Tenho visto ultimamente, no facebook, vários vídeos de violência. Para ver esses conteúdos não
é preciso nenhum esforço. Perdi as contas de quantos desses vídeos apareceram
em meu feed de notícias em um curto
espaço de tempo. Em quase todos eles, trata-se pessoas que, pensando fazer
“justiça” com as próprias mãos, agridem outras que cometeram algum delito.
Em primeiro lugar, questiono sobre a justiça dos
justiceiros. Quem é que tem o direito de agredir uma pessoa porque esta roubou
ou adulterou? Acaso atos de violência e desumanidade levarão a alguma solução?
Pessoas que tem capacidade de gravar um espancamento e publicá-lo na internet
são realmente íntegras para fazer justiça?
Vale lembrar, ainda, a mulher adúltera do Evangelho. Ela
estava para ser apedrejada, como previa a Lei de Moisés. Jesus disse àqueles
que queriam apedrejá-la: “Quem dentre vós estiver sem pecado, seja o primeiro a
atirar-lhe uma pedra. E saíram um a um, deixando as pedras.” (cf. Jo 8,1-11)
É de impressionar, também, o prazer em que se tem pelo mal,
pela desgraça. Vídeos como esses, circulam rapidamente por ter a predileção de
muitas pessoas. O gosto pela desgraça é reflexo de uma cultura de banalização
da vida e da moral. Podemos nos indagar: a humanidade está mesmo progredindo?
Todo o progresso técnico-científico fez do homem mais racional? Ou tão
irracional que aprendeu a destruir a si mesmo?
Ao cristão cada renunciar à cultura que promove a morte, à
banalização da vida e ao relativismo moral. A vida é dom de Deus e só ele pode
tirar. “Não invejes o homem violento, nunca escolhas seus caminhos” (Pr
3,31). “Não matarás” (Ex 20,13). “Eu vim para que todos tenham vida e a tenham
em abundância” (Jo 10,10b). “A glória de Deus é o homem vivo; e a vida do homem
é a visão de Deus.” (Santo Irineu de Lião)
Seminarista Rafael Nascimento
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