No Angelus deste domingo, 9, Papa Francisco concentrou-se
sobre a passagem do Evangelho que relata as tentações que Jesus sofreu no
deserto. Ele recordou que a Quaresma é um tempo propício para um caminho de
conversão, confrontando-se sinceramente com este trecho do Evangelho.
Francisco explicou que a tentação procura desviar Jesus do
projeto de Deus, tentando fazê-lo escolher um caminho fácil de sucesso e poder.
Foram três os tipos de tentação, conforme explicou o Papa: o bem-estar
econômico, o estilo espetacular e mirabolante e o atalho do poder e do domínio.
Jesus resistiu às tentações e reiterou a determinação de
seguir o caminho estabelecido pelo Pai. Em suas respostas, conforme explicou o
Santo Padre, Cristo lembra que “não só de pão vive o homem, mas de toda palavra
que procede da boca de Deus” (Mt 4, 4; cfr Dt 8, 3).
“Isto nos dá força, apóia-nos na luta contra a mentalidade
mundana que reduz o homem ao nível das necessidades primárias, fazendo-o perder
a fome daquilo que é verdadeiro, bom e belo, a fome de Deus e de seu amor”.
O Papa ressaltou ainda que, ao ser tentado, Jesus não
dialogou com Satanás, mas refugiou-se na Palavra de Deus, atitude que deve ser
um exemplo também para os dias de hoje. “No momento da tentação, das nossas
tentações, nada de argumentos com Satanás, mas sempre defendidos pela Palavra
de Deus! E isto nos salvará”
Lembrando que a Quaresma é tempo propício para a conversão,
Francisco convidou os fiéis a renovarem as promessas do Batismo, renunciando a
Satanás e a todas as suas obras e seduções.
Após a oração mariana, o Santo Padre saudou fiéis e
peregrinos e desejou um rico caminho quaresmal para todos, pedindo orações pelo
retiro que ele e a Cúria Romana iniciam hoje.
“Peço uma lembrança em oração por mim e pelos colaboradores
da Cúria Romana, que esta noite iniciaremos a semana dos Exercícios
espirituais. Obrigado”.
Fonte: Canção Nova
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