Você já parou para pensar qual é a sua maneira de ser Igreja? Você vive
em comunidade, cumprindo o pedido de Jesus Cristo? Você faz algum gesto
concreto para ajudar a sua Igreja a crescer? Você se opõe às investidas que vêm
de fora tentando destruir a nossa fé? Ou se junta aos agressores, sonhando em
derrubar a Igreja pelo lado de dentro? Perguntas essenciais para reavaliar a
nossa caminhada cristã!
Igreja Missionária, Igreja dos Pobres, Igreja Samaritana, Igreja de
Irmãos, Igreja de Jesus! Essas ideias se opõem fortemente à igreja da
opulência, à igreja dos panos, à igreja do moralismo barato, à igreja
perseguidora e à igreja dos carrascos. A Igreja, Esposa de Jesus, é aquela que
continua o Redentor na humanidade.
Várias foram as metáforas para representar as formas de ser Igreja. Mas,
hoje, pensando bem, gostaria de propor mais uma comparação que nos ajudará a
avaliar que Igreja cada um de nós está sendo no mundo.
Olhando para alguns animais, por exemplo, e tomando como base a sua
forma de existir na natureza, diria que podemos ser Igreja-Barata,
Igreja-Ovelha ou Igreja-Urubu. O que vem a ser isso? Vamos falar sobre elas!
A Igreja-Barata é aquela que está por toda a parte, aos milhões. No
entanto, faz muito pouco pela humanidade, trazendo muito mais doenças e repulsa
do que benefícios às pessoas. Ela é conhecida de todos, isso é indubitável. No
entanto, por ser sempre relacionada a uma forma de vida que não atrai ninguém,
a não ser seus predadores, essa maneira de ser Igreja pode enfraquecer a
mensagem do Evangelho.
Se todos começarem a pensar que a Igreja é nojenta e que somente traz
prejuízos à humanidade, a mensagem do Evangelho será dificultada. Sem contar o
fato de que, a todo o momento, haverá alguém querendo esmagar esta
Igreja-Barata.
A Igreja-Ovelha também tem seus problemas insuperáveis. O pensamento de
ser um rebanho já é bem antigo, e nos lábios de Jesus fazia muito sentido para
os seus ouvintes. Hoje, a maioria nem sabe como é a criação de ovelhas! Ser uma
Igreja-Ovelha é estar sempre protegida por um Bom Pastor, e isso já acontece.
No entanto, as ovelhas são muito frágeis, mesmo sendo úteis à
humanidade. É sabido que a lã, o leite e a carne são benefícios para a
humanidade, mas há sempre a instabilidade.
São facilmente enganadas por falsos pastores. Sempre estão de acordo com
tudo, e não pensam por si mesmas. Ser Igreja dessa forma, hoje, é ser motivo de
risos para os que nos ouvem. Nós queremos ser levados a sério, pois o Evangelho
de Jesus é uma verdade muito séria. Não queremos que os demais nos vejam como
supersticiosos e infantis.
E eis a Igreja que se aproxima mais do ideal: a Igreja-Urubu. O nome
pode assustar, à primeira vista, mas isso só prova que sabemos muito pouco
sobre esse animal encantador! O Urubu faz um dos maiores trabalhos em benefício
da humanidade, limpando o nosso planeta da sujeira e das doenças. E faz isso
sem querer aplausos e holofotes! O urubu observa de longe, antes de tomar
alguma decisão.
É uma Igreja que não atrapalha a vida de ninguém, mas age como fermento
na massa, fazendo que as coisas estejam maravilhosas sem querer os créditos
todos para si. Assim deveria ser a nossa Igreja: observadora e prudente;
responsável pela limpeza da humanidade; fazendo sempre o bem, mas nunca se
colocando na frente daquele que realmente importa: Jesus Cristo.
O urubu não atrapalha a humanidade, mas luta a cada dia para vencer as
sujeiras e as podridões presentes nela! Sejamos Igreja-Urubu, trabalhando
sempre para que a humanidade esteja limpa e cheirosa para receber a mensagem de
Salvação de Nosso Senhor Jesus Cristo!
Padre José Luís Queimado
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