Em busca do “Amor Maior” - Parte 2: O verdadeiro amor
Segundo São Paulo, o Amor é paciente, é bondoso. Não tem
inveja. Não é orgulhoso. Não é arrogante. Nem escandaloso. Não busca os seus
próprios interesses, não se irrita, não guarda rancor. Não se alegra com a
injustiça, mas se rejubila com a verdade. Tudo desculpa, tudo crê, tudo espera,
tudo suporta. O amor jamais acabará.
Sem dúvida, São Paulo sabia da dificuldade em definir o
amor, e que isso podia beirar à impossibilidade. Então, ele se desfaz da
necessidade de definição e segue para a demonstração.
Quando falamos do amor como uma demonstração, queremos dizer
que ele é ação, envolvimento, movimento, expressão. “O amor é… o amor faz… o
amor não é… o amor não faz isso ou aquilo”. Ele não fica sentado, cochilando,
de braços cruzados, deixando-se ser servido em uma rede na sombra e bebendo
água fresca. Está sempre disposto e pronto a agir. Não é passivo nem
indiferente. Ele não passa despercebido pela vida. Ele gera movimento e mexe
com quem está quieto. O verdadeiro amor é demonstrativo, e não estéril; é vida
em movimento. É paciência e espera. É estrada longa, mas com um final feliz. É
brilho nos olhos e sorriso “sem graça” nos lábios, sempre com gosto de
felicidade!
“A arte das artes é a do amor… O amor é uma força da alma,
que a conduz como por um peso natural ao lugar e ao fim que lhe é próprio”
disse o monge Guilherme de Saint-Thierry. Força que quer bem e quer o Bem!
O amor não é lucro de retorno imediato; é um investimento a
longo prazo. O verdadeiro amor não tem nada de superficial. É força da alma;
algo que nasce dentro e quer ser exteriorizado. Ele é duradouro, autêntico e
forte. Não cede à tentação de procurar saídas fáceis ou atalhos na vida. Não é
egoísta, por isso não busca o próprio interesse. O verdadeiro amor não se
basta, não se fecha em si mesmo. Ele passa por duras provações, como mencionado
em Coríntios 13: Paulo nos dá o segredo para provarmos se nosso amor é
verdadeiro.
Quando ele fala do amor tudo, faz isso, tudo faz aquilo,
está nos dando a medida certa para provarmos “o” e “do” amor. Ele afirma que o
verdadeiro amor deve passar pela prova do Tudo. Tudo desculpa, tudo crê, tudo
espera, tudo suporta. Não existe meia medida; é tudo! Tudo é tudo!
Se não temos a coragem de provar o amor, ele será apenas um
sentimento que mexe com a gente, e nunca um motor que acelera nossa vida na
aventura de ser feliz!
Infelizmente, vivemos em uma sociedade de muito “mais ou
menos”, e até nosso amor se torna mais ou menos. Nessa sociedade, desculpa-se
mais ou menos, acredita-se mais ou menos, espera-se mais ou menos e suporta
mais ou menos. Sabe onde terminará nossa vida se vivermos esse jeito de amar?
Terminaremos em uma vida “mais ou menos”.
Definitivamente não somos chamados a essa vida sem graça.
Fomos criados no Amor e para o amor. Nosso coração bate pela necessidade de
algo verdadeiro. Não tenha receio de colocar o amor à prova, de submeter o que
sente na prova do Tudo.
O amor é o grande combustível de nossa vida. É ele que nos
anima e nos motiva a viver e a lutar pela vida. Ele dá cor aos dias cinzentos
de nossa história. E como diz o papa Bento XVI, “a cada ser humano é confiada
uma só tarefa: aprender a querer bem, a amar, sincera, autêntica e
gratuitamente”.
Logicamente não é algo fácil, exigindo de nossa parte muita
luta, suor e lágrimas, pois amar é estar disposto a trilhar um caminho de
sofrimento. Mas nada de masoquismo, trata-se de um sofrimento que, vivido com
sentido, traz muita alegria verdadeira.
Assim surge a pergunta básica: Tá disposto a amar? Topa o
desafio que a própria vida faz a você?
Tamu junto
Adriano Gonçalves
Texto extraído do livro: “Quero um Amor Maior”
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