atinge a todos nós que somos Seus discípulos, que somos Seus seguidores. Toda a Terra se rejubila porque Jesus Cristo vive e Ele é o Senhor de nossas vidas.

A celebração da Páscoa de Cristo não é uma celebração apenas litúrgica, na Igreja, na Missa; é uma celebração que atinge toda a nossa vida e dá razão à nossa fé e sentido a tudo aquilo em que nós cremos.

São Paulo diz que se Cristo não tivesse ressuscitado, vã e inútil seria a nossa fé. É porque nós cremos que Ele está vivo e está ressuscitado, que Ele está no meio de nós, é que a nossa fé tem sentido.

Nós, hoje, somos convidados a ressuscitarmos com Jesus, e ressuscitar com Ele significa ter os corações ao alto. O nosso coração está em Deus, o nosso coração está a acompanhar os passos de Deus aqui na Terra.

Nós ainda vivemos a expectativa da nossa ressurreição, mas já podemos e devemos viver como ressuscitados. E quem vive como ressuscitado, quem tem fé em Jesus vivo e ressuscitado no meio de nós, deve buscar as coisas do alto, lá onde Ele está reinando glorioso com aqueles que colocaram a fé e a confiança na Sua vitória e na Sua ressurreição.

Caminhemos aqui na Terra não movidos pelo desânimo e pelo desespero. Não, pelo contrário, movidos por uma esperança viva de que Jesus está entre nós, agindo no meio de nós. É que, às vezes, olhamos demais para as coisas aqui da Terra, para os nossos problemas, para os nossos sofrimentos, para as agonias pelas quais nós passamos a cada dia e parece que a nossa vida se resume à vida terrestre. Parece que a nossa vida se encerra aqui, tamanhos são, muitas vezes, o nosso desespero e a nossa tristeza diante das dificuldades.

Que um novo combustível, que uma nova esperança mova a nossa vida; a esperança do Cristo vivo e ressuscitado mova tudo aquilo que nós fazemos nessa Terra! Olhemos para Ele, creiamos n’Ele, coloquemos n’Ele a nossa confiança, a nossa fé e a nossa esperança.

Jesus vivo ressuscita a nossa casa, Ele ressuscita a nossa família, Ele ressuscita a nossa fé, Ele dá um sentido novo e um colorido novo à nossa vida. Vivamos não como se Jesus estivesse morto. Vivamos a nossa vida na certeza de que Ele está vivo!


Uma feliz e santa Páscoa para você, sua casa e sua família!

Fonte: Padre Roger Araújo http://homilia.cancaonova.com/

sábado, 19 de abril de 2014

Proclamemos a vida nova que Cristo Ressuscitado nos trouxe!

Hoje é dia de dizer para o mundo, é dia de dizer para todos aqueles que não creem de uma forma exultante, bela, convicta e cheia de fé, que o Nosso Deus não está morto, Ele está vivo, Ele está ressuscitado!

”Pelo batismo na sua morte, fomos sepultados com ele, para que, como Cristo ressuscitou dos mortos pela glória do Pai, assim também nós levemos uma vida nova” (Romanos 6,4).

Ressoa em toda a Terra um canto de louvor, um hino de gratidão, um hino que nunca mais será assim, um eterno ”Aleluia! Aleluia! Aleluia! Aleluia!” Exaltação sublime, porque o Senhor que estava morto, Ele está vivo, Ele está no meio de nós!

A vigília que nós celebramos, hoje, meus queridos irmãos e irmãs, é a mais importante celebração da nossa fé. Hoje é dia de dizer para o mundo, é dia de dizer para todos aqueles que não creem, de forma exultante, bela, convicta e cheia de fé, que o Nosso Deus não está morto, Ele está vivo, Ele está ressuscitado!

Mas não é só para lembrar, soltar foguete, acender fogueira, ou, acender uma vela, que nós queremos dizer que Jesus está vivo. O que nós queremos é proclamar, com a nossa vida, que a vida nova que o Senhor trouxe resplandece em nossa vida. É hora de tirar a veste de luto, a veste da dor e revestir-se da veste da alegria, do homem novo, da mulher nova!

Hoje é o dia de celebrarmos o nosso batismo. Na antiga tradição era nessa noite que os batizados e os catecúmenos recebiam a graça do batismo, tornavam-se novas criaturas com o Cristo vivo e ressuscitado.

Todos nós, hoje, recordamos e renovamos o nosso batismo, o nosso compromisso com o Ressuscitado. Nós ressuscitamos com Ele não somente acreditando que Ele está vivo, mas levando uma vida nova em Seu nome.

Preparemo-nos para que esta noite seja para nós uma noite sem igual, a noite mais feliz de todas as noites, a noite mais gloriosa de todas as noites, porque ela nos introduz no dia eterno e sem fim! O dia pleno, o dia único, da glória eterna que Deus preparou para nós!

Que hoje nos revistamos da veste nova, do sentimento novo, das palavras novas. Não é porque passamos tantos dias sem comer isso ou aquilo, que agora vamos voltar com força total para o que deixamos de fazer. Vamos voltar com força total para amarmos mais, para sermos mais santos, para buscarmos mais o Nosso Deus, para proclamarmos mais entre nós que Ele está vivo, que Ele está no meio de nós!

Uma santa Páscoa, uma santa Vigília Pascal para você, para sua casa e para sua família!



Fonte:Padre Roger Araújo
http://homilia.cancaonova.com/

quinta-feira, 17 de abril de 2014

Que aprendamos com Jesus a lavarmos os pés uns dos outros!

Em vez da soberba, do grito, das brigas, discussões e das acusações, porque tudo isso é do maligno e dever ser expulso do meio de nós, que nós aprendamos, contemplando Jesus Crucificado, a lavarmos os pés uns dos outros!

”Portanto, se eu, o Senhor e Mestre, vos lavei os pés, também vós deveis lavar os pés uns dos outros. Dei-vos o exemplo, para que façais a mesma coisa que eu fiz” (João 13, 14-15).

Nesta Quinta-feira Santa, nós hoje nos dirigimos às nossas igrejas, comunidades e paróquias para celebrarmos o Tríduo Pascal de Nosso Senhor Jesus Cristo. A Páscoa do Senhor começa a ser celebrada na Sua intensidade nesse dia maravilhoso. A Páscoa do Senhor começa na mesa, mas ela não começa com o Corpo e o Sangue do Senhor com a instituição da Eucaristia; ela começa com o mandamento da caridade, o mandamento do amor supremo. Aqueles que querem se aproximar da mesa, para comer o Corpo e o Sangue do Senhor, devem primeiro lavar os pés uns dos outros.

Sabem, meus irmãos, não é teatro aquilo que hoje fazemos em nossas igrejas, aquilo que celebramos hoje em nossas comunidades, é vida, é condição, é regra para quem quer se tornar um discípulo de Jesus Cristo e experimentar a profundidade da Sua Paixão e do Seu amor, por nós, aprender a lavar os pés uns dos outros! Lavar os pés era um serviço para os escravos, os senhores chegavam de suas missões e por onde quer que tivessem andado, sentavam-se e os escravos lavavam seus pés.
O Senhor está, hoje, nos dizendo que ninguém é mais do que ninguém, que ninguém é mais importante do que ninguém; que ninguém deve ser reconhecido, exaltado e aclamado como se fosse a pessoa mais importante do mundo.
O mais importante é aquele que serve; portanto, quem quer ser discípulo de Jesus não deve buscar ser servido, ao contrário, deve ser aquele que serve! E como hoje precisamos buscar o rosto do Cristo servidor por meio de uma Igreja servidora, de uma Igreja e de um povo de Deus que não esperam que o povo venha, apareça, mas que vão ao encontro dos outros, para que possamos lavar os pés uns dos outros!

Celebre a Páscoa do Senhor, celebre de verdade a Páscoa na sua vida lavando os pés daqueles de quem você precisa lavar! Talvez dentro da nossa própria casa seja o marido quem precise lavar os pés da esposa; ou os pais precisem lavar os pés dos filhos, ou talvez sejam os filhos que necessitem lavar os pés dos pais.

Nós precisamos lavar os pés uns dos outros, quando lavamos os nossos pés, estamos nos purificando, estamos nos reconciliando uns com os outros. Em vez da soberba, do grito, das brigas, discussões e das acusações, porque tudo isso é do maligno e dever ser expulso do meio de nós, que nós aprendamos, contemplando Jesus Crucificado, a lavarmos os pés uns dos outros!


Uma boa Páscoa para você!


Fonte: http://homilia.cancaonova.com/homilia/que-aprendamos-com-jesus-a-lavarmos-os-pes-uns-dos-outros/