Essas para mim são as palavras que mais marcaram o
pontificado de Bento XVI. Foram proferidas num discurso aos jovens em Colônia
no dia 18 de Agosto de 2005. Essas profundas palavras ecoaram profundamente em
meu coração. Desde que as conheci fiz delas uma filosofia de vida e mais que
isso, uma oração. Sempre procurei repetir a outros jovens essa verdade, a
felicidade plena é Cristo, e só é encontrada n’Ele.
O Pontífice disse isso, não da boca pra fora, mas relatava
aos jovens a sua experiência de vida. Não tenho dúvidas de que ele viveu essa
ideia na sua caminhada. Foi um homem que nada preferiu ao amor de Cristo, como
ensinava São Bento, inspirador de seu nome pontifício.
Homem abnegado, não buscou aplausos, mas sim, servir a
verdade ensinada por Cristo, mesmo sendo caluniado e criticado por militantes
da secularização. Homem que sempre combateu as mentiras, a secularização, as
heresias, a apostasia, a imoralidade, a injustiça. E por isso, muitas vezes foi
incompreendido, acusado de reacionário, inquisidor e outros adjetivos
semelhantes.
Não quis coroas de glória do mundo, preferiu unir-se ao
Cristo crucificado e receber uma coroa de espinhos, e açoites de tantos hereges
e inimigos da verdade, inimigos da Igreja. Quando jovem foi oprimido pelo
regime nazista, e obrigado a servir no exército alemão na II Guerra. Relata em
sua autobiografia que tentaram convencer a ele e outros colegas que fizessem o
alistamento voluntário, mas recusou, alegando que queria ser padre. Foi hostilizado e zombado pela decisão.
Abandona o exército e foge para casa. Quando chega, encontra soldados
americanos no local - as tropas haviam transformado a residência da família
numa base improvisada. Como havia participado dos combates, foi detido num
campo para prisioneiros de guerra. Em 19 de junho de 1945, é libertado pelos
americanos. Após a Guerra, volta para casa e com isso segue sua caminhada
religiosa.
Foi um brilhante teólogo, sendo teólogo consultor de seu
bispo durante o Concílio Vaticano II. Professor de Teologia Dogmática da
Universidade de Tübingen desde 1966, Ratzinger deixa a instituição em 1969, em
função da radicalização do movimento estudantil (várias de suas aulas e
palestras foram interrompidas por protestos). Apesar de ser considerado um
reformista na época, o professor se distanciou das ideias liberais pregadas
pelos estudantes, por considerá-las opostas aos ensinamentos católicos.
Mais tarde como cardeal, foi nomeado Prefeito da Congregação
para doutrina da Fé. Como jamais abandonou a fé dos Apóstolos, opôs-se também à
herética e materialista teologia da libertação, que era muito forte no Brasil e
representada principalmente por Leonardo Boff. Este foi proibido pelo Cardeal
de ensinar teologia e dar entrevistas por suas ideias heréticas e por isso se
desligou da Igreja.
Em 2005 foi eleito Sucessor de Pedro. Tendo um brilhante e
rico Pontificado.
Bento XVI, homem da fé, homem que preferiu a Cristo, homem
do desapego, homem da caridade, homem da esperança. Ele com sua vida pregou o
Evangelho. Muito obrigado, Bento XVI.
Rafael P. Nascimento
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