Aconteceu neste sábado (12), o último dia do Setenário das Dores de Nossa Senhora, com a reflexão da 7ª
dor: a soledade de Nossa Senhora. O oficiante e pregador foi Padre Nathaniel
José de Oliveira.
O sacerdote, emocionado e comovido, saudou a todos. Lembrou-se de quão
distantes foram os dias em que ele ficou longe. Disse estar encantado por estar
em Itapecerica, no altar, na companhia de Nossa Senhora. Para ele é uma grande emoção estar presente nesta tradição da nossa terra, na última dor de Maria. Para ele o Setenário traz um pouco de nossa terra, do
passado e do presente, pedindo para que não percamos nunca estes quadros
memoráveis. Padre Nathaniel aproximou-se da imagem de Nossa Senhora,
abraçou-a e beijou-a. Disse sentir-se muito honrado e especial por estar aqui, um humilde filho que se aproxima do coração de mãe.
Agradeceu a presença de todos e destacou que essa presença é
sinal da tradição e da fé de nosso povo. Explicou também aos fiéis, a diferença entre solidão e soledade:
solidão é vazio, vazio temperado pelo desgaste, pela guerra que nos congestiona a
perder o sentido, o caminho da vida. A soledade é o toque da confirmação, que
se sente cheio, mas em silêncio.
Nesta dor, na soledade da mãe do Senhor, solidão e soledade se
cruzam no coração de Maria. Solidão, no sentido da perda do seu filho, pela
separação de Jesus, pois perdera seu próprio coração. Uma mãe não gosta de
despedir de seu filho. Maria sentiu verdadeiramente essa morte cruel de seu filho.
Sentiu-se um pouco vazia, mas não totalmente, porque sabia que havia cumprido seu
dever: permanecer firme ao lado do Senhor.
Soledade sobrepassa a solidão, porque Maria sabia que seu
filho não era só seu, mas sim o filho de Deus. O amor é a arte de contemplar, e
a Virgem Maria amou seu filho e contemplou. A solidão e soledade se perpetuaram
nos tempos.
Lembrou ainda o sacerdote que a primeira missão da igreja católica é
guardar a intimidade do povo de Deus. Questionou sobre nossa amizade com Deus.
Afirmou também que Maria se apresenta destemida, para dizer
a cada um de nós que o conforto só existe quando o homem busca a consolação no
coração de Deus. "Devemos louvar a
Deus com nosso sofrimento", ressaltou.
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